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SP 2.3 - Seios da dura-máter e seios paranasais

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Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2023.1 
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SP 2.3 – Morfofuncional 
SEIOS DA DURA-MÁTER E SEIOS PARANASAIS 
PREGAS E SEIOS DA DURA-MÁTER 
A dura-máter craniana (meninge vascularizada) 
possui dois folhetos, um folheto externo e um folheto 
interno. Em determinados locais o folheto interno 
afasta-se do folheto externo criando septos, que são 
chamados de pregas da dura-máter. Logo, as pregas 
são formadas por projeções do folheto interno da dura-
máter. 
→ Uma das pregas da dura-máter é a foice do cérebro, 
localizada na fissura longitudinal do cérebro, entre os 
dois hemisférios cerebrais (direito/esquerdo). 
→ Uma outra prega da dura-máter é a tenda do 
cerebelo (ou tentório do cerebelo), localizada entre o 
lobo occipital do telencéfalo e o cerebelo. 
→ Uma outra prega da dura-máter é o diafragma da 
sela (recobre a sela turca), que fecha o teto da fossa 
hipofisária separando o osso esfenoide da hipófise. 
→ Por fim, temos a foice do cerebelo que se projeta no 
sentindo anterior, localizada entre os dois hemisférios 
cerebelares, na região do vermes. É uma prega curta 
quando comparada à foice do cérebro. 
Em determinados pontos, o folheto interno da dura-
máter se afasta do folheto externo, gerando espaços 
venosos, que são chamados de seios da dura-máter. 
Esses espaços venosos transportam sangue venoso e 
líquido cérebro-espinal em direção à veia jugular 
interna, no entanto existem outras comunicações. 
Os seios da dura-máter são divididos em dois grandes 
grupos – os (1) seios da abóbada (superficiais) e os (2) 
seios da base (profundos). 
 
Seios da abóbada – localizados mais superficialmente 
→ Seio sagital superior: localizado na parte fixa da foice 
do cérebro. 
→ Seio sagital inferior: localizado na parte livre da foice 
do cérebro. 
→ Seio reto: localizado na intersecção entre a foice do 
cérebro e a tenda do cerebelo. 
→ Seio occipital: localizado na região da foice do 
cerebelo. 
→ Seios transversos: localizados posteriormente, na 
parte fixa da tenda do cerebelo. 
→ Seios sigmoides: localizados posteriormente, 
possuem formato de letra S. 
No interior desse seios fluem sangue venoso e líquido 
cérebro-espinal, então existe um critério de circulação 
destas substâncias. 
→ O seio sagital superior drena para uma região 
conhecida como confluência dos seios; 
→ O seio sagital inferior drena para o seio reto, e o seio 
reto drena para confluência dos seios; 
→ O seio occipital drena para a região da confluência 
dos seios. 
→ Os seios sagital superior, reto e occipital convergem 
para a confluência dos seios. 
→ Os seios transversos drenam a confluência dos seios 
para os seios sigmoides, e os seios sigmoides drenam 
para veia jugular interna (de cada lado). 
A veia jugular interna de cada lado fazem anastomose 
com a veia subclávia de cada lado, formando duas veias 
braquiocefálicas, que fazem anastomose formando a 
veia cava superior que desembocará no átrio direito do 
coração. 
 
Os seios da base – localizados mais profundamente 
A cada lado da fossa hipofisária, temos os seios 
cavernosos (atravessados pela carótida interna). Os 
seios cavernosos recebem as veias oftálmicas e a veia 
central da retina. 
Os seios intercavernosos, que fazem a comunicação 
dos seios cavernosos entre si. 
Temos, seios localizados próximos à parte petrosa do 
osso temporal, que são responsáveis pela drenagem 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2023.1 
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dos seios cavernosos – são eles o seio petroso superior 
(drena o seio cavernoso e termina no seios sigmoide) e 
o seio petroso inferior (drena o seio cavernoso e 
termina direto na veia jugular interna). 
Temos, ainda, o seio esfenoparietal que drena para o 
seio cavernoso a cada lado. 
Os seios cavernosos se comunicam com veias da face, 
logo, um agente infeccioso localizado na face pode 
atingir os seios cavernosos e gerar uma meningite. 
O seio sagital superior se comunica com veias do 
couro cabeludo (ou epicrânio) que atravessam os ossos 
da calvária. Assim, um agente infeccioso localizado no 
epicrânio pode atingir o seio sagital superior e gerar 
uma meningite. 
 
Aspectos do seio cavernoso 
O seio cavernoso é um plexo venoso, 
trabeculado, formado por veias de vários calibres 
delimitado pela dura-máter e localizado na base 
do crânio, lateralmente à sela túrcica e ao seio 
esfenoidal. Ele contém os nervos oculomotor (III), 
troclear (IV) e abducente (VI), a primeira e 
segunda divisões do nervo trigêmeo (V), a porção 
intracavernosa da artéria carótida interna, e as 
fibras do plexo simpático carotídeo para o 
músculo ciliar que se dispõem em tomo da 
artéria. 
Os nervos oculomotor, troclear e primeira 
divisão do trigêmeo se localizam na parede lateral 
do seio, enquanto o abducente se dispõe no 
interior do seio, entre a artéria carótida interna e 
a parede lateral. Anteriormente, o seio se 
comunica com a fissura orbitária superior, por 
onde passam os nervos até o ápice orbitário. 
Devido a esta comunicação é difícil estabelecer se 
a lesão está no seio cavernoso isoladamente ou se 
estende à fissura orbitária superior. Envolvimento 
do nervo óptico não é raro I. 
 
Várias patologias podem envolver o seio 
cavernoso frequentemente ocasionando dor 
periorbitária ou retrorbitária associada a 
diferentes combinações de paralisias oculares e 
distúrbios de sensibilidade na face. Este conjunto 
de sintomas e sinais é denominado síndrome do 
seio cavernoso (SSC) ou síndrome esfeno-
cavernosa e tem sido descrito em diferentes 
séries. 
A síndrome do seio cavernoso ocorre por 
acometimento deste seio que envolve a "porção 
cavernosa" da artéria carótida interna, o III, IV e 
VI nervos cranianos em seu trajeto para o ápice 
da órbita e os ramos V1 e V2 do V nervo. 
ASPECTOS HISTOLÓGICOS DAS MENINGES 
As meninges são membranas de tecido conjuntivo 
que envolvem as estruturas do SNC, são a (1) dura-
máter, (2) aracnoide; (3) pia-máter. 
 
Sendo a dura-máter a meninge mais externa, a 
aracnoide sendo intermediária e a pia-máter sendo a 
mais interna e em contato direto com o tecido nervoso. 
Dura-máter 
• meninge mais externa; 
• tecido conjuntivo denso aderido ao periósteo dos 
ossos do crânio; 
• na medula espinal, a dura-máter é separada do 
periósteo das vértebras, formando o espaço 
peridural – que contém veias, tecido conjuntivo 
frouxo e tecido adiposo; 
• no SNC, a superfície da dura-máter em contato com 
a aracnoide forma uma região de fácil clivagem, 
propiciando, em situações patológicas, o acúmulo 
de sangue externamente à aracnoide, constituindo 
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o espaço subdural, que não existe em condições 
normais; 
• a superfície interna da dura-máter do cérebro e 
superfície externa da dura-máter do canal vertebral 
são revestidas por epitélio pavimentoso simples. 
 
Aracnoide 
• formada por tecido conjuntivo não vascularizado, 
com superfícies revestidas por epitélio pavimentoso 
simples; 
• possui duas partes – uma em contato com a dura-
máter e sob a forma de membrana e outra formada 
por traves que unem a aracnoide à pia-mater; 
• as cavidades entre as traves de tecido conjuntivo 
formam o espaço subaracnóideo (preenchido por 
líquido cerebroespinal, constitui um colchão 
hidráulico que protege o SNC, se comunica com os 
ventrículos cerebrais, mas não com o espaço 
subdural); 
• na aracnoide podemos encontrar vilosidades – 
dilatações fechadas em expansões da aracnoide que 
penetram na dura-máter, formando saliências em 
seios venosos, cuja função é transferir o líquido para 
o sangue, garantindo que não haja acúmulo de 
líquidos em áreas do sistema nervoso. 
 
 
Pia-máter 
• meninge mais interna; 
• vascularizada; 
• aderida ao tecido nervoso (não está em contato 
direto com as células nervosas); 
• entre esta meninge e o tecido nervoso encontramosprolongamentos dos astrócitos que se unem à face 
interna da pia-máter (comunicação da meninge com 
os neurônios); 
• a face externa da pia-máter é revestida por células 
achatadas de origem mesenquimatosa; 
• encontramos na pia-máter espaços perivasculares – 
túneis revestidos de pia-máter por onde os vasos 
sanguíneos penetram o tecido nervoso. 
Obs.: os capilares são envolvidos por prolongamentos 
dos astrócitos, formando uma barreira de filtração, que 
faz com que apenas moléculas selecionadas consigam 
alcançar o sistema nervoso. 
 
PLEXO COROIDE 
O plexo coroide está localizado no teto do 3º e 4º 
ventrículos e em parte da parede dos ventrículos 
laterais. 
 
O plexo coroide é composto por pregas da pia-máter, 
ricas em capilares fenestrados (capilares em que as 
células da parede apresentam espaços entre si, 
facilitando a troca de moléculas) e dilatados. Essas 
pregas são constituídas por tecido conjuntivo frouxo da 
pia-máter, sendo revestidas por epitélio simples 
cúbico/colunar baixo - essas células cúbicas baixas são 
especializadas no transporte de íons. 
Ana Beatriz Figuerêdo Almeida - Medicina 2023.1 
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A função do plexo coroide é secretar o líquido 
cerebroespinal – líquido que possui pouca quantidade 
de sólidos, e está presente nas cavidades dos 
ventrículos, no canal central da medula, no espaço 
subaracnóideo e espaços perivasculares. 
O líquido cerebroespinal possui importâcia para a 
atividade do SNC, pois participa ativamente do 
metabolismo desse sistema. Além de conferir proteção 
contra traumatismos. 
O líquido cérebro espinal é absorvido pelas 
vilosidades da aracnoide e transferidos para os seios 
venosos. 
SEIOS PARANASAIS 
Os seios paranasais são cavidades presentes em 
alguns ossos localizados no crânio que drenam para a 
cavidade nasal. Dentre esses ossos podemos citar o 
frontal, maxilar, etmoide e esfenoide. 
 
De maneira geral, os seios paranasais são revestidos 
por epitélio respiratório – sendo que, esse epitélio se 
apresenta com menor quantidade de células 
caliciformes e com células cilíndricas mais baixas que as 
encontradas na porção respiratória. 
O epitélio respiratório (regular) é constituído por 
células cilíndricas, pseudoestratificadas, na sua porção 
apical encontramos projeções da membrana 
plasmática (caracterizadas como cílios); além dessas 
células, também encontramos células caliciformes 
secretoras de muco. 
Os seios paranasais se comunicam com as fossas 
nasais por pequenos orifícios. Sendo assim, o muco 
produzido nos seios é drenado para as fossas nasais 
graças ao movimento ciliar. 
Os seios frontais, esfenoidais e as células etmoidais 
drenam com maior facilidade devido à posição e à ação 
da gravidade. Enquanto que os seios maxilares 
possuem maior dificuldade de drenagem pela sua 
posição anatômica, sendo mais propensos à obstrução. 
O hiato semilunar, localizado na concha média, é a 
abertura de drenagem do seio maxilar. 
O seio paranasal maxilar é drenado pela veia maxilar, 
que por sua vez drena para a veia jugular. 
 
1. Concha nasal média 
2. Concha nasal inferior 
3. Seio maxilar 
4. cavidade bucal 
5. cavidade craniana 
6. células etmoides 
7. órbita 
8. septo nasal 
As conchas nasais superiores e médias são dobras do 
osso etmoidal. 
Já a concha nasal inferior constitui-se em um osso 
próprio. 
 
Os exames de imagem abaixo nos permitem verificar 
a obstrução do seio nasal direito.

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