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RESUMO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PRINCÍPIO DA ORALIDADE: Para uma melhor celeridade ao processo, dar-se-á preferência às audiências, defesas, acusações orais; Simplificando o processo; Jus postulandi: “direito de propor”, normalmente somente advogados tem esse direito, mas no caso da justiça do trabalho, o próprio empregado ou empregador, pode entrar com a ação pessoalmente, sem advogado, perante a justiça do trabalho ou representado pelo SINDICATO; o ARTS. 791 A 839, CLT; PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO OU TUTELA: Este princípio visa reduzir as desigualdades entre o empregado e o empregador; Oferece ao empregado mais “vantagens” por ser a parte hipossuficiente: o Possibilidade de propor a ação pessoalmente sem advogado; o Justiça gratuita; o Interpretações mais favoráveis; PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE: Este princípio deixa o processo do trabalho mais “brando” não exigindo os requisitos de petição inicial do processo comum, mas é relativo; Deverá conter na petição obrigatoriamente o pedido; PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: No processo do trabalho os incidentes são resolvidos pelos próprios juízes ou tribunal, o que não admite recurso em relação a decisões interlocutórias, SALVO, nos caso de decisões contra as Súmulas ou OJ (orientação jurisdicional) do TST; É irrecorrível para dar mais celeridade ao processo; Súmula 214 - SALVO quando terminativas do feito na Justiça do Trabalho, as decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato, podendo ser impugnadas quando da interposição de recurso contra a decisão definitiva. o Ou seja, somente recorre a decisão interlocutória, quando não couber as exceções, nas impugnações de decisão definitiva; o EXCEÇÕES: Contra decisões que contrariam súmulas do TST; Contra decisões que contrariam orientações jurisdicionais do TST; Decisão que acolhe competência territorial; PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO: A CLT exige que após a abertura da audiência e antes da contestação o juiz deve propor a conciliação; A segunda tentativa de conciliação será com o encerramento da instrução processual; PORÉM em qualquer fase ou grau de jurisdição poderá ser feita a conciliação; É o princípio basilar do direito processual do trabalho, pois é o que mais diminui as ações trabalhistas e o que mais acelera; PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI: JUS POSTULANDI é a capacidade de propor uma ação, normalmente essa capacidade é somente do advogado, mas na justiça do trabalho o ART. 791 da CLT permite que tanto o empregado como o empregador atue pessoalmente perante a justiça do trabalho; MAS somente nas instâncias ordinárias; STF TST VT INSTÂNCIAS EXTRAORDINÁR IAS TRT INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS COMPETÊNCIA A competência tem a função de racionalizar os trabalhos e organizar as tarefas e são subdivididas; COMPETÊNCIA RELATIVA: (interesse privado) É aquela que privilegia a vontade das partes. Assim as partes podem aplica-las ou não no caso concreto; O prazo para alegar a competência relativa é dentro do prazo para a resposta (CONTESTAÇÃO), sob pena de prorrogação da competência, ou seja, ficará até o final; CRITÉRIO TERRITORIAL: no último local de prestação de serviço; EM REGRA a competência será do ultimo local da prestação de serviço, mesmo que tenha sido contrato em outro local, MAS há exceções: art. 651 CLT; a) Em casos empregados viajantes; b) Empresa exerce atividade em diversas localidades (pode o empregado optar pela última localidade ou o local onde foi contratado); c) Empregado brasileiro que trabalha no estrangeiro (jurisdição brasileira); Não pode ser reconhecida de officio, deve ser alegada pelas partes; Deve ser alegada na preliminar da contestação; Pode ser modificada por: o Prorrogação; o Conexão: quando houver, entre duas ações, mesmo objeto ou causa de pedir; o Continência: quando uma ação está contida na outra; Gera nulidade relativa. Efeitos que já passaram permaneceram; Não pode ser objeto de ação rescisória; O valor da causa não fixa competência, mas sim, o procedimento: a) PROCEDIMENTO SUMÁRIO: Até dois salários mínimos; b) PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO: De dois até 40 salários mínimos; c) PROCEDIMENTO ORDINÁRIO: mais de 40 salários mínimos; COMPETÊNCIA ABSOLUTA: (interesse público) É aquela criada diante do interesse público; Pode ser alegada a qualquer tempo e grau de jurisdição, EXCETO em instância superior que dependa de prequestionamento; PODE ser reconhecida de officio; Pode ser alegada na contestação, em qualquer petição ou audiência; Não pode ser modificada; Gera nulidade absoluta; Pode ser objeto de ação rescisória; COMPETÊNCIA MATERIAL: órgão julgador especializado por matéria – ART. 114, CF; COMPETÊNCIA FUNCIONAL: Competência pela função do juiz; regimento interno; CONFLITO DE COMPETÊNCIA: Quando dois ou mais órgãos jurisdicionais julgam competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para julgar determinadas demandas; STF concedeu liminar na ADIn nº 3.395, suspendendo qualquer interpretação que possa tornar a JT competente para julgar conflitos de servidores estatutários (eficácia erga omnes): as ações continuam na esfera da competência da Justiça Comum, federal ou estadual, dependendo do caso. Art. 651 CLT - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada localidade que tenha onde pela o empregado, reclamante ou prestar serviços ao empregador, ainda sido contratado noutro local ou no estrangeiro. RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS: o Entre varas ---- TRT Resolve; o Entre TRT’s ---- TST Resolve; o Entre TRT E VARAS ---- TST Resolve; o Entre TRT E TJ ---- STJ Resolve; o Entre TRT E TRF ---- STJ Resolve; o Entre TST E QUALQUER TRIBUNAL --- STF; COMPETÊNCIA MATÉRIAL: ART. 114, CF; Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I. As ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II. As ações que envolvam exercício do direito de greve; III. As ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV. Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V. Os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI. As ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII. As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; III. A execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX. Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei; § 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça de o Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. § 3º - Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindoà Justiça do Trabalho decidir o conflito. FASE POSTULATÓRIA CAPACIDADE: Apesar da idade de trabalhar ser a partir dos 16 anos, 14 para aprendizes, a idade para postular em juízo é de 18 anos, quando menor de 18 anos deverá ser representado; DISSÍDIO INDIVIDUAL: é aquele em que o empregado entra com uma ação trabalhista contra o empregador na Justiça do Trabalho. Os motivos mais comuns de desavenças no ambiente trabalhista giram em torno de equiparação salarial, FGTS, 13º salário, horas extras e reajuste salarial. As principais características do dissídio individual são: I. A ação tem interesses concretos do empregado; II. A ação é diretamente entre o empregado e empregador; III. A esfera de interesse é totalmente particular; IV. A sentença costuma ser perene (não tem tempo determinado). V. Além disso, o dissídio individual pode ser dividido em duas subcategorias: o DISSÍDIO INDIVIDUAL SIMPLES: inclui apenas uma pessoa. o DISSÍDIO INDIVIDUAL PLURÍTIMO: abrange diferentes pessoas com um interesse em comum. DISSÍDIO COLETIVO: O dissídio coletivo é aquele em que a Justiça do Trabalho interfere nas relações entre patrão e empregado. Em outras palavras, diz respeito aos interesses de toda uma categoria profissional, não somente de um indivíduo. I. Dissídios coletivos são representados por sindicatos trabalhistas e patronais, podendo ser de natureza jurídica ou econômica. Suas principais características são: o Foco no interesse coletivo; o Ação entre sindicatos; o Esfera pública; o Tempo determinado. PETIÇÃO INICIAL A reclamação trabalhista tem inicio com a petição inicial, escrita ou oral, pelo reclamante ou por seu advogado, pelo sindicato ou procuradores regionais da JT, de acordo com o art. 840 da CLT, deve conter: LEMBRANDO QUE: Existe a possibilidade de o reclamante agir sem advogado, APENAS nas instâncias ordinárias; princípio do JUS POSTULANDI – ART. 791, CLT; I. Endereçamento para o juiz competente; II. Qualificação das partes; III. Breve exposição dos fatos; IV. O pedido e indicação do valor; V. A data e assinatura do reclamante ou de seu representante; Poderá a inicial ser modificada, ANTES da citação, devendo o réu ser notificado da mudança; RESPOSTA DA RECLAMADA A resposta da reclamada, chamamos de CONTESTAÇÃO, que é a parte ré se defendendo das acusações feitas na petição, que pode vir acompanhada de reconvenção; Deve ser apresentada no dia da audiência e lida em voz alta; Oferecida à contestação o reclamante não poderá desistir sem o consentimento do reclamado; PODE CONTER NA CONTESTAÇÃO: I. Alegação de peremptória se aceita, extingue o processo (alegação de inicial inapta, coisa julgada, perempção); II. Alegação dilatória se aceita, paralisa o processo (alegação de incapacidade, conexão etc.); III. Defesa do mérito DIRETO: nega os fatos ou se admite nega suas consequências; INDIRETO: alega prescrição ou decadência; IV. Reconvenção contra ataque, empregador acusa empregado; Não existe previsão expressa na CLT; Seguindo subsidiariamente o art. 343 CPC; Deve ser apresentada pelo réu na contestação, MAS caso o réu não deseje contestar, poderá entrar somente com a reconvenção; A desistência da ação principal não interfere na ação de reconvenção; V. Preliminares ART.337 CPC; PRELIMINARES DE CONTESTAÇÃO Art. 337, CPC: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: VI. Inexistência ou nulidade da citação; VII. Incompetência absoluta e relativa; VIII. Incorreção do valor da causa; IX. Inépcia da petição inicial; X. Perempção; XI. Litispendência; XII. Coisa julgada; XIII. Conexão; XIV. Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; XV. Convenção de arbitragem; XVI. Ausência de legitimidade ou de interesse processual; XVII. Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XVIII. Indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. § 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2º Uma ação é idêntica à outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso. § 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. § 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. § 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA ART. 11 CLT; Perda de um direito; Dirija-se a direitos reais e pessoais; PRESCRIÇÃO BIENAL: Neste caso o autor tem até dois anos (a contar da extinção do contrato) para entra com a ação; PRESCRIÇÃO QUINQUENAL: Neste caso trata-se da verba que serão causa de pedir, ou seja, o recalamente só poderá pedir verbas de 5 anos antes da entrada da ação; Há casos em que não caberá prescrição, para menores de idade (art.440, CLT), pessoa com doença grave impedida de comparecer a justiça, e quando for feito acordo extrajudicial ; É alegada em matéria de defesa; Perda do poder potestativo; Neste acaso um ato acontece e surge o direito de reclamar; DECADENCIAIS: 30 dias para instauração do inquérito judicial para apuração de falta grave, tendo havido a prévia suspensão do empregado; 2 anos para propor ação rescisória, contados do trânsito em julgado da decisão que se quer alterar; 120 dias para proposição do Mandado de Segurança, contados a partir da ciência do ato de autoridade praticado com ilegalidade ou abuso de poder. Não pode ser suspenso nem interrompido ; PRECLUSÃO É a perda de um ato processual; Ou seja, já está ocorrendo o processo e a parte não se atenta ao prazo; POR EXEMPLO: não entra com a contestação no prazo estabelecido; Seus efeitos não produzem efeitos diretos no mérito; DIFERE DA PRESCRIÇÃO; PEREMPÇÃO É o vicio no processo; Perda do direito de entrar com ação, por já ter entrado e ter dado perda; Quando a parte da causa ao arquivamento por duas vezes; POR EXEMPLO: entrar com uma ação, não cumprir com as exigencias, fazendo com que o processo seja arquivado, faz isso por duas vezes, não poderá mais entrar com a mesma ação ou pedido; RITOS PROCESSUAIS O QUE DETERMINARÁ O RITO PROCESSUAL É O VALOR DA CAUSA; SUMÁRIO: Rito de alçada – juiz detrmina o valor da causa; Causas de até dois salários minimos; Tem por obejtivo acelerar o processo; Causas de uma única instância; Não cabe recurso nas decisões, EXCETO quando fere preceito constitucional, cabendo o recurso extraordinario; 03 testemunhas; SUMARISSÍMO: Mais de 02 salarios minimos e inferior a 40 salários; Arts. 852-A até 852-I; REQUISITOS: o Pedido certo e determinado – deve conter o valor da causa; o Não pode ter citação por edital – deve constar na P.I. as qualificações das partes para citação; o Reclamação trabalhista – apreciada em 15 dias; o Instrução e julgamento deve ocorrer em audiência única; o Há hiposteses de recurso; ORDINÁRIO: Art. 840, CLT; Mais de 40 salarios minimos; Rito mais utilizado, pois da mais aprofundamento ao processo; ASPECTOS: o A citação poderá ocorrer por edital; o O relatório da sentença é obrigatório no Rito Ordinário e nãohá um prazo para que o Juiz sentencie; o Não sendo obedecidos os critérios iniciais, o processo poderá ser emendado, o que não ocorre nos outros casos; o A sentença pode ter recurso para a Instância superior, e o Recurso de Revista neste rito será cabível nas hipóteses do art. 896 da CLT.
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