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FP106 - Desenho curricular, programação e desenvolvimento de competências Trabalho conv. ordinária Nome e sobrenome (s): Josué Santiago Carvalho; Luana da Cruz Moreira; Terezinha de Jesus da Cruz Rodrigues. Código: FP106 Grupo: 2022-02 Data: 26/03/2023 Título RESUMO DO TEXTO DE MODER MAXIMILIANO DESENHOS CURRICULARES INTERNACIONAIS: CINCO EXPERIÊNCIAS PARA REFLEXÕES SOBRE O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO. ÍNDICE 1. Resumo............................................................................................................................3 2. Consideração Crítica........................................................................................................5 3. Conclusão........................................................................................................................7 4. Referências Bibliográficas................................................................................................9 RESUMO O presente texto feita através da leitura do texto intitulado Desenho de currículo em cinco países do especialista em educação Maximiliano Moder, da Universidade de Bristol, Reino Unido, e teve como objetivo mostrar currículos e práticas de ensino bem-sucedidos e outros currículos e práticas de ensino que ainda são bem-sucedidos em vários países e as pessoas estão discutindo uma análise mais profunda da qualidade da educação e fornecendo educação relevante e significativa, que analisa o contexto de implementação dos países levantando questões dos países que passaram ou passarão pelo processo de implementação do currículo nacional de educação permeiam a implementação das propostas curriculares, tais como: O que ensinar e para quem ensinar? Segundo Moder (2015) o estudo permite entender diferentes experiências para que possamos aprender com elas. A ideia é observar o que está acontecendo ao redor do mundo. Segundo ele, mesmo iniciativas mal sucedidas podem ser utilizadas para ajudar a entender as necessidades do currículo nacional. Ao examinar as especificidades de cada sistema educacional, Moder aponta que também podem ser percebidas características comuns a todos os processos. Pois a tendência geral no currículo é articular em torno do desenvolvimento da competência, “As competências são um conjunto de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes aplicado a uma atividade concreta.” (Moder 2015, pág. 08) acrescentando que competência não é entendida apenas como uma habilidade suave, criatividade ou empatia, mas está entrelaçada com uma forma pessoal relevante. O autor realizou uma pesquisa aprofundada em cinco países: África do Sul, Austrália, Chile, Colômbia e Coreia do Sul, e a tabela abaixo mostra o progresso desses países em termos de progressão curricular educacional. TABELA CINCO EXPERIÊNCIAS PARA REFLEXÕES SOBRE O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO África do Sul O país passou pelo processo de construção de uma base curricular nacional. O currículo é projetado para garantir que as crianças adquiram e apliquem conhecimentos e habilidades de maneiras que sejam significativas para suas próprias vidas. Austrália Implementado em 2008. O modelo faz parte de uma reforma educacional nacional que visa igualar as condições educacionais entre áreas urbanas e rurais. Cada estado desenvolve seu próprio currículo com base em um programa comum que leva em conta as características locais e aspectos culturais. Chile Tem alguns dos melhores resultados educacionais da América Latina. Passou por um processo de desenvolvimento e modernização curricular há 20 anos, mas questões políticas sempre envolveram mudanças no cenário educacional. O Projeto Curricular Chileno enfatiza a importância de se chegar a acordos políticos que permitam que os programas educacionais sejam considerados uma política nacional e não uma política governamental. Colômbia Países com rica diversidade cultural ainda não possuem uma base curricular nacional. Até 1994, a educação era descentralizada. Cada departamento (nome dos estados) tem autonomia para criar seu próprio currículo e dá a mesma liberdade às escolas. Coreia do Sul O currículo coreano é projetado com base em pesquisas e tendências internacionais para planejamento de longo prazo e continuidade do processo. A política educativa é da responsabilidade do Estado para assegurar o desenvolvimento destas práticas e a flexibilidade de que necessitam para se adaptarem às novas tendências. Fonte: Texto Desenhos curriculares internacionais: cinco experiências para reflexões sobre o sistema educacional brasileiro de Maximiliano Moder (2015). Como podemos ver na tabela, os países estão focados na estruturação do currículo para que a sua nação tenha educação de qualidade. CONSIDERAÇÃO CRÍTICA A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) “É um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica” (BRASIL, 2018a, p.7). A BNCC evidencia que irá “garantir o conjunto de aprendizagens essenciais aos estudantes brasileiros, seu desenvolvimento integral por meio das dez competências gerais para a Educação Básica” BNCC (2018, p. 6). Educadores de todo o Brasil aplicam esse documento, com foco nas etapas da educação infantil e fundamental, com o objetivo principal de entender sua implementação e seu impacto na educação básica no Brasil. O alinhamento curricular refere-se a momentos de diálogo, troca de conhecimentos e construção colaborativa de documentos que orientam a prática instrucional. "Com a homologação da BNCC, as redes de ensino e escolas particulares têm diante de si, a tarefa de construir currículo, com base nas aprendizagens estabelecidas” (BRASIL, 2018a, p. 20). Assim, é dada a devida atenção aos momentos necessários e fundamentais que lhe permitam atender às prioridades da Base Nacional Comum Curricular, garantindo que o alinhamento curricular seja composto de forma participativa e coletiva, gerando vozes diversas e ativamente engajadas em nosso processo educacional conforme nossa realidade, satisfazendo sua particularidade. A construção colaborativa entre professores em diferentes etapas e os modelos pedagógicos oferecidos permitem a apresentação de diferentes realidades e necessidades, “Na contemporaneidade, o mundo laboral e profissional requer cada vez mais do trabalho em equipe e suas dinâmicas, grupos de trabalho e estruturas mais horizontais do que hierarquico." FUNIBER (2022, p. 46), garantindo a elaboração de documentos que norteiam as ações pedagógicas e promovem a melhoria do ensino e da aprendizagem, possibilitando e direcionando diferentes realidades da prática docente de acordo com as especificidades e necessidades de cada localidade. No que diz respeito à avaliação, nos últimos anos, tem havido um crescente reconhecimento da importância de vincular o currículo à avaliação, à política e à prática dos professores. FUNIBER (2022, p. 30) diz que “A integração das avaliações do trabalho pedagógico e da aprendizagem dos estudantes permite conceber a avaliação do desenho curricular como um processo de pesquisa...”, atualmente, grandes projetos de alinhamento estão sendo realizados com instituições educacionais de todo o mundo na produção de documentos curriculares, onde toda a aprendizagem, especialmente habilidade de aprendizagem, pode ser avaliada, e não apenas passar em exames. O Brasil é um dos países preocupados em repensar suas políticas educacionais principalmente relacionadas à avaliação, formação, desenvolvimento e qualificação de professores. Assim, o Brasil tem a oportunidade de garantir que as discussões estejam alinhadas com o currículo desde o início. Todas as aprendizagens são consideradas importantes o suficiente para serem incluídas no currículo, pois naturalmente também devem ser avaliadas. Quando há incompatibilidade, as atividades de aprendizagem podem focar apenas no que será avaliado, enquanto outras aprendizagensigualmente importantes serão excluídas. As avaliações formativas que acontecem na sala de aula todos os dias desempenham um papel vital nisso. Claramente, os professores precisam dominar uma abordagem centrada no aluno e baseada na competência se quiserem ensinar suas aulas de forma eficaz. Competência seria “um conjunto de conhecimentos que se relacionam com determinadas habilidades, acionadas a partir de certas atitudes do indivíduo, cujo componente ético funciona como uma espécie de ponto de partida” Molder (2015, p. 8). E para ter essas competências a formação de professores deve, portanto, ser contínua e repensada, e o desenvolvimento profissional da prática docente planejado de acordo. Um dos principais focos do desenvolvimento do professor é garantir que eles sejam altamente qualificados na avaliação formativa. Em termos do que os alunos são capazes de realizar, ou seja, quais habilidades e competências podem ser demonstradas ao longo do processo de aprendizagem. A avaliação do conhecimento é obviamente muito importante, mas não, apenas isso (BRASIL, 2018). CONCLUSÃO O desenho do currículo é um processo contínuo e, quando pensamos que pode terminar, temos que recomeçar e discuti-lo novamente. Isso não significa fazer mudanças o tempo todo, pois elas geram instabilidade. A estabilidade curricular é essencial para melhorar o aprendizado, mas a estabilidade também deve permitir tempo para analisar as necessidades de atualização para que aquelas que não foram orientadas não percam importância. A sociedade está em constante mudança, especialmente nos dias de hoje, quando a mutação e a transformação parecem fazer parte do nosso quotidiano. Dessa forma, o equilíbrio entre manutenção e renovação é de responsabilidade de todos os departamentos envolvidos no setor educacional relacionados ao desenvolvimento curricular. As informações obtidas por meio do processo de avaliação devem ser relevantes para as diversas instâncias e temáticas envolvidas na tomada de decisões curriculares, envolvendo todos os momentos da concepção curricular. Entendemos que as instituições de ensino devem seguir a implementação da Base Nacional Comum Curricular em todas as escolas brasileiras. Várias etapas podem ser tomadas para garantir isso: - Reformular os currículos escolares tendo em conta as aprendizagens ministradas na base curricular comum nacional, podendo incluir práticas e conteúdos integrados; - Revisão do programa de política de ensino para garantir que o programa cumpra as competências orientados pela Base Nacional Comum Curricular, que é compreendida como “A mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL,2018, p. 9); - Formação contínua de docentes e dirigentes, garantindo assim a formação e o apoio à docência e à prática docente; - A atualização dos materiais didáticos para que possam atender e extrair práticas mais adequadas às novas realidades pedagógicas, as tecnologias de informação e comunicação (TIC) são um recurso pedagógico capaz de potencializar o ensino. - O envolvimento ativo da comunidade escolar permite-lhe compreender o seu papel no processo educativo em transformação. O Currículo Escolar é um conjunto de dados que orienta as atividades educacionais nas escolas brasileiras. Faz parte do projeto político pedagógico da escola que visa concretizar as intenções do sistema educativo e do programa sociocultural e deve levar em consideração o contexto e as especificidades culturais e sociais de cada região do país. Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Brasil caminha a estabelecer as dez competências gerais que todo aluno deve desenvolver na educação básica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Moder, Maximiliano. (2015). Desenhos curriculares internacionais: cinco experiências para reflexões sobre o sistema educacional brasileiro. Disponível em: http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2015/09/MODER_Benchmark-internacional.pdf Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a base. Brasília. 2018a. Disponível em: 568 http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Acesso em: 09 março 2023. Brasil. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Não Paginado. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#adct>. Acesso em: 09 jul. 2022 Funiber (2022). Desenho curricular e programação no processo educativo. Barcelona. Espanha. Funiber (2022). A concepção da aprendizagem como base no currículo. Barcelona. Espanha. Funiber (2022). O currículo: articulações entre as perspectivas sociais. Barcelona. Espanha. Funiber (2022). A gestão curricular. Barcelona. Espanha. 1