Buscar

Diarreia crônica - modulo dor gabriel bett

Prévia do material em texto

Diarreia crônica 
Alteração persistente da consistência das fazes e aumento da frequência das fazes com duração superior a 4 semanas 
Pelas características das fezes, pode se classificar como inflamatória, esteatorreia e aquosa 
Fisiopatologia 
Maioria dos casos são decorrentes da alteração do transporte de líquidos e eletrólitos e pouco dependente da motilidade da musculatura lisa 
Cerca de 9 litros penetram no trato gastrointestinal em um dia, sendo apresentado ao duodeno 2 litros, mas só 0,2 litros são excretados nas fezes 
Os mecanismos fisiopatológicos são caracterizados em osmótica, secretória, inflamatória, disabsortiva e funcional 
Diarreia osmótica = ocorre por acumulo de solutos os osmoticamente ativos não absorvíveis no lúmen intestinal. Assim, ocorre retenção de líquidos intraluminais e diarreia 
Diarreia secretória = ocorre por desequilíbrio hidroeletrolítico pela mucosa intestinal por meio do aumento de secrecao de ions e agua para o lúmen ou inibição da absorção, por meio de drogas ou toxinas 
Diarreia inflamatória = se caracteriza por lesão e morte de enterócitos, atrofia de vilosidades e hiperplasia de criptas 
· As criptas hiperplásicas preservam sua capacidade secretória de CL- (cloreto)
· Em inflamação grave, ocorre extravasamento linfático e a ativação de mediadores inflamatórios, que promovem aumento da secreção de CL-, contribuindo pra diarreia 
Diarreia funcional = hipermotilidade intestinal. Absorção e secreção estão normais, mas não tem tempo suficiente para ocorrer a absorção desses nutrientes
· Diagnostico de exclusão, quando ausência de doença orgânica justificável 
Causas da diarreia crônica 
Em países desenvolvidos, causas mais comuns são a síndrome do intestino irritável, doença inflamatória do intestino, síndromes de má absorção e infecções crônicas 
Em países subdesenvolvidos, as principais causas são por infecções bacterianas, micobacterianas e parasitarias 
Avaliação e manejo 
Inclui a história, exame fisco e testes laboratoriais
· Sinais de alarme: 
· Idade de início após os 50 anos
· Sangramento retal ou melena 
· Dor noturna ou diarreia 
· Dor abdominal progressiva
· Perda de peso inexplicável, febre ou outros sintomas sistêmicos 
· Anormalidades laboratoriais (anemia por deficiência de ferro, proteína C reativa ou calprotectina fecal) 
· História familiar de doença inflamatória intestinal (DII) ou câncer colorretal 
Na maioria dos casos, deve incluir hemograma, ureia, creatinina, velocidade de sedimentação, função tiroideia, proteínas totais, albumina, parasitológico de fezes e pesquisa de sangue oculto nas fezes 
Analise das fezes é usada para classificar a diarreia em aquosa, inflamatória e esteatorreia, limitando o número de doenças no diagnostico diferencial 
Pacientes com sinal de alarme, requerem avaliação endoscópica para distúrbios orgânicos

Continue navegando