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Didática do Ensino da Religios

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1 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO DA RELIGIOSAS 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 3 
1 - Didática do Ensino Religioso ...................................................................................... 4 
- O que discute a disciplina Didática do Ensino da Religioso? ........................................ 4 
1.2 - Pequena História do Ensino Religioso no Brasil ..................................................... 4 
1.3 - Diversidade religiosa e cultural ................................................................................ 7 
1.3.1 - Região Nordeste .................................................................................................... 8 
1.3.2 - Região Norte ......................................................................................................... 9 
1.3.3 - Região Centro-Oeste ............................................................................................. 9 
1.3.4 - Região Sudeste .................................................................................................... 10 
1.3.5 - Região Sul ........................................................................................................... 11 
1.4 - Organizações religiosas .......................................................................................... 11 
1.5 - Lugares sagrados .................................................................................................... 12 
1.4.2 - Os cultos dos judeus acontecem num templo chamado de sinagoga e são 
comandados por um rabino............................................................................................. 13 
1.4.3 - A tradição islâmica .............................................................................................. 14 
1.4.4 - Lugares sagrados para indígenas ......................................................................... 14 
1.4.5 - O rio Ganges ....................................................................................................... 15 
1.5 - Ritos e rituais .......................................................................................................... 17 
1.6 – A Vida e a morte .................................................................................................... 18 
1.7 - Como a morte é vista em diferentes religiões e doutrinas? .................................... 18 
1.7.1 - Filosofia ............................................................................................................... 19 
1.7.1.1 - Doutrina niilista ................................................................................................ 19 
1.7.1.2 - Doutrina panteísta ............................................................................................ 19 
1.7.1.3. Dogmatismo Religioso ...................................................................................... 19 
1.7.1.4 – Budismo ........................................................................................................... 19 
2 
 
 
1.7.1.5 – Hinduísmo ....................................................................................................... 20 
1.7.1.6 - Islamismo (Religião Muçulmana) .................................................................... 20 
1.7.1.7 – Espiritismo ....................................................................................................... 21 
1.8 - Igrejas evangélicas ................................................................................................. 21 
1.8.1 - Igreja Adventista do Sétimo Dia ......................................................................... 22 
1.8.2 - Igreja Batista ....................................................................................................... 22 
1.8.3 – Catolicismo ......................................................................................................... 22 
1.9 – Judaísmo ................................................................................................................ 22 
1.10 – Candomblé ........................................................................................................... 23 
1.11 – Umbanda .............................................................................................................. 23 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
4 
 
 
1 - Didática do Ensino Religioso 
Caro aluno, leia o texto disponível no link abaixo, nele você vai encontrar a 
legislação pertinente ao Ensino Religioso como área de conhecimento do currículo 
escolar e reflita sobre a prática docente e suas especificidades. 
Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf 
Assista ao vídeo da Profa. Diná Raquel Daudt da Costa 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=2LS1cJe3DCY 
- O que discute a disciplina Didática do Ensino da 
Religioso? 
A disciplina de Didática do ensino religioso se dedica no desenvolvimento de 
Metodologias para o ensino religioso e tem como objetivo discutir as diversas fases 
históricas da educação religiosa no Brasil, respeitando nossa diversidade cultural, A LDB, 
Lei n. 9.394/96 (BRASIL, 1996), o assegura no ensino fundamental (Artigo 33, com nova 
redação dada ao referido artigo pela Lei n. 9.475/97, BRASIL, 1996) e o Conselho 
Nacional de Educação, pelo seu Parecer 04/98 (BRASIL, 1998), ao estabelecer as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental, define a Educação 
Religiosa como uma das dez áreas de conhecimento. Gradativamente, também se abrem 
espaços em estados e em municípios para concursos e para a criação de cargo específico 
de professor de Ensino Religioso. Assim caracterizar os sujeitos do espaço escolar, 
identificar os diversos métodos e técnicas que contribuem no melhoramento da prática 
docente e no reconhecimento de planejamentos para os vários níveis de ensino. 
1.2 - Pequena História do Ensino Religioso no 
Brasil 
O ensino religioso nas escolas sempre tem sido alvo de controvérsias. Seria 
mesmo uma continuação do que se aprende nas igrejas, pelo motivo do seu próprio 
surgimento conturbado. Entre 1500 a 1800, o ensino religioso no país buscava integrar 
escola, igreja, sociedade política e econômica. O objetivo dessa época era fazer com que 
os alunos internalizassem os valores da sociedade. Percebe-se, que o projeto religioso da 
educação não conflitava com os interesses dos reis e da aristocracia. O que prevalecia no 
5 
 
 
ensino religioso era a evangelização da religião oficial, ou seja, da Igreja Católica e não 
dos protestantes, judeus, espíritas,entre outros. 
Em 1800 se estendendo até 1964, a educação estava ligada ao Estado-Nação, pois 
a escola seria pública, gratuita, laica para todos. A burguesia tomou o lugar da hierarquia 
religiosa e a educação manteve vinculada ao projeto da sociedade. 
Em 1890 a 1930 o ensino religioso passou por grandes controvertidos 
questionamentos, uma vez tomado como principal impedimento para a implantação do 
novo regime em que a separação entre Estado e Igreja se deu pelos ideais positivistas. 
Mesmo com a existência da laicidade do ensino nos estabelecimentos oficiais, o ensino 
da religião permaneceu ligado aos ensinamentos do catolicismo. 
De 1930 a 1937 o ensino religioso é de caráter facultativo, pois as aulas são 
ministradas conforme os princípios da confissão religiosa do aluno, manifestadas pelos 
pais e responsáveis. O ensino religioso seria uma disciplina ministrada nas escolas 
públicas primárias, secundárias, profissionais e normais. 
Mais adiante, os escolanovistas, através do Manifesto da Escola nova assinado por 
Anísio Teixeira e Fernando Azevedo e outros educadores, foram contrários ao ensino 
religioso nas escolas públicas, o motivo da laicidade, obrigatoriedade, a diversidade 
cultural e gratuidade do ensino público. 
No Estado Novo (1937-1945) o ensino religioso deixou de ser obrigatório para os 
alunos. Sendo que no terceiro período republicano (1946-1964) o ensino religioso foi 
contemplado como dever do Estado para com a liberdade religiosa do cidadão que 
frequenta a escola. A laicidade do Estado é legítima, mas não excludente do tipo de 
educação pleiteado pelo cidadão que frequenta a escola pública. 
Durante o quarto período republicano (1964-1984) o ensino religioso passou a ser 
obrigatório para a escola, pois o aluno poderia decidir em fazer ou não, no ato da 
matrícula, o ensino religioso. 
De 1986 a 1996, o ensino religioso buscou a sua redefinição como disciplina 
regular do conjunto curricular. O Ensino Religioso passou a ser facultativo, sendo uma 
disciplina dos horários normais das escolas públicas do ensino Fundamental. Marco 
histórico na Constituição Federal de 1988. 
A partir de 1996, com a nova LDB 9394/96 ocorreram transformações profundas, 
a escola deixou de ser um espaço unitário e tornou-se diversa, falando não da religião de 
um grupo privilegiado e sim das muitas religiões concorrentes e essas contradições da 
6 
 
 
sociedade foram trazidas para as escolas. O fim da hegemonia do catolicismo sobre a 
escola e a educação. 
No Brasil, existem grandes esforços pela renovação do conceito do ensino 
religioso, da sua prática pedagógica, da definição de seus conteúdos, natureza e 
metodologia adequada ao universo escolar. 
Partindo para os sujeitos do espaço escolar, é importante enfatizar que a educação 
é importante para o desenvolvimento do ser humano e da sociedade. Os dois principais 
personagens que fazem parte deste desenvolvimento são: o professor e o aluno. 
Na década de 2000, o professor deveria ser preparado, em seu curso de formação, 
para lidar com imprevistos de sua carreira, inovando sempre o seu cotidiano. Esta mesma 
postura também servia para o professor de Ensino Religioso, já que o mesmo faz parte do 
processo de transformação que a educação determina. 
O professor de Ensino Religioso, no exercício de sua prática pedagógica, precisa 
ser o mediador que envolva e leve o aluno interagir com o conhecimento religioso de 
maneira transparente, assim aceitando as diversidades étnica e cultural. Percebe-se que o 
aluno é o sujeito desta práxis religiosa em suas famílias e está em interação com o outro, 
nas igrejas e tempos que ele frequentar e a mesma contribui para a construção de seu 
arcabouço cultural. Todas as disciplinas devem participar desta interação, conduzidas 
pelo Ensino Religioso. 
Para ocorrer tal interação, a escola deve promover situações de aprendizagem que 
favoreçam o desenvolvimento das dimensões afetiva, física, intelectual, social e religiosa 
do aluno. A última é responsável pelo diálogo religioso, mostrando ao aluno uma nova 
forma de pensar e viver dentro da pluralidade religiosa existente nas escolas, nas ruas, nas 
próprias famílias, ou seja, no seu habitat. 
Identificar as metodologias que podem contribuir para o melhoramento da prática 
docente é de suma importância para essa análise. Apesar de todos os conhecimentos e 
temas serem apresentados pelo professor, os alunos recebem as informações. Porém, não 
precisam ser passivos nas aulas, podem realizar suas atividades de forma independente, 
coletiva, nisto é imprescindível a orientação do professor. 
As técnicas de ensino podem ser desenvolvidas em forma de discussão, onde os 
pequenos grupos debatem um determinado assunto, pois todas as ideias são aceitas e 
analisadas sob diversos ângulos, podendo ocorrer nessas discussões conflitos com 
qualquer regra previamente adotada. 
7 
 
 
Os alunos juntamente com o seu professor, podem realizar diversos outros 
trabalhos expositivos, como o trabalho de discussão circular, de cochicho, Phillips 66, 
grupo de verbalização e de observação, seminários, entre outros. 
Esses trabalhos mencionados podem ser desenvolvidos em todas as disciplinas, 
em conexão com o Ensino Religioso. Sua função é fazer com que os alunos reconheçam 
suas próprias capacidades e disposição para desenvolvê-las com dedicação, tomando a 
consciência das necessidades básicas do ser humano, reconhecer que todos possuem os 
mesmos direitos e deveres, respeitar as datas especiais como momentos de alegria e maior 
aproximação entre as pessoas, entre outros. 
O Ensino Religioso tem como objetivo favorecer a discussão em torno do contexto 
social existente e do desenvolvimento do censo crítico possibilitando a descoberta do 
diferente em nosso meio, evidenciando situações em que se manifeste a inexistência da 
ética e criando uma nova forma de convivência afim de que possamos viver como irmãos 
no exercício da cidadania. A disciplina em foco também propõe a viabilização e a 
reconstrução de uma ética no espaço escolar, comprometida com o seu projeto político-
pedagógico, visando capacitar o educando para participar como sujeito e artífice da sua 
própria formação buscando liberdade e na responsabilidade a dimensão ética na 
construção do ser e na revitalização de uma sociedade justa e solidária. 
1.3 - Diversidade religiosa e cultural 
Assista ao vídeo e reflita sobre a Declaração dos Direitos universais. 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=QeTkdpcO2TY - Diversidade religiosa e 
cultural no Brasil 
 
Foto: Manifestação cultural - carnaval no Rio de Janeiro* 
8 
 
 
A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre 
os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre 
outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças 
climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões. 
Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, 
a população indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, 
japoneses, alemães, poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade 
cultural do Brasil. Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regiões brasileiras serão 
abordados. 
1.3.1 - Região Nordeste 
Entre as manifestações culturais da região estão danças e festas como o bumba 
meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, 
reisado, frevo, cavalhada e capoeira. Algumas manifestações religiosas são a festa de 
Iemanjá e a lavagem das escadarias do Bonfim. A literatura de Cordel é outro elemento 
forte da cultura nordestina. O artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os 
pratos típicos são: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada de bode, sarapatel, acarajé, 
vatapá, cururu, feijão-verde, canjica, arroz-doce,bolo de fubá cozido, bolo de massa de 
mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, entre tantos 
outros. 
 
 
Foto: Festa do Nosso Senhor do Bonfim, Salvador, Bahia. 
9 
 
 
 1.3.2 - Região Norte 
A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As duas maiores festas 
populares do Norte são o Círio de Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a 
mais conhecida festa do boi-bumbá do país, que ocorre em junho, no Amazonas. Outros 
elementos culturais da região Norte são: o carimbó, o congo ou congada, a folia de reis 
e a festa do divino. 
A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e 
em peixes. Outros alimentos típicos do povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da 
mandioca cozida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de 
erva), camarão seco e pimenta-de-cheiro. 
 
 
Foto: Festival de Parintins (AM) 
1.3.3 - Região Centro-Oeste 
A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, recebendo contribuições 
principalmente dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São 
manifestações culturais típicas da região: a cavalhada e o fogaréu, no estado de Goiás; e o 
cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culinária regional é composta por arroz 
com pequi, sopa paraguaia, arroz carreteiro, arroz boliviano, maria-isabel, empadão 
goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal - como o pintado, pacu, dourado, 
entre outros. 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto: Procissão do Fogaréu 
1.3.4 - Região Sudeste 
 
Os principais elementos da cultura regional são: festa do divino, festejos da páscoa 
e dos santos padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de 
boiadeiro, dança de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis, 
caiapó. 
A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, 
do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os pratos típicos se 
destacam a moqueca capixaba, pão de queijo, feijão-tropeiro, carne de porco, feijoada, 
aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho, virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, 
pizza, etc. 
 
Foto: Feijoada 
11 
 
 
1.3.5 - Região Sul 
O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, 
principalmente, alemães e italianos. As festas típicas são: a Festa da Uva (italiana) e a 
Oktoberfest (alemã). Também integram a cultura sulista: o fandango de influência 
portuguesa, a tirana e o anuo de origem espanhola, a festa de Nossa Senhora dos 
Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a dança de fitas, boi na vara. Na culinária estão 
presentes: churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado 
(cozido de carne em uma panela de barro), vinho. 
 
Oktoberfest 
 
1.4 - Organizações religiosas 
Pessoa jurídica destinada a abrigar as instituições de cunho religioso. 
Normalmente arrecadam contribuições para manutenção dos templos e de seus entes 
participativos e para caridade. Costumam ser associações sem fins lucrativos e possuem 
imunidade fiscal. 
A justificativa para a expressa menção, em separado, das organizações religiosas 
está basicamente no fato de não poderem ser consideradas associações, por não se 
enquadrarem na definição legal do art. 53 do mesmo diploma, uma vez que não têm fins 
econômicos stricto sensu. Não podem também ser sociedades, porque a definição do art. 
981 as afasta totalmente dessa possibilidade. Poderiam enquadrar-se como fundações, 
pois assim o permite o parágrafo único do art. 62. Todavia, a instituição de uma fundação 
tem de seguir, além das normas do atual Código, lei específica que trata desse tipo de 
organização, cujas normas inviabilizam, para as igrejas, sua instituição. 
12 
 
 
Uma entidade religiosa não pode limitar-se a ter apenas um fim, pois a sua própria 
manutenção já presume movimento financeiro. Não é este, no entanto, o seu fim 
teleológico. Uma entidade religiosa tem fins pastorais e evangélicos e envolve a complexa 
questão da fé. A simples inclusão das igrejas como meras associações civis, com a 
aplicação da legislação a estas pertinentes, causaria sério embaraço ao exercício do direito 
constitucional de liberdade de crença. Sendo destinadas ao culto e à adoração, não 
possuem elas apenas as características das outras associações, constituídas para o 
exercício conjunto de atividades humanas cujo objetivo é a satisfação de interesses e 
necessidades terrenas, materiais. 
Seu funcionamento é distinto, seus interesses diversos, suas atividades diferentes. 
Devem, assim, aplicar-se às organizações religiosas, como pessoas jurídicas de direito 
privado, as normas referentes às associações, mas apenas naquilo em que houver 
compatibilidade. Assinala o Enunciado 143 da III Jornada de Direito Civil promovida 
pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho de Justiça Federal: “A liberdade de 
funcionamento das organizações religiosas não afasta o controle de legalidade e 
legitimidade constitucional de seu registro, nem a possibilidade de reexame, pelo 
Judiciário, da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus estatutos”. 
A propósito, decidiu o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que foi com o 
espírito “de proteção às entidades religiosas que a Lei Federal n. 10.825, de 2003, alterou 
o art. 44 do Código Civil, a fim de incluir as organizações religiosas e os partidos 
políticos, como pessoas jurídicas de direito privado e, ao mesmo tempo, acrescentar o 
parágrafo primeiro, o qual veda ao poder público a negativa do reconhecimento, ou 
registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. A vedação presente 
em tal artigo não pode ser considerada como absoluta, cabendo ao Judiciário tutelar 
interesses a fim de certificar-se, precipuamente, do cumprimento da legislação pátria, vale 
dizer, há que se averiguar se a organização religiosa atende os requisitos necessários ao 
registro do ato constitutivo” 
1.5 - Lugares sagrados 
1.5.1 - Uma tradição muito popular dos católicos no Brasil são as 
peregrinações a Nossa Senhora Aparecida, onde a santa fez sua aparição na cidade de 
Aparecida do Norte, a santa então ficou conhecida como a Padroeira do Brasil. 
13 
 
 
 
Foto: Catedral de Aparecida do Norte/SP 
 
Em 4 de julho de 1980 o papa João Paulo II, em sua histórica visita ao Brasil, 
consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior santuário mariano do mundo, 
em solene missa celebrada, revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de Deus e 
sagrando solenemente aquele grandioso monumento construído com o carinho e devoção 
do povo brasileiro. 
Disponível em: 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000014238.pdf 
1.4.2 - Os cultos dos judeus acontecem num 
templo chamado de sinagoga e são comandados 
por um rabino. 
Dentro das sinagogas existe uma arca que representa a ligação entre Deus e os 
judeus, na arca são arquivados os pergaminhos sagrados da Torá. 
 
O Muro das Lamentações, ou Muro Ocidental, (Qotel HaMa'aravi המערבי הכותל
em hebraico), é o local mais sagrado do judaísmo. 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d2/Santuario_nacional.jpg/300px-Santuario_nacional.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7b/Israel-Western_Wall.jpg/220px-Israel-Western_Wall.jpg
14 
 
 
Disponível em: 
 http://jerusalemdeouro.tripod.com/id15.html 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_das_lamenta%C3%A7%C3%B5es 
1.4.3 - A tradição islâmica 
O profeta Maomé obteve sua primeira visão em 610, quando meditava em uma 
caverna perto de Meca, sua cidade natal. 
 
Foto: Praça da Caaba. 
Depois da visão Maomé entendeu que a ordem era que pregasse a mensagem de 
Alá para o povo de seu país. A viagem de Maomé de Meca para Medina ficou conhecida 
como Hégira, porque a tribo dos curaixitas controlava a cidade e Maomé teve que sair 
fugido.Em 630 Maomé voltou a cidade com o exército e ofereceu a cidade paz, 
após Maomé tornou-a cidade sagrada e centro do islã. 
Disponível em: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caaba 
1.4.4 - Lugares sagrados para indígenas 
Os dois lugares que fazem parte do Kwarup, a maior festa ritualística entre os 
povos do Alto-Xingu – partilhada pelas nove etnias que formam seu complexo cultural –
, estão fora da demarcação do Parque Nacional. O pedido ao Iphan para tombamento dos 
lugares sagrados foi apresentado em 2008 com a intenção de garantir a conservação e o 
direito de acesso às comunidades indígenas ao local, além de preservar a cultura nos seus 
aspectos espirituais e religiosos das comunidades que participam do rito. 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/17/Supplicating_Pilgrim_at_Masjid_Al_Haram._Mecca,_Saudi_Arabia.jpg/300px-Supplicating_Pilgrim_at_Masjid_Al_Haram._Mecca,_Saudi_Arabia.jpg
15 
 
 
Neste ritual, Sagihengu é o lugar onde começa a cerimônia do kwarup e onde as 
comunidades indígenas afirmar ter ocorrido o Primeiro Kwarup em homenagem a uma 
mulher: a Mãe. O lugar também tem remédio para ficar forte e bonito, e para sonhar com 
vida longa. A cerimônia neste local homenageia, efetivamente, a vida, apesar de ser uma 
cerimônia funerária. O kwarup é uma festa para espantar a tristeza, para acabar com uma 
situação de luto e encaminhar o espírito para o outro lado, para o lado de cima. No 
Sagihenhu tem peixe, tem água, tem choro e tem alegria, tem morte que acaba e tem vida 
que começa, dá início a um novo ciclo de vida. 
Outro local sagrado é o abrigo rochoso Kamukuwaká, que também fica fora do 
parque e tornou‐se propriedade particular apesar da sua importância para a comunidade 
xinguana. Kamukuwaká é Sepulcro, é Ventre materno, local de vida e de morte, de 
passagem de um para outro. O lugar era prisão/sepulcro e local de renascimento, onde o 
cacique Kamukuwaká e seus parentes ficaram encerrados. Este povo, punido pelo Sol, 
invejoso de sua beleza, é o antepassado dos Waurá. Foi no abrigo Kamukuwaká que teve 
início o ritual de furação de orelhas, fazendo morrer o menino e nascer o homem. 
Disponível em: 
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=15201&sigla=N
oticia&retorno=detalheNoticia 
https://www.youtube.com/watch?v=UWah34xWGeE – Filme XINGU 
1.4.5 - O rio Ganges 
Esse rio há muito tempo é considerado um rio sagrado para os hindus, que o 
veneram na forma da deusa Ganga. 
16 
 
 
 
Foto: Rio Ganges. 
Os hindus reconhecem diversas cidades sagradas na Índia, 
incluindo Allahabad, Haridwar, Varanasi e Vrindavan. Entre as cidades que 
possuem templos famosos está Puri, que abriga um dos principais 
templos vixnuísta de Jagannath e a comemoração de Rath Yatra; Tirumala - Tirupati, lar 
do Templo Tirumala Venkateswara; e Katra, onde se localiza o templo de Vaishno Devi. 
 Os quatro locais sagrados de Puri, Rameswaram, Dwarka e Badrinath (ou, 
alternativamente, as cidades de Badrinath, Kedarnath, Gangotri e Yamunotri, 
no Himalaia) compõem o circuito de peregrinação de Char Dham (quatro moradas). 
O Kumbh Mela (o "festival das jarras") é uma das peregrinações hindus mais 
sagradas, realizada a cada quatro anos; a localização é alternada entre Allahabad, 
Haridwar, Nashike Ujjain. Outro importante grupo de peregrinações são os Shakti 
Peethas, onde a Deusa Mãe é cultuada, da qual as duas principais 
são Kalighat e Kamakhya. 
Disponível em: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hindu%C3%ADsmo 
Sugestão de filme: 
Planeta Sagrado - O filme é basicamente um show de imagens, passeando pelas 
florestas, pelo deserto, por aldeias, por animais, pelo oceano, enfim, toda esta diversidade 
da Mãe Terra. Mesmo com toda a tecnologia utilizada para a captação das imagens, 
sabemos, no nosso coração, que Pachamama é cheia de mistérios e belezas dignas de 
nosso respeito e contemplação profunda. 
Disponível em: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Allahabad
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Haridwar&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Varanasi
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vrindavan
http://pt.wikipedia.org/wiki/Puri
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vixnu%C3%ADsmo
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jagannath&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Rath_Yatra&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tirumala_-_Tirupati&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Katra,_Jammu_and_Kashmir&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vaishno_Devi&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Rameswaram&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Dwarka&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Badrinath&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Kedarnath&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Gangotri&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Yamunotri&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Kumbh_Mela
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nashik
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ujjain
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Shakti_Peethas&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Shakti_Peethas&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Kalighat&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Kamakhya&action=edit&redlink=1
17 
 
 
http://www.terramistica.com.br/index.php?add=Artigos&file=article&sid=413 
1.5 - Ritos e rituais 
Caro aluno, leia o texto e reflita sobre a nossa aceitação de rituais de outras 
religiões, cultura e sociedade, 
Assista aos vídeos sugeridos no blog abaixo e depois reflita 
Disponível em: 
http://ensinoreligioso-serafimjonas.blogspot.com.br/2010/06/ritos-sagrados.html 
Ritos e rituais são determinados costumes carregados de uma simbologia, de 
significado e importância para aqueles que os praticam. Normalmente, as palavras rito e 
ritual são utilizadas para se fazer referência a práticas religiosas, mas elas se referem a 
práticas presentes em outras situações sociais. É comum ouvirmos falar em rituais de 
iniciação, ritos de consagração, rituais de passagem, ritos de exclusão e outros. O batismo, 
a festa quinze anos, o noivado, o casamento, a formatura, preceitos, normas, regras de 
etiqueta, por exemplo, são alguns dos ritos e rituais da sociedade. Ao se atribuir maior ou 
menor importância a ritos e rituais, as pessoas afirmam e reafirmam seus valores, suas 
crenças e a ideologia dominante no seu grupo social, mesmo sem terem uma clara 
consciência disso. 
Ritos e rituais podem servir, de modo positivo, para a afirmação da identidade de 
um grupo, como acontece com os rituais indígenas, preservados como marca identitária. 
Mas também podem mascarar as relações sociais, ratificar, reiterar, reafirmar práticas de 
dominação, de autoritarismo presentes na sociedade como um todo. 
No espaço escolar, que é parte de uma sociedade e de sua cultura, os ritos e rituais 
estão presentes, expressos de diferentes formas, nem sempre claramente percebidas ou 
reconhecidas. Na escola, ritos e rituais podem assumir um duplo sentido: propiciar um 
ambiente de exercício de liberdade e de democracia, ou a imposição de ideias, mostrando 
como natural tanto o domínio dos superiores (diretor, professor) quanto a obediência dos 
subordinados (alunos, funcionários). Assim, os ritos e rituais da escola podem ser 
considerados negativos, quando eles impedem que o aluno pense por si próprio e limitam 
sua fala quando ela é contrária ao que está estabelecido como certo, quando não permitem 
que o aluno opine, critique. Mas podem ser positivos quando criam uma alternativa para 
que os alunos possam aprender a perceber, interpretar e criticar o mundo. 
Alguns autores fazem referência a vários ritos e rituais negativos presentes nas 
escolas: 
18 
 
 
1.5.1 o diagnóstico escolarcomo ritual que segrega e estigmatiza: normais 
e deficientes, aptos e inaptos, adiantados e atrasados, fortes e fracos, etc.; 
1.5.2. o planejamento curricular, como ritual de massificação, que ignora a 
diversidade, as diferenças e utiliza um processo de homogeneização dos alunos; 
1.5.3. a relação professor-aluno, como ritual de domesticação, por colocar o 
professor no centro, com o controle do processo de ensino e aprendizagem através da 
avaliação; 
1.5.4. a avaliação do rendimento escolar, como ritual de seletividade, que 
identifica os estudantes competentes para excluir os demais. 
Enquanto esses ritos e rituais se reproduzem, as questões de aprendizagem se 
avolumam, crescem os índices de reprovação, e os professores continuam sendo 
responsabilizados pelo fracasso da aprendizagem dos alunos. 
1.6 – A Vida e a morte 
Disponível em: 
http://pensandooensinoreligioso.blogspot.com.br/2013/11/vida-apos-morte-na-
diversidade-religiosa.html - Vídeos sobre a vida após a morte em várias culturas. 
https://www.youtube.com/watch?v=If13h51alSw - vídeo do Prof. César Mota 
https://www.youtube.com/watch?v=jG12G6XoA0Y - Reportagem Conexão 
Repórter – Experiência de quase morte 
1.7 - Como a morte é vista em diferentes religiões 
e doutrinas? 
Carolina Nascimento 
De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a 
ressurreição. Já os espíritas creem na reencarnação: o espírito retorna à vida material 
através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas 
doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal. 
Em algumas religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro sentido: é a 
continuação de um processo de purificação. Nas diversas religiões, o homem encara a 
morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro. 
19 
 
 
1.7.1 - Filosofia 
A sobrevivência do espírito humano à morte do corpo físico e a crença na vida e 
no julgamento após a morte já era encontrada na filosofia grega, em especial em 
Pitágoras, Platão e Plotino. Já Sartre, filósofo francês, defendia que o indivíduo tem uma 
única existência. Para ele, não há vida nem antes do nascimento e nem depois da morte. 
1.7.1.1 - Doutrina niilista 
Sendo a matéria a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo. 
1.7.1.2 - Doutrina panteísta 
O Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal. Individualiza-se em cada ser 
durante a vida e volta, com a morte, à massa comum. 
1.7.1.3. Dogmatismo Religioso 
A alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a 
morte. Os que morreram em 'pecado' irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar 
as delícias do paraíso. 
1.7.1.4 – Budismo 
O Budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta 
em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), 
de acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até 
que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de 
causas e efeitos). A depender do seu carma, a pessoa pode renascer em seis mundos 
distintos: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos guerreiros, espíritos 
insaciáveis e reinos infernais. Estes determinam a Roda de Samsara, ou seja, o transmigrar 
incessante de um mundo a outro, ora feliz e angelical, ora sofrendo terríveis torturas, 
brigando e reclamando. Em qualquer um destes estágios as pessoas estão sujeitas a 
transformações. 
De acordo com o Livro Tibetano da Morte, existem 49 etapas, ou 49 dias, após a 
morte. Os monges oram para que as pessoas atinjam a Terra Pura - lugar de paz, 
tranquilidade e sabedoria iluminada - ou renasçam em níveis superiores. 
20 
 
 
Para libertar-se do carma e alcançar a iluminação ou o Nirvana, o ciclo ignorância, sede 
de viver e o apego às coisas materiais deve ser abolido da mente dos homens. Para isso, 
a doutrina budista ensina a evitar o mal, praticar o bem e purificar o pensamento. O leigo 
deve praticar três virtudes: fé, moral e benevolência. Para eles, todo ser humano é 
iluminado, embora não tenha consciência disso. 
1.7.1.5 – Hinduísmo 
A visão hindu de vida após a morte é centrada na ideia de reencarnação. 
Para os hinduístas, a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos, palavras e 
atitudes. Quando o corpo morre ocorre a transmigração. A alma passa para o corpo de 
outra pessoa ou para um animal, a depender das nossas ações, pois a toda ação 
corresponde uma reação - Lei do Carma. Enquanto não atingimos a libertação final - 
chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é 
denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação. 
No hinduísmo, a alma pode habitar 14 níveis planetários distintos (chamados a Bhuvanas) 
dentro da existência material, de acordo com seu nível de consciência. Quando se liberta, 
a alma retorna ao verdadeiro lar, um mundo onde inexistem nascimentos e mortes. 
Os hindus possuem crenças distintas, mas todas são baseadas na ideia de que a 
vida na Terra é parte de um ciclo eterno de nascimentos, mortes e renascimentos. 
1.7.1.6 - Islamismo (Religião Muçulmana) 
Para o islamismo, Alá (Deus) criou o mundo e trará de volta a vida todos os mortos 
no último dia. As pessoas serão julgadas e uma nova vida começará depois da avaliação 
divina. Esta vida seria então uma preparação para outra existência, seja no céu ou no 
inferno. 
Quando a pessoa morre, começa o primeiro dia da eternidade. Ao morrer, a alma 
fica aguardando o dia da ressurreição (juízo final) para ser julgado pelo criador. O inferno 
está reservado para as almas 'desobedientes', que foram desviadas por Satanás. No 
Alcorão, livro sagrado, ele é descrito como um lugar preto com fogo ardente, onde as 
pessoas são castigadas permanentemente. Para o paraíso, vão as almas que obedeceram e 
seguiram a mensagem de Alah e as tradições dos profetas (entre eles, os cinco principais: 
Noé, Abrão, Moisés, Jesus filho de Maria e Mohammed). No Alcorão, o paraíso é descrito 
21 
 
 
como um lugar com rios de leite, córregos de mel e outras belezas jamais vistas pelo 
homem. 
1.7.1.7 – Espiritismo 
Defende a continuação da vida após a morte num novo plano espiritual ou pela 
reencarnação em outro corpo. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente. 
Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria através das inúmeras 
encarnações. Crêem na eternidade da alma e na existência de Deus, mas não como criador 
de pessoas boas ou más. Deus criou os espíritos simples e ignorantes, sem discernimento 
do bem e do mal. Quem constrói o céu e o inferno é o próprio homem. 
 
Pela teoria, todos os seres humanos são espíritos reencarnados na Terra para evoluir. A 
morte seria apenas a passagem da alma do mundo físico para a sua verdadeira vida no 
mundo espiritual. E mesmo no paraíso, acredita-se que o espírito esteja em constante 
evolução para o seu aperfeiçoamento moral. 
As almas dos mortos ligam-se umas às outras, em famílias espirituais, guiadas 
pela sintonia entre elas. Consequentemente, os lugares onde vivem possuem níveis 
vibratórios diferentes, sendo uns mais infelizes e sofredores, e outros mais felizes e 
plenos. 
Muitas escolas espiritualistas - não todas - defendem a ideia da sobrevivência da 
individualidade humana, chamada espírito, ao processo da morte biológica, mantendo 
suas faculdades psicológicas intelectuais e morais. 
1.8 - Igrejas evangélicas 
Como no catolicismo, os evangélicos acreditam no julgamento, na condenação 
(céu ou inferno) e na eternidade da alma. A diferença é que o morto faz uma grande 
viagem e a ressurreição só acontecerá quando Jesus voltar à Terra, na chamada 
'Ressurreição dos Justos', ou, então, aqueles que forem condenados terão uma nova 
chance de ressurreição no 'Julgamento Final'. Os que morreremsem Cristo como seu Deus 
também receberão um corpo especial para passar a eternidade no lago de fogo e enxofre. 
22 
 
 
1.8.1 - Igreja Adventista do Sétimo Dia 
Na Igreja Adventista do Sétimo Dia, os mortos dormem profundamente até o 
momento da ressurreição. Quem cumpriu seu papel na Terra recebe a graça da vida eterna, 
do contrário desaparece. 
1.8.2 - Igreja Batista 
Creem na morte física (separação da alma do corpo físico) e na morte espiritual 
(separação da pessoa de Deus). Os que, após a morte física, acreditam ou passam a confiar 
em Jesus Cristo, vão para o Paraíso onde terão uma vida de paz e felicidade. Com a morte 
espiritual, a alma vai para o Inferno para uma vida de angústia, sofrimento, dor e 
tormentos. 
1.8.3 – Catolicismo 
A vida depois da morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um 
Purgatório. Dependendo de seus atos, a alma se dirige para cada um desses lugares. A 
alma é eterna e única. Não retorna em outros corpos e muito menos em animais. Crê na 
imortalidade e na ressurreição e não na reencarnação da alma. A Bíblia ensina que 
morreremos só uma vez. E ao morrer, o homem católico é julgado pelos seus atos em 
vida. Se ele obtiver o perdão, alcançará o céu, onde a pessoa viverá em comunhão e 
participação com todos os outros seres humanos e, também, com Deus. Se for condenado, 
vai para o inferno. Algumas almas ganham uma chance para serem purificadas e vão para 
o purgatório, que não é um lugar, e sim uma experiência existencial da pessoa. Quem for 
para o céu ressuscitará para viver eternamente. Depois do Juízo Final, justos e pecadores 
serão separados para a eternidade. Deus julga os atos de cada pessoa em vida de acordo 
com a palavra que revelou através de Seu Filho, com os ideais de amor, fraternidade, 
justiça, paz, solidariedade e verdade. 
1.9 – Judaísmo 
O judaísmo crê na sobrevivência da alma, mas não oferece um retrato claro da 
vida após a morte, e nem mesmo se existe de fato. O judaísmo é uma religião que permite 
múltiplas interpretações. Algumas correntes acreditam na reencarnação, outras na 
ressurreição dos mortos. Enquanto a reencarnação representa o retorno da alma para um 
novo corpo, a ressurreição é definida como o retorno da alma ao corpo original. 
23 
 
 
Para os judeus, a lei permite à pessoa que vai morrer pôr a sua casa em ordem, 
abençoar a família, enviar mensagem aos que lhe parecem importantes e fazer as pazes 
com Deus. A confissão in extremis é considerada importante elemento na transição para 
o outro mundo. 
1.10 – Candomblé 
Não existe uma concepção de céu ou inferno, nem de punição eterna. As almas 
que estão na terra devem apenas cumprir o seu destino, caso contrário vagarão entre céu 
e terra até se realizar plenamente como um ser consciente e eterno. 
Os cultos afro-brasileiros acreditam que os mistérios da vida e da morte são 
regidos por uma Lei Maior, uma força divina que dá o equilíbrio divino ou eterno. O 
Candomblé vê o poder de Deus em todas as coisas e, principalmente, na natureza. Morrer 
é passar para outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias. 
Trabalha com a força da natureza existente entre terra (Aìyê) e o céu (Òrun). Nos cultos 
afros, o assunto de vida após a morte não é bem definido. 
Na Terra, o objetivo do homem é realizar o seu destino de maneira completa e 
satisfatória. Ao cumprir o seu destino na Terra, o ser humano está pronto para a morte. 
Após a morte, o espírito será encaminhado ao Òrun, para uma dimensão reservada aos 
seres ancestrais, ou seja, eternos. O ser humano pode ser divinizado e cultuado. Caso o 
seu destino não seja cumprido, os espíritos ficarão vagando entre os espaços do céu e da 
terra, onde podem influenciar negativamente os mortais. Como não se realizaram 
plenamente, estes espíritos estão sujeitos à reencarnação. Já as pessoas vivas que sofrem 
as suas influências negativas, precisam passar por rituais de limpeza espiritual para 
reencontrar o equilíbrio. 
1.11 – Umbanda 
A Umbanda sofre influências de crenças cristãs, espíritas e de cultos afros e 
orientais. Como não existe uma unidade ou um 'livro sagrado', alguns umbandistas 
admitem o céu e o inferno dos cristãos, enquanto outros falam apenas em reencarnação e 
Carma. Na Umbanda, morte e nascimento são momentos sagrados, que marcam a 
passagem de um estado a outro de manifestação espiritual, morremos para um lado e 
nascemos para outro lado da vida, o que nos aguarda do outro lado depende de nós 
mesmos. 
24 
 
 
A Umbanda explica o universo através de sete linhas, regidas por Orixás. Ao 
morrer, a pessoa será atraída por estes mundos espirituais. A matéria é apenas um dos 
caminhos para a evolução do espírito. Sendo assim, a morte é uma etapa do ciclo 
evolutivo, sendo a reencarnação a base da evolução. O objetivo maior do nascimento e 
da morte é a harmonização e a evolução consciente do espírito. Após morte, o ser humano 
leva consigo suas alegrias, sua fé, suas crenças, suas mágoas e suas dores. E terá que lidar 
com elas, sempre contanto com o auxílio dos espíritos mais evoluídos que o recepcionarão 
no outro lado da vida e o ajudarão na sua adaptação no mundo espiritual. 
Com a morte do corpo físico, os espíritos bons podem se tornar protetores, 
enquanto os maus (espíritos de pouca evolução, devido às poucas encarnações) podem 
virar perturbadores. Os mortos (desencarnados) podem ser contatados, ajudados ou 
afastados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, Fabio Portela Lopes de. Liberalismo Político, Constitucionalismo e 
Democracia: a questão do ensino religioso nas escolas públicas. Belo Horizonte: 
Argvmentvm, 2008. 
BRAGA, Luiz Guilherme Mattos. Fórum Permanente de Estudos Juvenis: estudo sobre 
uma proposta de ensino religioso. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007. 101 f. Dissertação 
(Mestrado em Sociologia), Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia 
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. 
CARDOZO, Fernanda. “Pesquisa quali-quantitativa com alun@s das séries finais do 
Ensino Fundamental de Criciúma”. In: Seminário Ensino Religioso, Gênero e 
Sexualidade em Santa Catarina [on-line], Florianópolis, 2008. 
CARNEIRO, Sandro de Sá; ALEXANDRIA, Nicolas. “Educação e Religião: múltiplas 
interfaces e tensões no âmbito escolar da Rede Pública do Estado do Rio de Janeiro” 
[on-line]. Os Urbanitas – Revista de Antropologia Urbana, São Paulo, ano 05, v. 05, n. 
09, dez 2008. Disponível em: 
<http://www.osurbanitas.org/osurbanitas8/sandrasacarneiro&;nicolasalexandria.html>. 
Acesso em: out. 2012. 
CAVALIERE, Ana Maria. “Quando o Estado pede socorro à religião”. Revista 
Contemporânea de Educação, v. 1, n. 2, p. 5, 2006. 
______. “O mal-estar do ensino religioso nas escolas públicas”. Cadernos de Pesquisa, 
v. 37, p. 303-332, 2007. 
CURY, Carlos Roberto Jamil. “Ensino religioso na escola pública: o retorno de uma 
polêmica recorrente”. Revista Brasileira de Educação, n. 27, p. 183-191, 
set/out/nov/dez. 2004. 
DICKIE, Maria Amélia Schmidt. “O Ensino Religioso no Brasil”. In: Seminário Ensino 
Religioso, Gênero e Sexualidade em Santa Catarina [online], Florianópolis, 2008. 
Disponível em: 
<http://www.nigs.ufsc.br/ensinoreligioso/docs/mesas/ER_no_Brasil_Maria_Amelia.pdf 
>. Acesso: Out/2012. 
DICKIE, Maria Amélia Schmidt; LUI, Janayna Alencar. “O ensino religioso e a 
interpretação da lei”. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 13, n. 27, p. 
237-252, jan./jun. 2007. 
DINIZ, Debora. “Laicidade e ensino religioso nas escolas públicas: o caso do Rio de 
Janeiro”. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 84, p. 399-415, 2010.

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