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AULA 5 NIVEIS DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS

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NIVEIS DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS
PROF. Karoliny Torres
Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro classes de risco devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção necessário.
Estes níveis de contenção são denominados de níveis de Biossegurança.
 Os níveis são designados em ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao pessoal do laboratório, meio ambiente e à comunidade.
NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 1
É o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco 1. 
Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional. Apenas adoção de boas práticas laboratoriais.
NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 2 
Trata-se do laboratório em contenção, onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2. 
Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório).
NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 3 
Destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da classe de risco 2.
Para este nível de contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais. 
Deve ser mantido controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos.
NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 4
Também conhecido como laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. 
Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança.
INFECÇÃO HOSPITALAR
Infecção Hospitalar ou Infecção Relacionada à Assistência em Saúde (IRAS) é a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta.
A incorporação de novos métodos terapêuticos e tecnologias, possibilitou que muitos tratamentos antes disponibilizados somente em hospitais, hoje sejam administrados em regime domiciliar e clínicas especializadas.
Nesta nova realidade da assistência à saúde, o conceito de infecção hospitalar foi ampliado, passando a incorporar as infecções relacionadas à assistência à saúde.
Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.
As infecções hospitalares são um problema multifatorial que exige uma série de ações que devem ser organizadas nos serviços de saúde, dentro do Programa de Controle de Infecção, conforme determina a Lei 9.431/1.997.
Entre as ações destacam-se a higienização das mãos, a elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies.
Durante o período em um hospital, alguns dos principais fatores que causam a infecção são:
Desequilíbrio da flora bacteriana da pele e do organismo, geralmente devido ao uso de antibióticos;
Queda da defesa do sistema imune da pessoa internada, tanto pela doença, como por uso de medicamentos;
Realização de procedimentos invasivos como passagem de cateter, passagem de sondas, biópsias, endoscopias ou cirurgias, por exemplo, que quebram a barreira de proteção da pele.
TIPOS DE INFECÇÃO HOSPITALAR
ENDÓGENA: infecção é causada pela proliferação de microrganismos da própria pessoa, sendo mais frequente em pessoas com sistema imune mais comprometido;
EXÓGENA: infecção é causada por um microrganismo que não faz parte da microbiota da pessoa, sendo adquirido através das mãos dos profissionais de saúde ou como consequência de procedimentos, medicamentos ou alimentos contaminados;
CRUZADA: esse tipo de infecção é comum quando existem vários pacientes na mesma UTI, favorecendo a transmissão de microrganismos entre as pessoas internadas;
INTER-HOSPITALAR: são infecções levadas de um hospital a outro. Ou seja, a pessoa adquire infecção no hospital em que teve alta, mas foi internada em outro.
INFECÇÕES MAIS FREQUENTES
PNEUMONIA
A pneumonia adquirida no hospital costuma ser grave e é mais comum em pessoas que estão acamadas, desacordadas ou que têm dificuldades da deglutição, pelo risco de aspiração de alimentos ou da saliva. Além disso, pessoas que fazem uso de dispositivos que auxiliam na respiração, têm mais chance de adquirir infecção hospitalar.
Algumas bactérias mais comuns neste tipo de pneumonia são Klebsiella pneumoniae, Enterobacter sp., Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii, Staphylococcus aureus, Legionella sp., além de alguns tipos de vírus e fungos.
Principais sintomas: dor no tórax, tosse com secreção amarelada ou sanguinolenta, febre, cansaço, falta de apetite e falta de ar. 
2. INFECÇÃO URINÁRIA
A infecção urinária hospitalar é facilitada pelo uso de sonda durante o período de internação, apesar de qualquer pessoa poder desenvolver. 
Algumas das bactérias mais envolvidas nesta situação incluem Escherichia coli, Proteus sp., Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella sp., Enterobacter sp., Enterococcus faecalis e de fungos, como Candida sp.
Principais sintomas: dor ou ardência ao urinar, dor abdominal, presença de sangue na urina e febre.
3. INFECÇÃO DE PELE
As infecções de pele são muito comuns devido às aplicações de injeções e acessos venosos para medicamentos ou coletas de exames, cicatriz de cirurgia ou biópsia ou pela formação de escaras de decúbito.
Alguns dos microrganismos envolvidos neste tipo de infecção são Staphylococcus aureus, Enterococcus, Klebsiella sp., Proteus sp., Enterobacter sp, Serratia sp., Streptococcus sp. e Staphylococcus epidermidis, por exemplo.
Principais sintomas: pode haver presença de área de vermelhidão e inchaço na região, com ou sem a presença de bolhas. Geralmente, o local é doloroso e quente, e pode haver produção de secreção purulenta e mal cheirosa. 
4. INFECÇÃO DO SANGUE
A infecção da corrente sanguínea é chamada de septicemia e, geralmente, surge após infecção de algum local do corpo, que se espalha pela corrente sanguínea. Este tipo de infecção é grave, e se não for rapidamente tratada pode rapidamente causar falência dos órgãos e risco de morte. 
Qualquer dos microrganismos das infecções pode se disseminar pelo sangue, e alguns dos mais comuns são E. coli, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis ou Candida, por exemplo.
Principais sintomas: febre, calafrios, queda da pressão, batimentos cardíacos fracos, sonolência.
RESISTÊNCIA BACTERIANA
O termo “superbactéria” é popularmente conferido às bactérias multirresistentes.
As chamadas “super bactérias” na verdade são bactérias já conhecidas, presentes normalmente no corpo humano (por exemplo, intestino e pele), porém que se tornaram resistentes aos antibióticos hoje disponíveis, principalmente devido ao uso abusivo desses medicamentos  dentro e fora do hospital. 
Quando um paciente adquire uma infecção por uma bactéria multirresistente, as opções terapêuticas para o seu tratamento são menores e a chance de uma adequada recuperação fica prejudicada. Em muitos casos, se faz necessária a utilização de antibióticos ou combinações menos usuais para o seu tratamento.
ISOLAMENTO HOSPITALAR
É uma forma de controle importante para proteger a pessoa doente, outros pacientes,familiares e os profissionais da saúde.
Em geral, o objetivo é evitar contaminações por agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas.
Manuais de precaução de hospitais e órgãos públicos alertam para a necessidade de conhecer os elos da cadeia epidemiológica, como: agente infeccioso, fonte, porta de saída, forma de transmissão, porta de entrada e hospedeiro suscetível.
ISOLAMENTO HOSPITALAR PADRÃO 
O método de é utilizado em casos com risco de contaminação por sangue ou fluido corporal, contato com pele não íntegra e com mucosas. 
As recomendações incluem:
	Higienizar as mãos com água e sabonete ou friccioná-las com álcool a 70% antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções;
	Usar luvas, máscara, óculos e avental quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas;
	E descartar seringas e agulhas, sem desconectá-las, em recipientes apropriados.
ISOLAMENTO HOSPITALAR DE CONTATO
São medidas aplicadas para a prevenção da transmissão de agentes infecciosos através de contato direto ou indireto com o paciente ou ambiente.
O objetivo do isolamento hospitalar de contato é evitar a disseminação de bactérias resistentes por contato com o paciente ou ambiente.
Além do uso de luvas e avental durante todo o tipo de manipulação com o paciente, alguns equipamentos (como termômetro e estetoscópio) devem ser de uso exclusivo do paciente. 
Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro.
ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO POR GOTÍCULA
É indicado quando há possibilidade de transmissão de microrganismos por gotículas maiores que 5 microns. Tosse, espirro ou uma conversa próxima podem gerar a contaminação.
Se não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente só pode ser internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. Sempre respeitando a distância mínima entre leitos.
Recomenda-se não transportar o paciente e utilizar máscara cirúrgica – tanto paciente como profissional da saúde.
ISOLAMENTO POR AEROSSOL
A intenção é impedir o avanço de microrganismos menores que 5 microns, com capacidade de ficarem suspensos no ar e se dispersarem por longas distâncias. É o caso da varicela, do sarampo e da tuberculose, por exemplo.
Além das precauções padrão citadas acima, a porta do quarto privativo se mantém sempre fechada. Antes de entrar no ambiente, é exigido o uso de máscara profissional (N-95).

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