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Doenças Vocais Relacionadas ao Trabalho- DVRT; Organização do trabalho Professor e Teleoperador;

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Doenças Vocais Relacionadas ao Trabalho- DVRT
VozVozVoz no adulto e idoso no adulto e idoso no adulto e idoso
Problema 3
Definição
Distúrbio de Voz Relacionado ao Trabalho (DVRT) é qualquer forma de desvio vocal
relacionado à atividade profissional que diminua, comprometa ou impeça a atuação ou a
comunicação do trabalhador, podendo ou não haver alteração orgânica da laringe. Tendo
como premissa o sistema classificatório de Costa, Pontes e Almeida, três tipos de
adoecimento relacionado ao trabalho podem ser definidos em distúrbios relativos à voz:
1° É a inserção do indivíduo no ambiente de trabalho.
2° Constituição individual de cada um ( se a pessoa trás consigo uma doença pré-existente,
uma asma, bronquite ela terá menos resistência a esse ambiente de trabalho e ar
condicionado e etc do que essa pessoa que não tem essa sensibilidade no sistema
respiratório).
3° O uso da voz no ambiente de trabalho ( o uso excessivo).
a) Distúrbios relativos à inserção do indivíduo no ambiente de trabalho 
Considera-se aqui a exposição a substâncias irritativas da mucosa respiratória
presentes no ambiente e no processo de trabalho, tendo como consequência
laringites inespecíficas e crônicas. 
(Aqui entra o cuidado que devemos ter com o ar, pois é um ponto de atenção a
limpeza a direção das pás. Eles podem causar problemas de laringe e futuramente
causar um problema de voz.)
b) Distúrbios relativos à constituição individual 
Neste caso, são considerados os problemas individuais frente ao trabalho, como as
alterações estruturais mínimas da laringe. Aqui o trabalho entra como fator
agravador de uma condição preexistente.
(As pessoas que já tem histórico de rinite, asma, bronquite elas tem uma resistência
menor mesmo tendo os cuidados e isso agrava as condições)
c) Distúrbios relativos ao uso de voz no processo de trabalho 
São os já estabelecidos distúrbios vocais decorrentes do uso profissional da voz no
exercício do trabalho. E que causam em sua maioria disfonia funcional.
Os determinantes sociais ou fatores de risco agravantes e desencadeantes 
do DVRT podem ser agrupados da seguinte forma:
Fatores relacionados à característica e à organização do trabalho:
jornada de trabalho prolongada, sobrecarga, acúmulo de atividades ou de funções,
demanda vocal excessiva, ausência de pausas e de locais de descanso durante a jornada,
falta de autonomia, ritmo de trabalho acelerado para o cumprimento de metas, trabalho sob
forte pressão, insatisfação com o trabalho ou com a remuneração, postura e equipamentos
inadequados, dificuldade de acesso à hidratação e aos sanitários, entre outros
Fatores relacionados ao ambiente de trabalho: 
pressão sonora acima dos níveis de conforto, acústica desfavorável, mobiliário e recursos
materiais inadequados ou insuficientes, desconforto e choque térmico, má qualidade do ar,
ventilação inadequada do ambiente, baixa umidade, exposição a produtos químicos
irritativos de vias aéreas superiores (solventes, vapores metálicos, gases asfixiantes) e
presença de poeira ou fumaça no local de trabalho, entre outros
Fatores relacionados ao indivíduo: 
idade, sexo feminino, alergias respiratórias, doenças de vias aéreas superiores, influências
hormonais, medicações, etilismo, tabagismo e outros. 
Movimento pelo reconhecimento do DVRT no Brasil
O distúrbio de voz relacionado ao trabalho (DVRT) foi incluído na atualização da lista de
doenças relacionadas ao trabalho (LDRT) do Ministério da Saúde (MS) , em 30 de julho de
2020.
O DVRT caracteriza-se como uma alteração da voz decorrente do exercício profissional que
diminui, compromete ou impede a atuação ou a comunicação do trabalhador, sem que haja
necessariamente lesão da laringe. O agravo apresenta início insidioso, com piora ao final
do dia, acentuando-se no decorrer dos dias. Com o repouso no final de semana, a
tendência é a melhora da qualidade vocal. Contudo, o ciclo retorna com a entrada de uma
nova semana, sem perspectivas de melhora. 
Por ser um agravo de natureza multicausal, pode constituir-se como uma disfonia
comportamental comum, de caráter individual, ou como um DVRT, sendo o trabalho fator
contributivo ou agravante de doença preexistente. O trabalho é fator contributivo podendo
ocorrer nas situações de disfonias funcionais ou organofuncionais (como nódulos, pólipos e
edemas) provocados por fonotrauma. Na presença de uma condição preexistente, a
exemplo de quadros de alergia ou mesmo de alteração estrutural mínima da cobertura da
prega vocal (como nos cistos, sulcos ou pontes de mucosa), o trabalho entra como como
causalidade, agravando o quadro.
A busca do reconhecimento do distúrbio de voz como doença relacionada ao trabalho tem o
seu marco histórico em 19978. Acolhendo pedido do Conselho Federal de Fonoaudiologia,
os organizadores dos Seminários de Voz da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), deram início a um amplo debate, com a participação de diferentes atores sociais
(universidades, associações e conselhos de classe, sindicatos de trabalhadores, Centros de
Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), entidades assistenciais e jurídicas, dentre
outros), na perspectiva de entendimento das alterações vocais como decorrentes do
exercício profissiona. Em 2016, em um novo esforço coletivo, a Universidade Federal da
Bahia (UFBA) propôs o projeto “Há evidências suficientes para reconhecer o distúrbio de
voz como doença relacionada ao trabalho?”, em parceria com a PUC-SP, o Núcleo de
Epidemiologia da Universidade Federal de Feira de Santana (NEPI/UEFS), o Centro
Universitário Estácio de Sá, da Bahia, e a University College London.
A continuidade do processo de revisão da LDRT culminou numa ampla consulta pública,
realizada entre 28 de novembro de 2019 e 2 de fevereiro de 2020. Para um agravo/doença
ser incluído na LDRT levaram-se em consideração dois critérios básicos: a) citação em
duas ou mais listas internacionais consultadas pela equipe de revisores; b) o perfil
epidemiológico nacional, no qual se demonstrasse a relação entre o agravo/doença com o
trabalho.
Organização do trabalho
Professor e Teleoperador
Professor 
As condições do trabalho docente têm sido crescente objeto de pesquisa no sentido de se
identificar os fatores de risco e minimizar os impactos físicos, sociais e psíquicos
decorrentes desses distúrbios. 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera o professorado como a categoria
de maior risco de contrair enfermidades profissionais da voz.
Os estudos têm indicado consistente associação entre aspectos do ambiente e da
organização do trabalho docente e a ocorrência do distúrbio de voz dos educadores,
especialmente em escolas infantis e fundamentais. 
Por condições do ambiente de trabalho, compreendem-se aspectos relacionados com
ambiente físico, químico, biológico, condições de higiene, de segurança e características
antropométricas do local de trabalho. 
Por organização do trabalho, consideram-se os aspectos referentes à divisão e ao
conteúdo da tarefa, ao sistema hierárquico, às modalidades de comando, às relações de
poder, enfim, todas as questões ligadas às relações interpessoais.
Professores têm intensa demanda vocal em atividades que exigem esforço, uma vez que
lidam com muitas crianças ou adolescentes em ambientes ruidosos. As escolas, em geral,
apresentam construções acusticamente inapropriadas, com salas numerosas, muitas vezes
voltadas para o pátio ou para avenidas movimentadas, o que propicia competição vocal.
Essa situação leva os professores a elevar a voz como forma de superar o ruído ambiental
e manterem a atenção dos alunos em sala de aula. Além do ruído, aspectos referentes à
presença de poeira, limpeza insatisfatória, iluminação e tamanho da sala inadequados,
entre outros fatores, podem prejudicar a qualidade do local de trabalho do professor.
Tais aspectos referentes ao ambiente físico, químico e biológico podem gerar repercussões
na saúde do professor, principalmente se intensificados por maior tempo de exposição ou
ritmo do trabalho. Assim,o trabalho em ambiente ruidoso, além de exigir maior volume de
voz, demanda maior esforço para manter a concentração dos alunos, dificulta o raciocínio e
causa fadiga e irritabilidade.
Importante destacar, ainda, que a atuação na escola pública e na escola privada se
diferenciam em vários aspectos. Condições físicas e disponibilidade de material são os
primeiros aspectos que se destacam. Enquanto as escolas públicas carecem de recursos
para boas instalações e material pedagógico, as particulares, em geral, não têm esse
problema.
Mas a escola particular, às vezes, é vista pelos professores como um lugar em que há difícil
diálogo. Se, por um lado, os docentes encontram melhores condições de ambiente físico,
por outro, sentem menor autonomia no planejamento pedagógico e maior pressão por
resultados. Na escola particular, há a necessidade de mostrar, principalmente para os pais,
um trabalho de boa qualidade.
Outra diferença a ser citada é a forma de trabalho nos diferentes níveis de ensino, que
apresentam especificidades na relação do professor com seus alunos, uma vez que a
questão da maturidade dos mesmos requer atenção e cuidados diferenciados. 
Conforme o aluno vai crescendo, depende menos do professor, porém a interação entre
eles é importante e os níveis de indisciplina e violência estão diretamente relacionados. É
importante que o professor tenha conhecimento quanto à faixa etária que se sente melhor
preparado, para atuar de modo mais adequado e minimizar os efeitos adversos. 
O estresse no trabalho docente, decorrente do acúmulo de atividades e da falta de
autonomia para planejar e executar sua tarefa, está associado ao distúrbio de voz do
professor. Isso tem levado à perda de capacidade para o trabalho e ao afastamento da
função, concretizado por faltas, licenças ou readaptação funcional, recurso no ensino
público quando o professor não apresenta condição física ou mental de permanecer na
atividade que exerce.
Como variáveis indicadoras de estresse associadas ao distúrbio de voz de professores têm
sido apontados: violência na escola, dificuldades de relacionamento com colegas e direção,
baixa autonomia e possibilidade de criatividade nas atividades, falta de tempo para
correção de tarefas e provas e más condições de trabalho em geral, entre outras.
Avaliação - Organização do trabalho
Na avaliação deve-se investigar se o ambiente de trabalho é calmo, os relacionamentos no
trabalho, o planejamento das atividades, se o ritmo de trabalho é estressante, se o material
de trabalho é adequado e suficiente, se o trabalho é monótono ou repetitivo, se tem tempo
suficiente para realizar as atividades na escola, se leva trabalho para casa, se existe a
possibilidade de se ausentar da sala de aula, se realiza esforço físico e carrega peso, se há
comprometimento dos funcionários com a manutenção e organização, se há satisfação no
desempenho da função, presença de estresse, características do trabalho que afetam a
saúde e presença de situações de violência no trabalho.
Sintomas Vocais mais encontrados em professores
Os professores sofrem com problemas de voz, mas isso não é uma novidade. Parece haver
um consenso na sociedade de que essa categoria profissional está mais vulnerável a
distúrbios no que diz respeito à saúde vocal. Ficar rouco por um período soa, até para os
próprios docentes, como algo corriqueiro, decorrente de sua rotina de trabalho. Essa
aceitação do fato como se fosse algo natural mostra a falta de informação sobre como a
voz dos professores é afetada e sobre como os problemas poderiam ser minimizados ou
até evitados, caso esses profissionais tivessem acesso a políticas preventivas, seja na
esfera pública ou privada
Os sintomas vocais mais encontrados nesta categoria são rouquidão, fadiga vocal, voz
fraca, falha na voz, dor ou desconforto ao falar, garganta seca, pigarro, tosse persistente,
dificuldade de projetar a voz. 
Esses sintomas são sinais de abuso vocal ou uso intensivo da voz em condições
inapropriadas de trabalho, que podem contribuir para o aparecimento de uma doença
ocupacional.
Neste sentido, as principais causas relatadas pelos professores que podem levar a
sintomas vocais e até mesmo ao distúrbio de voz (com ou sem lesão laríngea) são os
seguintes: o uso intensivo da voz, estresse, infecções respiratórias e alergias, esforço ao
falar, refluxo gastroesofágico, condições ambientais inadequadas (acústica, ruído interno,
ruído externo, umidade, poeira), falta de preparo ou treinamento vocal e hábitos vocais
inadequados.
 Teleoperador
O serviço de teleoperador passou a ganhar importância quando as empresas passaram a
reconhecer que, para o melhor relacionamento com o cliente, é necessário um profissional
comunicativo, habilitado para manter uma conversa, pois não é a mera reprodução do script
que irá satisfazer o cliente. 
A expectativa é que o teleoperador tenha condição de tomar decisões até onde pode
atender às solicitações, cumpra suas atribuições com uma comunicação eficaz e mantenha
o cliente satisfeito, sempre equilibrando emoção e razão, uma vez que o cliente, insatisfeito
com a empresa, geralmente direciona ao atendente suas queixas e desabonos.
Desempenhar sua função com competência comunicativa é uma tarefa desafiadora que
envolve percepção e treinamento.
Organização do trabalho
O turno dos teleoperadores é de 6 horas, podendo ser prolongado por mais de 2 horas
(totalizando 8 horas) com 15 minutos de intervalo ou 1 hora de intervalo para os casos em
que a jornada e trabalho foi de 8 horas.
As variáveis que interferem na qualidade de trabalho do teleoperador são muitas e vão
depender desde a estrutura ambiental da central até a gestão administrativa empregada.
Podemos encontrar ambientes fechados com locais de fumantes muito próximos, aparelhos
de ar condicionado mal regulados, instalações e equipamentos pouco confortáveis, etc. Por
outro lado, muitas centrais disponibilizam equipamentos de última geração e, até mesmo,
salas de descompressão, local apropriado para o teleoperador relaxar em momentos de
maior tensão.
Podemos encontrar ambientes fechados com locais de fumantes muito próximos, aparelhos
de ar condicionado mal regulados, instalações e equipamentos pouco confortáveis, etc. Por
outro lado, muitas centrais disponibilizam equipamentos de última geração e, até mesmo,
salas de descompressão, local apropriado para o teleoperador relaxar em momentos de
maior tensão.
Voz do teleoperador
Um dos maiores instrumentos utilizados como representatividade empresarial é a voz, é
nela que reside boa parte do arsenal necessário para que o produto ascenda,
consequentemente o negócio. 
Um dos maiores instrumentos utilizados como representatividade empresarial é a voz, é
nela que reside boa parte do arsenal necessário para que o produto ascenda,
consequentemente o negócio. 
O serviço de telemarketing é exercido, sobretudo, via telefone e uso simultâneo de
computador, seguindo roteiros pré-determinados e controlados pela empresa para captar,
reter ou recuperar clientes. 
O falar associado ao ambiente refrigerado e o ato de repetir favorecem a desidratação da
mucosa que reveste o trato vocal. A falta de hidratação altera o muco que se tornará mais
espesso e se prender na garganta, isto força o teleoperador a “raspar/pigarrear” a garganta
vigorosamente, fazendo golpes de glote, que ocasionarão danos a voz. 
Características ambientais que interferem na atuação vocal 
Mobiliário
O serviço de telemarketing é exercido, sobretudo, via telefone e uso simultâneo de
computador, seguindo roteiros pré-determinados e controlados pela empresa para captar,
reter ou recuperar clientes. 
O falar associado ao ambiente refrigerado e o ato de repetir favorecem a desidratação da
mucosa que reveste o trato vocal. A falta de hidratação altera o muco que se tornará mais
espesso e se prender na garganta, isto força o teleoperador a “raspar/pigarrear” a garganta
vigorosamente, fazendo golpes de glote, que ocasionarão danos a voz. 
Acústica
O ambiente deve ser isoladoacusticamente, bem como, se possível, eliminar ou minimizar
ruídos externos, visto que a poluição sonora do ambiente ocasionara inconsistências na
fala/discurso, gerando na voz desconfiança e insegurança na negociação. Além disso, a
presença de ruídos externos faz com que o teleoperador necessite aumentar a intensidade
da sua voz para que o ouvinte ouça a mensagem corretamente, então acaba gerando uma
sobrecarga vocal.

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