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Avaliação Hepática Revisando fisiologia hepática ↪Fígado – estrutura e função: ↳O fígado é maior glândula isolada do corpo, corresponde de 1,3% a 6,0% do peso corporal do organismo; ↳É classificada como glândula tubular composta; ↳Possui fenomenal capacidade de armazenamento, reserva funcional e poder de regeneração; ↳Os sinais de insuficiência hepática somente ocorrem quando mais de 70% do órgão é lesionado; ↳Aspectos microscópicos: Hepatócito; Células dos ductos biliares; Células endoteliais; Células de Kupffer. Funções normais do fígado ↪Metabolismo e síntese: ↳Proteínas: maioria das proteínas como ALBUMINA, fatores de coagulação e globulinas. ↳Carboidratos: armazenamento da glicose em forma de glicogênio hepático. ↳Lipídios: triglicerídeos, colesterol e lipoproteínas. ↳Armazenamento: glicogênio, triglicerídeos, ferro e cobre. ↳Remoção – “limpeza” : Sistema fagocitário mononuclear: células de Kupffer (macrófagos hepáticos). Remoção de células danificadas: (eritrócitos, leucócitos, plaquetas), micro-organismos e endotoxinas do sangue. Resumo da fisiologia hepática ↪Secreção e excreção de bile; ↪Metabolismo proteico, dos carboidratos e dos lipídios; ↪Detoxificação e neutralização; ↪Produção de albumina, fibrinogênio, fatores de coagulação, heparina; ↪Armazenamento de cobre e ferro – ativação e síntese de vitaminas – regulação do volume sanguíneo; ↪Atividade fagocitária (células de Kupffer). Doença hepática x Insuficiência hepática Doença hepática: lesão de hepatócitos e/ou colestase; Hipoxia, doenças metabólicas, intoxicação, inflamação, neoplasia, traumatismo mecânicos e obstrução de ducto biliar extra-hepátia ou intra-hepática. Insuficiência hepática: decorrente de doença hepática; Insuficiência em excretar substâncias e produção de substâncias. ↪Sempre que eu tiver uma doença hepática, vou ter uma insuficiência hepática?: ↳70 a 80% da massa hepática funcional antes que se instale a insuficiência hepática. ↪Como diagnosticar? ↳Mensuração da atividade sérica de enzimas que detectam lesão dos hepatócitos. ↳Mensuração da atividade sérica de enzimas que detectam colestase. ↳Testes que avaliam a função hepática. ↳Lesão - Enzima de extravasamento: ALT e AST. ↳Colestase - Enzimas de indução: FA e GGT. ↳Função: Capacidade de síntese ( ureia, glicose, colesterol, ácidos biliares, bilirrubina, tempo de coagulação). Enzimas de extravasamento e indução ↪São enzimas que passam para o espaço extracelular e, em seguida, para o sangue – EXTRAVASAMENTO: ↳Citosol e/ou em organelas: ALT, AST, SDH e GLDH. ↪É quando ocorre aumento da produção de uma enzima por células que normalmente a sintetizam em menor quantidade – INDUÇÃO / COLESTASE: ↳Membranas celulares: FA e GGT. ALT – Alanina aminotransferase ↪TGP; ↪Hepatoespecífica?! AST; ↪Lesões musculares (esquelético e cardíaco); ↪CK (Creatinoquinase); ↪Cães e gatos; ↪Neoplasias, lipidose, colangite, colangiohepatite, medicamentos, toxinas, sepse, drogas, doenças infecciosas, corticoides, anticonvulsivantes, etc; ↪Lesão aguda grave ALT aumento em 1-2 dias; ↪ALT à meia-vida: 21 dias; ↪AST à meia-vida: 12 horas; ↪Níveis normais não excluem doença hepática; ↪6 a 8 x – hepatopatia reativa. AST – Aspartato aminotransferase ↪TGO; ↪Hepatócitos e células musculares esqueléticas e cardíacas – CK; ↪Equinos e ruminantes; ↪Neoplasias, lipidose, colangite, colangiohepatite, medicamentos, toxinas, sepse, drogas, doenças infecciosas, corticóides, etc; ↪Sorbitol desidrogenase (SDH) – hepatoespecificidade; ↪Doenças hepática significativa, crônica e de baixo grau: AST pode ser normal ou estar apenas discretamente elevada; ↪Em equinos, a meia-vida de AST foi estimada em 7 a 8 dias. Sorbitol desidrogenase – SDH ↪Enzima de extravasamento; ↪Livre no citoplasma; ↪Hepatócitos de cães, gatos, equinos e ruminantes; ↪Hepatoespecífica; ↪Aumento da atividade sérica de SDH sugere necrose ou lesão subletal de hepatócitos; ↪Em equinos e ruminantes, a SDH é muito mais específica na detecção de lesão de hepatócitos do que a AST; ↪Desvantagem:é que é menos estável in vitro do que a maioria das outras enzimas; ↪Bovinos e equinos: é estável no soro sanguíneo mantido em temperatura ambiente ou refrigerado; ↪Equino: por até 5 h; ↪Bovino: 24h. Testes para detecção de colestase ↪Comprometimento do fluxo biliar; ↪Fosfatase alcalina (ALP) ou (FA) e y- glutamiltransferase (GGT); ↪Obstrução biliar, congestão hepática por problemas cardíacos, hepatites. Fosfatase alcalina (FA) ↪Uma enzima de indução presente nas membranas celulares; ↪Não é apenas o fígado que produz, mas é produzida também nos rins, osso, placenta, pâncreas e intestino; ↪Cães e gatos; ↪Induzida por medicamentos x colestase; ↪Doença hepatobiliar; ↪Atividade osteoblástica: FA de gatos filhotes 2x > que adultos; ↪Indução por medicamentos: ↳Corticóides – por todas as vias, inclusiva otológica por aumentar em até 20 x a FA; ↳Fenobarbital, fenitoína, primidona. ↳Outras causas. ↪Doença hepatobiliar – Doenças pancreáticas e intestinais (ID): ↳FA aumenta antes da bilirrubina; ↳Bb normal – aumento de FA + Bilirrubinúria. ↳Estresse crônico: Aumento o cortisol endógeno = aumento da FA. y-glutamiltransferase (GGT) ↪Fígado, pâncreas e rins; ↪A maior parte da GGT presente no soro sanguíneo é oriunda do fígado; ↪Para detecção de doença hepática em gatos, a GGT é mais sensível que FA; ↪Para detecção de doença hepática em cães, a GGT é mais específica, porém menos sensível, se comparada a FA; ↪Lipidose hepática; ↪Aumento de FA e GGT dentro dos valores de referência.
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