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Proteção contra incêndio e explosões - Podcast Tema 03 - Audiodescrição

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Podcast 
Disciplina: Proteção contra incêndio e explosões 
Título do tema: Preparação para resposta a emergências 
Autoria: Júlio Assis de Freitas 
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior 
 
Abertura: 
Olá, caro aluno! Neste podcast vamos falar do plano de atendimento a 
emergências, ou simplesmente PAE. 
Uma edificação precisa ter equipamentos de proteção ativa e passiva contra 
incêndio, o que pode incluir extintores, hidrantes, iluminação de emergência, 
rotas de fuga sinalizadas e desobstruídas, sistemas de detecção e alarme de 
incêndio, entre tantas outras medidas requeridas pelos bombeiros. 
Porém todo este aparato terá pouca utilidade no momento da emergência se 
não houver pessoas aptas a fazer bom uso deles. Porém o PAE vai além de 
ensinar as pessoas a operar um extintor de incêndio. 
O “P” de PAE significa “plano”, e planejamento é uma etapa fundamental em 
tudo o que se pretende fazer com excelência não é mesmo? Exemplo disso é o 
famoso ciclo PDCA tão conhecido daqueles que já tiveram alguma experiência 
com sistemas de gestão da qualidade. 
A primeira etapa para se construir um PAE é reunir um time multidisciplinar 
envolvendo, por exemplo, representantes das áreas de segurança do trabalho 
e patrimonial, manutenção, produção, ambulatório médico, bombeiro civil, e os 
demais especialistas nas diversas etapas do processo que ocorrem no 
estabelecimento, pois todos tem a contribuir nas suas áreas de expertise, em 
especial na etapa seguinte, que é a análise de riscos. 
A análise de riscos deve identificar todas as hipóteses acidentais possíveis. É 
importante destacar que hipótese acidental é diferente de cenário emergencial. 
Imagine um acidente em que um caminhão tanque de gasolina colide no pátio 
da empresa, como resultado do impacto o motorista fica inconsciente e o 
combustível começa a vazar, este é um cenário emergencial composto por 
várias hipóteses acidentais que se concretizaram. 
Com isso, o PAE deve prever e definir meditas de reação para socorro à vítima, 
contenção do derramamento para evitar dano ambiental, remoção das 
possíveis fontes de ignição no entorno do cenário, preparação para a possível 
necessidade de combate a incêndio e abandono da população da empresa 
caso o cenário ofereça risco às edificações próximas. 
Tão importante após a elaboração do PAE prevendo e tratando todas as 
hipóteses acidentais, é a capacitação dos ocupantes da edificação, o que vale 
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tanto para os que efetivamente terão algum papel ativo na mitigação do cenário 
emergencial, quanto para a população em geral, que precisa saber como reagir 
frente a um alarme de incêndio ou ao comando de um brigadista. 
O PAE é um requisito legal obrigatório nacionalmente, por mais que a 
legislação dos bombeiros tenha jurisdição estadual ou distrital, todos eles 
sempre remetem a necessidade da elaboração de um plano de atendimento a 
emergências. 
Porém, nenhum corpo de bombeiros estabelece como deve ser elaborado um 
PAE, e diante disso, o mercado adota como boa prática seguir as diretrizes da 
NBR 15.219, cuja última versão data de 2020. 
Esta norma traz inclusive em seus anexos um modelo básico de PAE para 
basear a elaboração de um plano a partir do “zero”. 
O profissional que atua na área da prevenção tem papel de protagonismo na 
elaboração do PAE, sua atuação na elaboração, implantação e manutenção de 
um bom plano pode literalmente salvar vidas. 
O desfecho do incêndio na boate Kiss poderia ter sito diferente em número de 
vítimas se houvesse um PAE devidamente implantado? Ele poderia se quer ter 
acontecido? Encerro deixando estas questões para sua reflexão. 
 Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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