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<p>AULA 2</p><p>Pode-se definir sociedade como conjunto de pessoas com a mesma origem e que são regidas por regras comuns de convivência.</p><p>!!! Nem todo conjunto de pessoas poderá simplesmente ser definida como sociedade.</p><p>Requisitos de uma sociedade: finalidade social comum; manifestações de conjunto ordenadas e poder social. O homem para viver em sociedade abdica parte de sua liberdade para obedecer a regras. Os homens não escolhem viver ou não em sociedade, mas são manipulados por uma força ou instinto natural que os força a viver em sociedade (TEORIA NATURALISTA: o homem vive em sociedade por um impulso natural, decorrente de seu instinto verifica a cooperação, que auxilia o indivíduo a atingir seus objetivos com a ajuda daqueles que compõem determinada sociedade). TEORIA CONTRATUALISTA não acredita nesse elemento natural, atribuindo ao fenômeno social tão somente a escolha do homem que opta a viver em sociedade e não isolado.</p><p>Para Hobbes o homem é mau, egoísta, para ele o estado de natureza não era bom para se viver, sendo assim prefere um governo absolutista para manter a ordem e garantir a segurança. Locke afirma que a função do estado é interferir o mínimo possível na vida dos indivíduos, atuando apenas na mediação de conflitos e na defesa do direito à propriedade. Rosseau o Estado tem o papel de manter o interesse geral, a liberdade e igualdade reinava na sociedade. Suas ideias dão base para a democracia.</p><p>Teoria Determinista: a finalidade social está condicionada a uma série de fatores e leis naturais que impedem que o homem busque outro objetivo que não aqueles decorrentes dessas condicionantes.</p><p>Teoria Finalista ou Voluntarista: a finalidade social é de livre escolha dos homens que compõem determinada sociedade. A finalidade da sociedade é o bem comum.</p><p>AULA 3</p><p>O poder relação de duas ou mais vontades, sendo que uma irá sempre sobressair em relação à outra. Todos aqueles não aceitam essa necessidade (poder), seriam todos denominados anarquistas. Havia pessoas que negavam a necessidade de um poder social. Eram duas facções principais: cínicos e estóicos.</p><p>Cínicos: preconizava uma vida livre e natural, que não observasse valores e regras de condutas, sem maiores preocupações com outras necessidades que não estivessem relacionadas à convivência harmônica com a natureza.</p><p>Estóicos: buscam uma vida espontânea, que, pela relação também direta com a natureza, também induziria ao anarquismo.</p><p>Pode-se dizer que o cristianismo também induziria ao anarquismo, vez que condenava o poder.</p><p>AULA 4</p><p>Primários formados por ligações pessoais relacionadas à afetividade, família, o poder nos grupos sociais primários se dá mediante controle direto. Grupos secundários são formados pela identidade de interesses, relação impessoal e indireta, o poder é exercido de forma indireta e, normalmente uma determinada pessoa terá essa função</p><p>Sociedades de fins particulares (do indivíduo) são aquelas que possuem um objetivo definido, sendo de escolha dos membros daquela sociedade. Sociedades de fins gerais (do Estado), possuem um objetivo indeterminado e genérico.</p><p>A sociedade política de maior destaque é o Estado, que terá o papel de coordenar a sociedade de forma que os objetivos pessoais de cada membro não inviabilizem os objetivos de outros membros, lembrando que o objetivo genérico a ser alcançado é o bem comum.</p><p>AULA 5</p><p>Estado é uma ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em um determinado território. É uma reunião de pessoas, que estão ali aglomeradas em prol da realização seus interesses, que somente se tornarão possíveis devido ao controle e poder exercido pelo Estado.</p><p>3 Teorias do surgimento do Estado:</p><p>1-Estado sempre existiu, pois desde as sociedades primitivas há a existência de um controle e organização;</p><p>2- A sociedade é anterior ao surgimento do Estado;</p><p>3- Admite a existência dos Estados a partir do século XVII, quando o Estado foi totalmente determinado.</p><p>Formação dos Estados, pode-se dizer esta será originária (não dependem de um contrato, espontâneo) ou derivada (há um estado preexistente):</p><p>Formação originária natural, decorre de um processo espontâneo. Formação originária contratual haveria a participação da vontade dos membros que compõem a sociedade.</p><p>* teorias contratualistas têm em comum o fato de dependerem de um acordo dos homens.</p><p>Os Estados por forma derivada, é aquele pelo qual os Estados são formados por a partir de um Estado pré-existente.</p><p>Formação derivada por meio fracionamento: quando um Estado tem parte de seu território separado, e essa parte forma sozinha um novo Estado(colônias).</p><p>Formação derivada por meio de união: de Estados é aquele que dois Estados ou mais estados resolvem se unem, formando um novo Estado.</p><p>Estados Antigos- não havia qualquer divisão de poder ou de funções, caráter religioso aponta para a existência das influências divinas no poder.</p><p>Estado Grego- a principal característica comum é a existência da polis, ou seja, cidades-Estados ou sociedades políticas.</p><p>Estado Romano- base de formação (familiar que se expandiu), participação do povo nas decisões políticas, sentimento de superioridade dos romanos em relação aos outros povos.</p><p>Estado Medieval- cristianismo, invasões barbaras e feudalismo influenciaram na sua criação.</p><p>Estado Moderno- exercício de um poder central, soberania, povo, território e finalidade.</p><p>ELEMENTOS DO ESTADO:</p><p>Soberania (poder acima de todos os outros): de qualquer outro poder. Essa noção de poder supremo e ilimitado dos monarcas formaria, então, o conceito de soberania.</p><p>Jean Bodin: a soberania é o poder absoluto (não se limita em si mesmo, independente do tempo, do cargo e quaisquer leis e regras humanas) e perpétuo (pois a soberania será exercida por tempo indeterminado. O poder soberano só será limitado por leis naturais e divinas. SÓ DEIXA DE EXISTIR COM O FIM DO ESTADO.</p><p>Rousseau: a soberania pertence ao povo, seu legitimo titular. Ela é inalienável (exercício da vontade geral) e indivisível (a vontade geral deve refletir a participação do todo). O pacto social firmado pelos homens para a formação do Estado, forma um corpo político, dotado de um poder absoluto, que atua sobre todos e de acordo com a vontade dos membros e nos limites pré-estabelecidos por eles. o exercício da vontade geral, sendo está a vontade do corpo do povo e tendendo sempre ao bem comum.</p><p>Miguel Reale: a soberania é o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer, dentro do seu território.</p><p>A soberania, também, deverá buscar fins éticos e sociais e o bem comum, poderá impor seu poder, contando, inclusive com emprego de coação.</p><p>Características da soberania:</p><p>Una: não admite que 2 soberanias coexistam no mesmo estado.</p><p>Indivisível: se refere a todos aos fatos ocorridos, não admitidas várias partes separadas.</p><p>Inalienável: não pode ser repassado a outros que não seus legítimos titulares.</p><p>Imprescindível: não possui um tempo pré-estabelecido para o seu exercício.</p><p>Duguit: trata a soberania como vontade independente. Essa vontade deve ser exercida externamente. A soberania de um estado não poderá ser limitada por fatores externos.</p><p>Território: garante que a soberania seja exercida de forma eficiente, o território é o limite da atuação soberana do Estado.</p><p>É o espaço físico que compreende e limita uma determinada ordem jurídica, que será exercida exclusivamente dentro daquele determinado local. (Em um mesmo território não poderão coexistir 2 ordens jurídicas diferentes)</p><p>-Nenhum estado existe sem o seu território delimitado.</p><p>- A perda temporária do território não vai implicar na dissolução do estado desde que não seja definitiva.</p><p>-O estado poderá dele usar e até dispor, contanto que esteja dentro das finalidades do estado.</p><p>- Impenetrável: não pode outra ordem jurídica influir.</p><p>- Fronteiras: responsáveis pelos limites de um território. Podem ser naturais ou artificiais.</p><p>- Espaço aéreo: ainda não tem uma conclusão.</p><p>Povo: Elemento essencial do estado, diferente de população (relacionado a quantidade de pessoas), diferente de nação (origem, cultura e costume comuns), diferente de nacionalidade</p><p>(caracteriza cada pessoa pertencente à nação, laços históricos e culturais).</p><p>- Só a partir do estado moderno que a noção de povo surge livre de qualquer discriminação de classe.</p><p>- Povo: um determinado território deverá existir uma relação de subordinação (os polos da relação encontram-se em situações diferentes, sendo que uma parte está submetida ao poder de outra) e coordenação (as partes estão em situação de igualdade). POVO ESTÁ RELACIONADO C/ CIDADANIA.</p><p>- Cidadania é adquirida quando o indivíduo é integrado ao Estado mediante o preenchimento de certos requisitos elaborados por ocasião do próprio surgimento do Estado.</p><p>AULA 6</p><p>*Sem poder, o estado não poderia existir.</p><p>- O poder de Império (poder exercido internamente sobre os indivíduos) é diferente de soberania estatal (é autodeterminação do estado, tanto internamente o povo quanto externamente outros estados).</p><p>- Poder não dominante: o poder característico das sociedades que não são estados, o indivíduo participa voluntariamente ou involuntariamente. Ex: Club, igreja, escola.</p><p>- O poder dominante: é típico dos estados, que exerce de forma imperativa (possui força ativa). O poder dominante poderá ser exercido pelo uso da força. É originário (todos devem se submeter), pois é dele mesmo que decorre a noção desse poder, que será exercido mediante a elaboração e aplicação de leis. É também irresistível, depois quando encontrar resistência no seu cumprimento, tem a possibilidade do uso da força, de modo a coagir as pessoas a observá-lo.</p><p>O poder é político: sendo exercido de maneira absoluta e ilimitada. (Problemático)</p><p>O poder é jurídico: somente exercido mediante critérios e princípios elencados em lei. (Com base na lei)</p><p>- Hans Kelsen: defende que o poder é jurídico, afirma que no poder jurídico os indivíduos ao observarem as normas realizam condutas que constituem dever jurídico e caberá ao estado garantir que essas condutas se deem de acordo com a ordem imposta pelo poder do Império. O poder será exercido sobre os indivíduos para que possa atingir um fim. Não há qualquer vestígio de poder político (poder ilimitado). Afirma que há uma norma fundamental que é anterior a tudo e que não foi elaborada por ninguém, e que dela decorriam todas as outras, inclusive o poder do estado. (Foi criticado)</p><p>- Atualmente: concepção de que o poder é jurídico, a graus de juricidade do poder do estado, a vestígios de poder político. Segundo os graus de juridicidade o poder poderá ser exercido em seu grau máximo (quando se der totalmente de acordo com as normas jurídicas) ou mínimo (quando for exercido diretamente para a realização de um determinado fim, mas sem estar totalmente preso às normas).</p><p>Finalidades do Estado:</p><p>- Os fins do estado podem ser:</p><p>· Objetivos: uma finalidade buscada pelo estado condicionada a determinado período histórico e cultural.</p><p>· Subjetivos: o estado teria por finalidade equilibrar as vontades dos particulares com o estado.</p><p>· Fim expansivo: estado máximo que interfere em tudo, concedendo às pessoas condições de bem-estar, e de outro lado o estado deveria se expandir de forma ética, para se criar um estado moral. Problemática: risco de se tornar um estado totalitarista.</p><p>· fins limitados: o estado deverá atuar da forma menos intervencionista possível, os próprios indivíduos poderão alcançar o bem-estar e o desenvolvimento. Ao estado cabe apenas a função de vigilância. Problemática: se ausenta demais.</p><p>· fins relativos: o Estado conservar, ordenar e ajudar. É a mais coerente. O estado e o indivíduo evoluem juntos. O estado garante a equidade e a igualdade jurídica.</p><p>- Para que o estado possa atingir seus objetivos, deverá ser feito um juízo de ponderação entre as necessidades sociais e as possibilidades. O estado deve fazer uma lista de prioridades visando primeiramente as necessidades essenciais.</p><p>AULA 7</p><p>Estado: Quanto mais próximo a noção estiver ligado à ordem, mais jurídico será o conceito, por outro lado, quanto mais próximo estiver da noção de força, menos jurídico será o conceito de estado.</p><p>o estado exerce um poder soberano, limitado pelas regras do direito, que Visa o bem comum de um aglomerado de pessoas, que habita num determinado território.</p><p>Teorias a respeito da personalidade jurídica do estado:</p><p>· teoria ficcionista: o estado é ente artificial que não possuiria personalidade jurídica, mas mesmo assim poderia figurar como sujeito de direitos e deveres como se fosse uma pessoa jurídica.</p><p>· teoria realista: o estado é considerado uma realidade concreta, formada pelo pacto social. Representaria os interesses da coletividade objetivando assim o bem comum. O estado deverá primeiramente possuir personalidade jurídica.</p><p>Há 2 tipos de mudança da ordem do Estado:</p><p>1. Evolução (mais apropriada)</p><p>- Não representa uma ruptura, mas SIM 1 processo gradativo em que os novos valores e condições são naturalmente absorvidos pela sociedade e pela ordem existente. É necessário que o estado possua normas flexíveis e abertas às alterações, acompanhando cada realidade.</p><p>2. Revolução</p><p>É feita uma transformação no estado e na ordem existente uma vez que à ordem vigente é muito rígida e não acompanha a dinâmica da realidade. É feita uma ruptura total com a ordem existente criando uma nova ordem. Para ser considerada correta deve obedecer aos requisitos: legitimidade, utilidade e proporcionalidade.</p><p>AULA 8</p><p>A democracia é uma ideologia aplicada a um sistema de governo de um determinado Estado que garante ao povo representando a vontade popular, a preservação da liberdade e igualdade de direitos. O poder exercido pelo governo será controlado pelo povo.</p><p>*A democracia tem origem na luta contra os regimes de governos que tinham cunho absolutista.</p><p>· - Rousseau: foi o grande influenciador da democracia. Teve seu início em 3 grandes acontecimentos: Revolução Inglesa, Americana e Francesa, tem por base as ideias: soberania popular, participação popular no governo, da liberdade dos homens e a igualdade dos homens.</p><p>Há 3 tipos de democracia:</p><p>· Democracia Direta (problema: logística)</p><p>- Todos os cidadãos participam efetivamente do governo de seu Estado. (Não há representantes para manifestar a vontade popular.ex; Grécia)</p><p>· Democracia Semidireta (participação esporádica do povo)</p><p>- O povo manifesta sua opinião de determinados assuntos, por meio de alguns instrumentos:</p><p>1. Plebiscito: consulta ao povo antes de uma lei ser constituída, de modo a aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas. Concorda ou não.</p><p>1. Referendum: consulta ao povo após a lei ser constituída, em que o povo ratifica ("sanciona") a lei já aprovada pelo Estado ou a rejeita.</p><p>1. Iniciativa: os indivíduos elaborarem projetos de lei.</p><p>1. Veto popular: possibilidade dos eleitores de requererem que tal projeto seja submetido à aprovação popular. (não temos).</p><p>1. Recall: revoga eleição de legisladores e funcionários eletivos e para mudar uma decisão judicial.</p><p>· Democracia Representativa/Indireta (nosso modelo)</p><p>- A população escolhe alguns cidadãos para que atuem nas funções públicas em nome do povo: representantes agem em nome da coletividade (pode não agir quando acharem que não é certo.) O juízo de ponderação equilibra.</p><p>- Escolha do representante pelo voto (eleições livres e periódicas) Sufrágio universal.</p><p>- O mandato do eleito é irrevogável e por prazo determinado.</p><p>AULA 9</p><p>· O poder ser exercido por um, que reflita a vontade de todos. Dessa forma existe um mecanismo capaz de apurar a vontade popular, que se dará então pelo sufrágio (é o direito de votar e ser votado independentemente de fatores sociais, DEVE SER LIVRE).</p><p>· Em relação à extensão do direito de votar, verificam-se duas espécies: sufrágio universal e restrito.</p><p>OBS: antigamente, para votar eram impostas condições pelo próprio Estado para que a pessoa fosse apta a exercer tal direito, dependiam do contexto histórico (cor, condição financeira, as mulheres não podiam votar...)</p><p>· SUFRÁGIO RESTRITIVO: é o que sempre existiu na história, as pessoas que obedecer a determinadas condições para poderem votar.</p><p>· SUFRÁGIO UNIVERSAL:</p><p>fruto das conquistas sociais iniciadas desde a Revolução Francesa, busca a amplitude do direito de voto, que toda e qualquer pessoa possa exercer esse direito. FAZ PARTE DA CONSTITUIÇÃO.</p><p>· Restrições ao direito de votar: há a restrição por motivo de idade, uma vez que a pessoa somente adquire maturidade para exercer determinados atos da vida civil depois de completada uma idade, condição financeira da pessoa, sexo, nível de escolaridade e instrução;</p><p>*Analfabetos (mesmo que não possuam escolaridade, as pessoas hoje têm acesso à informação), deficiência mental a pessoa não possui discernimento suficiente para exercer os atos da vida civil;</p><p>*Deficiência física será uma restrição quando impedir que a pessoa manifeste a sua vontade, a pessoa não consegue sozinha expressar sua vontade estará excluída do direito de votar (é muito criticada pois, com o avanço da tecnologia, poderiam ser evoluídas as formas pelas quais se apure a vontade dos excepcionais.)</p><p>SISTEMAS ELEITORAIS:</p><p>· SISTEMA MAJORITÁRIO: é o mais simples, será eleito, o candidato que conquistar a maioria dos votos. Aspectos negativos: imperfeição, a maioria não representa toda a população, e a imprecisão, a solução apresentada é a apuração da eleição por meio da maioria absoluta dos votos, em que, para ser eleito o candidato necessita de 50% mais 1 (um) dos votos válidos. Foi criado o sistema de 2º turno, que consiste numa segunda eleição, apenas entre os dois candidatos mais votados;</p><p>· SISTEMA PROPORCIONAL: procurou-se privilegiar todas as opiniões que emanam da população, não se desprezam as minorias pois cada voto será relevante quanto mais votado um partido, mais cargos terá à sua disposição, os representantes das minorias não conseguem fazer impor suas idéias em razão de sua pequena participação, e por isso, esse sistema não se faz eficaz.</p><p>· SISTEMA DE DISTRITOS ELEITORAIS: o eleitor somente poderá eleger o candidato que irá atuar em seu distrito. Esse sistema dá possibilidade de as lideranças locais nunca serem derrubadas do poder, pois a influência de um pequeno distrito pode ser maior do que se imagina.</p><p>AULA 10</p><p>· Estado constitucional surgiu junto com o Estado democrático, ambos surgem em virtude da ruptura dos sistemas antigos (rev. burguesia).</p><p>· o Estado constitucional foi estruturado a partir do século XVIII, com os ideais das revoluções que preconizavam princípios naturais inerentes à condição humana, e que deveriam ser protegidos pelo Estado e, para isso, deveria ser limitado o poder do Estado para não prejudicar os direitos individuais de cada um.</p><p>· Com a chegada do iluminismo, ficou evidente que seria necessário que o poder do Estado fosse organizado. Três grandes motivos que possibilitaram o surgimento dos Estados constitucionais foram: princípios da valorização humana, limitação do poder do Estado e a racionalização do poder</p><p>OBS: a criação de um Estado constitucional se deu num processo revolucionário, afinal, os governantes tiveram de se render à limitação de seus poderes por meio de leis.</p><p>· cada Estado constitucional se deu de uma forma diferenciada, com o constitucionalismo, muitos Estados acabaram por optar por outro sistema de governo, distinto da monarquia.</p><p>· o poder constituinte sempre emana do povo, e assim, será considerada ilegítima as constituições que se prendam, tão somente, aos interesses de determinados grupos ou indivíduos, e não de toda a sociedade.</p><p>· a própria constituição quem fornece toda a organização e coerência de todo o ordenamento jurídico (está no topo).</p><p>*Os direitos humanos estão na Constituição, é anterior ao próprio Estado.</p><p>Foi na Id. Média, que ocorreu às primeiras declarações de direitos, a Constituição Inglesa fixou regras que limitavam o poder do monarca em favor do direito dos barões e do proletariado.</p><p>Na Inglaterra, intensificaram as afirmações de direitos individuais, que eram feitas através de preceitos gerais, de forma tais direitos estariam a salvo do poder dos monarcas e da própria lei.</p><p>Os direitos fundamentais decorreriam da própria natureza humana, e assim, seriam anteriores a qualquer manifestação estatal e por isso mesmo, o Estado não poderia atentar contra esses direitos.</p><p>Na França declaração teve uma repercussão antes nunca vista, e era de cunho universal e válido para todos os homens, livres e iguais caberia a qualquer forma de Estado a proteção dessa condição humana.</p><p>No industrialismo do século XIX, foi surgindo uma população dividida em dois grandes grupos: indivíduos com poder econômico e indivíduos que nada tinham além da força de trabalho. O proletariado necessitava de proteção, pois não tinha nenhum direito a ser defendido, vivendo numa situação de grande exploração.</p><p>Após a II Guerra Mundial, a principal preocupação mundial era com a paz, a paz somente seria possível dentro de um contexto de isonomia dentro da sociedade, depois de um dispendioso trabalho de elaboração, esse documento foi editado e aprovado na Assembleia das Nações Unidas, intitulado como Declaração Universal dos Direitos do Homem, em 1948</p><p>AULA 11</p><p>A separação dos poderes do Estado é importante para que se garanta a liberdade dos indivíduos.</p><p>· o legislativo, o executivo e o judiciário trabalham de forma harmônica para o funcionamento do Estado.</p><p>· a liberdade do indivíduo será sempre respeitada pelo Estado.</p><p>· a separação de funções do Estado acabou por formar uma doutrina denominada sistema de freios e contrapesos, há dois tipos de atos: gerais e os especiais;</p><p>Os atos gerais são aqueles praticados exclusivamente pelo poder legislativo, pois as normas, criadas não se aplicam a uma realidade concreta e específica, mas apenas discriminam situações genéricas, abstratas e impessoais. Assim, evita que sejam concedidos privilégios ou prejuízos a uma determinada pessoa.</p><p>Já o executivo é que atuaria por meio de atos especiais, pois agirá visando uma situação concreta, mas ressalte-se que seus atos deverão observar os limites estabelecidos em lei.</p><p>Em caso dos poderes excederem suas funções, caberá ao poder judiciário fiscalizar, fazendo com que cada poder volte a atuar dentro de sua função!</p><p>A separação dos poderes é uma cláusula constitucionalmente defendida, as formas de manter a separação dos 3 poderes seriam através da delegação de poderes e da transferência constitucional de competências;</p><p>· A delegação de poderes é a possibilidade de um poder entregar a um outro órgão uma atividade que a princípio faria parte de sua função.</p><p>· Transferência constitucional de competências é a possibilidade de determinadas funções de um poder serem transferidas a outro por meio de um processo que altere a Constituição vigente num determinado Estado.</p><p>São falhas, pois essas duas formas mantém uma estrutura rígida.</p><p>· Formas De Governo modo pelo qual o Estado exercer o poder soberano: Monarquia e República.</p><p>· Sistemas De Governo forma para a estruturação e organização do poder soberano: Parlamentarismo e Presidencialismo.</p><p>· Forma de Estado forma pela qual o poder político é exercido em virtude de um determinado território: Unitário e Federal.</p><p>As formas de governo são as variadas maneiras pelas quais os diversos órgãos do Estado atuam em nome do poder.</p><p>Regime político abrangeria um aspecto mais amplo, um contexto político de um determinado Estado, e sistema de governo indicaria mais o relacionamento entre as funções do Estado, de executar e legislar.</p><p>**Aristóteles leva em conta o número de governantes:</p><p>· Realeza, em que apenas uma pessoa exerce o poder soberano, em caso de desvio de finalidade tirania;</p><p>· Aristocracia, no qual um determinado grupo é responsável pelo exercício do poder, em caso de desvio de finalidade oligarquia;</p><p>· Democracia, em que o poder será exercido pelo povo, em caso de desvio de finalidade demagogia.</p><p>** Maquiavel, acredita que todas as formas de governo têm um fim, então, a solução para que o ciclo seja quebrado seria a conjugação de todas as formas de governo em uma só.</p><p>Montesquieu, aponta outra forma de governo que será possível no Estado Moderno, além da república e da monarquia, que seria o despotismo (o poder</p><p>é concentrado nas mãos de uma só pessoa e essa pessoa o exerce de acordo com suas convicções pessoais, sem a observância de leis).</p><p>CARACTERISTICAS DA MONARQUIA: não há eleição, o poder decorre da hereditariedade, o monarca não tem a obrigação de explicar para a população as suas decisões e atitudes.</p><p>CARACTERISTICAS DA REPÚBLICA: forma de governo ligado à democracia, em que o governo é exercido pelo povo por tempo determinado, surgiu em razão das constantes lutas sociais contra a monarquia, são proibidas eleições sucessivas de uma mesma pessoa.</p><p>CARACTERISTICAS DO PARLAMENTARISMO: as decisões políticas são tomadas pelo chefe de governo, a quem está incumbido o exercício do poder executivo de um Estado, não há separação de poderes. O chefe do Estado tem como função principal representar o Estado, fornece um vínculo moral para a nação. A pessoa indicada para ser o primeiro ministro tem que representar os interesses da maioria do parlamento.</p><p>Outra característica marcante do parlamentarismo é o surgimento da responsabilidade política do chefe de governo. Responsabilidade política os membros do parlamento poderão ser responsabilizados por suas condutas, com a penalidade de demissão do cargo que ocupa.</p><p>No caso do Primeiro Ministro, essa situação pode ocorrer quando houver contra ele um voto de desconfiança (quando é verificado pela maioria dos membros do parlamento que o Primeiro Ministro contrariou a orientação política da maioria a que representa) ou ser verificada a perda da maioria parlamentar (seu partido perdeu a condição de maioria dos membros parlamentares, é substituído automaticamente).</p><p>CARACTERISTICAS DO PRESIDENCIALISMO: o chefe de Estado e o chefe de governo serem a mesma pessoa, ou seja, há acúmulo de duas funções. O presidente, enquanto chefe do executivo ficava dependente a executar as leis elaboradas pelo poder legislativo. O poder executivo é fixado unicamente pelo presidente, que dispõe de um corpo de auxiliares, denominados ministros, são escolhidos pelo próprio presidente, e poderão ser destituídos do cargo a qualquer momento que o presidente julgar conveniente. É escolhido por votação popular.</p><p>COLEGIO ELEITORAL: se um determinado partido obtiver a maioria dos votos populares dentro de um determinado estado, no que se refere ao sistema do colégio eleitoral, todos os votos eleitorais pertencerão àquele partido.</p><p>Os mandatos presidenciais são todos por prazo determinado para se evitar a manutenção no poder de um mesmo presidente. Findo o mandato, são convocadas novas eleições periódicas. Os projetos de lei são enviados ao presidente para verificação, e a este caberá a possibilidade de sancionar ou vetar o voto popular. Na prática de um ato criminoso e é retirado por meio do impeachment, 1 VANTAGEM é a rapidez na tomada e execução das decisões presidenciais.</p><p>· FORMAS DE ESTADO:</p><p>ESTADO UNITÁRIO há um único poder central, que é responsável por todas as atribuições políticas, em relação a todos os indivíduos e coisas de um determinado território.</p><p>ESTADO COMPOSTO é aquele que há vários centros de poder, que atuarão autonomamente entre si, pois é feita uma divisão de poder, os Estados federados são os exemplos mais característicos dessa forma de Estado.</p><p>*Origem da Federação: Treze colônias inglesas declaram-se independentes e constituíram-se em estados, reunidos por meio de uma confederação, garantiam a liberdade, soberania e independência de um estado em relação a outro.</p><p>CARACTERISTICAS DA FEDERAÇÃO: cada unidade federada recebe um nome: união, estados e municípios, Federação contribui para a preservação da democracia, uma vez que evita a concentração de poder e garante a participação, numa posição contrária, há autores que indicam a fragilidade do governo na Federação, pois como o poder é pulverizado não há a existência de um governo forte o bastante para atuar a favor das necessidades sociais existentes.</p><p>Os indivíduos que pertencem a um determinado Estado, não irão possuir duas cidadanias, mas a anterior será perdida, restando tão somente a do Estado Federado. As unidades da Federação possuem em comum uma Constituição, que obrigarão todos os entes, diferentemente das confederações, que têm por base um tratado, que se materializa num acordo de vontades, sendo que a parte, se assim o quiser poderá renunciar a sua participação, unidade federada possui autonomia política, embora essa seja limitada</p><p>Confederação trata-se de uma associação de estados soberanos que, em razão da semelhança de seus objetivos e planos políticos e mediante um tratado internacional, unem-se.</p><p>Entes federados precisam abdicar de suas respectivas soberanias em favor da existência de um governo federal.</p><p>· Caberá ao Estado proteger aqueles que não têm as mesmas oportunidades, se preocupando mais com a igualdade do que com a liberdade.</p><p>· A igualdade de oportunidades, que corrigiria as distorções, pois os indivíduos serão valorizados por critérios de mérito e de capacidade (de contribuir pela sociedade)</p>

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