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Sociologia das RI - Anotação das Aulas FMUA

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AULA 1 – 16/09 - SOCIOLOGIA
IDADE MÉDIA
→ Idade média: Indistinção (não separação) das esferas pública e privada.
→ Pessoas não sabiam ler/escrever, o que limitava o mundo medieval. Era um “mundo pequeno”.
→ Concepção de tempo da idade média era circular pois a vida no campo era marcada pelas estações do ano e ao redor das colheitas e seu processo de produção.
→ A concepção de ser-humano na idade média é estática (parada) pois aceitava-se o que o destino colocava para elas (ex: profissão era passada de pai pra filho). Não havia mobilidade social.
RENASCIMENTO
→ Mudança na concepção de espaço devido, em partes, à descoberta da America (1492). Surge um mundo “maior” pois há a descoberta de partes do mundo que antes eram desconhecidas.
→ Desenvolvimento da perspectiva.
→ Concepção de ser humano dinâmica (ao contrário de estática como era na Idade Média).
→ Ritmo de mudança.
INDIVÍDUO MODERNO
→ Igualdade Jurídica.
→ Fruto das suas escolhas.
→ desenvolvimento do “eu” da subjetividade. Individualismo/refletir sobre você mesmo.
DIMENSÕES DA INTERIORIDADE
→ Philippe Ariés. Fala de 3 grandes fatores que ajudaram no desenvolvimento do indivíduo moderno.
→ 1 – O novo papel do estado: A formação do estado moderno. Há a medição entre o público e o privado, importa-se mais sobre o que se faz em público. Direitos da pessoa como cidadão. O Estado intermedia a relação entre os homens.
→ 2 – Difusão da leitura e da alfabetização. Abrangência da visão de mundo.
→ 3 – Novas formas de religião (o protestantismo). Calvinismo, luteranismo, pietismo. Estímulo à oração solitária. Tradução bíblia fez com que o próprio indivíduo fizesse própria interpretação do texto.
→ Philippe Ariés fala que tudo isso gera pequenas transforações na vida cotidiana.
→ Literatura de civilidade: Manual de boas maneiras.
→ Leva ao desenvolvimento de uma outra relação com o corpo (individualismo físico/distanciamento).
PRÓXIMA AULA: DIÁRIOS, BIOGRAFIAS E AS CARTAS.
AULA 2 – 23-09 – SOCIOLOGIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
INDIVIDUALISMO DO INDIVÍDUO MODERNO (continuação da aula 01)
· Cartas começaram à ser trocadas; diários e autobiografias começaram à ser feitas também, o que gerava um relato sobre sí e retrata um reconhecimento do próprio ser que é presente no individuo moderno.
· Gosto pela solidão do indivíduo moderno.
· Amizades são construídas e começam a ser mais importantes na vida das pessoas.
· Gostos são desenvolvidos (cultivo de saberes sobre um assunto). Livros começam a ser feitos sobre esses gostos específicos de cada indivíduo.
· Casa: diversificação dos cômodos onde, anteriormente, não haviam (sala de estudos, sala de jantar, sala de visitas). Aumento dos espaços de circulação (corredores, hall de entrada, etc) que permitia ir de um cômodo ao outro sem passar por certo cômodo e “cruzar” com pessoas, o que retratava esse individualismo.
A CIDADE MODERNA (Revolução Industrial, Transformações do Século XIX e Exposições Universais)
· A revolução industriou mudou a vida das pessoas em vários aspectos e novas demandas foram criadas. Trouxe também a miséria e descontentamento; as mulheres recebiam bem menos que os homens, os homens não conseguiam emprego pois o salário dos mesmos era muito caro e, sendo assim, quem trabalhava eram suas mulheres e crianças (aumento de alcoolismo entre homens devido à isso). 
· Século XIX foi marcado por dualidades opostas. Por um lado, havia a ideia de progresso e um sentimento de otimismo (novas invenções, progresso industrial, etc), porém também havia um sentimento de desordem e, enquanto uns se beneficiaram da revolução, outros eram explorados.
· As cidades são o palco dessas transformações pois muitas pessoas se mudavam para as cidades em busca de coisas melhores, porém as mesmas cresciam de forma desmesurada (aumento enorme/concentração da população nessas cidades). 
· Com o crescimento das cidades surge o fenômeno da multidão e o anonimato que vem com essa ela e, em consequência, a liberdade. 
· Surge a luz/energia elétrica e a sociabilidade noturna (bares, cafés, etc) e o trabalho noturno/em turnos.
· Surgimento dos trens, encurtando as distâncias entre pessoas e produtos (roupas, comidas, etc), assim como a informação. O trem também impôs uma precisão no tempo que não havia antes (pois antes não havia uma precisão na contagem do tempo, em uma cidade podia ser um horário e em outra cidade um horário diferente. O tempo era dado belas badaladas dos sinos da igreja, contados em “x” tempo baseado em ações, etc).
· A SEDE PELO NOVO: Querer algo simplesmente porque aquilo é novo/novidade.
· Embotamento da capacidade de discernir/atitude blasé. Na metrópole, somos bombardeados por estímulos o tempo todo, gerando essa indiferença.
AULA 3 – 30-09 – SOCIOLOGIA
· EXPOSIÇÕES UNIVERSAIS
· Exposições universais surgiram no século 19, na Inglaterra, e eram exposições de produtos de todos os países, a ideia é que cada país levasse o que tinha de melhor.
· A Torre Eiffel e Estátua da Liberdade é um exemplo de algo que foi feito para a exposição universal.
· No século 18, na França, existiam exposições de produtos industriais porém só participavam produtores locais.
· Aspectos das exposições universais: 
1) Aspecto Mercantil – Pois eram feiras de mercadorias que serviam para compra e venda de produtos, para ampliar as vendas e como mostruário de novos produtos.
· 
2) Aspecto Lúdico – Ligado ao lazer das multidões (a multidão surge nas exposições universais), são grandes eventos de massa onde ricos e pobres participavam. Tinham um aspecto festivo. Nivelavam ricos e pobres à categoria de multidão. A catraca, por exemplo, foi inventada para a exposição universal.
· 
3) Aspecto Ideológico Pedagógico – Havia uma preocupação de ensinar as massas, era um aspecto manifesto (declarado). O que se mostrava e se vendia nas exposições não eram só máquinas, também eram ideias (da burguesia) e tinham uma preocupação em informar, inventariar e explicar. Tinham uma preocupação enciclopédica do século 18 de tudo explicar. As exposições se preocupavam em instruir as pessoas sobre tudo que era mostrado. Algumas determinadas imagens eram mostradas e outras e escondidas (ex. quem manipulava as máquinas nestas exposições eram pessoas bem vestidas, bem alimentadas, etc ao contrário de quem realmente iria manipular essas máquinas na vida real), mostrando-se assim as ideias da burguesia:
· - Uma das principais ideias veiculadas/vendidas era a crença no progresso e na razão, num progresso unilinear e uma visão muito otimista do futuro. A razão era vista como libertadora.
- Também reforçava a ideia de “civilização” e colonização, afirmava a necessidade civilizatória dos povos “bárbaros” ou “primitivos”.
- Outra ideia vendida era a de nacionalismo (século 19 foi a era de formação e consolidação dos estados nacionais, serviu como elemento para construção e consolidação dos estados nacionais). Elas serviam para mostrar a supremacia de um país sob outro.
· INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO DE EMILIE DURKHEIM
· A Sociologia é marcada pela pluralidade epistemológica. Ou seja, há várias maneiras de estudar a sociologia de acordo com a definição/formas de pensamento de cada autor. 
· 1 – Motivações de Durkheim.
No século (XIX) 19 várias ciências estavam surgindo, a preocupação de Durkheim era estabelecer a sociologia como uma ciência/disciplina autônoma. 
· Ele era francês e ganhou a primeira catedra de sociologia na França (que era um cargo vitalício) na universidade de Bordeaux. 
· Publica um livro chamado “As Regras do Método Sociológico”. Ele estabelece o objeto de estudo (o que ela estuda) e o método (como ela estuda)
· Objeto da sociologia para Durkheim: Fato social.
· 2 – O Que é Fato Social
Para Durkheim a sociologia não estuda tudo que ocorre na sociedade, apenas fenômenos específicos. 
· Fatos sociais: São maneiras de agir, pensar e sentir exteriores aos indivíduos e que podem, ou não, exercer sobre eles um poder coercitivo e que são gerais para uma dada sociedade. Ou seja, as três características dos fatos sociais para Durkheimsão: Exterior ao indivíduo, poder coercitivo e geral. 
- Exterior ao indivíduo: O indivíduo não nasce com eles.
· - Poder coercitivo: Algo que se impõe à observação (existe quer eu queira ou não)
· - Geral: Pois ocorre em todas as sociedades, mas em cada uma ele pode desenvolver uma forma específica.
· Exemplo: Crime. A pessoa não nasce, ela se torna criminosa (exterior ao indivíduo). O crime existe quer a gente queira ou não (Poder coercitivo). É geral pois é algo que existe em todas as sociedades (apenas de se desenvolver de maneira específica já que algo que é crime em um país pode não ser em outro).
· Exemplo: Casamento. A pessoa não nasce casada, ela se casa (exterior ao indivíduo). Há poder coercitivo (existe mesmo sem a gente querer que exista ou mesmo sem a gente escolher se casar). E é geral (em cada lugar funciona de um jeito, ex: poligamia, poliandra, casamento homo afetivo). 
· 3 – Fato Social Normal e Patológico
(PRÓXIMA AULA)
AULA 07-10 - SOCIOLOGIA
· DURKHEIM
· Olhar o fato social como uma coisa (como algo que não se sabe definir). É necessário ter ao fato social uma atitude mental de distanciamento, olhar como se fosse um dado e entender que o fato social tem uma existência própria (que independe da minha vontade).
· É necessário desvincular o fato social a vínculos de valor (sem levar em consideração o “achar”, “gostar” ou “acreditar” próprio). Deixar de lado as noções prévias e sentimentos.
· Após, para estudo do fato social, é necessário definir muito bem o que eu quero estudar.
· Durkheim classifica o fato social em dois tipos:
1) Fato social normal: Como, por exemplo, o crime pois existe em todas as sociedades.
2) Fato social patológico: Alteração na sua frequência na sociedade. Se um fato social passa a acontecer muito ou pouco (aumento ou diminuição). O crime pode também se tornar patológico dependendo do aumento ou diminuição da sua frequência.
· Princípios do raciocínio de Durkheim: Para ele, a sociedade coage e pressiona os indivíduos. Vivemos para viver em sociedade. Durkheim estudou a religião, suicídio, trabalho e educação, que são temas relacionados devido estarem unidos entre si pelo interesse que Durkheim tinha era entender o que une as pessoas em sociedade (a coesão social une as pessoas em sociedade). Já o suicídio foi estudado por ser o contrário e ir contra essa coesão.
· Definição de suicídio de Durkheim: Chama-se suicídio todo caso de morte que resulta direta ou indiretamente de um ato (positivo ou negativo) executado pela própria vítima e que ela sabia que iria produzir esse resultado. 
· Ato positivo: Aquele que diretamente leva à morte / Negativo: Aquilo que indiretamente leva a morte (ex: parar de se alimentar).
· Para Durkheim o fato social seria a taxa de suicídio. Ele não olha o suicídio individualmente e sim através da taxa social. Ele nunca vai olhar algo individualmente pois a própria definição dele é baseada na taxa da sociedade (coletividade).
SUICIDIO PARA DURKHEIM (cont. aula 07/10) – aula 14/10 
→ Para Durkheim, o suicídio varia da razão inversa do grau de integração da:
Sociedade Religiosa.
Sociedade Doméstica.
Sociedade Política.
· Ou seja, quanto mais integrada a pessoa está integrada na sociedade, menor a probabilidade da pessoa cometer suicídio.
· Para Durkheim, a causa do suicídio são as causas sociais e não o acontecimento de fatos isolados.
Ele fala de três tipos de suicídio:
1) Suicídio Egoísta: É provocado pelo individualismo exagerado da sociedade. A pessoa se preocupa só com ela e, portanto, a proporção dos problemas da pessoa parece “maior” do que é. Falta de relativação e levar em consideração os problemas dos outros. 
Durkheim afirma que o suicídio era menor em mulheres (devido, na época, eles estarem menos integradas em sociedade e o que ocorria em sociedade afetar menos elas), crianças (por estarem em processo de integração social e não ainda integradas) e idosos (por terem passado da fase de integração social).
2) Suicídio Altruísta: Ocorre mais em sociedades tradicionais (não industrializadas). Ocorre devido elas estarem extremamente integradas. É quando é um dever social se matar/algo esperado. Se enquadra em 3 categorias. 1) Suicídio de homens que chegaram ao limiar da velhice. 2) Suicídio de mulheres por ocasião da morte do esposo. 3) Suicídio de fiéis ou servos por ocasião à morte do chefe. Ou seja, se você não se matar você será mal visto na sociedade. (Ex: Jonestown, Servos se suicidando para serem enterrados com imperadores/faraós,etc).
3) Suicídio Anômico: Nomus=regras. Decorrente da falta de regra sociais, normalmente devido à um desastre econômico. (Ex: Suicídios decorrentes da Crise de 29, Plano Collor e Grande Depressão. Ou seja, as pessoas perdem a suas posses/dinheiro/poder econômico e, devido à isso, se suicidam). 
AULA 21\10 – SOCIOLOGIA
DURKHEIM (cont)
→ Ele fala que taxa de suicídio é menor entre pobres do que entre ricos pois a vida dos pobres seria mais regrada e, de acordo com a sua teoria do suicídio anômico, o suicídio também aconteceria devido uma falta de regras.
WEBER – Introdução ao pensamento Weberiano
→ Um dos pais da sociologia alemã.
→ Sociologia do sentido. Compreensão social. (Ao contrário de Durkheim que é a sociologia da ordem e de Marx que é a sociologia da transformação).
→ São os indivíduos que, através de suas ações, dão sentido para a realidade. Os indivíduos que criam a sociedade. (Ao contrário de Durkheim que acreditava que a sociedade que se impõe aos indivíduos e para Marx que a sociedade cria o indivíduo e o indivíduo cria a sociedade).
A realidade e ciência para Weber:
Realidade: 
→ Por principio (parte desse raciocínio), a realidade para Weber tem três características: infinita, caótica e desorganizada. 
→ Ela é, então, inapreensível na sua totalidade (ou seja, não dá pra entender totalmente a sociedade para Weber), só dá pra apreender a realidade por meio de pontos de vista (esses meios de ponto de vista são limitados e parciais dependendo das experiência e caractarísticas (genero, etc) da pessoa). Existem tantos modos de olhar a realidade quanto pontos de vida.
→ Para weber, a mente é finita no sentido de compreender a realidade e a relidade é infinita.
→ Conhecimento da realidade é algo fragmentado.
Ciência: 
→ Apesar de afirmar que a realidade é inapreensível, ainda vale a pena fazer ciência devido aos diferentes pontos de vista. Ele dá um “voto de humildade” aos cientistas, afirmando que conhecimento deve ser um valor apesar de nunca podermos entender totalmente a realidade.
→ Para Weber, a ciência parte de valores mas não fica presa neles. Ou seja, é necessário fazer um estudo o mais racional possível. Weber não trabalha com a idéia de Razão (uma razão absoluta), e sim com a idéia de Racionalidade (existindo várias formas de racionalidade, pode-se ser racional e irracional. Existem formas diferentes de raciocinar. A ideia de racionalidade depende do ponto de vista).
→ Ele diz que a ciência envolve duas características importantes: Trabalho (pois exige especialização) e paixão.
→ A ciência não diz o que devemos fazer, apenas mostra possibilidades/tendências. 
Tipo ideal/Método.
→ Método: Para Weber, o método é a contrução de tipos ideais. Ele não é ideal porque é uma idealização no sentido de algo que eu gostaria que acontecesse, e sim algo que é ideal pois é algo abstrato, é uma construção mental que não existe na realidade mas me permite olhar a realidade. Pois é algo construído à partir das características típicas de algo. assunto irá ser desenvolvido na prox aula.
CONCEITOS WEBERIANOS
Ação social:
→ Para Weber, assim como para Durkheim, a sociologia não estuda tudo que acontece em sociedade. Para Weber, ela estuda a ação social, o objetivo da sociologia seria compreender essa ação social.
→ Diferença entre comportamento, ação e ação social: Nem todo comportamento é uma ação. A ação é todo comportamento humano dotado de sentido (racional. Ex: estou com sede, pego um copo e bebo água).
→ Já a ação social é todo comportamento humano que,ao agir, a pessoa leva em consideração a ação/reação do outro (exs: A pessoa me corta no trânsito e eu xingo ela / Arrumei meu quarto pois queria deixar a minha mãe feliz / vou num aniversário porque senão minha amiga vai ficar brava comigo, etc)
→ Ela tem um sentido, é racional e leva o outro em consideração.
→ Quando fazemos uma pesquisa questionando o sentido (motivação) de algo, estamos fazendo uma pesquisa weberiana.
→ Para Weber, não é ação social comportamentos em massa/ sem pensar (ex: está chovendo e eu abro o guarda chuva pois todos também estão abrindo)
→ Tipos de ação social: 
· Ação social racional em relação à fins: Age racionalmente em relação à fins aquele que orienta a sua ação conforme os fins (objetivos), meios e consequências implicados nela prevendo a reação dos outros. Ex: Minha geladeira está quase sem comida, preciso ir no supermercado comprar comida para que meu filho não chore de fome (objetivo: alimentar meu filho / meio: ir ao supermercado / consequência: meu filho chorar de fome). / Ex2: 
· Ação social racional em relação à valores: Esse tipo de ação é sempre feita de acordo com “exigências”, isto é: a pessoa age racionalmente dentro de padões/valores pré-estabelecidos que ela aceita. Nesse tipo de ação, mas importante que o fim é o valor (modo de agir). Ex: Estou com fome e fui convidada para um churrasco, porém sou vegetariana então só como o pão no restaurante. Para mim, mais importante do que comer qualquer coisa, é o que eu como.
· Ação social afetiva: É aquela que ocorre movida por sentimentos (bons ou ruins). Ex:bato em uma pessoa pois ela me fez algum mal e aquilo me deixou com raiva.
· Ação social tradicional: Ela é determinada por um costume arraigado que se transformou quase que numa segunda natureza. Ex: fiz faculdade de direito pois todos em minha família fizeram direito. fazer algo quase sem pensa. 
→ Método: vide tipo ideal/método acima. [...Para Weber, o método é a contrução de tipos ideais.]
→ Relação social: 
→ Ela supõe reciprocidade de orientação. Ou seja, dois indivíduos agem um em relação ao outro mas não pressupoem recriprocidade de sentido. Probabilidade de dois ou mais indivíduos agirem socialmente um em relação ao outro. Ex: Convidei uma amiga para caminhar comigo no parque (caminhar no parque → é uma reciprocidade de orientação / porém eu estou caminhando para imagrecer e ela porque quer converssar comigo → não pressupoem reciprocidade de sentido). Ex2: Me casei com o meu marido (casar → reciprocidade de orientação / porém eu me casei por amor e ele porque quer dar o golpe do baú → não possui reciprocidae de sentido). 
→ Pode ter, também, o mesmo sentido mas não pressupõe a reciprocidade.
→ Tipos de relação social:
· Relação Social Comunitária: É aquela baseada no sentimento de pertencimento ao grupo. Ex: relação entre os familiares: me relaciono com a minha família porque eles são a minha família. 
· Relação Social Associativa: É aquela baseada em interesses pessoais racionais. Ex: Me relaciono com as pessoas do meu trabalho pois a empresa me paga um salário para me relacionar com elas. // Ex2: Continuar no grupo da sala porque é por lá que os alunos passam os textos das aulas.
NOTAS 28/11 (PERDIDA) – MARI LARI
WEBER
Dominação x Poder
Dominação tradicional
Dominação legal
Dominação carrismática
→ Dominação e Poder para Weber: O poder quer virar dominação.
Poder é a oportunidade que alguém tem de impor sua vontade sobre a de outras pessoas idependente mente da vontade delas. Poder independe de vontade.
Dominação ocorre quando alguém aceita outra que impõenha sua vontade sobre a dela. Está ligado à aceitar/tornar legítimo.
Porque as pessoas aceitam? Porque eu acredito em algo.
Dominação legal → Leis/regras.
Dominação tradicional → Tradição/costumes
Dominação carismática → Qualidade de quem domina (carísma). Profetas, etc.
Três tipos puros de dominação. Não é puro/ideal porque é bom, é ideal porque visam na realidade. A realidade para Weber é infinita, caótica e desorganizada.
Coreia do Norte → Líder tinha carísma, com o poder alcançado vira dominação.
Dominação legal. Tipo puro: Empresa. Idéia básica, qualquer estatuto pode ser criado. Baseado em leis e regras que mandam. “Superior”, relação associativa → Interesses pessoais racionais. Ele tem mérito profissional → Totalitário começa carismático depois vira legal.
Dominação tradicional. Tipo puro pratrarcal. Relação senhor/súdito. Relação comunitária. Costumes/tradições. Mais forte e comum.
Dominação carismática. Profeta, herói, guerreiro. Grande demagogo (qualidade de quem tem carisma). Líderes comunutários, carisma → Mais frágil de todos.
ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO E A ESPECFICIDADE DO CAPITALISMO OCIDENTAL
→ O capitalismo ocidental não tem haver apenas com dinheiro e lucro. Capitalismo para Weber é definido pela existência de empresas cujo objetivo é produzir o maior lucro e cujo meio é a organização racional do trabalho e da produção.
Empresa, lucro continuo racional + organização racional do trabalho.
Busca de lucro de forma racional. Não um lucro imediato, mas sim um lucro contínuo. 
Capitalismo ocidental é necessário: Trabalho livre, separação dos bens da empresa dos bens do dono da empresa e concabeidade racional.
Tudo isso está ligado com o racionalismo ocidental. 
Existe elementos irracionais nesta forma de raionalismo → Religião. Há um vínculo que une religião e capitalismo. → conduta inovadora dos protestantes.
LUTERO → Para ele o trabalho salva, é positivo.
CALVINO → Teoria da predestinação. A pessoa nasce/é predestinada por Deus para ir para o céu/inferno. Nada dá uma dica do que vai acontecer com você.
→ Trabalhar / não gastar com besteira / investir no fruto do meu trabalho → Cumprir com a vontade de Deus.
O trabalho era meio de expressar a salvação com o tempo de siansiomia num tempo num fim à si mesmo.
Trabalho pelo trabalho
Espirito do capitalismo → ganho sistemático de dinheiro. 
Vocação para o trabalho → resultado de um processo educativo / um querer cumprir da melhor forma.
Ética especial → uma conduta para vida.
Pré-capitalista → não utilizavam de prova racional o capital, não organizavam racionalmente o trabalho, não tinham “por natureza” ganhar mais.
O trabalho tornou-se um fim.
NOTAS 28/11 (PERDIDA) – MINHA NOTAS
Aula 3: Dominação x Poder / Dominação legal / dominação tradicional / dominação carismática
Dominação e Poder para Weber.
→ Poder: Quer virar dominação para se perpetuar. 
→ Poder: É a oportunidade que alguém tem de impor a sua vontade sobre a de outras pessoas idependentemente da vontade delas.
→ Dominação: Ocorre quando alguém aceita que o outro imponha sua vontade sobre a dela.
→ A diferença é que o poder independe da vontade; já a dominação tem sua base em aceitar que alguém imponha sua vontade sobre a minha, ela está ligada ao aceitar (legitimar).
→ Toda vez que eu aceito essa imposição, eu legitimizo o que a pessoa faz.
→ 3 TIPOS IDEAIS: Porque aceitamos que alguém imponha a sua vontade sobre a minha: 
· Pois eu acredito em algo/tenho a crença. (ex: aceitamos que o presidente imponha sua vontade sobre a nossa pois respeitamos as leis/regras) = DOMINAÇÃO LEGAL
· Tradição (Quando eu aceito um presidente/autoridade dos meus pais, etc eu legitimo) = DOMINAÇÃO TRADICIONAL
· Carisma (devido a qualidade de quem domina) = DOMINAÇÃO CARISMÁTICA
→ São 3 tipos puros de dominação: pois o objeto de estudo para Weber é a ação social, e o método para compreender a ação social são construções de tipos ideais (abstrações pois não existe realidade) (estudadas semana passada); Cada tipo de ação gera outra ação diferente; cada tipo de dominação um tipo de dominação diferente. São misturadas assim como o tipo ideal.
→ Dominação legal: 
· Tipo puro de dominaão legal é a empresa.
· Idéia básica: qualquer estatuto pode ser criado/modificado.
· Baseada em leis/regras.
· Quem manda: O superior. 
· Relação estabelecida: relação social associativa (aquela baseada em interesses pessoais racionais).
· Porquesuperior manda: pois ele tem mérito, já que ele é visto como um profissional.
→ Dominação tradicional: 
· Tipo puro: dominação patriarcal
· Relação senhor x sudito.
· Baseado: costumes/tradição.
· Quem manda: o “senhor”.
· Tipo de relação que estabelece: comunitária (fazer parte. Obedeço meus pais pois faço parte da familia)
· Legitimada pela tradição.
· Ex ligado ao Estado: Inglaterra quando era governada por ela. Os Ingleses aceitam ela devido a tradição/costume.
→ Dominação carismática: 
· Tipo puro: dominação do profeta (ele tem qualidades de lider), do herói guerreiro (é lider também) ou do grande demagogo (são vistos como lideres)
· Relação social: comunitária (fazer parte do grupo/comunidade)
· Quem manda: Lider
· Ele tem mérito: Pois tem carisma
· Idéia básica: qualidades de quem domina 
· Baseada: carisma
→ A mais frágil é a dominação carismática pois carisma é algo que muda muito rápido. Por isso quem chega ao poder pelo carisma logo muda a constituição/regras para dominar essa dominação carismática em dominação legal.
→ A que mais se perpetua é a dominação tradicional, baseada no costume. Começa à estipular a dominação passar de pai pra filho, surge a dominação de costume também. (Ex: N. Korea).
Weber: A ética protestante e o espirito do capitalismo. 
1- A especificidade do capitalismo ocidental
2 – a ética protestante e o espirito do capitalismo.
→ Ele quer entender o capitalismo ocidental; o porquê do capitalismo ter nascido no ocidente.
→ Capitalismo não ter haver apenas com dinheiro e lucro pois já havia dinheiro e comércio antes do capitalismo. Ele surge no ocidente em certo momento histórico.
→ Capitalismo para Weber: É definido pela existência de empresas cujo objetivo é produzir o maior lucro (continuo e racional) e cujo meio é a organização racional do trabalho e da produção (ou seja, é a soma do desejo de lucrar com a organização racional do trabalho).
→ Querer ganhar dinheiro não tem haver com capitalismo para Weber. O dinheiro existia antes, isso não caracteriza o capitalismo. O captalismo é caracterizado pela busca de lucro de forma racional (continua).
→ Para ter o capitalismo ocidental é necessário:
· Trabalho livre.
· Separação dos bens da empresa dos bens do dono da empresa.
· Contabilidade racional.
 → Tudo isso está ligado ao racionalismo ocidental. 
→ Weber diz, porém, que existe um elemento irracional nesta forma de racionalismo: a religião (religiões protestantes).
→ Ele procura a especificidade do racionalismo ocidental através do estudo das forças religiosas que influenciaram a conduta das pessoas na sua vida e o surgimento do capitalismo.
→ Para Weber há um vinculo que une religião e capitalismo → Há uma conduta inovadora nos protestantes.
→ Religião que levaria ao capitalismo: Calvinismo. Luteranismo apenas ajudou porém o calvinismo que trouxe.
→ Luteranismo: Para os católicos o trabalho era visto como um fardo, porém Lutero vê o trabalho de forma positiva. Para ele o trabalho salva. 
→ Calvino estabelece a teoria da prédestinação: Segundo essa teoria, a pessoa já nasce predestinada por Deus para ir ao paraíso ou ao inferno. Ou seja, ao contrário do luteranismo que acha que o trabalho salva, pra ele NADA salva. Para Calvino não existe nenhum modo de saber se você foi predestinado ao paraiso ou ao inferno. 
→ Por isso, deveriamos agir como se fossemos os predestinados ao paraiso. Naquela época isso quer dizer uma vida frugal: trabalhar e não gastar; acumular. E, então, reinvestir meu trabalho. O enriquecimento não é visto como satisfação pessoal e sim como cumprir com a vontade de Deus.
→ Isso gera um paradoxo: O trabalho que era meio de expressar (Expressar pois já se está predestinado) a salvação com o tempo se transforma com um fim em si mesmo (trabalho pelo trabalho, e isso gera o capitalismo).
→ Como fica o espirito do capitalismo à partir disso: ele diz então que o espirito do capitalismo está ligado ao ganho sistemático de dinheiro, com a vocação para o trabalho (resultado de um processo educativo onde olho o trabalho como um dever à ser cumprido da melhor forma possível) e à uma ética especial que é uma atitude positiva em frente ao trabalho. Essa ética especial é uma conduta para vida.
→ Pré-capitalistas: Eles não utilizava, de forma racional, o capital; Não organizavam racionalmente o trabalho; Não tinham o objetivo, “por naturaza” (não era natural), de ganhar mais/o tempo todo.
→ O trabalho deixa de ser uma expressão de salvação vira um fim. Trabalho pelo trabalho.
→ Esp. do capitalismo: trabalho como vocação. Trabalhar cada vez mais.
AULA 11/11
KARL MARX – Realidade, Princípios do Pensamento Marxista, Trabalho para Marx.
→ Marx =/= comunismo.
→ Realidade: Para Marx a realidade stá coberta por um véu de opacidade (há algo que cobre a realidade / não nos deixa enxerga-la). 
→ Capacidade de abstração deve substituir a observação: pois se eu observar eu não vou enterder a realidade portanto eu tenho que desenvolver a capacidade de abstração.
→ Para isso, é necessário construir categorias históricas/conceitos sobre a realidade que tentem explicar a mesma. 
→ Marx pensa de forma oposta aos empiristas pois ele acha que não basta observar para compreender.
→ Exemplo: Salário. O mesmo nunca é justo. Nunca recebemos pelo que trabalhamos pois o que produzimos vai para o lucro dos capitalistas porém parece que recebemos pelo que trabalhamos (já que está coberto pelo véu da opacidade).
→ Véu da opacidade: Ideologia. Ideologia é um processo de inversão do significado da realidade. A ideologia burguesa, por exemplo, faz com que pensemos que nosso salário é justo. 
→ Conhecer o mundo para Marx: Desvendar e desvendar é transformar. A sociologia de Marx é uma sociologia da transformação. Para Marx é necessário a revolução, a lógica de raciocínio dele leva ao mesmo.
→ Principios do raciocinio do Marx: Ele parte de certos pressupostos. 
1. Principio da totalidade: Para Marx é possível compreender a realidade em sua totalidade, ao contráriro de Weber. Para Weber as esferas do conhecimento estão separadas e cada uma delas tem sua racionalidade, já para Marx as esferas estão entrelaçadas e seguem a mesma lógica (da ideologia dominante, a ideologia burguesa).
2. O primeiro ato social e histórico é o ato da produção dos meios para a satisfação das necessidades: Trabalho. Como o trabalho é o primeiro ato histórico e social ele funda a humanidade. Os seres humanos se separaram dos animais à partir do momento em que começaram à produzir para satisfazer as necessidades → à partir do momento que começaram à trabalhar.
3. Toda lógica de Marx se baseia na possibilidade de transformação. Por isso, a análise de Marx involve uma teoria da mudança. Para ele, não existe um ser humano genérico: outros autores usam termos como “o homem”, “a vida”, etc .
4. Para Marx não existe um conhecimento puro ou neutro, todo conhecimento está ligado à quetões sociais.
5. Homens fazem e são feitos pela história. Por isso é possível a transformação (para Marx, a revolução), não precisamos aceitar as coisas como são pois também fazemos a história.
6. Principio de que os objetos cristalizam (materializam) as relações sociais. (Ex: um copo cristaliza as relações capitalistas de produção, é algo que é produzido em massa. Ex2: Roupas de tamanho único). 
Trabalho para Marx
→ Há diferença do que é trabalho para Marx e o trabalho no capitalismo.
→ O trabalho é o primeiro ato social e histórico. Para ele o trabalho significa uma relação com a natureza, uma relação transformadora da natureza (através da produção dos meios para a satisfação das necessidades). Ao trabalhar, o ser humano transforma a natureza e também se transforma. O trabalho humaniza o ser humano, nos diferenciando dos animais (para Marx, os animais não trabalham). Os animais não trabalham pois eles não transformam a natureza.
→ Trabalho = expressão do gênero humano. Por meio dele a gente se diferencia dos animais. 
→ O trabalho não é só uma relação com a natureza, ele é sempre uma objetivação tambémpois ele se materializa/cristaliza em objetos (no fruto do nosso trabalho). Ex: Uma Professora: o trabalho se materializa através de material de aula/documentos/grade/palestras. E porque ele deixa de ser energia (elo interno) e passa a ser algo externo (fruto do meu objeto, ex: aula). O trabalho está ligado com uma energia gasta: é uma energia que eu gasto e se materializa no fruto do meu trabalho.
→ O trabalho socializa o ser humano.
→ Todo trabalho gera estranhamento (alienação). Alienação é o estranhamento que eu tenho em relação ao fruto do meu trabalho. 
→ Capitalismo: No captalismo, esse estranhamento que acontece toda vez que eu trabalho é maior; A alienação é maior pois, no capitalismo, nem participamos de toda a produção. Já que eu não me reconheço no fruto do meu trabalho, fica mais difícil perceber que o salário não é justo e mais fácil aceitar o que a ideologia burguesa capitalista diz.
→ No captalismo, sofremos um processo de coisificação. Nos transformamos em uma coisa. Nós só interessamos para o capitalismo como energia. 
→ No capitalismo o trabalho deixa de ser expressão de gênero humano. Perco minha realidade/condição de gênero, me torno uma coisa e só interesso ao capitalismo como uma energia que produz mercadoria.
→ Se eu não participo de todas as etapas de produção, a alienação é maior. 
→ Importante: TODO trabalho aliena, não só no capitalismo. É que no capitalismo a alienação é maior.
→ Comunismo: É o resgate dessa condição humana que é perdida no capitalismo.
→ Para Marx, é impossível reformar/melhorar a sociedade pois a sociedade se baseia numa injustiça: a existência da propriedade privada, essa injustiça é a base de toda exploração do homem pelo homem. Quando o ser humano criou a propriedade privada (até mesmo antes do capitalismo), há essa exploração. O capitalismo só potencializa/aumenta o que já existia. 
→ A propriedade privada é o símbolo de toda desigualdade e, portanto, ela não deve existir pois ela expressa a desigualdade e é a base de toda exploração do homem sobre o homem.
→ Superar/acabar com o capitalismo através da transformação/revolução.
→ Toda história para Marx é história da luta de classe.
AULA 18/11 – SOCIOLOGIA
→ CONT. MARX – Salário x Lucro / Capitalismo e a sua superação
→ Salário no capitalismo: Marx mostra que não há salário justo pois ninguém ganha por aquilo que trabalha. O lucro (mais valia) é o excedente de trabalho realizado mas não pago.
→ O salário encobre a relação de dominação pois, como eu ganho pelo meu trabalho, parece, erroneamente, que eu ganho pelo que eu trabalho.
→ Como superar o capitalismo: O capitalismo é marcado por crises sistemáticas (crise da bolsa ne NY, etc). Ele alega que essas crises ficarão cada vez mais intensas e irão ocorrer em um intervalo de tempo cada vez menor (mais próxima e com mais intensidade). Pessoas não conseguirão mais viver em meio à tantas crises e os proletários iriam fazer a revolução. Só os proletariados fariam essa revolução pois só o proletariado é uma classe revolucionária. A burguesia já foi revolucionário pois já lutaram contra a nobreza porém agora a burguesia que é a classe dominante.
→ A revolução é uma luta da maioria pela maioria. Com o passar do tempo só haverá duas classes sociais: A burguesia e o proletariado. 
→ Com a revolução seria instalado o socialismo, que seria a ditadura do proletariado. Nela, ainda existiria a propriedade privada e ela seria, posteriormente, substituida pelo comunismo que aboliria a propriedade privada e seria o resgate da verdadeira condição humana. Começaria em um país e os partidos comunistas iriam se comunicar entre si e ocorreria a revolução em outros países.
FOCAULT – VIGIAR E PUNIR. Introdução; O texto e seus objetivos; o corpo e a pena (o espetáculo punitivo & a dor); o que punir.
→ Ele estudou: História da loucura, história da sexualidade, vigiar e punir, etc. Porém todas as obras estudam o poder e o corpo (o corpo não é neutro, ele expressa as relações de poder)
→ Ele estuda, no texto, os mecanismos punitivos. Não só como repressivos mas também como aspecto positivo (no sentido de construir algo: relações de poder). Ele estuda tecnicas ligadas a processos de poder. Ele critica o poder e a punição.
→ Ele olha a humanização da pena sob o ângulo do poder. Para isso, ele olha a entrada da alma no palco da justiça penal. 
→ Analisa também como o corpo é investido de relações de poder (do Rei). Ele mostra que o corpo está mergulhado no campo político.
→ LER PÁG 29 e 1: “quotes”. História do presente, entender o presente e, para isso, olhar o passado.
→ O objetivo do livro é fazer a história da alma moderna e um novo poder de julgar. Para isso, ele estuda a metamorfose (transformação) dos métodos punitivos.
→ Com o passar do tempo some o corpo esquartejado, suplicado, amputado. Desaparece o corpo como alvo principal da repressão penal. Ocorre entre o fim do século 18 e inicio do 19 (ele diz que a “festa da punição” vai acabando; Fim do espetáculo punitivo e da dor enquanto parte da pena.
→ Espetáculo punitivo: termina porque a punição, aos pouco, deixa de ser uma cena. Antes era uma cena pois se dava em praça pública e porque era representada no corpo do punido o que ele cometeu.
→ A confissão pública foi abolida, o peulorinho foi supresso, as obras públicas (trabalho público, onde se usava coleira, roupa colorida, etc) terminam, a marca a ferro foi abolida; A punição deixa de ser a parte comentada do processo, não é mais glorioso punir.
→ O essencial não é mais punir, o essencial passa à ser educar, rehabilitar e corrigir. A penas não deve mais fazer você sofrer fisicamente, e sim educar. Muda a relação corpo x castigo.
→ Dor: A própria idéia de pena muda, pois antes a pena deveria trazer dor à pessoa. O castigo passou de uma arte das sensações insuportáveis para a economia dos direitos suspensos (de ir e vir, de fazer as coisas na hora que você quer, etc. Agora são direitos suspendidos).
→ Um exército de profissionais (médicos, enfermeiros, psiquiatras, psicólogos, carcereiros, guardas, etc) substitui o carrasco.
→ A morte do condenado não deve mais ostentar a marca do crime cometido. 
→ A idéia de que todos devem ter a mesma morte. A guilhotina mata de maneira rápida e indolor. O criminoso passa a ter o rosto escondido pois a idéia é que irá se punir um crime que não tem rosto (idependente de classe social).
→ A dor é excluida da punição.
→ PORÉM: esse não é um processo linear. 
AULA 25/11 - SOCIOLOGIA
→ PROVA: TUDO À PARTIR DO SÉCULO 19. INCLUINDO STUART HALL.
→ A Michael Foucault: Vigiar e Punir
→ O Suplicio: era um tipo de pena. O suplicio não é a tortura para a confissão, ele ocorre depois que a pessoa é julgada e é estabelecida a pena pelo juiz.
→ O suplicio não era a pena mais frequente, mas quase toda pena tinha algo de suplicio (ex: banimento da cidade).
→ Suplicio: Pena corporal dolorosa, mais ou menos atroz (dor muito grande).
→ Foucault diz que o suplicio não estava ligado à barbarie ou a salvageria pois ele entende o suplicio como sendo uma tecnica ao serviço do poder do Rei.
→ Para ser considerada um suplicio, a pena deveria produzir, no corpo do detendo, uma certa quantidade de sofrimento.
→ É a arte de reter a vida no sofrimento.
→ O suplicio é um sofrimento regulado, calculado e, portanto, racional pois ele está ligado à um código jurídico da dor. Na realidade, o carrasco não matava como ele queria, mas sim de acordo com as estipulações. 
→ Ele dependia da gravidade do crime (se o crime fosse pior você sofria mais), além da figura do criminoso e seu nível social (um nobre, por exemplo, não sofria tanto quanto uma pessoa normal. Aliás, nobres quase não eram punidos pelo suplicio).
→ O suplicio obedecia regras para acontecer (tempo de agonia na fogueira, número de golpes de açoite, localização do ferro em brasa, tipo de mutilação, etc). Era estabelecido pelo juiz e não pelo desejo do carrasco.
→ O suplicio era um ritual para marcação das vitimas e a manifestação do poder que pune (do Rei).→ Era uma economia do poder (pois ele era quantificado).
→ O suplicio mostrava a verdade do crime: na maioria dos países todo processo era mantido em segredo (ex: o acusado não conhecia a acusação, as provas e os depoimentos; era apenas tirado de sua casa e levada para depor/à julgamento). Se a pessoa fosse acusada/indiciada a pessoa já era vista como meio-culpada.
→ O suplicio era o momento da verdade, o crime era reconstituido no corpo do condenado. 
→ A confissão era a principal prova. 
→ O corpo do condenado: era a peça principal dessa cerimônia pois ele expressava a verdade do que aconteceu. Eles faziam do culpado o arauto da condenação, o suplicio era ligado ao crime e acabava funcionando como prova (era necessário também confessar novamente em público).
→ O suplicio era um ritual político. O crime não atacava a sociedade (essa idéia foi desenvolvida depois), ele atacava o Rei (soberano). O suplicio era um cerimonial para reconstituir a soberania lesada. Atacar a lei era atacar o Rei.
→ A finalidade do suplicio não era a de fazer justiça, mas sim mostrar a assimetria de poder entre o Rei e os súditos. Ele mostrava a glória/ira do Rei.
→ O suplicio era feito em praça pública para mostrar para todo mundo a ira do soberano.
→ O suplicio era ambíguo: Ele era feito para todo mundo ver e para celebrar a fidelidade ao soberano, mas, ao mesmo tempo, o povo odiava o suplicio pois eram eles (as pessoas comuns) que sofriam ele. Elas tinham que assistir mas a maioria não gostava.
→ O PANOPTICO: Ele expressa alterações nas formas de vigiar e punir. Ele é resultado da soma da lepra com a peste (modelos de exclusão). Lepra + Peste = panoptico.
· Lepra: 
Quando uma pessoa pegava lepra, ela era exilada da sociedade.
Era marcada pela divisão maciça e binária entre leprosos e não leprosos.
Era marcada pelo grande fechamento: uma ver que ela era levada ao leposoário, ela era largada e não tinha como sair dali.
Ela era marcada à ferro, para as pessoas saberem que era ou não leproso.
A lepra é o sonho político: a comunidade pura.
· Peste: 
Na peste há o bom treinamento, pessoa analisada. Quando havia peste, os portões da cidade eram fechados e só algumas pessoas tinham o poder de entrar e sair para trazer comida, etc.
Recorre à separações múltiplas (pois, na peste, as pessoas não podiam sair de casa. Quando batiam na porta de casa e a pessoa não aparecia, ou ela estava morta ou era levada embora e não voltava mais).
Organização profunda das vigilâncias.
Itensificação e ramificação do poder (pois tinham pessoas que podiam sair da cidade pra levar comida, etc)
Todas as pessoas são conhecidas
Sonho político: Sociedade Disciplinar.
→ No século XIX (19) passa-se à tratar “leprosos” como “pestilentos”. Se passa à individualizar para excluir. O “leproso” era o habitante simbólico, o habitante real era: vagabundos, loucos, violentos, etc. Essas pessoas eram os “leprosos sociais” e passam à ser tratados como pestilentos ( individualizar para excluir).
→ (LER PÁG 166)
→ “leprosos” passam a ser tratados como pestilentos devido ao panoptico.
→ Panoptico: É um modelo de prisão. É o contrário da masmorra (a mesma era marcada pelo trancar, privar da luz e esconder). A única coisa mantida no panoptico é o trancar.
→ Os presos ficam cada um em uma cela, há um espelho na torre e o preso não sabe se há uma pessoa lá vigiando ou não, há grades para que o preso possa olhar a torre e a torre possa olhar o preso, o preso é sempre iluminado pela luz do dia. O panoptico devia induzir no detento um estado permanente e consciente de visibilidade (panóptico torna a pessoa visivel para garantir o funcionamento do poder). “vigilância permanente no efeito ainda que descontinua na sua ação”.
→ Panoptico foi criado por Benjamin Bentam: para ele o poder deveria ser invisível e não verificável. A idéia é: você, não sabendo onde o poder estar e não podendo verificar, você se comporta de acordo.
→ Esse modelo passa à ser expandido para a sociedade, criando a sociedade disciplinar:
→ Ex de modelo panoptico: Sala de aula com a prof em um degrau onde ela deve ficar ao ensinar / uma empresa com um local apenas para gestores e coord / Paranapiacaba
→ Foucault mostra que aquilo que nasceu como uma forma de prisão se espalha para a sociedade.

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