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Farmacologia Amanda Göedert Metabolização: A maioria dos fármacos é lipossolúvel, isso significa que ele não consegue ser filtrado no rim para excreção, então ele é dependente do fígado, onde há as reações de fase I e de fase II Substâncias precisam ser hidrossolúveis para serem eliminadas, mas moléculas hidrossolúveis não são absorvidas A metabolização consiste em processos enzimáticos capazes de produzir modificações estruturais na molécula do xenobiótico que podem resultar em: bioativação, manutenção da atividade e inativação. → Importância: Inativação dos fármacos; toxicidade; interações medicamentosas. ● Reações de Fase I - Reações de fase 1 são SIMPLES, e causam PEQUENA alteração ● Fase II: Adição de uma molécula endógena no fármaco, são reações de síntese, conjugação, produz GRANDES modificações no fármaco, ela sempre inativa o fármaco - detoxificação Fase I: Três reações (SIMPLES) predominantes - oxidação, redução e hidrólise. As reações de fase 1, produzem os metabólitos, geralmente mais polares. Mais frequente é a reação de oxidação, nesse caso, o fármaco ganha um agrupamento hidrossolúvel (como OH - pontes de hidrogênio). Essa molécula agora é chamada de metabólito de fase 1, podendo ser: Ativo, inativo e o reativo (este último que pode ser tóxico) - fase 1 normalmente adição ● Opção 1 Esse metabólito de fase 1 depende das suas características, ele pode ser mais hidrossolúvel, mas ainda ser ativo. ● Opção 2: Ou ele pode não se encaixar mais no receptor, e se tornar inativo ● Opção 3: Pode ser que quando introduzir esse agrupamento, ele pode se tornar reativo → Os que se tornaram ativos ou inativos, SE já forem hidrossolúveis, já podem ser eliminados, se ainda não são, eles vão para a circulação, quando voltam para o fígado podem sofrer: reação de fase I novamente e depois fase II, ou fazer a reação de fase II. Essa molécula passa por quantas reações de metabolização forem necessárias para se tornarem hidrossolúveis e aí serem eliminadas - O metabólito quando tiver grupamento livre pode fazer a reação de fase 2 Biotransformação: Transformação dos xenobióticos no organismo, resultando em outros produtos, denominados de metabólitos. O objetivo é transformar os xenobióticos em substâncias mais polares, facilitando assim, sua eliminação. órgão metabolizadores: pele, intestino, rim, pulmão e fígado FASE 1: Enzimas localizadas principalmente nos microssomas hepáticos, com importante participação das enzimas do complexo citocromo P450 (CYPs). Esses citocromos P450 estão predominante no fígado, e a maioria delas organizadas dentro dos microssomas (medicamentos em fase 1, passam pelas reações das enzimas desse complexo citocromo P450), as de fase 2 estão dispersas no microssomas → Há vários subtipos de grupos enzimáticos, CYP3A/5, e5, 2c9 e 2c19 metabolizam uma variedade maior de xenobióticos → Uma enzima é específica para um substrato, ou seja, sobre um determinado grupamento químico funcional. Xenobiótico precisa ter um grupo funcional que exista enzima para ser metabolizado, se não, não é. →Especificidade das enzimas: Às vezes, um fármaco tem 3 grupamentos funcionais, e irá sofrer ação de mais de um grupo enzimático, gerando 3 metabólitos dessas reações, pois ele pode passar por 3 CYPS diferentes. Ou seja, um mesmo fármaco pode ter mais de um metabólito → Dependendo de quantos grupos funcionais o xenobiótico tem, mais reações enzimáticas terá que passar, e nem sempre será de uma vez só →Exemplo: pacientes que usam morfina, é possível encontrar 03 tipos de metabólitos da morfina. A partir de um xenobiótico, pode ser metabolizado em diferentes microssomos, gerando diferentes metabólitos, caso o fármaco passe por um microssomo que possui uma enzima que não seja específica para aquele grupo funcional, ele não sofrerá alterações em suas estruturas. → A grande maioria dos xenobióticos, sofre a primeira metabolização em um microssomo, para posteriormente ir para a circulação sanguínea e voltar para ser metabolizado novamente por outro microssomo. No entanto, em alguns casos, um xenobiótico pode passar de um microssomo e ir diretamente para outro microssomo, sem ter de passar pela corrente sanguínea novamente, embora isso seja bem mais raro de ocorrer. Polimorfismo genético: Algumas pessoas expressam de mais ou de menos algum tipo/subtipo de enzima, podendo ocorrer falha terapêutica. Esse polimorfismo genético, pode levar à refratariedade. Em relação ao efeito de aumento de toxicidade, tal qual, não pode ser correlacionado ao polimorfismo genético, ao menos, não existem grandes evidências sobre essa situação. Por exemplo: a codeína, é um analgésico que precisa ser metabolizado para se tornar morfina, mas alguns pacientes podem não ter o grupo enzimático que faz essa transformação, e não terem os efeitos terapêuticos esperados - refratário → Se o metabólito de fase 1 já for hidrossolúvel o suficiente, já pode ser excretado - muito raro, a maioria dos produtos de fase 1 não são eliminados, precisam passar por reações subsequentes → Se esse metabólito 1 já tem um grupamento químico que pode fazer a reação de fase 2, ele irá fazer, mas se não, ele irá passar pelos microssomos quantas vezes for necessário → Para ocorrer a reação de fase 2, precisa existir um grupamento químico em que ele possa conjugar → Essas enzimas do complexo do citocromo P450, nascemos com as enzimas, no entanto, a expressão das mesmas vão aumentando com o decorrer da idade, no entanto, aos 70 anos a atividade diminui significantemente, sendo necessário normalmente ajustar a dose → O que dificulta o metabolismo: Gravidez, processos inflamatórios, extremos de idade, interação fármaco-fármaco, interação fármaco-substância etc. → CYP450s são distribuídos em vários tecidos e órgãos: células do sangue periférico, plaquetas, aorta, glândulas suprarrenais, tecidos adiposos, tecido nasal, tecidos vaginais, vesículas seminais, cérebro, pulmões, rins, intestino e fígado → Fígado e intestino delgado contribuem ao máximo para o metabolismo geral e eliminação de drogas → Entre todas as enzimas CYP450 no fígado humano, CYP3A4 é a mais abundante, seguida por CYP2D6 e CYP2C9 →CYP3A4 e a CYP3A5; CYP2C9 e CYP2C19; CYP2B6 à mais comuns → Principais reações: oxidação, sulfoxidação, hidroxilação aromática, hidroxilação alifática, N-desalquilação, O'Desalquilação e desaminação. PRODUTOS DO METABOLISMO: → Xenobiótico muito hidrossolúvel: apto para ser eliminado, não precisa de biotransformação - FÁRMACOS EXCRETADOS INALTERADOS, esses fármacos dependem totalmente do rim para serem eliminados, então, em qualquer problema renal esse fármaco é contraindicado → Metabólitos reativos: Xenobiótico sofre metabolização de fase 1 no fígado, e o metabólito formado é mais tóxico que o próprio xenobiótico, - METABÓLITO REATIVO, é aquele que não tinha toxicidade e agora tem, ou já tinha toxicidade mas após a metabolização se tornou mais tóxico → Metabólito inativo: Quando sofre a biotransformação no fígado, a reação de fase 1 altera o GRUPO farmacofórico, se alterar o grupo farmacofórico ela se torna INATIVA - Grupo farmacofórico: parte estrutural química da molécula responsável pela atividade biológica - Parte que reage pra dar o efeito quando ela interagir com o receptor, se esse grupo for preservado na reação metabólica ele permanece ativa - Se ele for quebrado ele vai ser inativo, se for instável vai ser reativo pq ai reage com qualquer coisa → Metabólito se mantém ativo: Não há alteração do grupo farmacofórico, o metabólito de fase 1 MANTÉM-SE ATIVO, e continua fazendo efeito terapêutico, isso faz com que a duração de ação do fármaco seja maior → Quanto mais reações que geram metabólitos ativos no fármaco, maior o seu tempo de ação → O metabólito de fase 1 ativo, muitas vezes pode já fazer reação de fase 2 → reação de fase 2 torna a molécula muito grande, e de forma geral os produtos de fase 2 consideramos sempre inativos. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA: → Cloranfenicol, metronidazol, fluconazol, cetoconazol, cimetidina, omeprazol, fluoxetina,paroxetina, ciprofloxacino, etc. → Esses fármacos são potentes inibidores da atividade enzimática da CYP do grupamento citocromo p450 → Quando há outros xenobióticos administrados de forma crônica, e forem metabolizados pela mesma enzima que esses fármacos, eles inibem e ocorre uma bioacumulação, podendo ocorrer efeitos adversos e até mesmo gerar toxicidade → Inibição é atrasar o metabolismo, e portanto faz bioacumulação, o efeito é mantido, mas faz por muito mais tempo, podendo causar efeitos adversos e toxicidade → Isso resulta em: - Diminuição na velocidade de produção de metabólitos - Diminuição na depuração total do xenobiótico. - Aumento da meia vida do xenobiótico e /ou metabólito. - Aumento nas concentrações séricas do xenobiótico livre e total. ÁLCOOL NÃO CORTA EFEITO DE ANTIBIÓTICO, O ANTIBIÓTICO PODE INIBIR A ENZIMA QUE METABOLIZA O ÁLCOOL (alguns antibióticos, não todos) INDUÇÃO ENZIMÁTICA: Alguns dos substratos da CYP, com a administração repetida, induzem a expressão de CYP pelo aumento da velocidade de sua síntese ou pela redução de sua velocidade de degradação. Os indutores promovem: - Aumento da velocidade de biotransformação hepática do xenobiótico e maior velocidade de produção dos metabólitos. - Diminuição da meia-vida sérica do xenobiótico. - Diminui as concentrações séricas do xenobiótico livre e total. → Biotransformação acelerada normalmente vai levar a diminuição da ação terapêutica, excretado muito rápido. Mas sempre olhar para o contexto: - Se for pró-fármaco produz o metabólito ativo mais rápido - Se for metabólito reativo, vai produzir muito rapidamente o metabólito tóxico → Quando acelera muito as enzimas, o fármaco será metabolizado e excretado muito rapidamente → Alguns indutores clinicamente importantes: Carbamazepina, Ingestão crônica e excessiva de etanol, Rifampicina, fenobarbital, hidantoína. BENZODIAZEPÍNICOS: → Potencializa a ação do GABA Efeito final: Depressão do sistema nervoso central Alvo: Receptores GABA Se tomar comprimido acima da dose terapêutica, o efeito é o mesmo, só que potencializado, o mecanismo de ação toxicológico e farmacológico É O MESMO, só que nesse caso vai ter depressão MAIOR do SNC - Benzodiazepínicos possuem muitos metabólitos ativos, e por isso, seu efeito é muito prolongado TRICÍCLICOS: O mecanismo de ação é inibir a recaptação das monoaminas (noradrenalina, serotonina, dopamina) Além do seu efeito de ação, eles acabam bloqueando receptores muscarínicos, adrenérgicos, histaminérgicos etc. Isso desencadeia muito efeito efeito adverso e em altas doses pode levar a síndrome anticolinérgica, e o pior: bloqueia canais de sódio no músculo cardíaco - fatal, não existe antídoto PARACETAMOL: Mecanismo de ação: inibir COX2 central - efeito analgésico → Boa parte é excretado de forma inalterada, grande maioria sofre reação de fase 2 e é excretado. Mas, uma pequena parte é metabolizada pelo citocromo p450, e gera um metabólito reativo (reativo age com qualquer macromolécula que encontre pela frente). Se reagir com alguma macromolécula o hepatócito vai morrer → A principal molécula endógena antioxidante é a GSH, se o paracetamol for reativo (chamado NAPQI), e a primeira molécula que ele encontrar for o GSH ótimo! O GSH estabiliza ele e será inativado → Mas se ele encontrar outra macromolécula, o hepatócito morre → Não é o paracetamol que é tóxico, é o metabólito do paracetamol que é tóxico → Os hepatócitos se regeneram, então o problema é o uso crônico de paracetamol, lenta e silenciosa (quando a pessoa se dá conta já tem insuficiência hepática e só há transplante hepático como alternativa) → Exposição aguda ao paracetamol - tentativa de suicídio: Forma muitos metabólitos tóxicos, ocorre uma acentuada morte de hepatócitos, ocorrendo uma insuficiência hepática aguda, paciente morre em média 72 horas depois. → Nacetil cisteína - usada como antídoto para intoxicação por paracetamol. BENZENO: Benzeno precisa ser metabolizado várias vezes, ele é muito lipossolúvel, quando ele é metabolizado pela CYP de novo, pode produzir uma molécula altamente reativa, e essa molécula entra na medula óssea e causa mielotoxicidade, carcinogênico. Como também, pode acabar sendo metabolizado de novo e se tornar hidrossolúvel e ser excretado bonitinho ETANOL: A CYP (chamada de álcool desidrogenase), transforma essa molécula de etanol em acetaldeído, esse produto da fase 1 é muito tóxico. Quando escapa do fígado, vai para o SNC, causando intensa cefaléia, rubor e muitos vômitos. Uma enzima mitocondrial transforma o acetaldeído em acetato (usado pelo organismo para formar triglicerídeos e colesterol). O que é metabolizado no fígado é transformado em acetato, que vira colesterol e triglicerídeos, por isso não é encontrado na urina e nas fezes. Única molécula que quando ingerimos, só será secretada pelo pulmão, o resto fica. → Em 1 hora, conseguimos metabolizar 2g de álcool em acetaldeído, só que a enzima álcool desidrogenase existe em pouca quantidade, ou seja, se beber em excesso, vai ter muito acetaldeído, que não vai virar a tempo acetato, indo o excesso parar no SNC causando dor de cabeça, vômito e rubor facial → Existe uma terapia para etilistas, em que inibe a enzima que transforma acetaldeído em acetato, ou seja, qualquer álcool que ele tomar vai ter MUITOS efeitos e ser muito ruim. → Medicamento que na bula diz que se consumido com álcool tem efeito sulfiram, isso significa que aquele fármaco é um inibidor da enzima que transforma acetaldeído em acetato (aldeído desidrogenase) REAÇÕES DE FASE II: → As reações de fase 1, normalmente são uma preparação para a reação de fase 2 → Normalmente são reações de conjugação, síntese - adicionar uma nova molécula ao metabólito → Reação de fase 2 sempre ocorrem nos grupamentos que foram adicionados na fase 1 → Principais reações de fase 2: Conjugação com ácido glicurônico e conjugação com glutationa → Glutationa tem grande efeito inativando metabólitos reativos → ácido glicurônico é uma molécula grande e muito hidrossolúvel, ao se ligar com o xenobiótico ou com o metabólito de fase 1, ela torna esse novo metabólito muito hidrossolúvel → A reação de fase 2 sempre inativa o fármaco (detoxificação) e sempre torna ele hidrossolúvel, apto para ser eliminado → Em geral, os conjugados são moléculas polares excretadas de imediato e, com frequência, inativas (detoxificação). Porém, há exceções, em que as reações de fase 2 podem gerar metabólitos ativos ou tóxicos. → Essas enzimas (transferases) podem estar localizadas em microssomos ou no citosol. As reações de fase II são relativamente mais rápidas do que as reações catalisadas por CYP, acelerando, assim, com efetividade a biotransformação de fármacos. → A glicuronidação (conjugação com ácido glicurônico) forma metabólitos de fase 2 que podem ser excretados via renal ou via biliar (secretado no intestino) → Esse metabólito passando pelo intestino, pode interagir com as bactérias ali presentes, que são ávidas por açúcar, e o ácido glicurônico é um tipo de açúcar → As bactérias do intestino possuem uma enzima chamada beta glicuronidase, essa enzima quebra o conjugado, liberando o xenobiótico e o açúcar (ácido glicurônico). O açúcar vai ser usado pelas bactérias, e o xenobiótico se for lipossolúvel ele tem a chance de ser reabsorvido. Isso se chama - recirculação entero hepática → Isso mantém as concentrações do xenobiótico por mais tempo na circulação sistêmica - essa recirculação entero hepática já é prevista pela indústria farmacêutica, ou seja, a concentração do medicamento já prevê isso Efeito de primeira passagem - metabolização pré sistêmica: → Alguns poucos fármacos tem afinidade muito grande pelo fígado, e já podem sofrer metabolização antes mesmo de ir para a circulação sistêmica → Alguns fármacos administrados por via oral (clonazepam) são metabolizados de forma mais extensa no intestino que no fígado. Assim, o metabolismo intestinal pode contribuir para o efeito geral de primeira passagem, e os indivíduos com função hepática comprometida talvez dependamcada vez mais desse metabolismo intestinal para eliminação de fármacos. → Um fármaco pode ser metabolizado na parede intestinal (p. ex., pelo sistema enzimático CYP3A4) ou mesmo no sangue da porta, porém, mais comumente, é o fígado o responsável pelo metabolismo antes de o fármaco atingir a circulação sistêmica. Além disso, o fígado pode excretar o fármaco na bile. → Qualquer desses sítios contribui para a redução da biodisponibilidade, e o processo geral é conhecido como eliminação de primeira passagem. → Ex: ACO, a progestina vai pro figado e para circulação sistêmica, o estrogênio fica a maioria no fígado, só uma minoria vai para a circulação, pq ele sofre de extenso efeito de primeira passagem. Boa parte dos estrógenos são conjugados com o ácido glicurônico. Esse conjugado de estrogênio com ácido glicurônico vão para o intestino, e o estrogênio como é muito lipossolúvel, é reabsorvido. (B-glicuronidase quebra a conjugação, libera estrogênio que é reabsorvido) → Interação medicamentosa: os antibióticos matam boa parte das bactérias da microbiota, e quando o conjugado de estrogênio com ácido glicurônico passa, não é quebrado, e o estrogênio não é reabsorvido - eficácia diminui, sai do efeito de primeira passagem (lembrar que essa reabsorção intestinal é prevista pela empresa farmacêutica) → Quando se induz as enzimas do citocromo P450, o xenobiótico é metabolizado muito rápido e sai da janela terapêutica - interação medicamentosa anticoncepcional → só tem efeito de primeira passagem se for administrado via oral e retal → A biodisponibilidade pode ser afetada pelo efeito de primeira passagem. Aquilo que interfere na biodisponibilidade é: tudo que interfere na absorção e se passar por extenso efeito de primeira passagem Acetilação: ❖ classe de enzimas: N-acetiltransferases ❖ doador de grupo acetila (co-fator): acetil-coA ❖ substratos: aminas primárias e aromáticas, hidrazinas, sulfonamidas ❖ variabilidade entre/intra espécies: acetiladores rápidos e lentos. ❖ Riscos: susceptibilidade ao câncer induzido por aminas aromáticas (corantes), dano renal (sulfonamidas – asiáticos) → Conjugação Conjugação com glutationa: ** Os produtos são hidrolisados e acetilados (ac. mercaptúrico)→ excreção → Inativam os metabólitos que conjugam, são mais usadas em casos de metabólitos reativos Glicuronidação: ❖ a mais comum em mamíferos ❖ classe de enzima: glucuronil transferasa: doador de glucuronil: glucuronil-UDP ❖ substratos comuns: álcoois, ac. carboxílicos, aminas e sulfidrilas ❖ glicuronatos são polares e facilmente excretados (rins e fígado) ❖ microbiota intestinal → β-glicuronidase (hidrólise de glicuronatos) → reabsorção da aglicona (recirculação êntero-hepática) → É a que acontece com o estrogênio em ACO ELIMINAÇÃO: → Pode ocorrer por via renal (principalmente), pulmonar, suor, leite materno, a urinária e biliar,. → Depuração: Sinônimo de eliminação - É a medida da eficácia do organismo na eliminação do fármaco → O processo predominante da eliminação é a filtração glomerular dos xenobióticos, moléculas pequenas e hidrossolúveis são filtradas e poderão ser eliminadas → Mas existe uma condição para a filtração: A molécula deve ser hidrossolúvel (e pequena) → Há outra possibilidade de eliminação, a secreção tubular, que acontece quando xenobióticos tem relação com proteínas de transporte. Se o xenobiótico tiver afinidade com a proteína transportadora ela pode ser excretada SEM SER HIDROSSOLÚVEL. Tanto faz se é hidro e lipossolúvel, basta ter afinidade com a proteína, é um processo ATIVO de eliminação de xenobióticos - Xenobióticos são eliminados por mecanismo de transporte ativo (PgP) - Fatores que interferem: idade, insuficiência renal e/ou cardiovascular, interações medicamentosas, ligação a proteínas plasmáticas → Entretanto, da mesma forma que há proteína para excretar há proteínas para REABSORÇÃO * → Na condição para ser reabsorvido PRECISA SER LIPOSSOLÚVEL - minoria dos fármacos passam por reabsorção tubular - Ocorre nos túbulos, por mecanismo de difusão passiva ou transporte ativo → Os fármacos podem ser (1) filtrados no glomérulo renal, (2) secretados no túbulo proximal, (3) reabsorvidos a partir do lúmen tubular e transportados de volta ao sangue, e (4) excretados na urina. - Fase 3: Continua sendo em pessoas doentes, mas um grupo maior. - Fase 4: É a venda, e se faz farmacovigilância. E aqui, alguns medicamentos podem sair de linha. A farmacovigilância, tem intensidade nos primeiros anos, mas ela sempre irá acontecer. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Interações sinérgicas são mais perigosas
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