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1 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA- UNAMA CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA PEDRO HENRIQUE VIANA BALDEZ WASHINGTON MONTEIRO COSTA EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO NA FORÇA DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON: REVISÃO SISTEMÁTICA ANANINDEUA-PARÁ 2022 2 PEDRO HENRIQUE VIANA BALDEZ WASHINGTON MONTEIRO COSTA EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO NA FORÇA DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON: REVISÃO SISTEMÁTICA Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física na Universidade da Amazônia, como parte do requisito ao título de Bacharel em Educação Física. Orientador: Prof.ª Dr. ª Martha de Souza Franca. ANANINDEUA- PARÁ 2022 3 DEDICATÓRIA Eu, Pedro Henrique Viana Baldez, dedico este trabalho a minha mãe, Prof.ª Ms. ª Maria Helena da Silva Viana que me inspirou e me deu a vida juntamente com Deus para realizar esse objetivo, também aos meus familiares que sempre me apoiam. 4 AGRADECIMENTOS Eu Pedro Henrique Viana Baldez, quero agradecer primeiramente a Deus, pela minha vida, e por nós ajudar desde do início a ultrapassar todos os obstáculos ao longo do curso. Agradecer aos meus pais Maria Helena Viana e Esdras Queiroz Baldez, minha Avó Maria Madalena da Silva e falecido amado Avõ Gaspar Viana, a minha irmã Paula Helena de Sousa que foram o meu alicerce para que esse sonho se concretizasse. Agradecer também aos grandes professores, mestres e doutores por repassar no mais alto padrão os conhecimentos aqui aprendidos, agradecer também a nossa orientadora prof. Dra. Martha que foi de extrema importância e esteve conosco dando toda atenção e nos auxiliando até o ultimo segundo para melhorar o nosso entendimento e desenvolver um ótimo trabalho. Foi um caminho muito difícil para chegar até, aqui a tão sonhada graduação de bacharel em Educação Física, foram horas de estudos e dedicação para que possamos concluir com sentimento de dever cumprido esse grande objetivo. 5 AGRADECIMENTOS Eu Washington Monteiro, quero agradecer primeiramente a Deus, pela minha vida, e por me ajudar a ultrapassar todos os obstáculos ao longo do curso. Agradecer também aos meus pais Sirley Fugaça e Paulo Sergio que me incentivaram dando suporte para que esse sonho se concretizasse. Agradecer também aos meus grandes professores e mestres dando aulas excelentes para o nosso melhor entendimento, agradecer também a nossa orientadora prof. Dr Martha que esteve com a gente com todo carinho atenção nos auxiliando a desenvolver o TCC foi um caminho muito difícil para chegar até aqui muitos trabalhos correrias, transportes lotados para ir a universidade, pegando muita chuva mais tudo isso eram provas para que eu não desistisse e continuasse nesse caminho da tão sonhada graduação em educação física, foram horas de estudos e dedicação para que esse TCC pudesse ser feito da melhor forma possível para que possamos concluir o curso com sentimento de deve cumprido. Também agradeço aos meus avós de Breves onde eu eles sempre me motivaram para que eu nunca desistisse dos estudos, tendo sempre orações em minha vida, agradecer também a minha namorada Alessandra Pantoja por estar sempre me apoiando e acreditando em mim, e muito obrigado a todas as pessoas envolvidas nesse trabalho e na vida que de alguma forma me ajudaram a chegar até aqui. 6 LISTA DE ABREVIATURAS DP- Doença de Parkinson OMS- Organização Mundial de Saúde TR- Treinamento Resistido ER- Exercício Resistido EF- Exercício Físico SNC- Sistema Nervoso Central MMI- Membros Inferiores MMSS- Membros Superiores TDF- Tratamento Fora do Domicílio 7 RESUMO A pesquisa trata a respeito da Doença de Parkinson e como o treinamento resistido pode ajudar como um tratamento para a melhoria da força nas atividades diárias dos portadores da doença. Palavras-Chaves: Doença de Parkinson, Atividade Física, Exercícios Físicos, Treinamento Resistido, Exercício Resistido. 8 ABSTRACT The research deals with Parkinson's disease and how resistance training can help as a treatment for improving strength in daily activities for people with the disease. Key words: Parkinson's disease, physical activity, physical exercises, training weathered. 9 Sumário 1. INTRODUÇÃO: ................................................................................................................ 10 1.1. OBJETIVO GERAL: ................................................................................................. 11 2. MATERIAIS E METODOLOGIA ................................................................................. 11 2.1. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ..................................................................................... 12 2.2. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO .................................................................................... 12 3. METODOLOGIA DE TREINAMENTO RESISTIDO PARA PACIENTES COM DP ..... 12 4. BENEFÍCIOS E QUALIDADE DE VIDA ......................................................................... 13 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 13 6. CONCLUSÃO ............................................................................ Erro! Indicador não definido. 7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 18 10 1. INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa crônica e vem sendo estudada desde 1817 quando o médico britânico James Parkinson definiu como sendo uma condição progressiva marcada por tremor involuntário com pouca força muscular e ainda com uma propensão para curvar o tronco para frente e para passar de uma marcha para uma corrida. A doença de Parkinson é caracterizada como uma doença degenerativa, crônica progressiva, que ocorre geralmente em pessoas idosas. Provoca perda de neurônios no sistema nervoso central em região conhecida como substâncias negras. (Oliveira, 2013). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo com a Doença de Parkinson, o que representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos. A população idosa é a que mais sofre com a presença da (DP), esta patologia ainda não tem cura, apenas tratamento, que por sua vez ajuda a amenizar os efeitos da doença. Por ser uma doença degenerativa evolutiva, responsável por intensificar negativamente o quadro de saúde dos indivíduos ao longo do tempo, comprometendo a função do sistema nervoso central (SNC) e periférico. Nesta fase os neurônios dessa região sintetizam a neurotransmissora dopamina, alterações sintomáticas principalmente motoras. Contudo, observamos alterações que afetam o sistema nervoso autônomo, de diminuição da memória, alteração do sono e depressão. Sintomas físicos que se apresentam em forma de tremores, rigidez muscular, diminuição na velocidade dos movimentos e distúrbios do equilíbrio e da marcha. (TERRA, 2016; SILVA, 2015; OLIVEIRA, 2013). Os sintomas da DP podem se manifestar de diversas formas, dentre elas segundo Oliveira (2013) estão: a livedo reticulares (uma resposta fisiológica ao frio descolorindo pela surgindo manchas avermelhadas interligadas) oleosidade, intolerância ao calor, sudorese excessiva, distúrbiosvasomotores, hipotensão ortostática, hipotensão pós-prandial, dispneia, disfagia, sialorréia, constipação intestinal, disfunção vesical e impotência sexual. O TR é uma ferramenta utilizada para condicionamento que abrange um conjunto de cargas resistivas em diversas modalidades de treinamento com o objetivo de beneficiar a saúde ou desempenho esportivo. Sendo assim é recomendado por diversos órgãos da saúde e medicina esportiva do mundo como acessório de qualquer programa de exercício físico para promoção da saúde em crianças, adultos, idosos saudáveis ou com algum tipo de doença. 11 Inúmeros estudos têm se mostrado que o exercício físico tem impactos positivos na reabilitação da DP, inclusive o TR tem o potencial de promover incrementos no controle do movimento, postura, equilíbrio e adaptações neuromusculares nos parkinsonianos. A principal finalidade de reabilitação em pacientes portadores de DP é estabilizar ou melhorar a funcionalidade desses pacientes. Portanto o presente trabalho tem como meta revisar os estudos sobre o desempenho da força no parkinsoniano através do treino resistido. 1.1.OBJETIVO GERAL: Descrever as variáveis da pratica do treinamento resistido na força de pessoas com DP. 1.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Investigar as influências do TR em indivíduos com DP; - Investigar as influências do TR na força em indivíduos com DP no dia-a-dia. - Investigar possíveis alterações sobre as capacidades de força e resistência muscular em praticantes de treinamento resistido. 2. MATERIAIS E METODOLOGIA Este estudo será de características de revisão bibliográfica e sistemática de cunho qualitativo-descritivo. Para a coleta dos dados, utilizaremos o método de revisão integrativa da literatura, que nada mais é do que aquela marcada por estudos anteriores, artigos científicos, códigos, leis, resoluções, bem como em doutrinas, textos e artigos de sites na rede mundial de computadores, mundialmente conhecida como “internet” (LAKATOS, MACONI,2011). Lakatos e Marconi (2017), diz que a pesquisa descritiva busca descrever as características de uma população, ou identificar relações entre variáveis, isto é, busca se realizar o estudo de analise, registro e a frequência com que algum fato ocorre, sua natureza, características, causas, relações e conexões e interpretação dos fatores e fenômenos de uma determinada população. A pesquisa qualitativa, quase sempre, é avaliada como o tipo de metodologia na qual os conceitos levantados são imensuráveis, é definida como aquela capaz de incorporar questões do significado e da intencionalidade como inseparáveis dos atos, ou seja, a pesquisa qualitativa está ligada à estrutura social do fenômeno e preocupa-se com o universo de significados, crenças, valores e atitudes. Cabe ao pesquisador traçar metas de estudo considerando compreender a capacidade da interpretação dos fatos que vão além do foco especifico, isto é, ter uma visão ampliada sobre ideias, palavras e as múltiplas realidades (LAKATOS, MACONI,2011). 12 2.1. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Os critérios de inclusão estabelecidos para a escolha foram: artigos publicados nas bases de dados da biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SciELO), US National Library of Medicine (PUBMED) e Literatura Latino-Americana e Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Utilizaremos artigos originais, disponíveis na íntegra e gratuitos nas bases de dados e na biblioteca eletrônica selecionada, publicados no idioma português e inglês por meio das palavras descrita: Doença de Parkinson, Atividade Física, Exercícios Físicos, Treinamento Resistido, Exercício Resistido. 2.2. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Foram excluídos da pesquisa artigos que fugiram do tema, artigos que não cobravam pela leitura, aqueles que não se enquadravam na linha cronológica e cientifica e artigos repetidos. Dissertações de mestrado, teses de doutorado, livros, estudos de caso e resumos simples. 3. METODOLOGIA DE TREINAMENTO RESISTIDO PARA PACIENTES COM DP O método de TR é uma atividade semi-personalizada no qual pode ser trabalhada de forma individual, pois, os praticantes possuem objetivos de treinos distintos como hipertrofia, emagrecimento, reabilitação e condicionamentos. No tratamento da DP pode ser trabalhado com TR atendendo as necessidades do indivíduo, e uma delas é a recuperação do equilíbrio dinâmico e estático do Parkinsoniano, sabe-se que o ambiente obriga o indivíduo a dividir sua atenção entre vários estímulos que ocorrem simultaneamente, exigindo respostas motoras rápidas e precisas, porém, a capacidade de executar tais tarefas de forma simultânea é limitada nos pacientes com DP (TERRA, 2016). O exercício resistido, especificamente, é capaz de reduzir os sintomas motores e melhorar percepção de qualidade de vida nesta população, foi observado que um programa de exercícios utilizando intensidades de 60% de 1 Repetição Máxima (1RM) foi possível obter ganhos de 7% na força muscular melhorando no equilíbrio dos indivíduos após 30 sessões (10 semanas). (TOOLEet al.,2000). Observaram Lisita e Junior (2015) que atividades com alongamentos, exercícios como: abdominal reto no colchão, elevação pélvica, agachamento livre, puxada supinada sentada, bíceps na polia baixa, panturrilha em pé, flexão de joelhos deitada, e supino na máquina. As cargas definidas de acordo a percepção subjetiva de esforço (PSE), execução de 3 séries de 15 repetições cada, e o tempo de descanso variava em torno de 1 minuto. O equilíbrio foi a aptidão 13 motora que mais se desenvolveu, pois aumentou 2 (dois) níveis, partindo de inferior para normal médio. Perca de habilidades funcionais e velocidade nos movimentos também são sintomas físicos perceptíveis no Parkinsoniano pensando nisso estudos para melhorar a potência muscular através do TR apresentam diminuição nesses sintomas, Orr et al. (2006) demonstraram que idosos submetidos ao treino de potência muscular dos membros inferiores com cargas baixas obtiveram ganhos na potência e, principalmente, no equilíbrio. Tais ganhos foram atribuídos ao aumento da velocidade de contração, obtida com o treinamento. 4. BENEFÍCIOS E QUALIDADE DE VIDA O treinamento resistido (TR) melhora os níveis de saúde além do mais desenvolve o sistema musculoesquelético, força física, desempenho atlético, prevenção, reabilitação ortopédica e desenvolvimento da autonomia funcional do corpo (BALSAMO S, 2007). Sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar responsável pela prática do treinamento resistido, somado ao treinamento aeróbio, de equilíbrio e flexibilidade trazem benefícios biopsicossociais sendo consideradas ferramentas de sucesso a partir do século XXI (MAGNUSSON, 2003). Além de contribuir no fortalecimento do corpo e tratamento de inúmeras patologias, pode ser praticado por indivíduos de diversas faixas etárias, resultando em vários objetivos: ganho de massa muscular, força, resistência, desenvolvimento corporal, concentração, controle de peso, flexibilidade, redução do risco de lesões e controle de colesterol (BOSSI et al., 2008). É uma modalidade esportiva que vem se destacando também entre as crianças e jovens (RAFFERTY et al., 2005). 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO A busca dos estudos publicados no trabalho foi realizada e assim foram encontrados 108 artigos analisados nas bases de dados pesquisadas nos anos de 2000 a 2022. Juntamente aprofundados com uma pesquisa detalhada com os demais resultados apresentados. 14 A doença é classificada em cinco estágios, a figura 1 encontra-se os seguintes estágios: Fonte: Ribeiro, 2011. A Tabela 1 encontram-se especificados os artigos utilizados na discussão dos efeitos do TR nos portadores da DP, acompanhados por uma breve descrição dos resultados. Descrevendo seus autores, objetivos e metodologia. Tabela 1: Descrição dos estudos selecionadosrealizando o TR de pessoas com DP. Autor e ano Objetivo Metodologia Resultado Vieira de Moraes Filho et at ., 2020 - Avaliar os efeitos do TR a curto prazo em pessoas com DP, a fim de oferecer novos parâmetros para uma melhor compreensão de seus efeitos, assim como uma adequação e uso do TR como tratamento. - Quarenta indivíduos com diagnóstico de DP do estágio 1 ao 3, participaram do estudo e foram alocados em 2 grupos. 1. Grupo Treinamento (GT) realizou um programa de TR de 9 semanas duas vezes por semana. 2. Grupo Controle (GC) participou de palestras sobre doenças e conhecimento da força isocinética dos extensores do joelho. - Os resultados indicam que 9 semanas de TR reduzem a bradicinesia e melhoram o desempenho funcional em pacientes com DP leve a moderada. A força muscular isocinética aumentou ligeiramente no GT (2,4%) e diminuiu no GC (-2,2%), mas as análises estatísticas não alcançaram significância para interação. 15 Marcos Paulo Braz de Oliveira, et at ., 2020 - Investigar os efeitos do exercício resistido (ER) na estrutura e função corporal, atividade e participação em indivíduos com Doença de Parkinson (DP) nos estágios leve a moderado. - Estudos realizados em indivíduos com DP envolvendo ER em comparação com um grupo controle. Dois revisores independentes realizaram o processo de seleção com base em títulos, resumos e leitura de texto completo. No total, 270 indivíduos com DP foram incluídos em 10 estudos selecionados. - O ER demonstrou promover melhorias na estrutura e função corporal (força muscular de membros superiores, função cardiovascular, equilíbrio postural) e atividade (marcha). Em contraste, o ER não melhorou significativamente a participação (qualidade de vida). No entanto, com base nos presentes achados, a prática de ER pode ser recomendada para indivíduos com DP nos estágios leve a moderado. Almerinda Braga Et at al., 2022 - Mostrar que a reabilitação da marcha e equilíbrio do doente de Parkinson requer vários recursos e abordagens, mas que a atividade física é primordial no tratamento da doença. No estudo de caso teve como maior finalidade comprovar, pela observação, que os exercícios resistidos podem fazer parte de um programa reabilitador, mesmo que ainda sejam poucos os estudos nesta área. - Treinamento de 26 sessões de 1hora e 30 min2 vezes por semana em dias intercalados. Repetições: 2 séries de 8 a 10 repetições. 1) Parte aeróbia: Caminhada de 500 m em pista plana com auxílio, mensurando o tempo. Na qualidade da marcha enfatizou-se a sequência de calcanhar/dedos com pés alinhados. 2) Trabalho resistido (MMII): Agachamento com apoio na barra; - Panturrilha com apoio na barra; - Sentar-se e levantar da cadeira; - Elevação alternada da perna apoiando o pé no step. 3) Trabalho resistido (MMSS): Rosca bilateral (sentado) tríceps francês (deitado) Pullover (deitado). 4) Alongamentos - 30 minutos: Foram executados alongamentos de toda musculatura trabalhada dando ênfase na musculatura cervical, dorsal (quadrado lombar direito), lombar, flexores dos braços e posteriores de perna e coxa. - O fortalecimento muscular trouxe uma melhor qualidade de vida a DP, pois conhecendo todos os sintomas e limitações que a doença desenvolveu em seu organismo direcionou-se o treinamento adequadamente, retardando sua progressão. Com um trabalho eficaz, divertido, prazeroso e humanitário, estabeleceu-se vínculo afetivo que com certeza contribuíram para qualificação e resultados dele. 16 Milena Vasconcelos Medeiros Et al.,2018 - Avaliar como o TR influencia na qualidade de vida (QV) dos pacientes com a DP. - A amostra contou com 15 indivíduos de ambos os sexos (mulheres e homens). Os pacientes com DP foram submetidos ao TR durante 15 semanas a um protocolo com duas sessões semanais de 5 exercícios de força (supino sentado, remada unilateral, levantamento terra, panturrilha em pé e abdominal), 2 séries por exercício, 8 a 12 repetições. - Os domínios avaliados dos pacientes com DP apresentaram: Mobilidade (93% bom e 7% médio); Bem-Estar (87% bom e 13% médio); Estigma (100% bom); Suporte Social (86% bom e 13% ruim) e Comunicação (100% bom). KÉSIA MAÍSA DO AMARAL FELIPE Et at al., 2020 - Analisar a influência do treino de força e potência muscular de membros inferiores na TDF e no pico de força de idosos com DP - 34 idosos de ambos os sexos sem e com DP classificados entre os estágios de I a III da Escala de Hoehn e Yahr, foram divididos em quatro grupos grupo controle de treino de força (GCF, n = 8) I. Grupo controle de treino de potência (GCP, n = 9) II. Grupo com DP para treino de força (GDPF, n = 8) grupo com DP para treino de potência (GDPP, n = 9) - O teste de ANOVA medidas repetidas apontou diferença significativa de todos os grupos para a mobilidade funcional, pico de força e TDF, independentemente do tipo de treino. Após coleta e análise dos artigos e estudos publicados no trabalho foi realizada uma analogia comparativa com base nos resultados e dados apresentados. Na figura 1 é apresentado os estágios da DP, que compõe esta revisão de literatura. A busca nas bases de dados identificou 5 artigos. Foram lidos e foram incluídos na presente descrição (Tabela 1). A soma da amostra de todos os estudos foi dividida entre os resultados de intervenção. No total de estudos incluídos foram divididos em estudos clínicos randomizados e estudos clínicos não randomizados. Houve uma grande variabilidade na metodologia e protocolos de intervenção e nas medidas de avaliação (atenção, função executiva, função cognitiva, habilidades motoras, habilidade social e sintomas) diagnosticados com DP, vale ressaltar que todos os trabalhos mostraram resultados positivos e incluíram pelo menos 3 exercícios físicos. 17 6. CONCLUSÃO Este trabalho analisou as influências e metodologia do TR, diante os estudos avaliados podemos concluir que atendendo as necessidades do próprio praticante e intervindo nos sintomas mais críticos da doença tem grandes chances de melhorar o quadro de força clínico do indivíduo, recuperando a independência de executar tarefas simples da vida diária, o bem- estar físico, melhor desempenho neural e a segurança social do mesmo. O TR é uma grande ferramenta para reabilitar o parkinsoniano não só na força, mas também no equilíbrio em relação aos outros sintomas ligados a patologia, tornando-se conveniente a pratica diária da modalidade para retardar o progresso da doença e melhorar a qualidade de vida diária dos pacientes nesse quadro. Cabe ressaltar que as fraquezas nos membros inferiores afetam as tarefas diárias básicas dos portadores de DP, essa foi uma das razões para a intervenção com exercícios resistido para os membros quadríceps, tríceps sural, isquiotibiais e músculos abdominais. Melhorando a força, velocidade, resistência e comprimento da passada na locomoção. Melhorias significativas foram descritas quando se considera equilíbrio, marcha, mobilidade e diminuição de queda. Por fim, levando em consideração ainda que a Doença de Parkinson seja muito complexa e apresenta sintomas flutuantes o profissional de Educação Física, juntamente com os outros profissionais da área da saúde, se torna fundamental para se atingir resultados positivos. 18 7. REFERÊNCIAS Balsamo, S.; Simão, R. Treinamento de Força: Para Osteoporose, Fibromialgia, Diabetes Tipo 2, Artrite Reumatoide E Envelhecimento. 2.Ed. São Paulo: Phorte, 2007. Biophysical Research Communications 2002; 290(1):1–10. Bossi, I.; Stoeberl, R.; Liberali, R. 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