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ANALISE COMPLEXA (NUMEROS COMPLEXOS) ANALISE MATEMATICA III (ENGENHARIA ELECTRICA) −𝑎 = 𝑎 −1 Edmundo Victorino R.N. Marronta Funções complexas de variável complexas(N0COES BASICAS) Consideremos uma função 𝑓 ∶ 𝐷 → ℂ, onde 𝐷 é um subconjunto de ℂ. A função 𝑓 diz-se uma função complexa de uma variável complexa. Trata-se de uma correspondência que associa a cada elemento 𝑧 ∈ 𝐷 um único elemento 𝑤 no plano complexo (designado por imagem de 𝑧 por 𝑓 ou valor de 𝑓 em 𝑧): 𝑤 = 𝑓(𝑧) = 𝑓(𝑥 + 𝑦𝑖) = 𝑢(𝑥, 𝑦) + 𝑣(𝑥, 𝑦)𝑖 Onde 𝑢(𝑥, 𝑦) é a parte real e 𝑣(𝑥, 𝑦) é a parte imaginária 𝐼𝑁 ⊂ ℤ ⊂ ℚ ⊂ 𝐼𝑅 ⊂ ℂ Continuacao A soma e a diferença de dois números complexos são definidas pela soma ou subtração de suas partes reais e imaginárias (𝑎 + 𝑏𝑖) + (𝑐 + 𝑑𝑖) = (𝑎 + 𝑐) + (𝑏 + 𝑑)𝑖 𝑎 + 𝑏𝑖 − (𝑐 + 𝑑𝑖) = (𝑎 − 𝑐) + (𝑏 − 𝑑)𝑖 Exemplo: (1 − 𝑖) + (4 + 7𝑖) = (1 + 4) + (−1 + 7)𝑖 = 5 + 6𝑖 NOTA: Uma vez que 𝑖2 = −1 ⇒ 𝑖 = −1; 𝑖3 = −𝑖; 𝑖4 = 1 𝑒𝑖𝜃 = 𝑛=0 +∞ 1 𝑛! (𝑖𝜃)𝑛 Continuacao O produto de dois números complexos é definido de forma que as propriedades comutativa e distributiva usuais sejam válidas: ⇒ 𝑎 + 𝑏𝑖 𝑐 + 𝑑𝑖 = 𝑎 𝑐 + 𝑑𝑖 + 𝑏𝑖 𝑐 + 𝑑𝑖 = 𝑎𝑐 + 𝑎𝑑𝑖 + 𝑏𝑐𝑖 + 𝑏𝑑𝑖2 ⇒ 𝑎 + 𝑏𝑖 𝑐 + 𝑑𝑖 = 𝑎𝑐 + 𝑎𝑑𝑖 + 𝑏𝑐𝑖 − 𝑏𝑑 = 𝑎𝑐 − 𝑏𝑑 + 𝑎𝑑 + 𝑏𝑐 𝑖 Exemplo: −1 + 3𝑖 2 − 5𝑖 = −1 2 − 5𝑖 + 3𝑖 2 − 5𝑖 = −2 + 5𝑖 + 6𝑖 − 15𝑖2 = −2 + 5𝑖 + 6𝑖 + 15 = 13 + 11𝑖 Continuação A divisão entre números complexos se parece muito com a racionalização do denominador de uma expressão racional. Para um número complexo , definimos seu complexo conjugado como . Para encontrarmos o quociente de dois números complexos, multiplicamos o numerador e o denominador pelo complexo conjugado do denominador. (𝑎+𝑏𝑖) (𝑐+𝑑𝑖) = 𝑎+𝑏𝑖 𝑐−𝑑𝑖 𝑐+𝑑𝑖 𝑐−𝑑𝑖 = 𝑎 𝑐−𝑑𝑖 +𝑏𝑖(𝑐−𝑑𝑖) (𝑐)2−(𝑑𝑖)2 = 𝑎𝑐−𝑎𝑑𝑖+𝑏𝑐𝑖−𝑏𝑑𝑖2 𝑐2+𝑑2 = 𝑎𝑐+𝑏𝑑 + 𝑏𝑐−𝑎𝑑 𝑖 𝑐2+𝑑2 cos 𝜃 = 𝑛=0 ∞ (−1)𝑛𝜃2𝑛 (2𝑛)! Exemplo: −1+3𝑖 2+5𝑖 = (−1+3𝑖)(2−5𝑖) (2+5𝑖)(2−5𝑖) = −1 2−5𝑖 +3𝑖(2−5𝑖) 22−(5𝑖)2 = −2+5𝑖+6𝑖−15𝑖2 22+52 ⇒ −2 + 15 + 5 + 6 𝑖 4 + 25 = 13 + 11𝑖 29 = 13 29 + 11 29 𝑖 continuação Propriedades dos numeros complexos Considerando que: 𝑍1 = 𝑎 + 𝑏𝑖 𝑒 𝑍2 = 𝑐 + 𝑑𝑖, entao: Soma: (𝑎 + 𝑏𝑖) + (𝑐 + 𝑑𝑖) = (𝑎 + 𝑐) + (𝑏 + 𝑑)𝑖 Subtracao: 𝑎 + 𝑏𝑖 − (𝑐 + 𝑑𝑖) = (𝑎 − 𝑐) + (𝑏 − 𝑑)𝑖 Multiplicacao: 𝑎 + 𝑏𝑖 𝑐 + 𝑑𝑖 = 𝑎𝑐 + 𝑎𝑑𝑖 + 𝑏𝑐𝑖 − 𝑏𝑑 = ( ) 𝑎𝑐 − 𝑏𝑑 + 𝑎𝑑 + 𝑏𝑐 𝑖 Divisão: (𝑎+𝑏𝑖) (𝑐+𝑑𝑖) = 𝑎+𝑏𝑖 𝑐−𝑑𝑖 𝑐+𝑑𝑖 𝑐−𝑑𝑖 = 𝑎𝑐+𝑏𝑑 + 𝑏𝑐−𝑎𝑑 𝑖 𝑐2+𝑑2 Conjugado de um numero complexo (Reflexão ҧ𝑍): se 𝑍 = 𝑎 + 𝑏𝑖 então ҧ𝑍 = 𝑎 − 𝑏𝑖 dizer que : 𝑧 + 𝑤 = ҧ𝑧 + ഥ𝑤 Representacao Geometrica de um numero complexo Visto que 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖 = 𝑢 𝑥, 𝑦 + 𝑣 𝑥, 𝑦 𝑖; onde 𝑎 é a parte real e 𝑏 é a parte imaginaria, que também pode ser representado pelo par ordenado 𝑎, 𝑏 . Desenhando como um ponto no plano de Argand temos: Onde o eixo na vertical é o eixo Imaginário (Im) e o eixo na horizontal é o eixo Real (Re). módulo ou valor absoluto Modulo de um número complexo, |𝑍|, é a sua distância do ponto até a origem. Conforme ilustrado na Figura a direita: Como 𝑍 = 𝑎 + 𝑏𝑖 enta 𝑍 = 𝑎2 + 𝑏2 Forma polar Sabemos que qualquer número complexo 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖 pode ser considerado como um ponto (𝑎, 𝑏 ) e que esse ponto pode ser representado em coordenadas polares (𝑟, 𝜃) com 𝑟 ≥ 0. Fórmula de Euler: 𝑒𝑖𝜃 = cos 𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝜃) cos 𝜃 = 𝑎 𝑟 ; 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑏 𝑟 Continuacao 𝑎 = 𝑟𝑐𝑜𝑠 𝜃 𝑏 = 𝑟𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖 = 𝑟𝑐𝑜𝑠 𝜃 + 𝑟𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑖 z = 𝑟𝑐𝑜𝑠 𝜃 + 𝑟𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑖 = 𝑟(cos 𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 r = 𝑍 = 𝑎2 + 𝑏2 e tg(𝜃) = 𝑏 𝑎 O ângulo 𝜃 é chamado argumento de 𝑧 e escrevemos 𝜃 arg(𝑧). Observe que arg(𝑧) não é único; quaisquer dois argumentos de 𝑧 diferem entre si por um múltiplo inteiro de 2𝜋. Exemplo 1: 𝑍 = 1 + 𝑖; Z = 12 + 12 = 2 = 𝑟 ⇒ 𝑡𝑔𝜃 = 𝑏 𝑎 = 1;⇒ 𝜃 = 45° = 𝜋 4 𝑍 = 𝑟 𝐶𝑜𝑠 𝜃 + 𝑖𝑆𝑒𝑛 𝜃 = 2 𝐶𝑜𝑠 𝜋 4 + 𝑖𝑆𝑒𝑛 𝜋 4 Exemplo 2: 𝑍 = 3 − 𝑖; 𝑍 = 3 2 + −1 2 = 3 + 1 = 4 = 2;⇒ 𝑡𝑔𝜃 = −1 3 = − 3 3 ; 𝜃 = −30 = − 𝜋 6 𝜃 = arg(𝑍) x Propriedades (Cont.) 𝑍1 = 𝑟1(cos 𝜃1 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜃1 𝑒 𝑍2 = 𝑟2(cos 𝜃2 + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝜃2) 𝑍1.𝑍2 = 𝑟1(cos 𝜃1 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜃1 ) 𝑟2(cos 𝜃2 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜃2 ) 𝑍1.𝑍2 = 𝑟1 𝑟2 cos 𝜃1 + 𝜃2 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜃1 + 𝜃2 𝑍1 𝑍2 = 𝑟1 𝑟2 cos 𝜃1 − 𝜃2 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜃1 − 𝜃2 ; com 𝑍2 ≠ 0 1 𝑍 = 1 𝑟 (cos(𝜃) − 𝑠𝑒𝑛(𝜃)) Teorema de De Moivre Isso nos diz que para obtermos a n-ésima potência de um número complexo, elevamos à n-ésima potência o módulo e multiplicamos o argumento por n Se e n for um inteiro positivo, então: 𝑍𝑛 = 𝑟𝑛(cos 𝑛𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝑛𝜃 ) Exemplo: 𝑍2 = 𝑟2(cos 2𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 2𝜃 ) 𝑍3 = 𝑟3(cos 3𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 3𝜃 ) Exemplo:𝑍10 = 1 2 + 1 2 𝑖 10 ⇒ 𝑍 = 1 2 2 + 1 2 2 = 1 4 + 1 4 = 2 4 = 2 2 ; 𝑡𝑔 𝜃 = 1 2 1 2 = 1 ⇒ 𝜃 = 45° = 𝜋 4 ; 𝑍10 = 210 cos 10𝜋 4 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 10𝜋 4 = 2 2 10 ቀ ቁ cos 5𝜋 2 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 5𝜋 2 = 25 210 cos 5𝜋 2 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 5𝜋 2 = 1 32 𝑖 Continuação Raízes de um Número Complexo Seja e seja n um inteiro positivo. Então 𝑧 = 𝑟(cos(𝜃) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝜃)) e seja 𝑛 um inteiro positivo. Entao tem as 𝑛 raízes 𝑛-ésimas distintas 𝑊𝑘 = 𝑟 1 𝑛 𝐶𝑜𝑠 𝜃+2𝑘𝜋 𝑛 + 𝑖𝑆𝑒𝑛 𝜃+2𝑘𝜋 𝑛 Onde 𝑘 = 0,1,2, … , 𝑛 − 1. NB: |𝑊𝑘| = 𝑟 1 𝑛 continuacao Exemplo: Encontre as seis raízes sextas de 𝑧 = −8 e represente-as no plano complexo. 𝑧 = 8(cos(𝜋) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝜋)) 𝑤𝑘 = 8 1 6 𝑐𝑜𝑠 𝜋+2𝑘𝜋 6 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜋+2𝑘𝜋 6 ; fazendo 𝑘 = 0, 1, 2, 3, 4, 5obtemos as seis raízes 𝑊0 = 8 1 6 𝑐𝑜𝑠 𝜋 6 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜋 6 = 2 3 2 + 1 2 𝑖 𝑊1 = 8 1 6 𝑐𝑜𝑠 𝜋 2 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜋 2 = 2𝑖 𝑊2 = 8 1 6 𝑐𝑜𝑠 5𝜋 6 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 5𝜋 6 = 2 − 3 2 + 1 2 𝑖 𝑊3 = 8 1 6 𝑐𝑜𝑠 7𝜋 6 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 7𝜋 6 = 2 − 3 2 − 1 2 𝑖 Continuacao 𝑊4 = 8 1 6 𝑐𝑜𝑠 3𝜋 2 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 3𝜋 2 = − 2𝑖 𝑊5 = 8 1 6 𝑐𝑜𝑠 11𝜋 6 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 11𝜋 6 = 2 3 2 − 1 2 𝑖 Todos esses pontos estão sobre a circunferência de raio , como mostrado na Fig. A esquerda Continuação Def.1: Consideremos uma função 𝑓 ∶ 𝐷 → ℂ definida em 𝐷 ⊂ ℂ. Seja𝑧0 ∈ ℂ tal que f está definida numa certa vizinhança de 𝑍0 (não necessariamente no ponto 𝑧0). Definição: Diz-se que 𝑓 tem limite 𝐿 no ponto Z = 𝑍0 (ou que o número complexo 𝐿 é o limite de f quando Z se aproxima do ponto 𝑍0), e denota-se por: lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 = 𝐿 se para qualquer 𝛿 > 0 existe 𝜀 > 0 tal que |𝑓(𝑧) − 𝐿| < 𝛿 sempre que 0 < |𝑧 − 𝑧0| < 𝜀. Se existe o limite de f no ponto 𝑧0 então este limite é único. Limites e continuidade 1. lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 ± 𝑔 𝑧 = lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 ± lim 𝑧→𝑧0 𝑔 𝑧 ; 2. lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 . 𝑔 𝑧 = lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 . lim 𝑧→𝑧0 𝑔 𝑧 ; 3. lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 /𝑔 𝑧 = lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 / lim 𝑧→𝑧0 𝑔 𝑧 ; desde que lim 𝑧→𝑧0 𝑔 𝑧 ≠ 0. Propriedades operacionais dos limites Continuação Sejam 𝑓 ∶ 𝐷 → ℂ uma função complexa de variável complexa e 𝑧0 = 𝑥0 + 𝑦0𝑖 tal que f está definida numa certa vizinhança de 𝑧0. Sendo 𝑢(𝑥, 𝑦) 𝑒 𝑣(𝑥, 𝑦) as partes real e imaginária de f demonstra-se (exercício seguinte) que, para 𝑧 = 𝑥 + 𝑦𝑖 , lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 = lim (𝑥,𝑦)→(𝑥0 , 𝑦0) 𝑢 𝑥, 𝑦 + 𝑖 lim (𝑥,𝑦)→(𝑥0 , 𝑦0) 𝑣 𝑥, 𝑦 onde os dois últimos limites são de funções reais de duas variáveis reais. Definição 2 Sejam 𝑓 ∶ 𝐷 → ℂ uma função complexa de variável complexa e 𝑧0 ∈ 𝐷 tal que 𝑓 está definida numa certa vizinhança de 𝑧0. A função 𝑓 diz-se contínua em 𝑧0 se lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 = 𝑓 𝑧0 Continuacao Além disso, podemos ainda concluir que 𝑓 é contínua em 𝑧0 = 𝑥0 +𝑦0𝑖 se e só se as funções reais de variáveis reais 𝑢 𝑒 𝑣 são contínuas em (𝑥0 , 𝑦0) . Deste modo, o estudo da continuidade de funções complexas reduz-se ao estudo da continuidade de funções reais de variáveis reais. Exemplos: Seja 𝑓 ∶ 𝐷 → 𝐶 uma função complexa de variável complexa, 𝑓(𝑥 + 𝑦𝑖) = 𝑢(𝑥, 𝑦) + 𝑣(𝑥, 𝑦) Continuacao lim 𝑧→−1+2𝑖 (3𝑥𝑦 + 𝑖 𝑥 − 𝑦2 ) lim (𝑥,𝑦)→(−1,2) 3𝑥𝑦 + 𝑖 lim (𝑥,𝑦)→(−1,2) (𝑥 − 𝑦2) lim (𝑥,𝑦)→(−1,2) 3 −1 2 + 𝑖 lim (𝑥,𝑦)→(−1,2) ( −1 − 22) lim (𝑥,𝑦)→(−1,2) −6 − 5𝑖 Exemplo 2: lim 𝑧→1+𝑖 𝑍2 − 5 𝑖𝑍 = lim 𝑧→1+𝑖 (1 + 𝑖)2−5 𝑖(1 + 𝑖) = lim 𝑧→1+𝑖 1 + 2𝑖 + 𝑖2 − 5 𝑖 + 𝑖2 = lim 𝑧→1+𝑖 1 + 2𝑖 − 1 − 5 𝑖 − 1 lim 𝑧→1+𝑖 −5 + 2𝑖 −1 + 𝑖 = lim 𝑧→1+𝑖 (−5 + 2𝑖)(−1 − 𝑖) (−1 + 𝑖)(−1 − 𝑖) = 7 2 + 3 2 𝑖 NB: vale dizer que a regra de L’hospital é valida. lim 𝑧→𝑖 𝑍(𝑍2 + 1) 𝑍 − 𝑖 = lim 𝑧→𝑖 𝑖(𝑖2 + 1) 𝑖 − 𝑖 = 0 0 lim 𝑧→𝑖 𝑍(𝑍2 + 1)(𝑍 + 𝑖) (𝑍 − 𝑖)(𝑍 + 𝑖) = lim 𝑧→𝑖 𝑍(𝑍2 + 1)(𝑍 + 𝑖) 𝑍2 − 𝑖2 = lim 𝑧→𝑖 𝑍(𝑍2 + 1)(𝑍 + 𝑖) 𝑍2 + 1 = lim 𝑧→𝑖 𝑍(𝑍 + 𝑖) lim 𝑧→𝑖 𝑖(𝑖 + 𝑖) = lim 𝑧→𝑖 𝑖2 + 𝑖2 = −2 Exemplo 3. Derivação e analiticidade Seja 𝑓 uma função complexa de variável complexa definida num conjunto aberto 𝐷 e seja 𝑧0 ∈ 𝐷. Define-se a derivada de 𝑓 𝑒𝑚 𝑧0, e denota-se por 𝑓′(𝑧0)(𝑜𝑢 𝑑𝑓 /𝑑𝑧 𝑜𝑢 𝑑𝑤/𝑑𝑧) como sendo o limite: 𝑓′ 𝑧0 = lim 𝑧→𝑧0 𝑓 𝑧 − 𝑓 𝑧0 𝑧 − 𝑧0 (caso exista). Se 𝑓 tem derivada em 𝑧0 (se este limite existe) então 𝑓 diz-se diferenciável em 𝑧0 .Escrevendo ∆𝑧 = 𝑧 − 𝑧0 ,a definição é equivalente à expressão 𝑓′ 𝑧0 = lim ∆𝑧→0 𝑓(𝑧0 + ∆𝑧) − 𝑓 𝑧0 ∆𝑧 Exemplos: Seja 𝑓(𝑧) = 2𝑥 + 3𝑦𝑖 de domínio ℂ. Vejamos que 𝑓 não é diferenciável em nenhum ponto 𝑧0 = 𝑥0 + 𝑖𝑦0. Calculemos o limite respetivo, considerando ∆𝑧 = ∆𝑥 + 𝑖∆𝑦, onde ∆𝑥 = 𝑥 − 𝑥0 e ∆𝑦 = 𝑦 − 𝑥0: 𝑓′ 𝑧0 = lim ∆𝑧→0 2 𝑥0 + ∆𝑥 + 3 𝑦0 + ∆𝑦 𝑖 − 2𝑥0 + 3𝑦0𝑖 ∆𝑥 + 𝑖∆𝑦 𝑓′ 𝑧0 = lim ∆𝑧→0 2∆𝑥 + 3𝑖∆𝑦 ∆𝑥 + 𝑖∆𝑦 Suponhamos que ∆𝑧 → 0 ao longo de uma recta horizontal (caminho I). Então ∆𝑦 = 0 e o valor do limite (direcional) é Continuação lim ∆𝑧→0 2∆𝑥 + 3𝑖∆𝑦 ∆𝑥 + 𝑖∆𝑦 = lim ∆𝑥→0 2∆𝑥 ∆𝑥 = 2 Por outro lado, se escolhermos outra direção, por exemplo que ∆𝑧 → 0 ao longo de uma recta vertical (caminho II), temos ∆𝑥 = 0 e o valor do limite (direcional) é lim ∆𝑧→0 2∆𝑥 + 3𝑖∆𝑦 ∆𝑥 + 𝑖∆𝑦 = lim ∆𝑦→0 3𝑖∆𝑥 𝑖∆𝑥 = 3 A obtenção de dois limites direccionais diferentes permite concluir que não existe o limite pretendido Continuacao Fig .: ilustração geométrica do exemplo anterior Propriedades 1. Soma e Diferencao 𝑎𝑓 𝑧 ± 𝑏𝑔 𝑧 ′ = 𝑎𝑓′ 𝑧 ± 𝑏𝑔′ 𝑧 2. P𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜: 𝑓 𝑧 𝑔 𝑧 ′ = 𝑓′ 𝑧 𝑔 𝑧 + 𝑓 𝑧 𝑔′ 𝑧 3. Q𝑢𝑜𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒: 𝑓 𝑧 𝑔 𝑧 ′ = 𝑓′ 𝑧 𝑔 𝑧 −𝑓(𝑧)𝑔′(𝑧) 𝑔2(𝑧) ; 𝑐𝑜𝑚 𝑔 𝑧 ≠ 0 4. 𝐹𝑢𝑛𝑐𝑎𝑜 𝑃𝑜𝑙𝑖𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎𝑙: 𝑓𝑛(𝑧) ′ = 𝑛𝑓𝑛−1 𝑧 𝑓′ 𝑧 ; 𝑐𝑜𝑚 𝑛 𝜖 𝐼𝑁 5. 𝐹𝑢𝑛𝑐𝑎𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎: 𝑔𝑜𝑓 ′= 𝑔′(𝑓 𝑧 )𝑓′(𝑧) Exemplos Exemplo 1. 𝑓 𝑧 = 2𝑧4 − 𝑧3 + 10𝑖𝑧 𝑓′ 𝑧 = 2.4𝑧3 − 3. 𝑧2 + 10𝑖 = 8𝑧3 − 3𝑧2 + 10𝑖, ∀𝑧 ∈ ℂ Exemplo 2. g z = (2𝑧 + 3)4 𝑔′ 𝑧 = 4(2𝑧 + 3)3(2𝑧 + 3)′= 4.2(2𝑧 + 3)3= 8(2𝑧 + 3)3, ∀𝑧 ∈ ℂ Exemplo 3. ℎ 𝑧 = 1+ 2−𝑖 𝑧 2𝑧+9 ℎ′(𝑧) = 1 + 2𝑧 − 𝑖𝑧 ′ 2𝑧 + 9 − (1 + 2𝑧 − 𝑖𝑧)(2𝑧 + 9)′ (2𝑧 + 9)2 ℎ′ 𝑧 = 2 − 𝑖 2𝑧 + 9 − 2 1 + 2𝑧 − 𝑖𝑧 2𝑧 + 9 2 = 4𝑧 + 18 − 2𝑖𝑧 − 9𝑖 − 2 − 4𝑧 + 2𝑖𝑧 2𝑧 + 9 2 ℎ′ 𝑧 = 16 − 9𝑖 2𝑧 + 9 2 , ∀𝑧 ∈ ℂ Equações de Cauchy-Riemann Teorema 1. Cauchy-Riemann Seja 𝑓 ∶ 𝐷 → 𝐶 uma função complexa de variável complexa definida por 𝑓(𝑧) = 𝑢(𝑥, 𝑦) + 𝑣(𝑥, 𝑦)𝑖 num conjunto aberto 𝐷 𝑧0 = 𝑥0 + 𝑖𝑦0 𝑒 ∈ 𝐷. A derivada 𝑓′ 𝑧0 existe (ou seja, 𝑓 é diferenciável em 𝑧0) se e só se as funções 𝑢 e 𝑣 são contínuas e têm derivadas de 1𝑎 ordem contínuas numa vizinhança de (𝑥0, 𝑦0) e, no ponto (𝑥0, 𝑦0) , satisfazem as equações de Cauchy-Riemann 𝜕𝑢 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) = 𝜕𝑣 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) 𝑒 𝜕𝑢 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) = − 𝜕𝑣 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) Exemplo 1. Consideremos a função 𝑓(𝑧) = 2𝑥 + 3𝑦𝑖. Vimos no exemplo anterior, que 𝑓 não é diferenciável em nenhum ponto do seu domínio ℂ. De facto, as equações de Cauchy-Riemann não são válidas em nenhum ponto (𝑥, 𝑦) 𝜕𝑢 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) = 2 e 𝜕𝑣 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) = 3, 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑜 𝜕𝑢 𝜕𝑥 ≠ 𝜕𝑣 𝜕𝑦 𝜕𝑢 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) = 0 𝑒 𝜕𝑣 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) = 0 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑜 𝜕𝑢 𝜕𝑦 = − 𝜕𝑣 𝜕𝑥 = 0 Exemplos Ex: Consideremos a função 𝑓 𝑧 = ҧ𝑧 |𝑧|2 definida no conjunto aberto 𝐷 = 𝐶 {0}. Temos 𝑓 𝑧 = 𝑥 − 𝑦𝑖 𝑥2 + 𝑦2 = 𝑥 𝑥2 + 𝑦2 − 𝑦 𝑥2 + 𝑦2 𝑖 𝜕𝑢 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) = 𝑦2 − 𝑥2 (𝑥2 + 𝑦2)2 = 𝜕𝑣 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) 𝜕𝑢 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) = − 𝜕𝑣 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) = − 2𝑥𝑦 (𝑥2 + 𝑦2)2 . Continuação Portanto, as equações de Cauchy-Riemann são satisfeitas em 𝐶 {0}. Pelo teorema de Cauchy-Riemann,𝑓 é analítica em C\ {0}. Equação de Cauchy-Riemann escrita em coordenadas polares 𝑥 = 𝑟 cos 𝜃 𝑒 𝑦 = 𝑟 s𝑒n 𝜃 Como tal, num ponto 𝑧0 = 𝑥0 + 𝑦0𝑖 = 𝑟0 cos 𝜃 + 𝑖𝑟0s𝑒 n 𝜃 = 𝑟0𝑐𝑖𝑠𝜃0, temos: Continuacao 𝜕𝑢 𝜕𝑟 (𝑟0, 𝜃) = 𝜕𝑢 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) cos 𝜃0 + 𝜕𝑢 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) sen 𝜃0 𝜕𝑣 𝜕𝜃 (𝑟0, 𝜃) = 𝜕𝑣 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0)(−𝑟0 s𝑒𝑛 𝜃0) + 𝜕𝑣 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0)𝑟0 cos 𝜃0 Atendendo às equações de Cauchy-Riemann em coordenadas 𝜕𝑢 𝜕𝑟 (𝑟0, 𝜃) = 𝜕𝑣 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) cos 𝜃0 − 𝜕𝑣 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) sen 𝜃0 Continuacao 𝜕𝑢 𝜕𝑟 (𝑟0, 𝜃) = 1 𝑟0 𝜕𝑣 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0)𝑟0 cos 𝜃0 − 𝜕𝑣 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0)𝑟0 sen 𝜃0 𝜕𝑢 𝜕𝑟 (𝑟0, 𝜃) = 1 𝑟0 𝜕𝑣 𝜕𝜃 (𝑟0, 𝜃0) De modo análogo, temos: 𝜕𝑢 𝜕𝜃 (𝑟0, 𝜃) = 𝜕𝑢 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0)(−𝑟0 s𝑒𝑛 𝜃0) + 𝜕𝑢 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0)𝑟0 cos 𝜃0 𝜕𝑣 𝜕𝑟 (𝑟0, 𝜃) = 𝜕𝑣 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) cos 𝜃0 + 𝜕𝑣 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) sen 𝜃0 Continuação Continuação donde, atendendo novamente às equações de Cauchy- Riemann em coordenadas retangulares, 𝜕𝑣 𝜕𝑟 (𝑟0, 𝜃) = − 𝜕𝑢 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0) cos 𝜃0 + 𝜕𝑢 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0) sen 𝜃0 = − 1 𝑟0 − 𝜕𝑢 𝜕𝑦 (𝑥0, 𝑦0)(−𝑟0) cos 𝜃0 + 𝜕𝑣 𝜕𝑥 (𝑥0, 𝑦0)(−𝑟0) sen 𝜃0 𝜕𝑣 𝜕𝑟 (𝑟0, 𝜃) = − 1 𝑟0 𝜕𝑢 𝜕𝜃 (𝑟0, 𝜃0). Funções elementares A função exponencial Definição: Para qualquer 𝑧 = 𝑥 + 𝑦𝑖 ∈ 𝐶, define-se a função exponencial de 𝑧 por: 𝑒𝑧 = 𝑒𝑥 + 𝑦𝑖 = 𝑒𝑥𝑒𝑦𝑖 = 𝑒𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑦 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝑦 ; que pode também ser denotada por exp 𝑧. Nota: Quando tomamos 𝑧 como número real, 𝑧 = 𝑥 + 0𝑖, a definição de 𝑒𝑧 coincide com a definição já conhecida em ℝ: 𝑒𝑧 = 𝑒𝑥 +0𝑖 = 𝑒𝑥𝑒0𝑖 = 𝑒𝑥 𝑐𝑜𝑠0 + 𝑖𝑠𝑒𝑛0 = 𝑒𝑥 1 + 0𝑖 = 𝑒𝑥 Deste modo, a função exponencial de variável complexa é um prolongamento da função exponencial de variável real Propriedades da exponencial Sejam 𝑧, 𝑤 ∈ ℂ. São válidas as seguintes propriedades: 1. 𝑒𝑧+𝑤 = 𝑒𝑧. 𝑒𝑤 ; 2. 𝑒𝑧 nunca se anula; 3. 𝑒𝑥+𝑦𝑖 = 𝑒𝑥; 4. 𝑒𝑧 é uma função periódica, com período 2𝜋𝑖 5. 𝑒𝑧 = 1 ⇒ 𝑧 = 2𝑛𝜋𝑖, para algum 𝑛 ∈ ℤ; 6. (𝑒𝑧)𝑛 = 𝑒𝑛𝑧 com 𝑛 ∈ ℤ A função exponencial 𝑒𝑧 = 𝑒𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑦 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝑦 ; é analítica em ℂ e a sua derivada é 𝑓′ 𝑧 = 𝑒𝑧 (𝑒𝑧)′= 𝑒𝑧 Exemplo: Escreva na forma algébrica os números complexos 𝑒3+𝑖 , 𝑒− 𝜋 4 𝑖 , 𝑒2±3𝜋𝑖 Relembramos que: 𝑧 = 𝑥 + 𝑦𝑖 = 𝑟 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑟𝑒𝜃𝑖 Onde 𝑟 = 𝑧 = 𝑥2 + 𝑦2, 𝑒 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛 𝑦 𝑥 Então temos: 𝑒3+𝑖 = 𝑒3. 𝑒𝑖 = 𝑒3 𝑐𝑜𝑠1 + 𝑖𝑠𝑒𝑛1 ; Continuação Continuacao 𝑒− 𝜋 4𝑖 = 𝑒0 cos − 𝜋 4 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 − 𝜋 4 = − 2 2 − 2 2 𝑖 𝑒2±3𝜋𝑖 = 𝑒2 cos ±3𝜋 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 ±3𝜋 = 𝑒2 −1 + 0𝑖 = −𝑒2 + 0i = −𝑒2 Integração no plano complexo O estudo da integração no plano complexo é importante por duas razões essenciais. Por um lado, podem ocorrer integrais de variável real cujo cálculo não é imediato pelos métodos usuais de integração real mas que a integração complexa permite resolver facilmenteIntegrais curvilíneos Os integrais curvilíneos, integrais de uma função 𝑓(𝑧) ao longo de uma certa curva no plano complexo, são definidos de forma análoga à usada para definir integrais curvilíneos no plano bidimensional ℝ2. Sejam 𝑎, 𝑏 ∈ 𝑅, com 𝑎 ≤ 𝑏. Uma curva em C é o contradomínio de uma função contínua 𝛾 ∶ [𝑎, 𝑏] → 𝐶. A função 𝛾 é designada por parametrização da curva (de parâmetro real 𝑡) e 𝛾(𝑡) = 𝑥(𝑡) + 𝑖𝑦(𝑡), 𝑡 ∈ [𝑎, 𝑏] Continuacao Podemos pensar numa curva como a trajetória de um ponto material (𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡)) = 𝑥(𝑡) + 𝑖𝑦(𝑡) ∈ 𝐶, em cada instante 𝑡, com t a variar num intervalo de tempo [a, b]. Dada uma curva parametrizada 𝑝𝑜𝑟 𝛾(𝑡) = 𝑥(𝑡) + 𝑦(𝑡)𝑖, 𝑡 ∈ [𝑎, 𝑏], 𝑒 𝑡0 ∈ [𝑎, 𝑏], o vetor 𝛾′(𝑡0) = 𝑥 ′(𝑡0) = + 𝑖𝑦 ′(𝑡0) designa-se por vector tangente à curva no ponto 𝑡 = 𝑡0 2 . Continuação Def. 2: Uma curva 𝛾 diz-se suave (ou regular) quando as funções 𝑥(𝑡) e 𝑦(𝑡) têm derivadas contínuas no intervalo [a, b] e o vetor 𝛾0 (𝑡) = 𝑥0 (𝑡)𝑥 + 𝑖𝛾0 (𝑡) não se anula em [a, b]. Exemplo: A função 𝛾(𝑡) = 𝑥(𝑡) + 𝑖𝑦(𝑡) tal que ቊ 𝑥 𝑡 = 𝑡 𝑦 𝑡 = 𝑡2 t ∈ ℝ Continuação define a parábola dada, em coordenadas retangulares, pela equação 𝑦 = 𝑥2. Consideremos a função 𝛾 ∶ [−1, 2] → 𝐶 definida por 𝛾(𝑡) = 𝑡 + 𝑡2 . Dado que 𝑥(𝑡) e 𝑦(𝑡) são funções contínuas com derivadas contínuas no intervalo [−1, 2],𝛾 é uma curva suave que corresponde ao arco da parábola 𝑦 = 𝑥2 compreendido entre os pontos 𝑧1 = 𝛾 −1 = −1 + 𝑖 e 𝑧2 = 𝛾 2 = 2 + 4𝑖 . Note-se que 𝛾 ′ 𝑡 = 1 + 2𝑡𝑖 ≠ 0 para −1 ≤ 𝑡 ≤ 2. Geometricamente, Continuação Definição 2: Seja ℎ ∶ [𝑎, 𝑏] → 𝐶 uma função complexa de variável real definida por ℎ(𝑡) = 𝑢(𝑡) + 𝑖𝑣(𝑡), para funções 𝑢 e 𝑣 contínuas em [a, b]. Define-se o integral curvilíneo da função h no intervalo [a, b] como sendo o número complexo Continuação න 𝑎 𝑏 ℎ 𝑡 𝑑𝑡 = න 𝑎 𝑏 𝑢 𝑡 𝑑𝑡 + 𝑖 න 𝑎 𝑏 𝑣 𝑡 𝑑𝑡 onde os integrais de 𝑢 e 𝑣 são integrais usuais de funções reais de uma variável real Exemplo: Pretendemos determinar o integral curvilíneo da função ℎ 𝑡 = 𝑡2 + 1 + 𝑡3𝑖 no intervalo [0, 1]. Dado 𝑢 𝑡 = 𝑡2 + 1 e 𝑣 = 𝑡3𝑖 são as partes real e imaginária de h, respetivamente, temos Continuação න 0 1 𝑡2 + 1 + 𝑡3𝑖 𝑑𝑡 = න 0 1 𝑡2 + 1 𝑑𝑡 + 𝑖 න 0 1 𝑡3 𝑑𝑡 = 4 3 + 1 4 𝑖 Definição 15: Sejam f uma função contínua definida num aberto 𝐴 ⊆ 𝐶 𝑒 𝛾 ∶ [𝑎, 𝑏] → ℂ uma curva seccionalmente suave tal que 𝛾 ([𝑎, 𝑏]) ⊂ 𝐴. Define-se o integral curvilíneo (ou simplesmente integral) ao longo de 𝛾, que se denota por 𝛾 𝑓 𝑧 𝑑𝑧 (ou simplesmente por 𝛾 𝑓) como sendo o número complexo Continuação න 𝛾 𝑓 𝑧 𝑑𝑧 = 𝑗=1 𝑛 න 𝑎𝑗−1 𝑎𝑗 𝑓(𝛾𝑗(𝑦)). 𝛾𝑗 ′(𝑡)𝑑𝑡 A função f é designada por função integranda. Quando a curva é fechada é usual a notação ׯ𝛾 𝑓. Diapositivo 1: ANALISE COMPLEXA (NUMEROS COMPLEXOS) Diapositivo 2: Funções complexas de variável complexas(N0COES BASICAS) Diapositivo 3: Continuacao Diapositivo 4: Continuacao Diapositivo 5: Continuação Diapositivo 6: Exemplo: numerador , menos 1 mais 3 i. fim de numerador , sobre denominador , 2 mais 5 i. fim de denominador , é igual a numerador , abre parêntese menos 1 mais 3 i. fecha parêntese abre parêntese 2 menos 5 i. fecha parêntese fim de numerad Diapositivo 7: Propriedades dos numeros complexos Diapositivo 8: Representacao Geometrica de um numero complexo Diapositivo 9: módulo ou valor absoluto Diapositivo 10: Forma polar Diapositivo 11: Continuacao Diapositivo 12 Diapositivo 13 Diapositivo 14: Teorema de De Moivre Isso nos diz que para obtermos a n-ésima potência de um número complexo, elevamos à n-ésima potência o módulo e multiplicamos o argumento por n Se e n for um inteiro positivo, então: maiúscula Z elevado a n é igual a Diapositivo 15: Continuação Diapositivo 16: Raízes de um Número Complexo Diapositivo 17: continuacao Diapositivo 18: maiúscula W inferior à linha 0 é igual a 8 elevado a , 1 sexto fim de superior à linha , abre parêntese c o s , pi sobre 6 mais i. s e n , pi sobre 6 , fecha parêntese é igual a raiz quadrada de 2 , abre parêntese raiz quadrada de 3 sobre Diapositivo 19: Continuação Diapositivo 20: Limites e continuidade Diapositivo 21: Propriedades operacionais dos limites Diapositivo 22: Continuação Diapositivo 23: Continuacao Diapositivo 24: Continuacao Diapositivo 25: Exemplo 2: Diapositivo 26: Exemplo 3. Diapositivo 27: Derivação e analiticidade Diapositivo 28: Exemplos: Diapositivo 29: Continuação limite como incremento z até a 0 de , numerador , 2 incremento x mais 3 i. incremento y fim de numerador , sobre denominador , incremento x mais i. incremento y fim de denominador , , é igual a limite como incremento x até a 0 Diapositivo 30: Continuacao Diapositivo 31: Propriedades Diapositivo 32: Exemplos Diapositivo 33: Equações de Cauchy-Riemann Diapositivo 34: Exemplos Diapositivo 35: Continuação Diapositivo 36: Continuacao Diapositivo 37: Continuacao Diapositivo 38: Continuação Diapositivo 39: Continuação Diapositivo 40: Funções elementares Diapositivo 41: Propriedades da exponencial Diapositivo 42: Continuação Diapositivo 43: Continuacao Diapositivo 44: Integração no plano complexo Diapositivo 45: Integrais curvilíneos Diapositivo 46: Continuacao Diapositivo 47: Continuação Diapositivo 48: Continuação Diapositivo 49: Continuação Diapositivo 50: Continuação Diapositivo 51: Continuação Diapositivo 52: Continuação
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