Buscar

4 - Transtornos da Personalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 111 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 111 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 111 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Transtornos de Personalidade
Profa Paula Prata
Conteúdo a ser desenvolvido
Transtornos de 
PERSONALIDADE
Personalidade Tratamento Transtornos Casos clínicos
Sistemas 
classificatórios
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Personalidade Grego: persona → máscara (dos 
personagens do teatro).
Latim: personare → ressoar por meio 
de algo.
As 2 conotações do termo apontam 
para um sentido comum: o autor/ator 
faz ressoar a sua voz, a sua versão da 
história, por meio das diversas 
máscaras, das diversas personagens 
que cria.
Personalidade “Personalidade é o conjunto 
integrado de traços psíquicos, 
consistindo no total das 
características individuais, em sua 
relação com o meio, incluindo 
todos os fatores físicos, biológicos, 
psíquicos e socioculturais de sua 
formação, conjugando tendências 
inatas e experiências adquiridas no 
curso de sua existência.” (Bastos, 
1997b)
Personalidade
Constituição 
corporal
CaráterTemperamento
Personalidade Constituição corporal
É o conjunto de propriedades 
morfológicas, metabólicas, bioquímicas, 
hormonais, etc., transmitidas ao 
indivíduo principalmente (mas não 
apenas) pelos mecanismos genéticos.
• Ex.: aspecto do indivíduo, sua aparência 
física, o perfil de seus gestos, sua voz, os 
estilo dos movimentos, etc.
Personalidade
Temperamento
É o conjunto de particularidades 
psicofisiológicas e psicológicas 
inatas, que diferenciam um 
indivíduo de outro. São 
determinados por fatores genéticos 
ou constitucionais precoces.
Personalidade Caráter
Senso comum: conotação 
moral
Para a psicopatologia: reflete o 
temperamento moldado, 
modificado e inserido no meio 
familiar e sociocultural.
SISTEMAS CLASSIFICATÓRIOS
CID-11 DSM 5 - TR Cluster
Paranoide Paranoica
A
Estranhos
Esquizoide Esquizoide
Transt. Esquizotípico (F21) Esquizotípica
Dissocial Antissocial
B
Emocionais
Errantes
Emocionalmente instável Borderline
Outros Transt. Person. Narcisista
Histriônico Histriônica
Anancástico Obsessivo-compulsivo
C
Ansiosos
Ansioso (evitativo) Esquiva
Dependente Dependente
Sistemas classificatórios Mudança de personalidade 
devido a outra condição médica 
Perturbação persistente da personalidade 
entendida como decorrente dos efeitos 
fisiológicos diretos de uma condição 
médica.
Ex.: lesão no lobo pré-frontal.
O caso Phineas Gage
1823-60
Ratiu P. & Talos I. F. (2004). The tale of Phineas Gage, digitally 
remastered. N. Engl. J. Med. 351: e21-e21. DOI: 
10.1056/NEJMicm031024
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMicm031024
Outro transtorno da personalidade especificado e 
transtorno da personalidade não especificado 
Categorias utilizadas para duas situações:
1. O padrão da personalidade do indivíduo atende aos 
critérios gerais para um transtorno da personalidade, 
estando presentes traços de vários transtornos da 
personalidade distintos, mas os critérios para 
qualquer um desses transtornos específicos não são 
preenchidos
2. O padrão da personalidade do indivíduo atende aos 
critérios gerais para um transtorno da 
personalidade, mas considera-se que ele tenha um 
transtorno da personalidade que não faz parte da 
classificação do DSM-5 TR
Ex.: Transtorno da personalidade passivo-agressiva.
Tratamento
Tratamento
SEMPRE! → psicoterapia
Medicamentos sintomáticos
Medicações Antidepressivos: tricíclicos (amitriptilina), ISRS 
(fluoxetina), duais (venlafaxina)
Ansiolíticos: benzodiazepínicos (clonazepam, 
diazepam), β-bloqueadores (propranolol, 
atenolol)
Antipsicóticos: típicos (haloperidol, 
clomipramina), atípicos (risperidona, olanzapina)
Estabilizadores do humor: anticonvulsivantes 
(carbamazepina, ac. Valpróico), Lítio
Estimulantes: Anfetaminas, Metilfenidato
Outros procedimentos: ECT 
(eletroconvulsoterapia), EMT (estimulação 
magnética transcraniana)
Critérios diagnósticos do DSM 5 TR para TP
A. Um padrão persistente de vivência íntima e comportamento que se 
desvia de forma acentuada das expectativas da cultura. Esse padrão se 
manifesta em 2 ou mais das seguintes áreas:
(1) Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras 
pessoas e eventos)
(2) Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação das 
respostas emocionais)
(3) Funcionamento interpessoal
(4) Controle de impulsos
B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de situações 
pessoais e sociais.
C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do 
indivíduo.
D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a 
partir da adolescência ou do início da fase adulta.
E. O padrão persistente não é mais bem explicado como uma manifestação ou 
consequência de outro transtorno mental.
F. O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância 
(p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., 
traumatismo craniencefálico).
Critérios diagnósticos do DSM 5 TR para TP
CLUSTER A – “Os estranhos”
Transtorno de 
personalidade
Paranoide
Esquizoide
Esquizotípico
CLUSTER A 
“Os estranhos”
Caso 1
Carlos tem 38 anos, é casado, tem 2 filhos e trabalha no 
Banco Central. Foi encaminhado pela direção de sua 
repartição por estar criando mal estar entre os colegas de 
trabalho e por ter agredido um faxineiro.
Na entrevista, comparece com a esposa, que insistiu em 
comparecer. Mostra-se muito formal e visivelmente frustrado 
por ter de procurar assistência psiquiátrica. Tenso, examina o 
consultório o tempo todo de modo suspeito. É sério e fala de 
forma objetiva e lógica.
Caso 1
Em sua história, fala que está ali porque as pessoas estão 
armando para desmoralizá-lo diante do chefe e prejudicá-lo 
no emprego. Desconfia de várias pessoas no trabalho e sabe 
que falam dele pelas costas. Percebe seus olhares maldosos e 
desconfia até mesmo de sua secretária, pois ela fica muito 
tempo ao telefone conversando com outras pessoas da 
empresa. Tem certeza de que falam dele. Não fala de seus 
problemas e dificuldades nem para o amigo que o indicou 
para este trabalho.
Caso 1
Como já discutiu com algumas pessoas, guarda com 
rancor cada palavra que lhe foi dita. Fala que seus 
colegas têm inveja dele, por ser muito competente. 
Admira muito seus chefes e almeja chegar a um 
posto mais alto. Do faxineiro agredido, fala que ele 
se negou a cumprir uma ordem dada, ousando 
desafiar sua autoridade. Fala deste como um ser 
inferior.
Caso 1
A esposa diz que Carlos tira tudo isso de sua cabeça. Desde que se 
conheceram, ele conta histórias de pessoas que tentavam lhe prejudicar. 
No início, ela acreditava nisso, mas depois foi percebendo que as 
histórias se repetiam a cada novo ambiente em que ele frequentava. Ela 
não pode nem se dar o luxo de questioná-lo, pois ele sempre foi muito 
ciumento e desconfia seriamente de sua fidelidade. Chegou a prendê-la 
em casa uma vez para ir trabalhar. É emocionalmente frio e só trata bem 
os filhos quando eles fazem coisas da qual se orgulha, como vencer nos 
esportes ou tirar a melhor nota da classe. Porém, quando estes falham, 
trata-os com desdém e às vezes agressividade.
Transtorno de personalidade paranoide
Transtorno de personalidade paranoide
“O mundo é um lugar perigoso, e não se pode confiar nas 
pessoas, nem mesmo (e talvez especialmente) nas mais 
próximas. Esses pacientes precisam ficar alerta o tempo todo 
para garantir que ninguém esteja tirando vantagem deles, 
zombando ou fazendo planos contra eles. Nunca 
compartilham seus sentimentos e suas ideias, porque 
certamente serão usados contra eles. Nunca esquecem um 
menosprezo, perdoam uma rixa ou perdem a chance de se 
sentirem injustiçados.”
Transtorno de Personalidade Paranoide – Critérios Diagnósticos DSM
A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo que suas
motivações são interpretadas como malévolas, que surge no início da vida adulta e 
está presente em várioscontextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos 
seguintes:
1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado por
outros.
2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da confiabilidade de amigos e 
sócios.
3. Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que as informações serão usadas
maldosamente contra si.
4. Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou eventos benignos.
5. Guarda rancores de forma persistente (i.e., não perdoa insultos, injúrias ou desprezo).
6. Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos pelos outros e reage com 
raiva ou contra-ataca rapidamente.
7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
Transtorno de Personalidade Paranoide – Critérios Diagnósticos DSM
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de 
esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com 
sintomas psicóticos ou outro transtorno psicótico e não é 
atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição
médica.
Nota: Se os critérios são atendidos antes do 
surgimento de esquizofrenia, acrescentar “pré-
mórbido”, isto é, “transtorno da personalidade
paranoide (pré-mórbido)”.
A conversação (1974) O paranoide Harry
Harry Caul (Gene Hackman), expert em 
vigilância e conhecido nacionalmente 
por seu grande profissionalismo, é 
contratado pelo diretor de uma grande 
empresa para vigiar e gravar a conversa 
de um casal de amantes. Mas no 
passado um trabalho dele provocou a 
morte de três pessoas e agora ele teme 
que algo parecido aconteça.
Caso 2
Sérgio é um técnico de laboratório de 38 anos de idade, solteiro, que 
foi encaminhado por seu empregador, um cientista universitário, porque 
estava tendo dificuldades como participante da equipe de um projeto. Nos 
últimos 5 anos, estava empregado no laboratório, trabalhando em um projeto 
mais ou menos sozinho e tendo um bom desempenho. A renovação do 
financiamento que seu empregador recebeu há pouco, possibilitando a 
continuação do emprego de Sérgio, envolvia uma expansão do projeto. O 
empregador, por isso, contratou empregados novos e esperava que Sérgio os 
treinasse. Vários dos recém-contratados desistiram em 3 semanas, dizendo 
que era impossível aprender e trabalhar com Sérgio. Queixavam-se de que ele 
não provia nenhuma orientação e que era inamistoso e arrogante. 
Caso 2
Quando o empregador confrontou Sérgio com tais queixas 
após a desistência do terceiro, o paciente ficou apático e surpreso. 
Disse que estava tentando fazer o melhor e que não podia 
compreender as queixas. Admitiu que estava um pouco aborrecido 
com sua mudança de papel e que não estava muito claro o que se 
esperava dele. Seu empregador já o havia elogiado pelo 
envolvimento e acurácia com que trabalhava e estava relutante em 
perdê-lo, mas se deu conta de que o êxito da expansão de seu 
projeto estava ameaçado se Sérgio fosse incapaz de aprender a 
treinar e trabalhar com outros. Por isso, sugeriu que procurasse 
auxílio profissional para lidar com suas novas tarefas.
Caso 2
Durante a entrevista inicial, o paciente se descreveu como
um solitário que sempre se sentiu desajeitado e infeliz quando
forçado a se relacionar com os outros. Disse que vivia afastado
do resto da família. Quando solicitado a descrever seu
desenvolvimento ao longo da vida, tornou-se aparente que ele
nunca teve um bom amigo, nunca foi escolhido para estar em
equipes e nunca participou de qualquer atividade escolar. Sérgio
descreveu esses fatos de uma forma desligada e não parecia
perturbado com eles.
Caso 2
Disse que nunca namorou ou teve qualquer 
experiência sexual com outras pessoas, nem expressou 
nenhum desejo de fazê-lo quando questionado. Seu 
interesse pela ciência com um jogo de química que ganhou 
aos 13 anos, após o que passou muito tempo como 
adolescente conduzindo experimentos solitários. Quando 
questionado sobre como passava seu tempo de lazer, disse 
que apreciava jogos de computador. 
Transtorno de Personalidade Esquizoide
Transtorno de Personalidade Esquizoide
“Estes indivíduos basicamente querem ser deixados 
em paz. Ter contato com os outros é vazio, sem prazer, 
emoção, conforto ou significado. Eles escolhem as 
ocupações mais solitárias, vivem sozinhos, evitam 
encontros e não têm amigos de verdade. Outros os 
consideram “frios”, estranhos, distantes e formais em 
todas as situações sociais.”
Transtorno de Personalidade Esquizoide – Critérios Diagnósticos – DSM 5
A. Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa
restrita de expressão de emoções em contextos interpessoais que 
surgem no início da vida adulta e estão presentes em vários contextos, 
conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
1. Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte
de uma família.
2. Quase sempre opta por atividades solitárias.
3. Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais
com outra pessoa.
4. Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma.
Transtorno de Personalidade Esquizoide – Critérios Diagnósticos – DSM 5
5. Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares de 
primeiro grau.
6. Mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outros.
7. Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar 
ou depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou transtorno
do espectro autista e não é atribuível aos efeitos psicológicos de outra condição
médica.
Nota: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de esquizofrenia, 
acrescentar “pré-mórbido”, isto é, “transtorno da personalidade esquizoide
(pré-mórbido)”.
A GAROTA IDEAL
Transtorno de Personalidade 
Esquizoide 
A garota ideal
Lars Lindstrom (Ryan Gosling) é um homem tímido e introvertido, que vive na 
garagem de seu irmão mais velho, Gus (Paul Schneider), e sua cunhada Karin 
(Emily Mortimer). Lars apenas acompanha o desenrolar de sua vida, sem se mexer 
para algo. Até que um dia ele encontra Bianca, uma missionária religiosa, através 
da internet. O problema é que para as pessoas Bianca não é alguém real, mas a 
réplica de uma mulher, feita de silicone. Só que Lars acredita piamente que ela é 
um ser humano, o que faz com que se torne seu apoio emocional. Preocupados, 
Gus e Karin decidem procurar o conselho de uma psicóloga, que recomenda que 
concordem com Lars enquanto ele lida com seus problemas pessoais.
Lars sofre de transtorno de personalidade esquizoide.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
Transtorno de Personalidade Esquizotípica
“Os pacientes têm discursos desorganizados, comportamento 
desorganizado e dureza emocional, mas sem as ilusões e 
alucinações que transformariam o diagnóstico em Esquizofrenia. 
Há excentricidades de pensamento e comportamento, crenças 
estranhas e experiências perceptivas bizarras, mas tudo isso 
consistentemente fica abaixo do nível psicótico. Os sintomas e os 
comportamentos têm início cedo, são parte de quem a pessoa é 
e em geral mantém-se estáveis ao longo da vida.”
Transtorno de Personalidade Esquizotípica – Critérios Diagnósticos – DSM 5
A. Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto
agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos, além de distorções
cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico, que surge no início da vida
adulta e está presente em vários contex- tos, conforme indicado por cinco (ou mais) 
dos seguintes:
1. Ideias de referência (excluindo delírios de referência).
2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e 
são inconsistentes com as normas subculturais (p. ex., superstições, crença em
clarividência, telepatia ou “sexto sentido”; em crianças e adolescentes, fantasias 
ou preocupações bizarras).
3. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais.
4.Pensamento e discurso estranhos (p. ex., vago, circunstancial, metafórico, 
excessivamente elaborado ou estereotipado).
Transtorno de Personalidade Esquizotípica – Critérios Diagnósticos – DSM 5
5. Desconfiança ou ideação paranoide.
6. Afeto inadequado ou constrito.
7. Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar.
8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam parentes de 
primeiro grau.
9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e que tende a estar
associada mais a temores paranoides do que a julgamentos negativos sobre si
mesmo.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou
depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou transtorno do 
espectro autista.
Nota: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de esquizofrenia, acrescentar
“pré-mórbido”, isto é, “transtorno da personalidade esquizotípica (pré-morbido)”.
A fantástica fábrica de 
chocolate (1971 / 2005)
No filme “A Fantástica fábrica de 
chocolate” identifica-se no 
personagem principal, Willy 
Wonka, o transtorno da 
personalidade esquizotípica com a 
presença dos nove critérios 
diagnósticos.
CLUSTER B – “Os emocionais, errantes”
Transtorno de 
personalidade
Antissocial
Borderline
Histriônica
Narcisista
CLUSTER B 
“Os emocionais, errantes”
Caso 3
Janete, uma jovem de 16 
anos, estudante do 
ensino médio que vive 
em um ambiente familiar 
hostil, marcado por 
conflitos com o pai 
dependente de álcool.
Gilson, um rapaz de 
17 anos, que 
abandonou os 
estudos, sem 
ocupação estável e 
que faz uso abusivo de 
álcool e cocaína. 
Caso 3
Após se conhecerem, têm um relacionamento fortuito e a jovem, 
involuntariamente, engravida. 
Ele não reconhece a paternidade e desaparece. 
Ela tem de lidar com a revolta familiar, a falta de apoio e vive o drama 
de optar pelo aborto até o 4º mês, momento em que é informada dos 
altos riscos de tal procedimento. 
Janete leva a gestação a diante com acompanhamento pré-natal 
irregular e aumenta o uso de cigarro para lidar com a ansiedade nesse 
período. 
Ao cabo de 9 meses, tem o parto a termo sem intercorrências e dá à 
luz Lucas, um saudável bebê de 2,8kg.
Caso 3
Lucas mostra-se difícil já nos primeiros meses. 
Tem dificuldades para dormir, chora muito e custa a se 
acalmar. 
Isso gera a exaustão de Janete, que, aliada à lembrança do 
abandono do pai da criança, à vinda quase intrusiva do bebê e 
à interrupção precoce de sua vida juvenil, suscita sentimentos 
de raiva e culpa difíceis de serem elaborados e que acabam 
por comprometer o estabelecimento de um vínculo mãe-bebê 
saudável.
Caso 3
Boa parte dos cuidados com Lucas acabam por ser 
realizados pela avó materna. 
Na creche, o menino é agressivo com outras crianças e 
pouco tolerante a frustrações. 
Tem desenvolvimento neuropsicomotor básico adequado, 
mas apresenta hipercinesia* marcante e alguns déficits na 
expressão verbal. 
Hipercinesia: [Medicina] Excesso de movimentação de um órgão e/ou região específica do corpo, com maior 
extensão e rapidez desses movimentos, chegando ao estado patológico
Caso 3
A partir dos 12 anos, Lucas torna-se mais rebelde. 
Mata com frequência as aulas, já que para ele a escola não é um 
ambiente gratificante; realiza atos de vandalismo, como quebrar 
objetos da escola e telefones públicos; sua busca por identidade 
encontra eco em companhias de rapazes mais velhos que apreciam 
seu destemor para aventuras mais perigosas; o uso de cigarro e 
bebidas fornece-lhe a imagem de alguém que, por fim, está à frente 
de seus colegas da escola; e recusa-se a voltar para casa no horário 
determinado e passa a ameaçar a família caso o impeçam de sair. 
Caso 3
Aos 14 anos, no 9º ano do ensino fundamental, após várias suspensões e com 
aprendizado muito defasado, abandona a escola. 
Com sua avidez por novos estímulos, passa a usar cola, maconha e cocaína. 
Furta dinheiro e objetos de casa para comprar drogas; durante o uso, torna-se 
mais agressivo fisicamente e, nessas condições, realiza assalto à mão armada 2 
vezes. 
Aos 16 anos, associa-se a criminosos para traficar drogas e conseguir dinheiro 
para comprar uma moto e roupas de marca. 
Suas relações afetivas são fugazes e sempre com a intenção de ganhar algo.
Caso 3
Aos 18 anos desaparece e deixa 5 filhos não registrados com garotas da 
comunidade. Três anos depois, reaparece em casa dizendo ter se convertido a 
uma religião, mas não se sabe por onde andou. 
Aos 25 anos, torna-se autoridade em seu grupo religioso, casa-se e segue uma 
vida exemplar. 
Aos 28 anos, é preso por uma denúncia de abuso sexual e estelionato.
As investigações apontam para uma prática recorrente de outros abusos sexuais 
de fiéis da comunidade religiosa e associação sigilosa com o tráfico da 
comunidade local. Além de desvio do dinheiro da igreja para usufruto pessoal. 
Dias depois, os fiéis fazem uma manifestação em frente à penitenciária para a 
libertação de seu líder religioso.
Transtorno de Conduta
Transtorno de Conduta
“A criança (normalmente um menino) parece demonstrar pouco ou nenhum
respeito pelos pais, pela lei ou pelos direitos e sentimentos dos outros. Isso
resulta em um padrão persistente de maus comportamentos variados e
repetidos que envolve agressão física e verbal; roubo e destruição de
propriedade; engano, trapaça e manipulação; e violação das regras e das leis.
A criança atrapalha a família, se mete em confusões na escola e pode ter
contato periódico com o sistema judiciário. Os problemas são sempre “culpa
dos outros”.”
Observa-se crueldade com animais e crianças menores. Delinquência.
Pergunta: “O seu filho se mete em muitos problemas?”
Questões Diagnósticas Relativas ao Gênero 
O transtorno da personalidade antissocial é muito mais 
comum no sexo masculino do que no feminino. 
Têm havido algumas preocupações acerca da possibilidade 
de esse transtorno ser subdiagnosticado em indivíduos do 
sexo feminino, especialmente pela ênfase em itens de 
agressividade na definição do transtorno da conduta. 
Personagens femininos na teledramaturgia 
brasileira com TP antissocial
Nazaré Tedesco
Senhora do Destino
2004
Yvone
Caminho das Índias
2009
Carminha
Avenida Brasil
2012
Trilogia de Ulisses Campbel
Diagnóstico diferencial 
O diagnóstico de transtorno da personalidade antissocial não 
é dado a indivíduos com menos de 18 anos e somente é 
atribuído quando há história de alguns sintomas de 
transtorno da conduta antes dos 15 anos de idade. 
Para indivíduos com mais de 18 anos, um diagnóstico de 
transtorno da conduta somente é dado quando não são 
atendidos os critérios para transtorno da personalidade 
antissocial. 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Kalifornia (1993)
O silêncio dos inocentes (1991)
Transtorno de Personalidade Antissocial
“Estranhos desde cedo, estes indivíduos exibiam sintomas iniciais de Transtorno de 
Conduta; passaram por um estágio delinquente juvenil; e cresceram e tornaram-se 
adultos egoístas, manipuladores e cruéis, cujo interesse nas outras pessoas se 
limita àquilo que eles possam extrair delas. 
Seu charme disfarça falta de compaixão e uma mente calculista. Eles mentem, 
traem e manipulam sem empatia ou remorso pelo mal considerável que causam 
aos outros. 
São precipitados, impulsivos e podem agir fora da lei. É um transtorno comum entre 
criminosos e um preditor de violência e suicídio. Felizmente, (...) com frequência 
melhora com o amadurecimento na meia-idade.”
Transtorno de Personalidade Antissocial – Critérios Diagnósticos – DSM
A. Um padrão difuso de desconsideração e violação dos 
direitos das outras pessoas que ocorre desde os 15 anos de 
idade, conforme indicado por três (ou mais) dos seguintes:
1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a 
comportamentos legais, conforme indicado pela repetição
de atos que constituem motivos de detenção.
2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras 
repetidas, usode nomes falsos ou de trapaça para ganho ou 
prazer pessoal.
3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.
Transtorno de Personalidade Antissocial – Critérios Diagnósticos – DSM 5
4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por 
repetidas lutas corporais ou agressões físicas.
5. Descaso pela segurança de si ou de outros.
6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por 
falha repetida em manter uma conduta consistente 
no trabalho ou honrar obrigações financeiras.
7. Ausência de remorso, conforme indicado pela 
indiferença ou racionalização em relação a ter ferido, 
maltratado ou roubado outras pessoas.
Transtorno de Personalidade Antissocial – Critérios Diagnósticos 
– DSM
B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade.
C. Há evidências de transtorno da conduta com 
surgimento anterior aos 15 anos de idade.
D. A ocorrência de comportamento antissocial não se dá 
exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou 
transtorno bipolar.
Tratamento
Psicoterapia: mais fácil em instituições (hospitais e prisões). 
Limites firmes. Difícil separar controle de punição, e separar 
ajuda e confrontação de isolamento e retribuição.
Investigar história de abuso.
Medicamentos:
Tratar ansiedade, raiva, depressão, drogas e TDAH.
Anticonvulsivantes: comportamentos impulsivos.
Caso 4
Batista, 21 anos, brasileiro, solteiro, é prestador autônomo de serviços,
de origem católica. O paciente tem estatura e peso médios e,
geralmente, veste-se com simplicidade.
Na primeira sessão, Batista chegou com uma hora de atraso. Entrou no
consultório, aguardando a orientação sobre onde deveria sentar-se.
Logo depois, Batista disse que não estava à vontade e que nunca havia
ido a um psiquiatra. Batista aparentava bom nível de inteligência e
falava sobre diversos temas. Perguntou sobre hipnose e o seu uso na
terapia; falou de sua impulsividade e personalidade, ocorrendo uma
ideação paranoide.
Caso 4
Batista apresentava as seguintes queixas: sentia-se deprimido, caótico 
e um “vazio”; autoagredia-se, chegando a machucar-se; mudava de 
estado de ânimo sem razão aparente; indecisão; falhas de memória e 
atenção; dificuldade em lidar com as perdas; buscava uma razão para 
tudo isso. Gostaria de não ser tão distraído e “sem memória”, pois 
tudo isto prejudicava-o em sua vida. Comparou seu funcionamento 
cognitivo com o de um computador, que, quando tem muita memória 
ocupada, funciona lentamente ao se apertar o “enter”. Disse que, 
talvez, isto pudesse ter algo a ver com alguma memória antiga, algum 
trauma, etc.
Caso 4
As suas fantasias de cura pareciam estar ligadas a
expectativas imediatistas de melhora de seus sintomas:
gostaria de se submeter a uma hipnose ou queria ter uma
serra para abrir sua cabeça e ver o que o incomodava
tanto. Ideações paranoides foram detectadas logo na
primeira entrevista, nos momentos em que o paciente
relatava ter a impressão de que havia pessoas escutando-o
atrás da porta ou olhando pela janela.
Caso 4
Na infância, Batista era um menino que se considerava feliz até os 4 anos,
época de muitas brigas entre seus pais. Sua mãe, após trair seu pai, apanhou
do mesmo e foi expulsa de casa. O paciente disse que não conseguia sentir
nada ao se lembrar de tudo isso, mas pensava que deveria sentir. Após esse
fato, sua infância mudou bastante, para pior. Seu pai conheceu uma outra
mulher, que veio a ser sua madrasta. O paciente tinha o costume de brincar
com insetos mortos, os quais gostava de enterrar. Quando criança ajudava
seu pai no trabalho, a quem gostava muito de fazer perguntas. Batista era
chamado de “CDF” pelos colegas e outros garotos da escola, fato que odiava.
Até uma certa idade, urinava na calça, o que fazia-o sentir-se inferior ao seu
irmão. Nesta época, seu pai penteava o seu cabelo com bastante força, para
que ele não fosse discriminado na escola por sua ascendência materna negra.
Caso 4
Morava numa cidade do litoral e trabalhava numa discoteca. Quando expressou 
vontade de prestar vestibular, não foi estimulado pelos seus familiares. Na 
ocasião, tinha problemas de relacionamentos com as pessoas e sentia a falta de 
uma namorada. Há alguns anos, seu pai sofreu um derrame e ficou com os 
membros paralisados. Quando Batista sentia-se deprimido queria ficar sozinho e 
parado, sem fazer coisa alguma. Irritava-se quando os amigos lhe perguntavam a 
razão daquele estado; ele dizia que estava cansado, que estava com dor de 
cabeça, ou algo parecido. Gostava de fazer tudo por prazer. Às vezes, fazia gestos 
e sentia coisas estranhas: tremedeira, inquietude, sentimento de caos e vazio, 
batia em sua própria cabeça ou plantava bananeira e perdia a noção do passado 
e só tinha consciência do presente. Sentia-se muito inseguro e superficial. 
Caso 4
Na universidade teve uma namorada (Débora), mas há cerca de três anos 
está sozinho e, quando angustiado, se envolve com prostitutas. Por vezes 
gasta muito dinheiro com compras supérfluas. Seus conflitos com as 
pessoas são constantes, pois espera muito delas e, quando elas cometem 
mínimos erros, ele as trata como se fossem as piores pessoas do mundo. 
Teme absurdamente não ser aceito ou ser abandonado, o que causa a 
maior parte dos problemas com as pessoas com quem se envolve, pois 
interpreta qualquer atitude diferente como um sinal de que vai ser 
abandonado. Isso geralmente causa crises intensas caracterizadas por 
ansiedade, agressividade, automutilações e ameaças de suicídio. Tem 
depressões recorrentes.
Transtorno de Personalidade Borderline
“Os pacientes têm relacionamentos intensos e frustrantes, cheios de grandes 
expectativas, que se degeneram em brigas ferozes e desapontamentos 
terríveis. 
Com medo de abandono, eles afastam as pessoas com exigências irreais, raiva 
implacável e expectativas (que acabam se concretizando) de que serão 
rejeitadas. Perdas reais ou imaginárias podem levar a tentativas de suicídio 
e/ou automutilação (...). Estas pessoas têm repetidos relacionamentos 
destrutivos, assim como baixa autoestima, podendo exibir agressividade e 
comportamento sexual impulsivo. A frequência de suicídio para a vida toda é 
alta (10%). Dentre os que sobrevivem, (assim como no TP Antissocial) 
frequentemente se verifica que tais características amenizam com a idade.”
Transtorno de Personalidade Borderline – Critérios Diagnósticos – DSM 5
Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem
e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no início da vida adulta e 
está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos 
seguintes:
1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado. (Nota: 
Não incluir comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo 
Critério 5.)
2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos
caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e 
desvalorização.
3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da 
autoimagem ou da percepção de si mesmo.
Transtorno de Personalidade Borderline – Critérios Diagnósticos – DSM 5
4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (p. ex., 
gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar). 
(Nota: Não incluir comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo 
Critério 5.)
5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de 
comportamento automutilante.
6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor (p. ex., 
disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de 
poucas horas e apenas rara- mente de mais de alguns dias).
7. Sentimentos crônicos de vazio.
8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (p. ex., mostras 
frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes).
9. Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos 
intensos.
Prognóstico
• O transtorno é bastante estável, os pacientes mudam poucocom o passar do tempo.
• Porém, a psicoterapia mostra resultados impressionantes.
• Múltiplas internações
• Depressões, abuso de drogas, gastos excessivos e promiscuidade 
• Contratransferência ruim com os cuidadores
• Polifarmácia
• Podem ter um padrão de sabotagem pessoal no momento em que uma meta está para ser 
atingida (por ex., abandono da escola logo antes da formatura; regressão grave após conversa 
sobre os bons rumos da terapia; destruição de um relacionamento bom exatamente quando 
está claro que ele pode durar).
• Alguns indivíduos desenvolvem sintomas semelhantes à psicose (p. ex., alucinações, distorções 
da imagem corporal, ideias de referência, fenômenos hipnagógicos) em momentos de estresse. 
• Indivíduos com esse transtorno podem se sentir mais protegidos junto a objetos transicionais 
(i.e., animal de estimação ou objeto inanimado) do que em relacionamentos interpessoais. 
Borderline
Garota interrompida
(1999)
Gia – Fama e destruição 
(1998)
Atração fatal 
(1987)
Borderline além dos limites
(2008)
Borderline
Igual a tudo na vida
(2003)
Sete dias com Marilyn
(2010)
Mamãezinha querida
(1981)
Borderline
O que ele pensa: Preciso impressionar. Darth 
Vader o instável. O vingador intergalático era 
desajustado em tudo: relacionamentos, 
autoimagem, afeto, comportamento. E teve 
o mesmo fim que 10% dos com 
transtorno borderline – o suicídio.
Revista Superinteressante, 2016
Maria Helena, personagem de Penélope 
Cruz no filme Vicky Cristina Barcelona 
(2008), é uma fotógrafa e pintora talentosa, 
belíssima, porém passional, de 
comportamento violento e autodestrutivo. 
Após uma das tentativas de suicídio de 
Maria Helena, Juan, o ex-marido, a leva de 
volta para casa. Lá se encontra Cristina, sua 
namorada. Os três passam a dividir o 
mesmo teto e assim acabam formando um 
triângulo amoroso. Penélope Cruz, em um 
dos melhores papéis de sua carreira, está 
visceral na pele de uma pessoa com 
características do transtorno de 
personalidade borderline.
Para os seres humanos que 
viveram nos tempos das 
cavernas, a sedução era uma 
forma de garantir reprodução, 
como também obter "favores" 
para sobrevivência. 
Porém, essa estratégia primitiva trazida para os dias atuais, resulta em um 
enorme e interminável dramalhão promovido por uma personalidade histriônica.
Transtorno de Personalidade Histriônica
“Ela é uma Blanche DuBois: sempre a bela exibicionista, usando charme, apelo
físico e sedução para ficar no centro das atenções. Seus relacionamentos e
emoções são intensos, mas superficiais, e estão sempre mudando (aspecto
camaleônico).
Ele chama a atenção se gabando sobre como é bom no trabalho ou sobre suas
proezas no futebol. Seus interesses e atitudes são facilmente influenciados
pelas outras pessoas ou pelo papel que exerce atualmente. Ele chega com
ímpeto e logo cria intimidade nos relacionamentos, mas cansa-se rapidamente
e não se sente apreciado.” Frequentemente suas crises o “impedem” de
trabalhar e seus relacionamentos com outros homens ou grupos masculinos
são frouxos e pouco íntimos.”
Transtorno de Personalidade 
Histriônico
Transtorno de Personalidade Histriônica – Critérios Diagnósticos – DSM 5
Um padrão difuso de emocionalidade e busca de atenção em excesso que surge no 
início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco
(ou mais) dos seguintes:
1. Desconforto em situações em que não é o centro das atenções.
2. A interação com os outros é frequentemente caracterizada por comportamento
sexualmente sedutor inadequado ou provocativo.
3. Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções.
4. Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para si.
5. Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista e carente de 
detalhes.
6. Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções.
7. É sugestionável (i.e., facilmente influenciado pelos outros ou pelas
circunstâncias).
8. Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são.
Histeria Masculina
✓ Sedução (amor de fachada)
✓ Crises coléricas
✓ Incapacidade de gozar (“a carreira do outro teria sido mais conveniente”; “a mulher do 
outro teria sido seguramente mais satisfatória, uma vez que mais desejável”; “a roupa que 
não compramos teria sido mais adequada.”)
✓ Sensação de impotência (ou luta pela negação da mesma): “virilidade no grito”
✓ Comportamento de ostentação
✓ Se coloca na posição de vítima
✓ Lamentações pelo que não tem.
✓ Fracasso ou comportamento de fracassado
✓ Problemas de ordem sexual: ejaculação precoce, anorgasmia, impotência, confunde 
desejo com virilidade.
Uma Rua Chamada Pecado
(1951)
...E o Vento Levou
(1939)
Transtorno de Personalidade 
Narcisista
É um padrão de:
✓ grandiosidade, 
✓ necessidade de admiração e
✓ falta de empatia.
Transtorno de Personalidade Narcisista
“Os pacientes são o centro do próprio mundo: especiais em todas as 
maneiras, exibidos e espetaculares, lendas em sua própria mente. Seu 
senso de autoimportância e de direito se sobrepõe a qualquer 
preocupação quanto às necessidades, aos problemas e aos sentimentos 
dos outros. Eles são arrogantes, soberbos e superiores e esperam que os 
outros demonstrem deferência e admiração. Desapontamentos 
frequentes acontecem quando eles e o mundo não conseguem dar conta 
de expectativas absolutamente irreais.
Idolatram e são subservientes com figuras superiores e menosprezam os 
que consideram inferiores.”
Transtorno de Personalidade Narcisista – Critérios Diagnósticos – DSM 5
Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), 
necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da vida 
adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou 
mais) dos seguintes:
1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância (p. ex., exagera 
conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem que 
tenha as conquistas correspondentes).
2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza 
ou amor ideal.
3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido 
por, ou associado a, outras pessoas (ou instituições) especiais ou com 
condição elevada.
Transtorno de Personalidade Narcisista – Critérios Diagnósticos – DSM 5
4. Demanda admiração excessiva.
5. Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e., expectativas 
irracionais de tratamento especialmente favorável ou que estejam 
automaticamente de acordo com as próprias expectativas).
6. É explorador em relações interpessoais (i.e., tira vantagem de 
outros para atingir os próprios fins).
7. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os 
sentimentos e as necessidades dos outros.
8. É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita que 
os outros o invejam.
9. Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.
O Retrato de Dorian Gray
(1945 / 2009)
Crepúsculo dos deuses
(1950)
House
Lançada em 2004, teve 8 
temporadas
Diagnóstico diferencial
Se um indivíduo apresenta características de personalidade que atendem aos critérios 
para um ou mais de um transtorno da personalidade, além do transtorno da 
personalidade borderline, todos podem ser diagnosticados. 
Ainda que o transtorno da personalidade histriônica possa ser também caracterizado 
por busca de atenção, comportamento manipulativo e por mudanças rápidas nas 
emoções, o transtorno da personalidade borderline distingue-se por 
autodestrutividade, ataques de raiva nos relacionamentos íntimos e sentimentos 
crônicos de vazio profundo e solidão.
Ideias ou ilusões paranoides podem estar presentes nos transtornos da 
personalidade borderline e esquizotípica, mas esses sintomas, no transtorno da 
personalidade borderline, são mais transitórios, reativos a problemas interpessoais e 
responsivos à estruturação externa. 
Embora os transtornos da personalidade paranoide e narcisista possam ser também 
caracterizados por reação de raivaa estímulos mínimos, a relativa estabilidade da 
autoimagem, assim como a relativa falta de autodestrutividade, impulsividade e 
preocupações acerca de abandono, distinguem esses transtornos do transtorno da 
personalidade borderline. 
Diagnóstico diferencial
Comportamento manipulativo
Transtornos da personalidade 
antissocial
Transtornos da 
personalidade borderline
Indivíduos manipulam para obter 
lucro, poder ou alguma outra 
gratificação material
Indivíduos manipulam para 
obter de atenção dos 
cuidadores.
Diagnóstico diferencial
O transtorno da personalidade borderline pode ser também distinguido do transtorno da 
personalidade dependente por seu padrão típico de relações instáveis e intensas.
Medo de abandono
Indivíduo reage ao abandono com 
sentimentos de vazio emocional, fúria e 
exigências.
Transtornos da personalidade dependente Transtornos da personalidade borderline
Indivíduo reage ao abandono reage com 
calma e submissão e busca urgentemente 
uma relação substituta que dê atenção e 
apoio. 
CLUSTER C – “Os ansiosos”
Transtorno de 
personalidade
Esquiva
Dependente
Obsessivo-
Compulsiva
CLUSTER C 
“Os ansiosos”
É um padrão de inibição 
social, sentimentos de 
inadequação e 
hipersensibilidade a 
avaliação negativa.
Transtorno de Personalidade Esquiva (Evitativa)
Transtorno de Personalidade Esquiva
(Evitativa)
“São pessoas assustadas, socialmente estranhas e mostram extrema 
sensibilidade a críticas ou rejeição. Qualquer forma nova de contato 
social envolve o terror da possibilidade de humilhação e a tentativa 
de evitar qualquer tipo de constrangimento. É muito mais simples 
dizer um “não” rápido a todo trabalho ou relacionamento social 
novo que possa ameaçar a segurança de seu casulo. Ao contrário 
dos Esquizoides, elas querem se relacionar e frequentemente têm 
alguns amigos antigos com quem se sentem seguras e íntimas o 
bastante para relaxar.”
Transtorno de Personalidade Esquiva – Critérios Diagnósticos – DSM 5
Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e 
hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida adulta e está 
presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
1. Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal significativo por 
medo de crítica, desaprovação ou rejeição.
2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza de que será 
recebido de forma positiva.
3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de passar vergonha 
ou de ser ridicularizado.
4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais.
5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de sentimentos de inadequação.
6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos 
outros.
7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em quaisquer 
novas atividades, pois estas podem ser constrangedoras.
Transtorno de Personalidade Dependente
Transtorno de Personalidade Dependente
“Estas pessoas se sentem idiotas e fracas; 
incapazes de cuidar de si mesmas, de tomar 
as próprias decisões ou de ficar sozinhas. Sua 
carência torna-as submissas e subserviente, 
dispostas a colocar as necessidades e as 
opiniões dos outros à frente das próprias. 
Elas farão o que for necessário para que alguém goste e cuide delas, lhes 
dê afeto e proporcione uma direção à sua vida.”
Transtorno de Personalidade Dependente – Critérios Diagnósticos – DSM 5
Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a 
comportamento de submissão e apego que surge no início da vida adulta e 
está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) 
dos seguintes:
1. Tem dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma quantidade 
excessiva de conselhos e reasseguramento de outros.
2. Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte das 
principais áreas de sua vida.
3. Tem dificuldades em manifestar desacordo com outros devido a medo 
de perder apoio ou aprovação. (Nota: Não incluir os medos reais de 
retaliação.)
Transtorno de Personalidade Dependente – Critérios Diagnósticos – DSM 5
4. Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta 
própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu julgamento ou 
em suas capacidades do que a falta de motivação ou energia).
5. Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de 
voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis.
6. Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido a 
temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo.
7. Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e 
amparo logo após o término de um relacionamento íntimo.
8. Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à própria 
sorte.
Caso 5
Catarina, uma gerente de 41 anos de uma loja de conveniências, vem para a 
avaliação por insistência do gerente regional de uma cadeia de lojas para a 
qual trabalha. Ela deixou de apresentar os últimos 4 relatórios periódicos à 
tempo e sua loja tem uma das classificações mais baixas de produtividade na 
cadeia, ainda que ela chegue mais tarde do que qualquer um dos outros 
gerentes e pareça estar ocupada a cada minuto do dia. Com frequência, a 
paciente se envolve em disputas com seus empregados e tem a taxa mais 
elevada de rotatividade de empregados na cadeia. Quando confrontada com 
esses problemas, insiste que sua loja está sendo dirigida de forma apropriada 
e conforme as regras – diferente de outras na cadeia, que estão mantendo 
padrões relapsos.
Caso 5
É fácil identificar a fonte de dificuldade na loja. Catarina insiste que seus 
empregados ponham as mercadorias nas prateleiras e as arrumem em linhas 
retas apuradas. Ela verifica todos os dados, verifica de novo e o faz várias vezes, 
razão pela qual os relatórios periódicos nunca chegam a tempo. Ela 
microgerência cada aspecto do funcionamento da loja, e, em consequência, sua 
atuação leva subgerentes a estarem sempre se transferindo para outras lojas. 
Em vez de apreciarem a supervisão constante de Catarina, seus subgerentes a 
acham aborrecida e desperdiçadora de tempo. De forma constante, ela elabora 
cartas, tabelas, gráficos e diretivas para os empregados. Desperdiça boa do seu 
tempo em cada manhã compondo uma lista elaborada do que fazer, o que 
nunca encontra tempo de terminar.
Caso 5
A paciente está casada há 15 anos e teve 2 filhos no início da adolescência. Seu esposo 
é funcionário dos correios. Ele relata ao psiquiatra que até a esposa começar a 
trabalhar na loja, 6 anos atrás, eles tinham muitos atritos conjugais porque ela 
necessitava supervisionar e dirigir cada aspecto de sua vida. Ela insistia em saber onde 
ele estava a cada momento e tinha tentado planejar todas as suas atividades de lazer. 
Ele disse que foi um grande alívio quando ela começou a trabalhar na loja e ficou 
ocupada demais para dar tanta atenção à sua vida. O marido diz que ele e os filhos têm 
dificuldade de persuadir a esposa a tirar férias, as quais não costuma ser muito 
divertidas quando ela concorda em ir. Catarina planeja o itinerário e as atividades de 
forma minuciosa e insiste que cada um deve participar no que foi esquematizado. Não 
é permitido que nada seja espontâneo ou não planejado, e ela espera que cada um 
passe seu tempo de forma “produtiva”, mesmo durante as férias.
Caso 5
Ela põe em ação seu perfeccionismo de forma franca. Ambos os pais eram 
austeros, esforçados e muito críticos. Não importava quanto ela trabalhasse ou 
quanto conseguisse, nunca parecia ser o suficiente. Ela começou a ser uma 
emprega em sua própria casa aos 5 anos e passou a fazer o trabalho de casa para 
outros aos 9 anos, de modo que pudesse economizar dinheiro (“Um real 
economizado é um real ganho”). Nada exceto notas 10 na escola era aceitável 
para seus pais. Se tirava 9,5 em um teste, a mão lhe perguntava: “Onde está o 
outro meio ponto?” Ainda que admita a atitude dos pais como dolorosae 
frustrante, a paciente se vê reagindo com seus próprios filhos da mesma forma. 
Embora tente elogiá-los por suas conquistas, sempre exige que trabalhem mais 
duro e se desempenhem melhor, mesmo quando se deram muito bem.
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva
“Esse indivíduos são perfeccionistas e controladores inflexíveis, que 
precisam acertar cada mínimo detalhe. Delegar tarefas para os 
outros é impossível, porque os outros nunca serão cuidadosos o 
bastante. A vida é controlada por regras, roteiros e rotinas rígidas. 
Sua escrupulosa atenção ao trabalho tira-lhes a espontaneidade, 
tranquilidade ou profundidade nos relacionamentos. Eles são 
avarentos com dinheiro, emoções e afeto e deixam claro que tudo 
deve ser sempre do seu jeito, ou eles “caem fora”.”
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva – Critérios – DSM 5
Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e 
controle mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e 
eficiência que surge no início da vida adulta e está presente em vários 
contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
1. É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, 
organização ou horários a ponto de o objetivo principal da 
atividade ser perdido.
2. Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de 
tarefas (p. ex., não consegue completar um projeto porque seus 
padrões próprios demasiadamente rígidos não são atingidos).
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva – Critérios – DSM 5
3. É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em 
detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por uma 
óbvia necessidade financeira).
4. É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto a 
assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por 
identificação cultural ou religiosa).
5. É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo quando não 
têm valor sentimental.
6. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que 
elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas.
7. Adota um estilo miserável de gastos em relação a si e a outros; o 
dinheiro é visto como algo a ser acumulado para futuras catástrofes.
8. Exibe rigidez e teimosia.
Referências
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48
	Slide 49
	Slide 50
	Slide 51
	Slide 52
	Slide 53
	Slide 54
	Slide 55
	Slide 56
	Slide 57
	Slide 58
	Slide 59
	Slide 60
	Slide 61
	Slide 62
	Slide 63
	Slide 64
	Slide 65
	Slide 66
	Slide 67
	Slide 68
	Slide 69
	Slide 70
	Slide 71
	Slide 72
	Slide 73
	Slide 74
	Slide 75
	Slide 76
	Slide 77
	Slide 78
	Slide 79
	Slide 80
	Slide 81
	Slide 82
	Slide 83
	Slide 84
	Slide 85
	Slide 86
	Slide 87
	Slide 88
	Slide 89
	Slide 90
	Slide 91
	Slide 92
	Slide 93
	Slide 94
	Slide 95
	Slide 96
	Slide 97
	Slide 98
	Slide 99
	Slide 100
	Slide 101
	Slide 102
	Slide 103
	Slide 104
	Slide 105
	Slide 106
	Slide 107
	Slide 108
	Slide 109
	Slide 110
	Slide 111

Continue navegando