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ANESTÉSICOS LOCAIS PARA ODONTOLOGIA by: Eduarda Santos Anestésicos locais são fármacos que bloqueiam reversivelmente a condução nervosa com perda de sensações em área circunscrita do organismo, sem alteração do nível de consciência; HISTÓRICO Folhas de coca eram mastigadas pelos índios sul- americanos por terem efeitos psicotrópicos, a milhares de anos, produzindo efeitos de entorpecimento da boca e língua. Um substituto sintético, a procaína, foi descoberto em 1905 e muitos outros foram desenvolvidos mais tarde. Bases Anestésicas Lidocaína: Löfgren, 1943 Prilocaína: Löfgren, 1953 Mepivacaína: Ekenstam, 1957 Bupivacaína: Ekenstam, 1957 Articaína: Rusching, 1969 A CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DOS ANESTÉSICOS LOCAIS DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS DE ANESTÉSICOS LOCAIS Éster: Instáveis em solução; Maior potencial alergênico; termoinstáveis; Rápida hidrólise (enzimas no plasma). Amida: Estáveis em solução; Baixo potencial alergênico; termoestáveis; Lenta biotransformação hepática. BASES ANESTÉSICAS- CLASSIFICAÇÃO 1. Ésteres(Procaína, Propoxicaína e Benzocaína); quase não são usados clinicamente 2. Amidas (Lidocaína, Prilocaína, Mepivacaína, Bupivacaína e Articaína). MECANISMO DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS Os anestésicos locais bloqueiam a ação de canais iônicos na membrana celular neuronal, impedindo a neurotransmissão do potencial de ação. A forma ionizada do anestésico local liga-se de modo específico aos canais de sódio, inativando-os e impedindo a propagação da despolarização celular. Porém, a ligação específica ocorre no meio intracelular, por isso é necessário que o anestésico local em sua forma molecular ultrapasse a membrana plasmática para então bloquear os canais de sódio. É provável que exista um segundo mecanismo de ação dos AL, que envolve a inativação dos canais de sódio pela incorporação de moléculas de AL na membrana plasmática (teoria da expansão da membrana plasmática). Esse segundo mecanismo de ação seria gerado pela forma não ionizada dos anestésicos locais, atuando de fora para dentro. As fibras nervosas possuem sensibilidades diferentes aos anestésicos locais, sendo as fibras pequenas mais sensíveis que as grandes, e as fibras mielizadas são bloqueadas mais rapidamente que as não mielizadas de mesmo diâmetro. O bloqueio das fibras nervosas ocorre gradualmente, iniciado com a perda de sensibilidade à dor, à temperatura, ao toque, à propriocepção e finalmente perda do tônus músculo esquelético. Por essa razão os indivíduos podem ainda sentir o toque no momento em que a dor já está ausente após aplicação do anestésico local. ANESTÉSICOS LOCAIS PARA ODONTOLOGIA by: Eduarda Santos • No tocante à excreção, os rins são os órgãos excretores primários tanto para os anestésicos locais quanto para seus metabólitos. FATORES QUE INTERFEREM NA AÇÃO • Tamanho molecular: moléculas menores desprendem mais facilmente dos receptores • Solubilidade lipídica: atravessam a bainha de mielina • Tipo de fibra Bloqueada: fibras finas e de condução lenta: efeito mais rápido Fibras grossas e de condução rápida: efeito mais lento • pH do meio: forma hidrossolúvel X lipossolúvel • Concentração do anestésico • Associação com vasoconstritores; prolongamento do efeito anestésico • A duração da ação do anestésico local está relacionada à sua estrutura molecular, principalmente ao comprimento da cadeia intermediária que liga o anel aromático ao grupo amina, e ao grau de ligação protéica da droga. Entre os diferentes anestésicos locais existe uma grande variabilidade de cadeias intermediárias e do grau de ligação protéica. Quanto maior a ligação protéica, maior o tempo de duração do anestésico. FARMACOLOGIA Um bom agente anestésico deve apresentar baixa toxicidade sistêmica; não ser irritante aos tecidos e também não causar lesão permanente às estruturas nervosas. O tempo para início da anestesia deve ser o mais curto possível e a duração de ação suficiente para a realização do procedimento cirúrgico, com ação reversível FARMACOCINÉTICA Após absorvidos pela corrente sanguínea, os anestésicos locais são distribuídos para todos os tecidos do corpo, apresentando uma meia-vida que vai de alguns minutos a algumas horas, dependendo da droga empregada. Os órgãos e áreas altamente perfundidos, como o cérebro, fígado, rins, pulmões e baço, apresentam inicialmente maiores níveis sanguíneos do anestésico do que aqueles menos perfundidos. O metabolismo do anestésico local é importante, pois a toxicidade geral da droga depende do equilíbrio entre a velocidade de absorção para a corrente sanguínea no local da injeção e a velocidade em que ela é removida do sangue, através dos processos de absorção tecidual e metabolismo. RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE • Potência: relacionada à solubilidade. Quanto mais lipossolúvel o anestésico local, mais potente. • Drogas lipossolúveis penetram mais facilmente a membrana celular para exercer seu efeito. Quanto mais potente, menor a quantidade de droga necessária para ocasionar o mesmo efeito. Assim, a bupivacaína – altamente lipossolúvel – é aproximadamente quatro vezes mais potente que a lidocaína. • Latência: tempo para o início da ação. Depende da proporção base não- ionizada/ionizada. Quanto maior a quantidade de base não-ionizada mais rápido o início de ação. • A droga deve atravessar a membrana lipídica da célula para no meio intracelular atuar nos canais de sódio. • A porção não-ionizada atravessa a membrana mais facilmente que a ionizada. • A droga com maior fração não-ionizada em pH fisiológico alcança seu sítio efetor de forma mais rápida. ANESTÉSICOS LOCAIS PARA ODONTOLOGIA by: Eduarda Santos Tempo de latência • Duração de ação: relacionada à ligação com proteínas plasmáticas. • Quanto maior a proporção de anestésico ligado as proteínas plasmáticas maior será o seu tempo de ação. COMO O PH INFLUENCIA NA POTÊNCIA E VELOCIDADE DO INÍCIO DE AÇÃO? Todos os anestésicos locais são bases fracas, assim eles podem se apresentar de duas formas: não ionizada (B) ou ionizada (BH+). O pKa de uma base fraca define o pH no qual as duas formas coexistem em equilíbrio. Como o pH dos tecidos difere do pKa de uma determinada droga, haverá maior proporção de uma das formas, a ionizada ou a não ionizada. Essa relação é expressa pela equação de Henderson- Hasselbach. O pKa dos anestésicos locais determina a quantidade de droga existente na forma ionizada em um determinado pH. No pH fisiológico (7,4) todos os anestésicos locais apresentam sua forma ionizada em maior proporção, visto que o pKa de todos os AL é maior que 7,4. Todavia, como cada droga possui um pKa diferente, a proporção da forma ionizada e não- ionizada (molecular) presentes no local apresenta variabilidade. A droga deve atravessar a membrana lipídica da célula para no meio intracelular atuar nos canais de sódio. A porção não-ionizada atravessa a membrana mais facilmente que a ionizada. Assim, a droga com maior fração não-ionizada em pH fisiológico alcança seu sítio efetor de forma mais rápida. Isso explica porque a lidocaína tem menor tempo de latência que a bupivacaína. O fato relevante em relação aos tecidos infectados é que eles tendem a ser um meio mais ácido que o habitual. Como há redução no pH local, há menor fração não-ionizada de anestésico local e por isso o efeito será mais lento e reduzido. Tecidos infectados também podem apresentar maior fluxo sanguíneo local, levando à maior remoção do anestésico local antes que ele atue sobre os neurônios. EFEITOS ADVERSOSDOS ANESTÉSICOS LOCAIS • Ações cardiovasculares: redução da frequência cardíaca, colapso cardíaco • Ações Centrais: ansiedade com tremores, euforia, agitação, convulsões, Depressão respiratória (doses elevadas) • Reações alérgicas ANESTÉSICOS LOCAIS PARA ODONTOLOGIA by: Eduarda Santos TOXICIDADE DOS ANESTÉSICOS LOCAIS BASES ANESTÉSICAS AMIDAS- LIDOCAÍNA Metabolismo hepático Excreção renal (10% inalterada) Início da ação: rápido (2 a 3 minutos) Concentração eficaz: 2% Usado como anestésico tópico em concentrações de 5% Segura durante gravidez e amamentação Potente vasodilatadora. Não há justificativa atual para seu uso sem vasoconstritor associado. Associações com adrenalina, a escolha deve ser a 1:100.000 O uso de concentrações de 3% não é clinicamente mais eficaz e aumenta o risco de toxicidade. Uso restrito em: Hepatopatias graves, nefropatias graves, Cardiopatas ASA III e IV Alérgicos aos bissulfitos. Duração do efeito (em minutos): Pulpar: 10-20 minutos( sem VC); 60 min(adrenalina 1: 1000000); Tecidos moles: 1-2horas (sem VC); 3-5horas (adrenalina 1: 1000000); Associações comerciais: Novocol: 2% com fenilefrina a 1: 2.500; Alphacaine: 2% com Adrenalina 1:100.000 AMIDAS- MEPIVACAÍNA é derivada da lidocaína base menos vasodilatadora sua utilização sem vasoconstritor é totalmente contra indicado - eleva o risco de toxicidade. Concentração eficaz: 2% com vasoconstritor. Não é bem indicada em grávidas e crianças abaixo de 5 anos, devido ao seu metabolismo complexo. Quando se usa em associação com adrenalina a 1:100.000, seu efeito hemostático transcirúrgico é melhor que melhor que a associação de lidocaína + adrenalina 1:100.000 Duração do efeito (em minutos): Pulpar: 15 a 30( sem VC), 60 (LEVONORDEFRINA) e 60 (adrenalina 1: 1000000); Tecidos moles: 120 a 180 (sem VC), 180 a 300 (LEVONORDEFRINA) e 120 a 300 (adrenalina 1: 1000000); Associações comerciais: Mepiadre 2% com adrenalina 1: 100.000 e Mepi – Levo 2% com Levonordefrina 1: 20.000 AMIDAS- PRILOCAÍNA É metabolizada mais eficientemente pelo organismo; apresenta menor toxicidade absoluta do que a lidocaína. Parte de sua degradação já ocorre no local em que foi injetada e em vários outros tecidos do corpo. Metabolismo hepático e local Excreção renal (100% fragmentada) Início de ação: 2 a 4 minutos. Concentração eficaz: 3%* ou 4% Contra – indicada para cirurgias extensas. metabolismo mais veloz, diminui rapidamente seu efeito Duração do efeito (em minutos): Pulpar: 10 a 15( sem VC) E 40 a 50 (felipressina 0,03UI); Tecidos moles: 1H30min a 2H (sem VC) E 2H a 4H (felipressina 0,03UI); Associações comerciais: Biopressin a 3% com felipressina a 0,03UI; Citanest a 3% com felipressina a 0,03 UI Citocaína a 3% com felipressina a 0,03 UI; Prilonest a 3% com felipressina a 0,03 UI ***contraindicado para gestantes contra -indicada para gestantes (pode ser letal para o feto) e portadores de hemoglobulinopatias, tais como anemias. A associação com a felipressina contra -- indica seus preparados comerciais para uso em gestantes, pois esse vasoconstritor pode induzir a contrações uterinas. AMIDAS- BUPIVACAÍNA Sintetizada em 1957 Apresenta 5 X mais potência ANESTÉSICOS LOCAIS PARA ODONTOLOGIA by: Eduarda Santos 4 X mais toxicidade absoluta do que a lidocaína, mas tem toxicidade relativa menor, pois é usada em menores concentrações. Metabolismo: hepático Excreção: renal (16% inalterada) Início de ação: 5 a 25 minutos. Concentração eficaz: 0,5% Contra – indicada : crianças abaixo de 12 anos, gestantes; idosos acima de 65 anos; hepatopatas e nefropatas (metabolismo complexo e ação é prolongada). indicação: procedimentos invasivos e emergências. Proporciona excelente hemostasia transcirúrgica (associação com adrenalina), tranqüilidade transoperatória e analgesia pós – operatória. Duração do efeito (em minutos): Pulpar 90 a 300 (adrenalina 1:200.000); Tecidos moles 240 a 540 (adrenalina 1:200.000); Associações comerciais: Neocaína a 0,5% com Adrenalina a 1: 200.000; Marcaína a 0,5% com adrenalina a 1: 200.000 ; Cirucaína a 0,5% com adrenalina a 1:200.000 AMIDAS- ARTICAÍNA Metabolismo hepático Excreção renal (10% inalterada) Início de ação: 1 a 2 minutos Concentração eficaz: 4% Contra – indicada: gravidez, anemia (potencial metahemoglobulinemia), alérgicos a medicamentos que contêm enxofre (Sulfa) Duração do efeito (em minutos) Pulpar : 60 a 75min ( adrenalina 1:100.000); Tecidos moles: 3H a 6H (adrenalina 1:100.00) Associações comerciais: Septanest a 4% com Adrenalina a 1: 100.000 ou a 1: 200.000; Articaine a 4% com adrenalina a 1: 100.000 ou a 1: 200.00 VASOCONSTRITORES ✓ Basicamente, reduzem o fluxo sanguíneo na área em torno das fibras nervosas, onde as soluções anestésicas são injetadas ✓ Retardam a absorção do sal anestésico ✓ Aumentam a duração do sal anestésico ✓ Diminuem perda de sangue e melhoram o campo operatório ✓ Reduzem a dose do sal anestésico ✓ Diminuem a toxicidade ✓ Produzem hemostasia "Um anestésico sem vasoconstritor produz anestesia de menor duração que a mesma droga com vasoconstritor". (Malamed,2005) TIPOS DE VASOCONSTRITORES I- Catecolaminas: Adrenalina, Noradrenalina, Levonordefrina II – Fenólicos: Fenilefrina III - Derivados do ADH ( vasopressina): Felipressina ADRENALINA/EPINEFRINA Sal ácido muito solúvel em água É o mais potente vasoconstritor De uso mais difundido em Odontologia Encontrado em associações com diversas bases Concentrações - 1: 50.000, 1:100.000 e 1:200.000. Obs: a adrenalina serve sempre de comparação para outros vasoconstritores NORADRENALINA/NOREPINEFRINA Sal ácido solúvel em água Vasoconstrição intensa e mais duradoura do que a da adrenalina – pode levar a necrose de algumas regiões como o palato duro Tem ¼ da potência da adrenalina Aumenta pressão sistólica e diastólica Elevação acentuada da P.A. – risco maior de taquicardia Obs: A noradrenalina produz intensa vasoconstrição periférica com possível elevação dramática da PA, e é associada a um índice de efeitos colaterais 9x maior do que a adrenalina. LEVONORDEFRINA Amina simpaticomimética sintética Não é muito utilizada Semelhante a adrenalina - menos intensa Aumenta P.A. Dose máxima sugerida: 20 ml em soluções de 1: 20.000 - pacientes normais saudáveis. Cardiopatas: 10ml (causa aumento da PA) FENILEFRINA Não é muito utilizada Possui apenas 5% da eficiência da adrenalina Aumenta P.A. 20 vezes menos potente que a adrenalina, por isso sua concentração é de 1:2.500 (equivalente à adrenalina 1:50.000). FELIPRESSINA Polipeptídeo análogo sintético da vasopressina. É totalmente contra-indicada em gestantes – por agir no tônus uterino simulando a vasopressina Sua ação parece ser maior sobre a microcirculação venosa (por isso sua hemostasia não é boa) Não altera a P.A. Não tem efeito direto sobre o miocárdio – é contraindicada para procedimentos mais demorados Sua dosagem é medida em UI ANESTÉSICOS LOCAIS PARA ODONTOLOGIA by: Eduarda Santos A dose ótima de 0,03 UI/1,8ml - REGRA N°2 – Controlar a ansiedade do paciente - REGRA N°3 - NÃO realizar procedimentos caso a P.A. estiver acima de 160 x 95 - REGRA PRINCIPAL – Conhecimento sobre os anestésicos. USAR APENAS/PREFERENCIALMENTE FELIPRESSINA: Hipertireoidismo (excesso dos hormônios T3 E T4) não controlado** - devido a presença do vasoconstritor da felipressina Feocromocitoma – é um tipo de tumor raro que aparecedo tecido de algumas glândulas, preferencialmente as adrenais, causando hipertensão (a felipressina quase não altera a PA) Diabetes não controlado – preferencialmente você não pode tratar um paciente não controlado, tem que mandar para casa. Mas em casos de emergências odontológicas, tratar com a felipressina Alergia a bissulfito (conservante) Obs: ** em casos de emergências odontológicas Angina instável IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) recente Cirurgia recente de revascularização (safena) Hipertensão severa não tratada ou não controlada Doença cardíaca congestiva não tratada ou não controlada RISCOS DA DOSE EXCESSIVA SNC: Ansiedade, agitação, respiração profunda, tremores, convulsões, respiração desordenada, SNC superestimulado e, finalmente, deprimido. SCV: Diminuição da eficiência do músculo cardíaco, diminuição do débito cardíaco, vasodilatação, palidez e queda da pressão arterial. ANESTÉSICOS LOCAIS (CONSERVANTES): - METILPARABENO (ação bacteriostática e fungicida, encontrado em alimentos e cosméticos) - BISSULFITO DE SÓDIO (utilizado em alimentos e soluções injetáveis) - METILPARABENO + BISSULFITO DE SÓDIO Obs: o uso de conservantes na composição dos anestésicos locais é importante para fazer com que exista estabilidade do vasoconstritor por mais tempo, aumentando o prazo de validade e evitando contaminação bacteriana (principalmente em tubetes de plástico) ANESTÉSICO LOCAL X COMPROMETIMENTO SISTÊMICO X SEGURANÇA: PACIENTES HIPERTENSOS: - REGRA N°1- O Paciente NÃO pode sentir dor (são mais sensíveis a descargas adrenérgicas) QUAL ANESTÉSICO UTILIZAR? Lidocaína 2% sem vaso ➡ Anestesia pulpar 10 minutos ➡ Sem indicação clínica e nem cirúrgica Mepivacaína 3% sem vaso ➡ Anestesia pulpar 30 minutos ➡ Tem indicação clínica e não cirúrgica (máximo 2 tubetes) Prilocaína 3% e Felipressina 0,3U ➡ Anestesia pulpar 60 minutos ➡ Tem indicação clínica e não cirúrgica Mepivacaína 2% e Epinefrina 1:100.000 ➡ Anestesia pulpar 60 minutos ➡ Tem indicação clínica e cirúrgica ➡ Máximo 2 tubetes (para pacientes hipertensos) Mepivacaína 2% (Epinefrina 1:200.000) / Lidocaína 2% (Epinefrina 1:200.000) / Articaína 4% (Epinefrina 1:200.000) ➡ Anestesia pulpar 60 minutos ➡ Tem indicação clínica e cirúrgica (Máximo 4 tubetes, aumenta a quantidade de tubetes porque em todas as combinações a epinefrina está mais diluída) ➡ deve ser utilizados para pacientes hipertensos ATENÇÃO AOS VASOCONSTRITORES: PACIENTES DIABÉTICOS: Risco maior nos diabéticos não controlados e nos que recebem insulina Diabetes Mellitus não controlado contra-indicação absoluta ao uso de vasoconstritores adrenérgicos associados a anestésicos (pode ocorrer uma hiperglicemia) Diabéticos dependentes de insulina e estáveis podem-se beneficiar de pequenas doses de vasoconstritor DE USO DE CONTRAINDICAÇÕES VASOCONSTRITORES ANESTÉSICOS LOCAIS PARA ODONTOLOGIA by: Eduarda Santos QUAL ANESTÉSICO UTILIZAR? A epinefrina tem ação farmacológica oposta a da insulina, logo, é considerada um hormônio hiperglicêmico. Procedimentos curtos: Mepivacaína 3% sem vaso(?) ou com 2% Levonordefrina 1: 20.000 Procedimentos longos: Prilocaína 3% com Felipressina 0,03UI GESTANTES: ANESTÉSICOS LOCAIS: Prilocaína no período próximo ao final da gestação, potencialmente acarreta cianose por metemoglobinemia (concentração aumentada da metemoglobina no sangue decorre de alterações congênitas em recém-nascidos. O anestésico local pode afetar o feto de duas maneiras: diretamente (quando ocorrem altas concentrações na circulação fetal) e indiretamente (alterando o tônus muscular uterino ou deprimindo os sistemas cardiovascular e respiratório da mãe) Lidocaína 2% com epinefrina 1: 100.000 (indicado para gestantes; máximo 2 tubetes anestésicos OBJETIVOS DO USO DE VASOCONSTRITOR EM GESTANTES: Diminui a absorção do sal anestésico para a corrente sanguínea Diminui sua toxicidade Aumenta o tempo de duração da anestesia Hemostasia PACIENTES CARDIOPATAS: USO DE ANESTÉSICOS Anestésicos locais, com vasoconstritores, pode aumentar a frequência cardíaca em doses elevadas. Pequenas quantidades a adrenalina age no organismo produzindo uma vasodilatação periférica Os benefícios de uma boa anestesia superam em muito os riscos causados pela anestesia sem vasoconstritor, onde a absorção da base anestésica é rápida e nem sempre se consegue um perfeito bloqueio nervoso. PACIENTE HEPATOPATAS: USO DE ANESTÉSICOS Com doença controlada, o uso de anestésicos com vasoconstritores adrenérgicos é seguro Lidocaína, mepivacaína, bupivacaína, etidocaína, prilocaína são degradados pelo retículo endoplasmático do fígado e devem ser administrados com cautela em hepatopatas PACIENTE RENAL CRÔNICO: USO DE ANESTÉSICOS Antes de utilizar anestésicos locais, deve-se verificar a pressão arterial está controlada e a mesma deve ser monitorada durante o procedimento Avaliar a necessidade de utilizar anestésicos locais com vasoconstritores, uma vez que a maioria dos doentes renais crônicos é hipertensa PACIENTES DEPRESSIVOS: USO DE ANESTÉSICOS O emprego de anestésico com adrenalina deve ser mínimo. Portanto, o uso desses vasoconstritores precisa ser evitado quando possível ou feito de maneira cautelosa em tais indivíduos A interação de tricíclicos e vasoconstritores adrenérgicos pode ser perigosa e resultar em efeitos graves para o paciente (aumento da p.a. e da frequência cardíacas) + 350 milhões de pessoas possuem depressão. É imprescindível que o dentista faça uma anamnese detalhada e descubra se o paciente faz uso de tricíclicos FATORES PODEM CONTRIBUIR PARA A MAIOR VELOCIDADE E QUANTIDADE DA TRANSFERÊNCIA DO SAL ANESTÉSICO: Tamanho da molécula Quantidade de droga livre (capacidade de ligação protéica) –para não passar pela placenta e chegar até o feto Velocidade de metabolização Tempo de Duração do efeito Bases Anestésicas DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS DE ANESTÉSICOS LOCAIS COMO O PH INFLUENCIA NA POTÊNCIA E VELOCIDADE DO INÍCIO DE AÇÃO? EFEITOS ADVERSOS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS ***contraindicado para gestantes PACIENTES HIPERTENSOS: QUAL ANESTÉSICO UTILIZAR? OBJETIVOS DO USO DE VASOCONSTRITOR EM GESTANTES:
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