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Diagnóstico por Imagem II Anatomia Radiográfica Intrabucal A interpretação radiográfica das alterações patológicas requer um grande conhecimento da aparência de normalidade das estruturas. Radiografias periapicais Radiografias interproximais Radiografias oclusais O colimador minimiza a divergência do feixe de raios-X, que vai atravessar os tecidos e sensibilizar a película (filme). Radiopaca: muita radiação barrada; maior % de mineralização; Radiolúcida: a radiação não é barrada; tecido menos mineralizado. Esmalte: maior atenuação de fótons X (mais de 90% mineral). Efeito “Burn out”: velamento cervical; contraste entre o esmalte e a crista óssea alveolar; capa fininha ou ausência de esmalte – presença de dentina (radiolúcida). Dentina: aparência radiográfica comparável ao osso (75% mineral). Cemento: película fina (50% mineral – 10 micrômetros); geralmento não dá para visualizar numa radiografia, exceto em casos de hipercementose. Espaço pulpar: preenchido pela polpa coronária e radicular (tecido conjuntivo frouxo); em dentes mais velhos ou que sofreram trauma, o espaço pulpar não aparece, pois está diminuído ou obliterado. Taurodontia: coroa dentária longa, câmara pulpar grande e raízes pequenas. Ápice radicular e folículo pericoronário Lâmina dura/cortical alveolar: fina camada de osso cortical que contorna as raízes dos dentes; o seu espessamento pode significar estresse mastigatório ou processos reacionais inflamatórios/infecciosos Espaço do ligamento periodontal: fibras colágenas, vasos sanguíneos e terminações nervosas; entre a cortical e o cemento. Crista alveolar: “ponta” final do osso localizado entre as raízes dos dentes (possui aspecto arredondado ou triangular); margens corticais, contínua com lâmina dura. Anatomia radiográfica da maxila Radiografias periapicais Incisivos centrais superiores 1. Sutura intermaxilar: encontro dos dois ossos maxilares; linha radiolúcida que se estende da crista óssea alveolar entre os incisivos até a Espinha Nasal Anterior. 2. Forame incisivo: abertura oral do canal incisivo ou nasopalatino; imagem radiolúcida oval. 3. Canal incisivo (nasopalatino): feixe vásculo-nervoso nasopalatino; faixa radiolúcida delimitada por linhas radiopacas, sobreposto ao forame incisivo. 4. Aberturas/ foraminas nasais do canal nasopalatino: origem do canal incisivo; radiolucidez arredondada no assoalho da cavidade nasal, bilateralmente. 5. Fossas nasais/ abertura piriforme: imagem radiolúcida acima dos ápices dos incisivos. 6. Septo nasal: formado posteriormente pela lâmina perpendicular do osso etmoide e osso vômer e anteriormente pela cartilagem septal; faixa radiopaca que divide ao meio a fossa nasal. / Vômer, cartilagem, lâmina perpendicular do etmoide. 7. Sombra do ápice nasal/ nariz: imagem fracamente radiopaca, de forma parabólica, sobreposta ou acima dos incisivos. 8. Corneto/ concha nasal inferior: sombras levemente radiopacas nas paredes laterais das fossas nasais. (Há superior, média e inferior). OBS.: entróito nasal: parte preenchida por ar. 9. Espinha nasal anterior: linha radiopaca em forma de “V” (projeção pontiaguda) na linha média acima dos ápices dos incisivos. Incisivo lateral e canino superiores 1. Seio maxilar: cavidade contendo ar revestida por uma membrana mucosa; imagem radiolúcida de limites nítidos na parte mais distal da radiografia. 2. Cortical do seio: fina camada de osso compacto que delimita o contorno do seio; vista como uma linha radiopaca. 3. Fossa nasal: imagem radiolúcida de limites nítidos, na parte mais mesial da radiografia. Pode haver sombra das narinas (asa do nariz) e do sulco nasolabial. 4. Parede lateral da fossa nasal/assoalho: fina linha radiopaca que delimita o contorno da fossa nasal. 5. Fossa lateral (fosseta mitiforme): representa a depressão óssea entre o incisivo lateral e o canino; área de discreta radiolucidez. 6. “Y” invertido de Ennis: caracterizado pela intersecção da cortical do seio maxilar com a cortical da fossa nasal. Pré-molares superiores 1. Seio maxilar; 2. Cortical do seio: 3. Processo zigomático da maxila: projeção da maxila que se articula com o osso zigomático; faixa radiopaca em forma de “U”. 4. Osso zigomático: estrutura que se estende para distal do processo zigomático da maxila, mas de radiopacidade menos menos intensa. 5. Fossa nasal: imagem radiolúcida de limites nítidos, na parte mais superior da radiografia. 6. Assoalho da fossa nasal: linha radiopaca que corta superior e horizontalmente o seio maxilar. Molares superiores 1. Seio maxilar: pode ter extensão alveolar ou para a região da tuberosidade maxilar. 2. Cortical do seio. 3. W sinusal: formato da cortical do seio. 4. Assoalho da fossa nasal e 5. Fossa nasal: 6. Processo do osso zigomático da maxila e 7. Osso zigomático: 8. Túber (tuberosidade maxilar): parte do processo alveolar da maxila que se estende até a região posterior em uma elevação arredondada; osso com radiopacidade levemente reduzida devido ao aumento dos espaços medulares. 9. Hâmulo e lâmina pterigóideos: projeções ósseas laterais e mediais do osso esfenoide; imagem radiopaca localizada atrás da tuberosidade. 10. Processo coronoide da mandíbula: devido à abertura de boca, o processo coronoide, que se desloca anterior e inferiormente, tem a sua imagem registrada; imagem radiopaca de formato triangular sobre ou abaixo da tuberosidade e/ou das coroas dos molares. Anatomia radiográfica da mandíbula Incisivos inferiores 1. Foramina lingual: orifício de entrada de ou ramo da artéria lingual; pequena área radiolúcida circular na linha média, abaixo dos ápices dos incisivos centrais. 2. Espinhas genianas (tubérculos Geni): área de reforço ósseo na face lingual da mandíbula, ponto de inserão dos músculos genioglosso e genihióideo; anel radiopaco que circunda a imagem da foramina lingual. 3. Protuberância mentual: área de reforço ósseo na superfície vestibular; linhas radiopacas ascendentes da região posterior para a linha média, que se encontram superiormente,, lembrando um “V” invertido ou uma pirâmide. 4. Base da mandíbula: larga faixa de osso radiopaco denso (cortical); pode ser registrada ou não, a depender da altura da sínfise e da angulação vertical. 5. Canais nutrientes: pequenos feixes neurovasculares; linhas radiolúcidas verticais em direção aos ápices ou entre os incisivos (nem sempre evidentes). Canino inferior 1. Base da mandíbula: Pré-molares inferiores 1. Canal mandibular: trajeto de um importante feixe vásculo-nervoso (artéria e nervo alveolares inferiores); faixa radiolúcida de bordas radiopacas (corticais do canal) abaixo ou sobre os ápices dos dentes posteriores. 2. Forame mentual: abertura anterior e vestibular do canal mandibular; imagem radiolúcida circular ou oval, geralmente entre o 1º e 2º pré-molares. ATENÇÃO: imagem projetada sobre os ápices pode ser confundida com uma falsa lesão apical; nesse caso, deve-se repetir o exame alterando a angulação horizontal do cilindro. 3. Base da mandíbula: pode ou não ser visível. Molares inferiores 1. Linha obliqua (externa): continuação vestibular da borda anterior do ramo da mandíbula, área de inserção do músculo bucinador; linha radiopaca, descendente para anterior (geralmente mais evidente na região de 3º molar, desaparecendo sobre as raízes do 1º molar). 2. Linha milo-hióidea (interna): proeminência óssea lingual onde se insere o músculo milo-hióideo; linha radiopaca que corre baixo e paralelamente à linha oblíqua, à altura dos ápices dos molares. 3. Fóvea submandibular: depressão óssea na face lingual da mandíbula que acomoda a glândula submandibular; área com aparência de “esfumaçamento” radiolúcido, localizada entre a linha milo-hióidea e a base da mandíbula. 4. Canal mandibular e 5. Base da mandíbula: Anatomia na radiografia interproximal 1.Cristas ósseas alveolares: Anatomia nas radiografias oclusais Total de maxila 1. Canal nasolacrimal: liga o olho à fossa nasal; formato circular bilateral. 2. Septo nasal: 3. Fossa nasal: 4. Contorno da fossa nasal:5. Seio maxilar: 6. Forame incisivo: 7. Sutura intermaxilar: Total de mandíbula 1. Cortical externa do corpo e do rebordo da mandíbula (sobrepostas): 2. Cortical interna do corpo da mandíbula: 3. Cortical interna do rebordo: 4. Língua: discreta sombra radiopaca: 1, 2, 3 e 4 5. Tubérculo Geni ou espinhas genianas: 6. Protuberância mentoniana: Imagem radiolúcida (hipodensa - tomografia) sugerindo aumento do forame incisivo; correlacionar exames clínicos patológicos.