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Anestésicos locais

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Anestésic� locai� 
 
 
DOR E ANESTESIA LOCAL 
Ao trabalhar os dentistas rompe integridade dos tecidos, das células, liberam 
prostaglandinas gerando a dor 
• Devido a dor, muitos procedimentos odontológicos seriam impraticáveis caso não existisse 
o recurso da anestesia local. 
• Para anestesia local segura e profunda, com duração adequadas, o cirurgião dentista 
deve conhecer a farmacologia e a toxicidade dos anestésicos locais e dos vasoconstritores 
para planejar a duração para que o procedimento ocorra 
 
DOR 
 
EFEITO DO OPIOIDE É SISTÊMICO E PRINCIPALMENTE NO SNC (CAUSAM 
TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA) 
IMAGEM → Estímulo sobre o dente nessa imagem, mas independente da natureza do 
estímulo, essa informação vai ser decodificada e transferida através dos nervos para o 
nervo trigêmeo e o mesmo por meio de potencial de ação gerado no nervo vai levar a 
informação para o cérebro, levando a dor 
O potencial de ação só ocorre por meio da abertura de canais de sódio 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
Nos nervos tem canais de sódio sensíveis a voltagem que ao 
abriri disparam potencial de ação 
LOGO 
Os anestésicos locais atuam na membrana celular 
bloqueando canais de sódio e impedem a geração e 
condução dos impulsos nervosos 
SE NAO EXISTE POTENCIAL DE AÇÃO NÃO TEM AÇÃO 
A pessoa anestesiada não recebe nenhuma sensação no 
local porque os canais de sódio foram bloqueados 
No caso da clínica, eles inibem a condução nervosa no 
tecido nervoso periférico (polpa dental), mas também no 
SNC, músculos cardíaco, esquelético e liso. 
Anestésico também passa para os vasos sanguíneos, indo 
para o corpo podendo atingir SNC, músculos cardíaco, 
esquelético e liso que também tem canais de sodio, logo a toxicidade ta muito relacionado 
ao fato de irem para corrente sanguínea e chegando em outros sistemas 
Explica a toxicidade destes fármacos, nos casos de sobredosagem 
 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
PENETRABILIDADE E AÇÃO EM pH FISIOLÓGICO 
• Anestésicos são bases fracas 
• Impedem o influxo de Na+ - impedem despolarização e transmissão da dor; 
• Pode apresentar efeito sobre SNC e Sist. cardiovascular, sendo mais pronunciados sobre 
o primeiro. Em mulheres grávidas pode atravessa a barreira placentária. 
MECANISMO DOS ANESTÉSICOS 
 
NA IMAGEM → Anestésico na proximidade do nervo, injetado na sua forma neutra ou não 
ionizada e chegando no tecido vai ionizar (fármacos vão ser encontrados em partes 
ionizados de acordo com o meio). A parte amarela (não ionizada/neutra) está atravessando 
a membrana plasmática e a ionizada não atravessa. A parte neutra que atravessou entra 
dentro do nervo lá dentro o pH é diferente, logo uma parte do anestésico que estava neutro 
vai ionizar e protonado ele consegue bloquear de dentro para fora o canal sensível a 
voltagem. É necessário que o anestésico esteja na forma neutra para que possa entrar no 
nervo, penetra o nervo e logo após se ionizar pois o bloqueio do canal de sódio ocorre de 
dentro para fora. 
 UM EXEMPLO É A 
LIDOCAÍNA 
pKa = 7,9, logo em um pH de 
7,9 50% da lidocaína vai se 
ionizar e 50% vai estar na forma 
neutra (forma que entra no 
nervo para depois ionizar e 
fazer efeito) 
As duas formas devem ser 
necessárias 
 
 
A mudança de pH de 7,4 por exemplo (mais baixo), logo com pH mais ácido, a lidocaína 
que é uma base vai ionizar muito. Logo quando a lidocaína ou bases são injetadas em 
locais ácido se tem pouco anestésicos na forma neutra para entrar no nervo 
 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
PENETRABILIDADE E AÇÃO EM pH FISIOLÓGICO 
• Logo é importante essa relação da base com meio ácido pois no processo inflamatório se 
produz substâncias ácidas que diminui o pH tecidual causando “aprisionamento” do 
anestésico no espaço extracelular (fora do nervo), tornando a droga muito menos efetiva do 
que quando o tecido não estava previamente lesado. 
• Por isso, ao se administrar anestésico após início do procedimento cirúrgico, observa-se 
menor efeito (liberadores de mediadores inflamatórios) 
 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
• São bases fracas, pouco solúveis em água e instáveis quando expostas ao ar. Logo eles 
estão em tubetes em ampolas para não haver troca com o O2 
• Clínica: associado ao ácido clorídrico, formando um sal; o cloridrato; 
• O cloridrato, apresenta maior solubilidade e estabilidade na solução 
• pH de 5,5 (soluções anestésicas sem vasoconstritor) 
• pH de 3,3 (soluções anestésica com vasoconstritor). 
Logo a solução com ácido clorídrico, com a base e o sal se tornando um meio com pH 
 
AL → ESTRUTURA GERAL 
 
MOLÉCULA ANFIPÁTICA 
UNIDAS POR CADEIAS QUE PODEM TER ÉSTER OU AMIDAS 
 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
 
 COCAÍNA - Anestésico local do tipo éster como a procaína ja a lidocaína e a bupivacaína 
são amidas 
QUANTO MAIS LIPOFÍLICO → MAIS POTENTE → MAIOR RISCOS DE TOXICIDADE 
 
BENZOCAÍNA → CONTEXTO ODONTOLÓGICO 
Devido sua fama de causar reações de hipersensibilidade os ésteres são normalmente de 
uso tópico, como ocorre com a benzocaína 
 
❏ A BENZOCAÍNA 
• É empregada apenas como anestésico tópico ou de superfície. 
• Reações alérgicas aos anestésicos locais são raras, mas sua incidência > com ésteres. 
Benzocaína não deve ser empregada em indivíduos com história de hipersensibilidade aos 
ésteres. 
• O ideal é para a anestesia da mucosa superficial (esteja previamente seca para não diluir 
o princípio ativo). Essa aplicação diminui ou elimina a dor a punção da agulha (20%) após 
aplicação por 2 min, logo antes de injetar os anestésicos entra com a benzocaína 
 
AS AMIDAS 
• As amidas surgiram a partir de 1948, com a síntese da lidocaína. 
• Tem menor capacidade de produzir reações alérgicas logo isso foi determinante para o 
sucesso desse grupo de anestésicos. 
• Além da lidocaína, fazem parte do grupo: mepivacaína, prilocaína, articaína, bupivacaína, 
ropivacaína e etidocaína 
 
❏ A LIDOCAÍNA 
• Mais empregado no mundo, considerado como padrão do grupo; 
Devido efeito vasodilatador rapidamente ela perde efeito no local por isso ela se encontra 
associada com vasoconstritor 
• Início de ação (tempode latência) entre 2-4 min. 
• Anestesia pulpar é limitada a 5-10 min - devido a ação vasodilatadora, com sua rápida 
eliminação do local da injeção; logo, não há indicação do uso da solução de lidocaína 2% 
sem vasoconstritor em odontologia. (SEMPRE COM VASOCONSTRITOR) 
• Associada a um agente vasoconstritor: – 40-60 min de anestesia pulpar – 120-150 min de 
anestesia em tecidos moles. O uso prolonga bastante o efeito da lidocaína 
A lidocaína também é empregada na anestesia tópica, especialmente em pacientes com 
história de alergia aos ésteres.(pois mesmo em uso tópico a benzocaína pode causar 
problemas alérgicos) 
E comercializada no Brasil na forma de pomada (concentrações de 5-6%) ou solução spray 
(10%). 
O ANESTÉSICO NÃO É PARA SER INJETADO NA CORRENTE SANGUÍNEA MAS 
MESMO ASSIM UMA PARTE DESSE ANESTÉSICO SE DIFUNDE, CAUSA 
VASODILATAÇÃO DO CAPILAR E FAZ COM QUE O PRÓPRIO ANESTÉSICO LOCAL 
SEJA ABSORVIDO PARA A CIRCULAÇÃO SISTÊMICA. O VASOCONSTRITOR VAI 
EVITAR QUE A MESMA SEJA RAPIDAMENTE PERDIDA NA CIRCULAÇÃO 
 
• E metabolizada no fígado e eliminada pelos rins; 
• Sua meia-vida plasmática é de 1,6 h; 
• Toxicidade: relacionada os níveis plasmáticos para o início de reações tóxicas são de 4,5 
μg/mL no SNC e de 7,5 μg/mL no sistema cardiovascular. 
• A sobredosagem promove a estimulação inicial do SNC, seguida de depressão, convulsão 
e coma.(existem protocolos para evitar que isso aconteça) 
 
❏ A MEPIVACAÍNA 
• Potência anestésica similar a da lidocaína. 
• Início de ação entre 1,5-2 min. 
• Produz discreta ação vasodilatadora não é tão grande quanto a lidocaína logo não é tão 
perdida na circulação. Na sua forma pura, sem vasoconstritor (3%), promove anestesia 
pulpar mais duradoura do que a lidocaína de 20 a 40 min logo pode ser usada de forma 
pura em pacientes com problemas cardiovasculares, a variar de acordo com a técnica. (2%) 
menor concentração com vasoconstritor 
• Sofre metabolização hepática, sendo eliminada pelos rins. 
• Meia-vida plasmática de 1,9 h. 
• Toxicidade semelhante a da lidocaína. 
A diferença é que devido ser menos vasodilatadora pode ser usada na forma pura 
 
❏ A PRILOCAÍNA 
• Potência anestésica similar a da lidocaína. 
• Início de ação entre 2-4 min. 
• Baixa atividade vasodilatadora (50% menor que a lidocaína), quando usada sem 
vasoconstritor (4%).Contudo no Brasil ela é encontrada a (3%) com vasoconstritor chamado 
(felipressina) 
• É metabolizada mais rapidamente do que a lidocaína, no fígado e nos pulmões. 
Eliminação renal 
• Meia-vida plasmática de 1,6 h 
• Menos tóxica do que a lidocaína e a mepivacaína, sobredosagem aumenta 
metemoglobina (oxida a hemoglobina, logo ela não consegue transportar oxigênio, ou seja 
evitar para pacientes com anemia e problemas respiratórios) . Recomenda-se cuidado no 
uso em pacientes com deficiência de oxigenação (portadores de anemias, alterações 
respiratórias ou cardiovasculares). 
 
 
 
❏ A ARTICAÍNA 
• Rápido início de ação, entre 1-2 min. 
• Potência 1,5 vezes > lidocaína (4%). 
• Baixa lipossolubilidade e alta taxa de ligação proteica. 
• É metabolizada no fígado e no plasma sanguíneo logo assim que ela cai já começa a ser 
metabolizada diferente das anteriores que só metabolizada no fígado. 
• Como sua biotransformação começa no plasma, sua meia-vida plasmática é mais curta 
que dos demais anestésicos (~ 40 min), com eliminação mais rápida pelos rins. (Anestésico 
de escolha para uso rotineiro em pacientes portadores de disfunção hepática pois não 
sobrecarrega o fígado ) 
• Sua toxicidade é semelhante a da lidocaína mas menos tóxica para o fígado 
 
❏ A BUPIVACAÍNA 
• Potência anestésica 4 vezes > lidocaína. Mais potente 
• Cardiotoxicidade também é 4 vezes maior. Utilizada a (0,5%). Cai na circulação e bloqueia 
os canais de sódio do miocárdio afetando a condução cardíaca, por isso é usada em menor 
concentração 
• Ação vasodilatadora > a lidocaína, mepivacaína e prilocaína. 
• Apesar de ser maior ação vasodilatadora ela tem longa duração de ação (vasoconstritor). 
No bloqueio dos nervos alveolar inferior e lingual, produz anestesia pulpar por 4 h e em 
tecidos moles, por até 12 h.(usada em caso de procedimentos maiores ela é uma 
alternativa por promover uma anestesia local mais duradoura sem ser necessário ficar 
anestesiando novamente) 
• Meia-vida plasmática de 2,7 h. Metabolizada no fígado, eliminação renal. 
• Não é recomendada < 12 anos, pelo maior risco de lesões por mordedura do lábio, em 
razão da longa duração da anestesia dos tecidos moles. 
 
A LIDOCAÍNA É A MAIS COMUM, CONTUDO TEM 
HAVER COM A NECESSIDADE DO ATENDIMENTO : 
★ NAO POSSO USAR VASOCONSTRITOR = 
MEPIVACAÍNA PURA 
★ POSSO USAR VASOCONSTRITOR PORÉM 
MENOS POTENTE = PRILOCAÍNA COM 
FELIPRESSINA 
★ PACIENTE COM DOENÇA HEPÁTICA = 
ARTICAÍNA 
★ CIRURGIAS MAIORES = BUPIVACAÍNA 
Começa com a benzocaína se possível para que a 
aplicação da agulha incomode menos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VASOCONSTRITORES 
 
Quando vaso sanguíneo contrai o fluxo diminui logo diminui o sangramento operatório 
 
• Todos os sais anestésicos possuem ação vasodilatadora. 
• A dilatação dos capilares da região promove sua rápida absorção para a corrente 
circulatória, limitando muito o tempo de duração da anestesia. 
• O uso de grandes volumes aumenta o risco de toxicidade ou quando há injeção 
intravascular acidental, especialmente em relação ao SNC. 
Se injeta anestesia diretamente no vaso dá problema 
Mesmo assim pode ter problema se o anestésico seja injetado dentro do vaso 
• Associação com vasoconstritor: 
– sal anestésico fica por mais tempo em contato com as fibras nervosas, prolongando a 
duração da anestesia e reduzindo o risco de toxicidade sistêmica. 
– O vasoconstritor atua na diminuição efetiva do calibre dos vasos, havendo isquemia no 
local da injeção, havendo a redução da perda de sangue! 
 
❏ EPINEFRINA (HORMÔNIO POIS ATUA EM LONGAS DISTÂNCIAS- ADRENALINA) 
Lidocaína + Epinefrina 
• Vasoconstritor mais utilizado no mundo, devendo ser o agente de escolha para a quase 
totalidade dos procedimentos odontológicosem pacientes saudáveis, incluindo crianças, 
gestantes e idosos. 
• Causa constrição dos vasos pela estimulação dos receptores α1 (Ela é agonista do 
receptor alfa , quando o mesmo é ativado leva a contração da parede do vaso) 
• A epinefrina cai na circulação, e dependendo do volume injetado, interage com receptores 
β1 no coração (alvo para epinefrina pois ela é agonista), aumentando a FC, a força de 
contração e o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Logo, a dosagem de epinefrina deve 
ser minimizada para os pacientes com doença cardiovascular. 
 
No Brasil, a epinefrina é incorporada às soluções anestésicas locais nas concentrações: 
LIDOCAÍNA COM CONCENTRAÇÃO 1 PARA *** 
• 1:50.000 (dobro de molécula de epinefrina logo está mais concentrada); Usada com 
cautela pois pode produzir isquemia intensa, com consequente vasodilatação “rebote”, 
aumentando o sangramento! 
• 1:100.000; Escolha prudente para paciente saudável 
• 1:200.000 menos concentrada.(1 molécula de epinefrina está diluída em 200.000 
microlitros) → Indicada para cardiopatas, pois é a mais diluída 
ESSA PROPORÇÃO JÁ VEM PRONTA E MISTURADA 
 
 
 
❏ NOREPINEFRINA (NEUROTRANSMISSOR POIS ATUA EM PEQUENAS 
DISTÂNCIAS - NORADRENALINA) 
• Atua nos receptores α e β, com predomínio sobre α (90%), 
Não se usa mais a combinação com lidocaína pois aconteceram efeitos adversos com mais 
frequência 
• Não apresenta vantagens sobre a epinefrina, 25% da potência vasoconstritora da 
epinefrina; 
• Relatos de reações adversas parece ter ocorrido com a norepinefrina, como cefaleia (dor 
de cabeça) intensa decorrente de episódios transitórios de hipertensão arterial, assim como 
casos de necrose e descamação tecidual; 
• Seu uso em odontologia está sendo cada vez mais restrito ou até mesmo abolido. 
 
❏ FENILEFRINA 
Outra alternativa 
Está no descongestionante nasal 
• Estimulador α (95%) (mesmo receptor que a epinefrina) 
• Apresenta apenas 5% da potência vasoconstritora da epinefrina, na concentração 
empregada (1:2.500) logo precisa ser usada em maior concentração 
• Vasoconstrição prolongada. Em sobredosagem, os efeitos adversos também são mais 
duradouros, como o > da PA e cefaléia na região occipital mas são raros. 
• Não apresenta qualquer vantagem em relação à epinefrina logo seu uso é mais raro 
 
❏ FELIPRESSINA 
No Brasil associada a prilocaína 
• Análogo sintético da vasopressina (hormônio antidiurético) 
• Contida em soluções cujo sal anestésico é a prilocaína. 
• Mecanismo diferente - Vasoconstrição é decorrente da ação sobre os receptores V1 pois 
ela é análoga ao hormônio antidiurético,da vasopressina, presentes no músculo liso da 
parede dos vasos sanguíneos, com ação muito mais acentuada na microcirculação venosa 
do que na arteriolar, diferente de quando a epinefrina liga no receptor alfa ela causa uma 
vasoconstrição no capilar tanto na porção arteriolar e venosa sendo uma vasoconstrição 
bem eficiente. 
• Por esse motivo, tem valor mínimo no controle da hemostasia, o que explica o maior 
sangramento observado durante os procedimentos cirúrgicos. Potencializa o efeito da 
prilocaina mas sobre o sangramento não é tão eficiente 
 
PRINCIPAIS SOLUÇÕES ANESTÉSICAS 
 
EM LARANJA - ANESTÉSICO E ABAIXO OS RESPECTIVOS VASOCONSTRITORES 
A PRILOCAÍNA E A MEPIVACAÍNA SÃO MENOS VASODILATADORAS 
 
EFEITOS ADVERSOS 
Depressor do SNC 
• Anestésicos locais: raros, mas potencialmente sérios e até mesmo letais, tendo como 
causa mais comum a sobredosagem; 
• Ocorre quando: 
– o profissional não tem pleno conhecimento das doses máximas dos sais anestésicos, 
– emprega grandes volumes das soluções; ou 
– faz uso incorreto das técnicas anestésicas como injetar dentro do vaso 
 
• Sobredosagem de vasoconstritores também já foi associada a casos fatais, causam o 
aumento brusco da PA, seguido de hemorragia intracraniana, em pacientes suscetíveis 
(incomum) 
 
• Reações alérgicas graves associadas à anestesia local são raras, contudo quanto mais 
anestésico se pede maior a chance de ter resposta alérgica pois o sistema imune pode 
memorizar causando a hipersensibilidade 
• Toxicidade sistêmica dos anestésicos locais: todos os anestésicos locais atravessam a 
BHC (barreira hemato cefálica) e podem causar depressão do SNC, órgão mais sensível a 
ação desses fármacos. 
• Níveis plasmáticos elevados dos anestésicos podem ser provocados por injeções 
repetidas ou podem resultar de uma simples injeção intravascular acidental. 
 
É imperativo que a injeção de uma solução anestésica local seja feita somente após a 
aspiração negativa (entra com a agulha, aspirar, verifica se tem sangue e injetar o 
anestésico) e de forma lenta, na razão de 1 mL/ min (de maneira contínua para que o tecido 
mole acomode o volume e nao estoure o vaso), ou seja, para cada tubete anestésico (1,8 
mL) o tempo de administração deve ser de ~ 90 s 
. 
 
EXEMPLO = * 4,4 PELO Kg 
 
COMO CALCULAR O VOLUME MÁXIMO DA SOLUÇÃO ANESTÉSICA LOCAL 
Parâmetros: 
• concentração do anestésico na solução; 
• doses máximas recomendadas; e 
• peso corporal do paciente 
 
• Solução 2%, independentemente de qual seja o anestésico, contém: – 2 g do sal em 100 
ml de solução, o que significa 20mg/ml. 
2g = Concentração de 2000 mg do sal em 100 ml logo 20mg/ml 
 
• Assim, soluções 0,5%, 3% ou 4% deverão conter, respectivamente, 5 mg, 30 mg ou 40 mg 
do sal anestésico, para cada ml da solução. 
• Como no Brasil, o volume contido nos tubetes anestésicos é de 1,8 mL, – as soluções 
0,5%, 2%, 3% e 4% deverão conter, respectivamente, a quantidade de 9mg, 36mg, 54mg e 
72 mg do sal anestésico. 
 
Dentro de cada tubete a 2% tem 36 mg de lidocaína 
O máximo por kg é 4,4mg/Kg para uma criança de 20kg = 88 mg de lidocaína a 2% 
Se um tubete tem 36mg é necessário dividir com 88 mg = 2,4 tubetes para uma criança 
Verificar máximo por kg e depois dividir pela quantidade do tubete sendo o máximo 
permitido no caso da lidocaína 2% 8,3 tubetes pois o excesso de Kg é apenas de tecido 
adiposo não afetando o anestésico 
 
CONTRAINDICAÇÕES DO USO DA EPINEFRINA 
-Epinefrina é o vasoconstritor mais eficaz e seguro para uso odontológico. 
- Todavia, como qualquer outro fármaco, também possui limitações e contraindicações: 
• Hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou diastólica > 100 mmHg). 
• História de infarto agudo do miocárdio (os vasos podem estar obstruídos e o músculo não 
consegue bombear o sangue pois a epinefrina causa vasoconstrição podendo causar outro 
infarto agudo), sem liberação para atendimento odontológico por parte do cardiologista. 
• Período menor que 6 meses após acidente vascular encefálico (AVE- fluxo sanguíneo foi 
interrompido para encéfalo e pode haver uma semi obstrução do vaso). 
• Hipertireoidismo não controlado (estado de estimulação metabólica logo o indivíduo pode 
estar com os níveis fisiológicos de epinefrina mais altos causando um descompensação 
cardiovascular). 
 
• Cirurgia recente de ponte de artéria coronária (espécie de desentupimento) ou colocação 
de stents. 
• Angina do peito instável (história de dor no peito ao mínimo esforço). 
• Certos tipos de arritmias cardíacas, apesar do tratamento adequado 
• Insuficiência cardíaca congestiva não tratada ou não controlada. 
• Feocromocitoma - doença rara, câncer na medula da supra renal levando maior produção 
de epinefrina 
• História de alergia a sulfitos (bissulfito de sódio vai estar para impedir a oxidação da 
epinefrina - maior prevalência em asmáticos). 
• Pacientes que fazem uso contínuo de derivados das anfetaminas (femproporex, 
anfepramona, etc.), empregados nas “fórmulas naturais” de regimes de emagrecimento, 
atualmente proscritos pela ANVISA, mas adquiridos por pacientes como produtos de 
importação ilegal - fazem a pessoa emagrecer aumentando a epinefrina 
• Usuários de drogas ilícitas (cocaína, crack, oxi, metanfetaminas, ecstasy) aumenta a 
epinefrina natural 
 
CRITÉRIOS DE ESCOLHA DA SOLUÇÃO ANESTÉSICA LOCAL 
• Condições sistêmicas do paciente; 
• Tempo de duração da anestesia pulpar vai variar de acordo com tempo do procedimento 
• Grau de hemostasia exigidos para um determinado procedimento.(ou seja controle do 
sangramento) 
 
❏ 1. Procedimentos de curta a média duração, que demandem tempo de anestesia 
pulpar acima de 30 min - pacientes saudáveis 
Optar por uma das seguintes soluções: 
• Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 (diluição ideal) ou 1:200.000 - criança, 
adulto, idoso saudável 
• Mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000 
• Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 
• Prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/mL 
 
❏ 2. Procedimentos muito invasivos (sangramento maior) ou de maior tempo de 
duração 
(Tratamentos endodônticos complexos, exodontias de inclusos, cirurgias plásticas 
periodontais, colocação de implantes múltiplos, enxertias ósseas.) 
 Intervenções na maxila 
Bloqueio regional (procedimento demanda apenas um bloqueio): • Lidocaína 2% ou 
mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000. 
Técnica infiltrativa: Articaína 4% (potência maior que a lidocaína) com epinefrina 
1:100.000 ou 1:200.000 consequentemente tem maior tempo 
 
Intervenções na mandíbula 
Bloqueio regional: 
• Lidocaína 2% ou mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000. 
• Bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:200.000 (não é mais potente que a lidocaína 
porém tem ação de duração mais longa) 
 
❏ 3. Contraindicação absoluta ao uso da epinefrina 
a) Quando o procedimento demandar anestesia pulpar com duração de até 30 min. 
• Mepivacaína 3% (sem vasoconstritor) - atendimento no caso de pacientes com pressão 
alta mas sem epinefrina 
 Esta solução em geral promove anestesia pulpar de ~ 20 min (infiltrações na maxila) a 40 
min de duração (bloqueios regionais na mandíbula), reduzindo-se o tempo em que o 
paciente permanece anestesiado após o término da intervenção. 
A mepivacaína 3% é preferível a lidocaína 2% sem vasoconstritor, pois esta última resulta 
em anestesia pulpar de curtíssima duração (~ 5-10 min), insuficiente para grande parte dos 
procedimentos odontológicos. 
 
b) Quando o procedimento demandar anestesia pulpar com duração maior que 30 min. 
• Prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/mL (cada tubete) 
Por não pertencer ao grupo das aminas simpatomiméticas, a felipressina não age sobre os 
receptores α e β adrenérgicos. Isso faz o cirurgião-dentista deduzir, erroneamente, que a 
felipressina não produz qualquer efeito adverso no sistema cardiovascular. 
• Dosagem segura para hipertensos e de 0,18 UI (felipressina). Tal quantidade é equivalente 
ao contido em 6 mL de uma solução de prilocaína 3% com 0,03 UI/mL de felipressina (~ 3. 
tubetes). 
SE DER VASOCONSTRITOR ACIMA DO PERMITIDO PARA PACIENTE HIPERTENSO 
AUMENTA A PA LOGO ELE TERÁ UM PICO DE PA PODENDO ESTOURAR UM VASO 
NO CÉREBRO POR EXEMPLO ELE TERÁ UM AVE

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