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13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 1/26 CME MILHO (JUL/23) US$ 6,232 (1,60%) DÓLAR (COMPRA) R$ 4,85 (-0,31%) CONTATO ENTRAR CADASTRE-SE Nas suas atividades, os trabalhadores rurais �cam expostos a vários riscos e danos, sejam eles: · Acidentes com ferramentas manuais cortantes; · Acidentes com máquinas e implementos agrícolas; · Acidentes com animais peçonhentos; · Exposição a agentes infecciosos e parasitários; · Exposição às radiações solares por longos períodos e intempéries; · Exposição a ruído e vibração pelo uso de tratores e colheitadeiras; · Exposição a partículas de grãos armazenados, ácaros, pólen, dejetos de origem animal, componentes de células de bactérias e fungos; · Ritmo intenso de trabalho com cobrança de produtividade, jornada de trabalho prolongada nas atividades de pré-plantio, plantio, desenvolvimento e colheita das culturas; · Exposição a fertilizantes, que podem causar intoxicações graves e mortais; · Exposição a agrotóxicos . O uso de agrotóxicos é uma realidade no meio rural. Na exploração da atividade agrícola, onde a produção e a produtividade são fatores fundamentais para o sucesso do negócio, o uso de insumos agrícolas (fertilizantes e agrotóxicos) é indispensável. Em se tratando de agrotóxicos, se faz necessária a tomada de medidas de segurança com o motivo de resguardar a saúde do trabalhador, das pessoas que vivem no meio rural e do meio ambiente). -Agrotóxicos: Com o aumento da população mundial previsto para 2100 de 10,1 bilhões de pessoas (ONU, 2011), busca-se cada vez mais o aumento da produtividade na agricultura, para dar conta da “fome” populacional. Em consequência disso, o uso de agrotóxicos é uma realidade no meio rural e se torna quase obrigatório. Na exploração da atividade agrícola, onde a produção e a produtividade são fatores fundamentais para o sucesso do negócio, o uso de insumos agrícolas (fertilizantes e agrotóxicos) é indispensável, devido ao grande número de pragas que atacam as lavouras durante o período de desenvolvimento das culturas. Agronegócio Segurança e Saúde no Trabalho Rural Por: AGROLINK -José Luis da Silva Nunes Publicado em 12/09/2016 às 14:58h. Brasil regist… CLASSIFICADOS Venda no Mercado Porto Alegre - RS SOJA Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. 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Podemos imaginar então, que autilização de agrotóxicos pode se tornar um risco para o trabalhador rural que não for adequadamente capacitado. Além dos riscos do produto químico em si, o trabalhador �ca exposto aos riscos do manuseio incorreto, podendo haver sérios danos à saúde que acabará comprometendo a qualidade de vida desse indivíduo, do meio ambiente e da agricultura. Inúmeros órgãos públicos, sindicatos, empresas e outras organizações buscam aproximar a informação de segurança no uso de agrotóxicos dos trabalhadores rurais, porém muitas vezes existe a di�culdade de entendimento por parte dos trabalhadores, que na maioria das vezes não possuem sequer uma alfabetização adequada. Essa aproximação dessas organizações geralmente vem em forma de cartilhas, manuais, folhetos, palestras, vídeos, entre outros. Breve Histórico dos Agrotóxicos: O início da utilização dos agrotóxicos em escala mundial se deu após a Segunda Guerra Mundial, onde alguns foram utilizados como arma química (agente laranja) nas Guerras da Coréia e Vietnã, resultando em milhares de mortes de soldados e civis, além de contaminarem o meio ambiente e animais onde foram utilizados (LUCCHESE, 2005). Os países desenvolvidos utilizavam agrotóxicos contra pragas e doenças na agricultura até o �nal dos anos 50 sem se preocuparem com os danos que poderiam causar ao meio ambiente. Na década de 60 foram publicados dois livros, Silent Spring, de Rachel Carson (1962) e Pesticides and the Living Landscape, de Rudd (1964), que detalharam os efeitos adversos da utilização dos pesticidas químicos sintéticos, chamando a atenção para as implicações da atividade humana sobre o meio ambiente e a contaminação para a sociedade humana. O debate público sobre os agrotóxicos continuou durante os anos 60 e algumas substâncias listadas pelos livros sofreram restrições ou foram proibidas. Com isso, foram desenvolvidos sistemas de controle no uso de agrotóxicos nesses países (GARCIA, 1996). Já no Brasil, a utilização ocorreu a partir do período da “modernização da agricultura nacional” entre1945 e 1985, juntamente com as máquinas agrícolas e fertilizantes, principalmente no sul com as culturas da soja, trigo e arroz, mas a instalação das indústrias de agrotóxicos no país se deu após o ano de 1975. Desde o início dos anos 70 até 2007, o Brasil �cou entre os seis maiores consumidores de agrotóxicos do mundo (TERRA, 2008). A utilização do DDT (Dicloro Difenil Tricloroetano) em larga escala como pesticida universal na década de 50 trouxe sérias consequências para o meio ambiente, pois foi constatado que seus resíduos clorados permaneciam por toda a cadeia alimentar, contaminando até o leite materno. Foi então proibido em vários países a partir da década de 70 e no Brasil somente em 1992 (LUCCHESE, 2005). Agrotóxicos: Com o aumento da população mundial previsto para 2100 de 10,1 bilhões de pessoas (ONU, 2011), busca-se cada vez mais o aumento da produtividade na agricultura, para dar conta da “fome” populacional. Em consequência disso, o uso de agrotóxicos é uma realidade no meio rural e se torna quase obrigatório. Na exploração da atividade agrícola, onde a produção e a produtividade são fatores fundamentais para o sucesso do negócio, o uso de insumos agrícolas (fertilizantes e agrotóxicos) é indispensável, devido ao grande número de pragas que atacam as lavouras durante o período de desenvolvimento das culturas. A agricultura gera um de cada três empregos no Brasil, e é responsável por ¼ do PIB nacional, ou seja, 37% da mão-de-obra empregada. Podemos imaginar então, que autilização de agrotóxicos pode se tornar um risco para o trabalhador rural que não for adequadamente capacitado. Além dos riscos do produto químico em si, o trabalhador �ca exposto aos riscos do manuseio incorreto, podendo haver sérios danos à saúde que acabará comprometendo a qualidade de vida desse indivíduo, do meio ambiente e da agricultura. Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 3/26 Inúmeros órgãos públicos, sindicatos, empresas e outras organizações buscam aproximar a informação de segurança no uso de agrotóxicos dos trabalhadores rurais, porém muitas vezes existe a di�culdade de entendimento por parte dos trabalhadores, que na maioria das vezes não possuem sequer uma alfabetização adequada. Essa aproximação dessas organizações geralmente vem em forma de cartilhas, manuais, folhetos, palestras, vídeos, entre outros. Breve Histórico dos Agrotóxicos: O início da utilização dos agrotóxicos em escala mundial se deu após a Segunda Guerra Mundial, onde alguns foram utilizados como arma química (agente laranja) nas Guerras da Coréia e Vietnã, resultando em milhares de mortes de soldados e civis, além de contaminarem o meio ambiente e animais onde foram utilizados (LUCCHESE, 2005). Os países desenvolvidos utilizavam agrotóxicos contra pragas e doenças na agricultura até o �nal dos anos 50 sem se preocuparem com os danos que poderiam causar ao meio ambiente. Na década de 60 foram publicados dois livros, Silent Spring, de Rachel Carson (1962) e Pesticides and the Living Landscape, de Rudd (1964), que detalharam os efeitos adversos da utilização dos pesticidas químicos sintéticos, chamando a atenção para as implicações da atividade humana sobre o meio ambiente e a contaminação para a sociedade humana. O debate público sobre os agrotóxicos continuou durante os anos 60 e algumas substâncias listadas pelos livros sofreram restrições ou foram proibidas. Com isso, foram desenvolvidos sistemas de controle no uso de agrotóxicos nesses países (GARCIA, 1996). Já no Brasil, a utilização ocorreu a partir do período da “modernização da agricultura nacional” entre 1945 e 1985, juntamente com as máquinas agrícolas e fertilizantes, principalmente no sul com as culturas da soja, trigo e arroz, mas a instalação das indústrias de agrotóxicos no país se deu após o ano de 1975. Desde o início dos anos 70 até 2007, o Brasil �cou entre os seis maiores consumidores de agrotóxicos do mundo (TERRA, 2008). A utilização do DDT (Dicloro Difenil Tricloroetano) em larga escala como pesticida universal na década de 50 trouxe sérias consequências para o meio ambiente, pois foi constatado que seus resíduos clorados permaneciam por toda a cadeia alimentar, contaminando até o leite materno. Foi então proibido em vários países a partir da década de 70 e no Brasil somente em 1992 (LUCCHESE, 2005). Mercado Brasileiro de Agrotóxicos: Segundo os dados da quinta estimativa de safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2011, do IBGE, a produção será de 161,2 milhões de toneladas numa área de 48,9 milhões de hectares, sendo o arroz, o milho e a soja as principais culturas. Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 4/26 Por ser de clima tropical, o Brasil possui um número considerável de pragas e doenças que causam, respectivamente, 40% e 15% dos danos nas principais culturas. Por esse motivo necessita-se da utilização de medidas de controle, dentre elas o uso de agrotóxicos. As 84 empresas fabricantes de agrotóxicos no Brasil, com 1.500 produtos registrados e destes apenas 673 comercializados, são representadas pelo SINDAG (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola), as empresas que fazem pesquisa e desenvolvimento são representadas pela ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal), a distribuição é realizada pelas revendas, representadas pela ANDAV (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários) e pelas cooperativas, representadas pela OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). Já o recolhimento das embalagens é feito pelo Inpev (Instituto Nacional de Processamento das Embalagens Vazias), que em 2009 recolheu 94% das embalagens de agrotóxicos utilizadas no Brasil. Em 2009 foram comercializados 725.000 toneladas de agrotóxicos no Brasil, sendo herbicidas (59%), os inseticidas (21%), fungicidas (12%) e outros (8%). A soja é a principal cultura (48%), seguida por milho (11%), cana (8%), algodão (7%), hortifrutigranjeiros (4,3%), café (4%) e citros (3%).O estado que mais vendeu foi o Mato Grosso (20%), São Paulo (15%), Paraná (14%), Rio Grande do Sul (11%), Goiás (10%) e Minas Gerais (9%). Comparando os agrotóxicos produzidos hoje com os da década de 60, a dose foi reduzida em 90%, a toxicidade aguda 160 vezes menor, além de novos mecanismos de ação e diminuição do impacto ambiental (SINDAG, 2010). A indústria de agrotóxicos no Brasil em 2007 apresentou um faturamento de US$ 5,4 bilhões e em 2008, US$ 7,8 bilhões, tornando o país o maior mercado mundial desses produtos e superando até os Estados Unidos (AGROANALYSIS, 2009). De�nição e Classi�cação de Agrotóxicos: A Lei nº 7.802 de 11 de julho de 1989 (que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino �nal dos resíduos e embalagens, o registro, a classi�cação, o controle, a inspeção e a �scalização de agrotóxicos, seus componentes e a�ns, e dá outras providências) de�ne os agrotóxicos como: produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas,nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. 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A classi�cação dos agrotóxicos é dada por sua �nalidade de uso, ou seja, pela ação sobre os organismos-alvo, sendo: herbicidas quando agem sobre as ervas daninhas, inseticidas quando erradicam os insetos, fungicidas quando inibem o desenvolvimento dos fungos, acaricidas quando agem sobre os ácaros, nematicidas quando eliminam os nematóides, formicidas quando agem sobre as formigas, moluscicidas quando controlam lesmas, bactericidas quando atuam sobre as bactérias, e raticidas quando eliminam os ratos, reguladores e inibidores de crescimento (EMBRAPA, 2005). Dentre todas as classes de uso, as mais importantes e de maior consumo são os herbicidas, os inseticidas e os fungicidas, que juntos somam 94,8%. Existem 424 ingredientes ativos em 1.500 formulações comerciais diferentes no Brasil, portanto é indispensável tomar conhecimento desta classi�cação (ALMEIDA, 2009). Herbicidas: Segundo Saad, 1985, os herbicidas podem ser aplicados no solo, nas folhas, ramos e caule, sob a forma de pulverização e com isso erradicam as plantas. Alguns exemplos são Paraquat, 2,4-D, Dinitrofenóis, Glifosato, etc. São classi�cados em: · herbicidas de contato: matam somente as partes das plantas que entraram em contato com o produto. - não seletivos – eliminam toda a vegetação e são utilizados em áreas não cultivadas. - seletivos – eliminam somente as ervas daninhas nas culturas, sem dani�car as plantas cultivadas. · translocadores: a ação é por translocação e matam toda a planta, já que se disseminam em todas as suas partes. São utilizados em plantas anuais ou perenes. - não seletivos – eliminam todas as plantas. - seletivos – especí�cos para determinadas espécies de ervas ou culturas. · esterilizadores: eliminam a vegetação e deixam resíduos tóxicos no solo: temporários, quando sua duração é pequena; e permanentes, se duram um ano ou mais. · desfolhantes: não se trata de herbicidas propriamente ditos, mas de substâncias que provocam a queda das folhas. Inseticidas: Conforme Gallo, 1988, os inseticidas são compostos químicos ou biológicos que são aplicados sobre os insetos, e dependendo da dose os eliminam. Os inseticidas atuam sobre os organismos vivos por meio de bloqueio de algum processo bioquímico ou �siológico. Um dos principais alvos de ação desses produtos tem sido o sistema nervoso dos insetos. Após o DDT por volta de 1940, foram lançados outros grupos de inseticidas organossintéticos, tais como ciclodienos, organofosforados, carbamatos e piretróides, sendo todos neurotóxicos. O modo de ação dos inseticidas podem ser: · sistêmicos: quando aplicados na folhas, ramos, raízes e solo são absorvidos e percorrem junto com a seiva para várias regiões da planta, atuando sobre insetos sugadores ou mastigadores. · contato: quando pulverizados sobre as pragas;Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 6/26 · ingestão: sobre os insetos mastigadores, após pouco tempo de aplicação sobre as folhas. Alguns exemplos mais conhecidos dos grupos químicos distintos: · Organofosforados: acefato, metamidofós, monocrotofós, paration metil, triclorfon, diclorvós. · Carbamatos: aldicarb, carbofuran, carbosulfan, carbaril, propoxur. · Organoclorados: São derivados do clorobenzeno, do ciclohexano ou do ciclodieno, tais como, aldrin, endrin, BHC, DDT, endossulfan , heptacloro, lindane. · Piretróides: alfacipermetrina, deltametrina, permetrina, cipermetrina, lambda-cialotrina. Os inseticidas são encontrados em várias formulações diferentes, pois o produto técnico é transformado numa forma apropriada de uso, seja misturando-os com inertes, sólidos ou líquidos. Os inertes são substâncias neutras que diluem o inseticida puro. Alguns exemplos são a areia, argila, betonita, caolim, farinhas, talco, etc. Os inseticidas são encontrados nas seguintes formulações, segundo Gallo, 1988: · Pó seco: pó para polvilhamento das plantas, animais, solos ou sementes. Sigla comercial P. Contém de 1 a 10% de princípio ativo. · Pó molhável: o inseticida recebe um agente molhante qu forma suspensões estáveis. Sigla comercial PM. · Pó solúvel: necessita ser dissolvida em água. Sigla comercial PS. · Granulados: formulados em forma de pequenos grânulos e recebem a sigla G ou GR. Facilidade na aplicação e segurança ao usuário. · Concentrados emulsionáveis, emulsão concentrada ou emulsões e dispersões aquosas: Em misturas com água formam emulsões de aspecto leitoso. Siglas comerciais CE, EC ou E. Sua aplicação exige mistura em água. · Soluções concentradas: para diluição em óleo ou água e soluções de ultrabaixo volume (mais indicado para aplicação aérea). · Aerossóis: os inseticidas assim embalados possuem solventes voláteis. · Gasosos: devem ser usados somente para ambientes con�nados. O brometo de metila se gasei�ca em contato com o ar. · Suspensão líquida (Flowable): diluição em veículo líquido, que pode ser água (�owable) ou emulsão de óleo em água. Sigla comercial F. · Pastas: sob forma pastosa, para ser utilizada sem diluição, sobre partes vegetais. · Microencapsulada: as partículas do inseticida são envolvidas por uma camada de polímeros. · Espalhantes adesivos: auxiliam na �xação do inseticida na planta, promovendo melhor espalhamento. (GALLO, 1988). Fungicidas: Segundo Filho, 1995, o grupo mais importante de agrotóxicos utilizados para o controle de doenças de plantas é o dos fungicidas, que incluem alguns bactericidas e alguns nematicidas. Podem ser: · de contato: atuam diretamente sobre o fungo. São e�cazes no tratamento do solo, no tratamento de sementes e no tratamento de inverno das plantas que entram em repouso vegetativo. São os fumigantes de solo, chamados biocidas. Como são voláteis, logo após sua aplicação necessitam de cobertura impermeável, para aumentar a exposição dos patógenos. Exemplos: brometo de metila, dazomet, formol (aldeído fórmico), quintozene, etridiazol, etc. Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 7/26 · protetores: são aplicados nas partes suscetíveis das plantas. São relativamente insolúveis em água e possuem di�culdade de penetração na planta. Exemplos: enxofre, calda sulfo-cálcica, calda bordalesa, ziram, ferbam, thiram, zineb, maneb, mancozeb,chlorothalonil, dicloran, captan, etc. · curativos sistêmicos:possuem alta capacidade de penetração e translocaçãona planta, agindo curativamente. Além dos efeitos curativos, imunizantes e protetores, tem ação erradicante. Apresentam poucos problemas de �totoxicidade e de contaminação ao meio ambiente. Exemplos: carboxin, benomyl, carbendazim, tiofanato metílico, propiconazole, tebuconazole, etc. Classi�cação toxicológica: A chamada classi�cação toxicológica decorre sobre a toxicidade dos produtos, e depende do poder letal do ingrediente ativo sobre os seres humanos (TERRA, 2008). A classi�cação toxicológica de agrotóxicos é estabelecida pela Portaria nº3 de 16 de janeiro de 1992, da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, que de�ne as seguintes classes: Para se determinar a toxicidade, o padrão é a Dose Letal a 50% e é de�nida como a concentração atmosférica de uma substância química capaz de matar 50% da população de animais testados num intervalo de tempo de�nido, sendo medida em miligramas de substância em quilogramas de massa do animal testado (TERRA, 2008). Classi�cação ambiental: A Portaria Normativa IBAMA N° 84, de 15 de outubro de 1996, "estabelece critérios a serem utilizados junto ao IBAMA, para efeito de registro e avaliação do potencial de periculosidade ambiental (ppa) de agrotóxicos, seus componentes e a�ns”. (BRASIL, 1996). No seu Art. 3° classi�ca os agrotóxicos quanto ao potencial de periculosidade ambiental baseando-se nos parâmetros bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, teratogênico, carcinogênico, obedecendo a seguinte graduação: · Classe I - Produto Altamente Perigoso · Classe II - Produto Muito Perigoso · Classe III - Produto Perigoso · Classe IV - Produto Pouco Perigoso Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. 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Os agrotóxicos são utilizados em grande escala na agricultura e pecuária e em vários outros setores, tais como tratamento de madeiras para construção, armazenamento de grãos, controle de pragas urbanas (domissanitários), entre outros. Como exemplo, em 2009, o Brasil comercializou 725.000 toneladas de agrotóxicos, ou seja, quase 4 quilos de produto por habitante, segundo o SINDAG, 2010. Também no mesmo ano, foram registrados no país 11.484 casos de intoxicações pelo uso de agrotóxicos em geral (agrotóxicos de uso agrícola, doméstico, produtos veterinários e raticidas), sendo a maioria na região sudeste (44,8%), sexo masculino (55,1%), e 186 óbitos (1,62%). (SINITOX, 2009). Portanto, diante desse quadro de intenso uso, os trabalhadores rurais �cam expostos aos riscos de agrotóxicos durante as várias tarefas na utilização, conforme descreve Garcia & Filho, 2005: · no transporte; · no armazenamento; · no preparo da calda; · na calibragem do equipamento antes do uso; · no carregamento; · na aplicação; · na manutenção do equipamento; · no trabalho em áreas de lavouras recém-tratadas; · na limpeza e descontaminação dos equipamentos de aplicação, após o uso; · na disposição �nal de sobras de caldas e tríplice lavagem de embalagens vazias; · na disposição �nal de embalagens; · na limpeza e descontaminação de derrames e vazamentos; Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. 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A intoxicação pode ser leve, moderada ou grave, dependendo da quantidade de produto absorvido. Os sintomas e sinais são nítidos e objetivos; · Subaguda: a exposição é moderada ou pequena a produtos altamente tóxicos ou medianamente tóxicos. O aparecimento ocorre de forma lenta. Os sintomas são subjetivos, tais como fraqueza, dor de cabeça, mal-estar, sonolência, entre outros; · Crônica: o surgimento é tardio, pode levar meses ou anos, e a exposição é pequena ou moderada a produtos tóxicos ou múltiplos produtos, gerando danos irreversíveis, como paralisias e neoplasias. O quadro a seguir mostra os principais sinais e sintomas agudos e crônicos das intoxicações: Para controlar os riscos na utilização de produtos químicos, no caso agrotóxicos, deve-se sempre dar prioridade às medidas de engenharia, após medidas administrativas e por �m, medidas individuais. Há sempre a priorização das medidas coletivas sobre as individuais, pois serão sempre mais e�cazes. A seguir, a ordem de preferência de medidas de controle de riscos: · substituição de produtos por outros de menor risco; · controle por técnicas e medidas de engenharia (equipamentos de aplicação mais seguros, sistemas fechados de abastecimento, embalagens mais seguras etc.); · controles operacionais (ex.: opção por sistemas de aplicação que expõem menos o operador); · uso de equipamentos de proteção individual. Norma Regulamentadora (NR) 31: A Norma Regulamentadora 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura, é uma norma de proteção da segurança e saúde dos trabalhadores ruraise, dentreUsamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. 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Porém,somente há indício de uma cobertura parcial da totalidade de trabalhadores rurais, demonstrando que há limitações para a ocorrência efetiva dessas �scalizações. 31.8.8.1 A capacitação prevista nesta norma deve ser proporcionada aos trabalhadores em exposição direta mediante programa, com carga horária mínima de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias, durante o expediente normal de trabalho, com o seguinte conteúdo mínimo: a) conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos; b) conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros; c) rotulagem e sinalização de segurança; d) medidas higiênicas durante e após o trabalho; e) uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal; f) limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal. 31.8.8.2 O programa de capacitação deve ser desenvolvido a partir de materiais escritos ou audiovisuais e apresentado em linguagem adequada aos trabalhadores e assegurada a atualização de conhecimentos para os trabalhadores já capacitados. 31.8.8.3 São considerados válidos os programas de capacitação desenvolvidos por órgãos e serviços oficiais de extensão rural, instituições de ensino de nível médio e superior em ciências agrárias e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural -SENAR, entidades sindicais, associações de produtores rurais, cooperativas de produção agropecuária ou florestal e associações de profissionais, desde que obedecidos os critérios estabelecidos por esta norma, garantindo-se a livre escolha de quaisquer destes pelo empregador. 31.8.8.4 O empregador rural ou equiparado deve complementar ou realizar novo programa quando comprovada a insuficiência da capacitação proporcionada ao trabalhador. (BRASIL, 2005). Prevenção e Controle dos Riscos com Poeiras Explosivas: INTRODUÇÃO: Neste trabalho procuramos enfocar os efeitos dos incêndios e explosões que acontecem com poeiras em suspensão ou acumuladas ao longo das jornadas de trabalho. Inicialmente, daremos um enfoque técnico, abrangendo os materiais objeto de nosso trabalho. Como nossa atividade está bastante vinculada à agroindústria e à indústria de MDF e MDP, nossos exemplos são destas áreas. Porém, lembramos que situações tão ou mais graves com poeiras explosivas acontecem também nas indústrias química, farmacêutica e metal mecânica, dentre outras. Atualmente, com a implementação da NR 33, bem como das áreas classi�cadas, temos sido consultados com frequência sobre os efeitos das poeiras explosivas nos ”Espaços Con�nados”, e nas áreas classi�cadas” bem como sobre os efeitos das substâncias tóxicas ali presentes ou formadas durante trabalhos realizados nestes espaços. Resolvemos incrementar nosso trabalho, destacando o item 12 para abordar estes temas sob nosso ponto de vista na segurança e saúde do trabalho. Temas por demais importantes, pois, em função das di�culdades existentes para uma evacuação rápida, a ocorrência de situações de risco provocadas podem redundar em eventos fatais para os ocupantes, como tem sido noticiado na mídia nos últimos tempos. Ainda sobre os questionamentos, podemos asseverar, sem sombra de dúvidas, que estes episódios, quando ocorrem em espaços con�nados, têm efeitos largamente ampliados, em face da resistência oferecida ao Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. 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Então, ocorrerão explosões sucessivas e que percorrerão os elementos de transferência e movimentação da carga, efetuando explosões cada vez mais rigorosas, com um crescimento passível de provocar a destruição das construções através dos elementos de interligação das instalações (transportadores de esteiras, redlers, roscas transportadoras e tubulações de ventilação). Abaixo, grá�cos de sinistros com poeiras ocorridos em todo o mundo e sua principais causas. Trabalho elaborado por empresa especializada nesta área. Fontes da revista STAHL. Neste grá�co, atualizado, podemos veri�car as ocorrências, registradas em todo o planeta, de explosão de grãos, sendo cada parcela referente a um tipo de poeira explosiva. As poeiras de madeira lideram os eventos, sendo seguidas pelas de origem vegetal: os grãos alimentícios. Neste grá�co, podemos veri�car os fatores responsáveis pelos eventos, que têm sua predominância nas situações de faíscas mecânicas, isto é, faíscas provocadas nas ocorrências de paradas de manutenção onde o uso de ferramentas de corte, solda, esmerilhamento, etc., são comuns. Os demais fatores são de menor proporção, porém, compõem o cenário atual no planeta. DEFINIÇÕES: Em um complexo industrial, no qual se processam produtos na forma de grãos, durante os processamentos podem ser geradas �nas poeiras pelo atrito entre eles. Se os grãos tiverem propriedades combustíveis, estas poeiras podem ser explosivas. Um teste prático exposto neste trabalho, no Item 3., poderá ajudar a de�nir suas propriedades. Caso estas poeiras produzidas entrem em suspensão ou �quem depositadas sobre estruturas ou locais de difícil acesso, elas poderão se transformar em elementos combustíveis, isto é, que podem entrar em combustão quandoUsamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 12/26 atendido o triângulo do fogo: material combustível, oxigênio e foco calorí�co. Na sequência, apresentamos, de forma sucinta, os fenômenos de incêndios e explosões, bem como a interação entre eles. 1. INCÊNDIOS: Os incêndios ocorrem com quaisquer materiais combustíveis; porém, para que isso aconteça, é necessário que a quantidade de material combustível seja muito grande e que as partículas tenham pouco espaço entre si, impedindo um contato direto e abundante com o oxigênio do ar. As partículas devem, entretanto, estar afastadas entre si, de maneira que, apesar da existência da fonte de ignição e da consequente combustão local, não seja permitida a propagação instantânea do calor de combustão às partículas localizadas nas camadas mais internas, devido à insu�ciência de ar. Desta forma, a queima se dá por camadas, em locais onde as poeiras estejam depositadas ao longo das jornadas de trabalho, ou em uma das seguintes formas: - Empilhadas. - Armazenadas em tulha. - Depósitos. - Outros. A ignição que ocorre em camadas deve ser controlada com cuidado, para evitar que o material depositado em estruturas, tubulações e locais de difícil visualização e limpeza seja colocado em suspensão, formando a nuvem de poeira, que evoluirá para explosão, pois há, no ambiente, os fatores de de�agração da mesma, isto é, fogo e energia. O incêndio por camadas,outrossim, é de difícil extinção, podendo se prolongar por várias horas após sua extinção. 2. EXPLOSÕES: Ocorrem frequentemente em unidades processadoras em referência, onde as poeiras tenham propriedades combustíveis; é necessário, porém, que as mesmas estejam dispersas no ar e em concentrações adequadas. Isto ocorre em pontos das instalações onde haja moagem, descarga, movimentação, transporte, etc., desde que sem controle de exaustão e que, obviamente, existam os fatores desencadeantes. Geralmente, ocorrem em instalações onde são processados: Farinhas de: trigo, milho, soja, cereais, e mais uma grande gama de produtos agrícolas, sendo alguns destacados no item 6.5.1. Ainda particulados: açúcar, arroz, chá, cacau, couro, carvão, madeira, enxofre, magnésio, eletro metal (ligas). Gases: in�amáveis, dentro dos limites preconizados na NR.16. – LIE (limite inferior de explosividade) e LSE (limite superior de explosividade). Devem merecer cuidados semelhantes aos das poeiras, observando-se que as suas reações são mais rápidas e devastadoras do que as das poeiras. 2.1. EXPLOSÕES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS: A poeira depositada ao longo do tempo nos mais diversos locais da planta industrial, quando agitada ou colocada em suspensão e na presença de uma fonte de ignição com energia su�ciente para a primeira de�agração, poderá explodir, causando vibrações subsequentes pela onda de choque. Isto fará com que mais pó depositado entre em suspensão e mais explosões aconteçam, cada qual mais devastadora do que a anterior, causando prejuízos irreversíveis ao patrimônio, paradas no processo produtivo... E, o que é pior, vidas são ceifadas ou �cam alijadas de sua capacidade laborativa, com as consequências por todos conhecidas (incapacidades totais e permanentes). 3. TRANSFORMAÇÃO DE INCÊNDIO EM EXPLOSÃO: Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. 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Fruto de nosso trabalho, durante um levantamento em que ocorreu explosão com poeiras, onde fomos contratados para investigar as causas, efetuamos o ensaio abaixo, a �m de averiguar a quantidade de poeira gerada durante o processo, uma vez que, nestas condições, houve o acidente com grande destruição. A amostra tomada à esquerda, em quantidade de 500 gr., foi passada por peneiras, resultando na quantidade de 70 gr. Portanto, a geração de poeira corresponde a (70/500)x 100=14%. Posteriormente, testamos sua combustividade, no que obtivemos êxito. Portanto, trata-se de uma poeira explosiva e com quantidade signi�cativa de pó gerada na movimentação. ENSAIO DE COMBUSTIVIDADE COM POEIRAS: Este ensaio visa quali�car e quanti�car, em caso de urgência, o pó em uma amostra, bem como demonstrar suas características in�amáveis. É um teste prático, que nos fornece parâmetros em quantidade de material por unidade de volume e informa se o produto é in�amável. O exemplo ilustrado foi obtido em uma de nossas avaliações. Em um caso de explosão de silos de armazenagem de malte, ocorrida longe de centros tecnológicos, precisávamos conferir se o pó teria propriedades in�amáveis, pois, se tivesse, seria o elemento responsável pela explosão, o que se con�rmou. Teste de combustividade do material. Embora não haja contato entre a chama e o material depositado no disco de amianto, o pó libera seus voláteis que, com um fator inicializante adequado, podem entrar em combustão, ou, em ambientes con�nados, resultar em explosões. As misturas combustíveis �namente pulverizadas são, em geral, muito perigosas. Os depósitos de poeiras combustíveis sobre vigas e máquinas em torno dos locais de transferência no transporte são suscetíveis de incendiar com chamas. Ao entrarem em ignição, as poeiras combustíveis suspensas no ar podem produzir fortes explosões. Por outra parte, se as poeiras são agentes oxidantes e se acumulam sobre superfícies combustíveis, o processo de combustão se acelera consideravelmente no caso de incêndio. Se um agente oxidante �namente pulverizado é misturado com outras poeiras combustíveis, a violência da explosão resultante será muito mais Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 14/26 grave do que se faltasse tal agente oxidante. Para sufocar ou deter os incêndios ou de�agrações de poeiras combustíveis se empregam materiais inertes, tais como a pedra cal, gases inertes, etc. Embora as explosões de poeiras tenham se contabilizado desde 1795 e os métodos para controlá-las tenham sido publicados, ainda hoje elas seguem produzindo graves acidentes. Em menos de uma semana, no mês de dezembro de 1977, produziram-se importantes explosões em armazéns de grãos, com 54 vítimas fatais. Nos meses seguintes, foram contabilizadas outras explosões, com número adicional de mortes. O ensaio acima serve como parâmetro para quanti�cação do material que é gerado em uma planta, durante sua movimentação e processamento. As imagens foram feitas durante uma análise que efetuamos em indústria que sofreu processos de explosão. Assim, pudemos de�nir as concentrações de poeiras passíveis de se formar e, no caso das explosões, quanti�car seus efeitos destruidores, como se fosse uma carga explosiva previamente de�nida para implodir um prédio, uma ponte, etc. 3.1. FATORES QUE INFLUEM SOBRE A EXPLOSÃO DE PÓ: A possibilidade da explosão de uma nuvem de pó está condicionada à dimensão de suas partículas e sua concentração, às impurezas, à concentração de oxigênio e à potência da fonte de ignição. As explosões de pó se produzem frequentemente em série. Muitas vezes, a de�agração inicial é muito pequena em quantidade; porém, possui su�ciente intensidade para colocar o pó das cercanias em suspensão ou romper peças de máquinas ou instalações dentro do edifício, como os coletores de pó, com o que se criam nuvens cada vez maiores, através das quais podem se propagar explosões secundárias e terciárias, cada qual mais devastadora do que a anterior. Não é raro produzir-se uma série de explosões, as quais se propaguem de um edifício a outro, desde que haja comunicação por elementos de transporte entre eles, como esteiras, tubulações, elevadores de canecas, roscas transportadoras, dentre outros. O perigo de uma classe determinada de poeira está relacionado com sua facilidade de ignição e com a gravidade da explosão resultante. Para tal, foi desenvolvido nos EUA um equipamento experimental para testar poeiras explosivas, com sensores diversos que permitem conhecer as características das poeiras explosivas. A sensibilidade de ignição se dá em função da temperatura de ignição e da energia necessária, enquanto que a gravidade da explosão vem determinada pela pressão máximade explosão e pela máxima velocidade de crescimento da pressão. Para facilitar as comparações dos dados de explosividade derivados dos ensaios mencionados, todos os resultados se relacionam com uma poeira de carvão conhecida como “Pittsburg”, tomando-se uma amostra com concentração de 0,5 kg/m3 (kg de pó de carvão por m3 de ar), exceto nos pós metálicos. 3.1.1. DIMENSÕES DA PARTÍCULA: Quanto menor for a dimensão da partícula de pó, torna-se mais fácil para a nuvem entrar em ignição, visto ser maior a superfície exposta por unidade de peso da matéria (superfície especí�ca). As dimensões da partícula in�uem também sobre a velocidade de crescimento da pressão: para uma dada concentração de pó em peso, um pó formado por partículas grossas mostra uma velocidade de aumento de pressão mais baixa do que o mesmo pó �no. A concentração mínima necessária para que haja explosão, a temperatura de ignição e a energia necessária para a ignição, por sua vez, diminuem conforme se reduz a dimensão da partícula de pó. Numerosos estudos indicam este efeito em grande variedade de poeiras. A dimensão da partícula faz aumentar também a capacidade elétrica das nuvens de pó, ou seja, o tamanho das cargas elétricas que podem se acumular na partícula da nuvem. Como a capacidade elétrica dos sólidos se dá em função de sua superfície, a possibilidade que se produzam descargas eletrostáticas de su�ciente intensidade para colocar em ignição a nuvem de pó aumenta ao se reduzir a dimensão média da partícula. Porém, para que Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. 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Os valores da concentração podem se expressar em peso por unidade de volume, embora, ao não se conhecer a dimensão da partícula da amostra, esta expressão seja pouco signi�cativa. Os valores apresentados no ensaio acima foram obtidos na passagem do pó através de uma peneira com malha de 200 mesh, que corresponde a partículas � ou = a 74 microns, tamanho ideal para o fenômeno de explosões. A pureza da amostra, a concentração de O2, a potência da fonte de ignição, a turbulência da nuvem e a uniformidade da dispersão in�uem também nos limites inferiores de explosividade da nuvem (LIE). O limite superior de explosividade (LSE) das nuvens de pó não foi determinado devido a di�culdades experimentais; também se questiona se ele existe para poeiras e, do ponto de vista prático, sua utilidade é duvidosa. As curvas que se obtêm ao relacionar gra�camente a Pmp. e a Vmp. com a concentração demonstram que estes valores são mínimos no limite inferior de explosividade e que, depois, aumentam até seu valor máximo, ao dar-se a concentração ótima, em cujo ponto começam a diminuir lentamente. Igualmente se veri�ca que a Pmp. e a Vmp. não se dão precisamente em igual concentração. O efeito destrutivo se determina em primeiro lugar pela Vmp. Observa-se que as explosões mais violentas se produzem com uma concentração ligeiramente superior à necessária para que se tenha a reação com todo o oxigênio existente na atmosfera. As concentrações menores geram menos calor e criam menores pressões de ponta. Com concentrações maiores das que causam explosões violentas, a absorção do calor pela poeira não queimada devido ao excesso presente no ambiente, bem como seu grau de umidade, podem ser as razões para que se produzam pressões menores de explosão do que as indicadas nas tabelas em referência (item 6.5.4). 3.1.3. UMIDADE: A umidade contida nas partículas de pó faz com que seja necessário aumentar a temperatura de ignição, devido ao calor absorvido, para a vaporização da água contida nelas. A umidade do ar tem pouco efeito sobre a de�agração. Depois que se produz a ignição, existe, porém, uma relação direta entre o conteúdo de umidade, a energia mínima necessária para a ignição, a concentração de explosão mínima, a Pmp. e a Vmp. Por exemplo, a temperatura de ignição do amido de milho pode aumentar até 50 º C. com um aumento de umidade de 1,6 a 12,5%. Do ponto de vista prático, a umidade não pode ser considerada como meio efetivo de prevenção contra explosões, pois a maior parte das fontes de ignição proporciona energia su�ciente para aquecer e evaporar a umidade que pode estar presente no pó. Para que a umidade seja um meio de proteção provisório, ela deve ser extremamente alta (a partícula deverá estar encharcada), a �m de que o a energia convencional não seja su�ciente para a evaporação, volatilização e in�amação da mesma. 3.1.4. MATERIAIS INERTES: A presença de um sólido inerte no pó reduz a combustividade do mesmo, pois absorve calor. Porém, a quantidade necessária para impedir a explosão é considerada maior do que as concentrações que podem ser encontradas ou toleradas como corpos estranhos ao processo. A adição de corpos inertes reduz a Vmp. e aumenta a concentração mínima de pó necessária para a explosão. Um exemplo é a pulverização de rocha nas minas de carvão para impedir as explosões dos pós combustíveis. Geralmente a pulverização se faz na entrada das minas com uma concentração de poeira de rocha de 65% Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 16/26 da quantidade total do pó. O gás inerte é e�caz na prevenção das explosões de pós, uma vez que dilui o O2 a uma concentração muito baixa. Ao selecionar o gás inerte mais adequado, deve-se cuidar para que este não reacione com o pó; é o caso de certas poeiras metálicas que reacionam com o CO2 ou com o N2. Neste caso, deve se usar o Hélio(He) ou Argônio (A). 3.1.5. CONCENTRAÇÃO DE O2, TURBULÊNCIA E EFEITO DE GASES INFLAMÁVEIS: As variações da concentração do O2 afetam a facilidade de ignição das nuvens de pó e suas pressões de explosão. Ao diminuir a pressão parcial de O2, a energia necessária para explosão aumenta; a temperatura, também; e as Pmp., diminuem. O tipo de gás inerte empregado como diluente para reduzir a concentração do O2 tem um efeito aparentemente relacionado com a capacidade molar. A combustão do pó se produz na superfície das partículas. A velocidade de reação, portanto, depende do íntimo contato do pó com o O2. Por este motivo, o fator turbulência propicia explosões mais violentas do que as ocorridas em atmosferas mais tranquilas. A adição de uma pequena quantidade de gás in�amável à nuvem de pó põe em ignição o aerossol resultante, reforçando a violência da explosão, sobretudo a baixas concentrações. As Vmp. resultantes são mais altas do que as previsíveis em condições normais. Sem contar o pó, a fração restante do total do combustível suspenso no ar, representada pelo vapor in�amável, estaria, por si só, abaixo de seu (LIE). Em algumas operações de secagem que impliquem na evaporação de uma substância in�amável extraída da poeira combustível, se produzemexplosões muito mais violentas do que as consideradas apenas pelo vapor in�amável. Têm acontecido, ainda, explosões em misturas de vapor in�amável-pó combustível-ar em que a proporção da mistura de ar vapor estava abaixo do (LIE). Ante tal situação, é necessário prever medidas de proteção especial, tal como a diluição com gás inerte, utilização de supressores de explosão, instalação de elementos de ventilação de grandes dimensões e adoção de métodos cuidadosamente estudados de eliminação da eletricidade estática (aterramento). 3.1.6. FONTES DE IGNIÇÃO DAS NUVENS DE POEIRA: As nuvens de poeira podem incendiar-se pela ação de chamas abertas, luzes, produtos defumadores, arcos elétricos, �lamentos incandescentes, faíscas de fricção, condutos de vapor de alta pressão e outras superfícies quentes, faíscas eletrostáticas, aquecimento espontâneo, solda e corte oxi-acetilênico e faíscas procedentes destas operações. A maior parte das temperaturas necessárias para pôr em ignição as nuvens de pó, que está nas tabelas, situa- se entre 300 e 600 º C. e a grande maioria das potências está entre 10 e 40 milijoules. Comparando-se estes dados com as energias de ignição necessárias para in�amar vapores, que são de 0,2 a 10 milijoules, veri�ca-se que as poeiras necessitam de 20 a 50 vezes mais energia do que os gases. Como a temperatura e a fonte de ignição necessárias para explodir poeiras são muito mais baixas do que as produzidas pela maior parte das fontes de ignição comuns, a eliminação de todas as fontes é um principio básico na prevenção de acidentes por explosão. Estas fontes estão identi�cadas e descritas nas normas NFPA. 3.2. EFEITOS DA VELOCIDADE DE AUMENTO DE PRESSÃO: A Vmp. pode de�nir-se como a relação entre o aumento de pressão de explosão e o período de tempo em que sucede. É o fator mais importante para avaliar os riscos de uma poeira e determinar a gravidade da sua de�agração. Também é importante como dado para calcular as dimensões dos elementos de ventilação para casos de explosão. Uma Vmp. (velocidade máxima de aumento de pressão) demasiadamente alta indica, com frequência, que a instalação dos elementos de ventilação são ine�cientes. Os Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 17/26 dados empíricos de ge. (gravidade de explosão) tabelados acima são indicadores de grande valor na análise do projeto. Índices entre 2 e 4 demonstram a necessidade de elementos de ventilação muito grandes, além de cuidado da resistência do edifício e dos equipamentos das máquinas. Um índice maior do que 4 exclui, na maioria dos casos, a possibilidade de projetar-se um sistema de alívio de explosões e exige o emprego de dispositivos de proteção com o uso de gases inertes e outros sistemas de supressão de explosões. 4. DEFLAGRAÇÃO E DETONAÇÃO: 4.1. DEFLAGRAÇÃO: É o fenômeno de explosão que ocorre com velocidade de chama de 1 a 100 m/s e é o que acontece com maior freqüência nas indústrias. 4.2. DETONAÇÃO: É o fenômeno de explosão em que a velocidade da chama é igual ou superior à velocidade do som, chegando aos 1000 m/s. No caso das explosões em cadeia, a de�agração inicial evolui para detonação nas fases posteriores. 4.3. DESTRUTIVIDADE DAS EXPLOSÕES DE POEIRAS: Embora a destrutividade das explosões de poeiras dependa fundamentalmente da Vmp., outros fatores intervêm, como a pressão máxima desenvolvida durante a sobre pressão, o grau de con�namento do volume da explosão e a concentração de oxigênio. Explosões recentes causadas por poeiras de cereais. Neste caso, os danos provocados foram aos pavilhões, aos equipamentos de bene�ciamento e aos elementos transportadores, o que evidencia que a explosão iniciou dentro, internamente, ganhando propagação e aumentando seus efeitos até atingir os pavilhões, que foram os últimos atingidos pela explosão. 5. GASES TÓXICOS. As chamas e os efeitos do aumento de pressão numa explosão não são os únicos problemas a enfrentar. Na atmosfera do evento ocorre uma de�ciência de oxigênio e a formação de gases tóxicos em virtude da combustão, particularmente o CO. A concentração de gases pode ser su�cientemente alta durante alguns momentos e, assim causar inconsciência, ainda que momentânea, às pessoas presentes e conduzi-las à morte por as�xia. Desta feita, o ingresso nestes locais só deve acontecer por pessoas treinadas e com equipamento autônomo de ar mandado. 6. ANÁLISE DE UM MODELO SIMULADO: Um dos locais mais suscetíveis a eventos desastrosos nas plantas de grãos são os túneis subterrâneos, com a movimentação e transporte dos cereais sob as moegas de grãos. Nestes, estão localizados os transportadores responsáveis pelo recolhimento do cereal e seu destino à planta. Durante a movimentação e as mudanças de direção, os grãos se fragmentam, gerando, pelo atrito entre eles, uma poeira muito �na e muito in�amável. Este é o local onde mais ocorrem acidentes com explosões nas plantas da agroindústria. Isto ocorre porque tais indústrias não estão providas de equipamentos de controle de emissões aéreas localizadas, e o pó gerado com o tempo vai se depositando sobre as estruturas, o piso e as paredes. Quando movimentado e em presença de calor, pode evoluir para explosões.Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 18/26 6.1. Simulação de uma explosão com poeiras de cereais: Este exemplo visa levar ao leigo o conhecimento de situações que, quando ocorrem, provocam estragos imensos e até a morte de ocupantes. O modelo testado representa um túnel de moega de grãos com dimensões usuais. A conclusão deste exemplo visa conduzir o leitor aos valores das explosões causadas pelo crescimento das ondas geradas e contidas pelo túnel. Como dimensões, adotaremos um túnel de movimentação com 2 m de altura por 1,5 m de largura por 30 m de comprimento, localizado sob as moegas, a uma profundidade que varia de 6 a 20 m. Para caracterizar bem nosso exemplo e suas conseqüências, adotaremos quatro tipos de poeiras, comuns nestas plantas da agroindústria: arroz, milho, soja e trigo. Os dados informados na tabela N.º I, em negrito, foram retirados das tabelas anexas a este trabalho, da NFPA no item 6.5.4. tabela de poeiras explosivas: Dados: Túnel de descarga da moega com: 2 x 1,5 x 30 m. Volume interno do túnel = 90 m3 Área interna das paredes do túnel = 210 m2 Peso de Mat. = Material necessário para uma explosão =Conc. x v. arroz = 50,3 x 90 = 4527grs. ou 5,57 kg. de pó por explosão. milho = 25 x 90 = 2250 grs. ou 2,25 kg. de pó por explosão. soja = 35,5 x 90 = 3195grs. ou 3,195 kg. de pó por explosão. trigo = 65 x 90 = 5850grs. ou 5,87 kg. de pó por explosão. P.Int. = Pressão interna exercida no sistema pela explosão = Pmp. x 10 = Kg/m2 P.par. = Pressão exercida nas paredes durante a explosão = Pmp. x S/1000 = Toneladas Força sobre a superfície do túnel P.h. = Pressão da explosão sobre o homem com S=1m2 = Pmp./1000 = Toneladas Força exercida sobre um operário envolvido no evento. 6.4. Conclusões: 6.4.1. Ordem de grandeza dos produtos. Comparando os nossos valores com os índices da tabela parâmetro, temos que: “ie” (índice de explosividade) seqüência em ordem crescente: arroz, soja, trigo e milho. “si” (sensibilidade de ignição) seqüência em ordem crescente: arroz, soja,trigo e milho. “ge” (grau de explosividade) seqüência em ordem crescente: arroz, soja, trigo e milho. 6.4.3. Efeito de explosões em seres humanos PRESSÃO ( bar ) PARA PESSOAS 0,35 3500 mmca Limite ruptura tímpano 0,70/0,85 7000 a 8500 mmCa Limite danos nos pulmões 1,05/1,4 10500 a 14000 mmCa Ruptura tímpano 50% casos 2,11/2,95 21100 a 29500 mmCa Limite mortal 2,95/4,00 29500 a 40000 mmCa Morte 50% dos casos 4,0/5,0 40000 a 50000 Morte 100% dos casos 6.5. Conseqüências. Em nosso exemplo, com pressões internas de até 3,3 kg/cm² ou 30000 Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 19/26 mmCa, teríamos a morte de 50% dos envolvido na planta de arroz; nas demais, todos morreriam. 6.5.1. Danos ao patrimônio. EFEITO DE EXPLOSÕES EM ESTRUTURAS PRESSÃO ( bar ) Efeito em <0,07 700 mmCa Quebra de vidros 0,07/0,150 500 a 1500 mmCa Destruição de galpões 0,15/0,250 1500 a 2500 mmCa Remoção de batentes 0,20/0,30 2500 a 3000 mmCa Esmagamento de tanques 0,35/0,50 3000 a 5000 mm Ruptura de estruturas de madeira 0,50/0,90 5000 a 9000 mmCa Destruição de prédios 0,90/2,00 9000 a 20000 Ruptura de estruturas de concreto 6.5.2. Processos e origens de acidentes recentes: PROCESSO % FONTE % Armazenagem 21,3 Faísca metálica 29,6 Moagem 13,1 Ptos. incandescentes 9,3 Transport. mecânicos 11 Desc. eletrostática 9,3 Filtragem 11 Fricção 8,9 Secagem 8,6 Chama aberta 8,2 Combustão 6,2 Superfícies aquecidas 6,5 Mistura 5,2 Autocombustão 5,8 Polimento, Revto. 5,2 Soldagem, equt. ele. 8,2 Outros 18,6 Outros 14,1 Total 100% total 100% 6.5.3. Da Simulação: No nosso exemplo prático, todos os materiais analisados seriam catastró�cos para as edi�cações, equipamentos e participantes do evento. 6.5.4. Tabela de algumas poeiras explosivas ensaiadas nos laboratórios da NFPA. Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 20/26 7. MÉTODOS DE PROTEÇÃO CONTRA EXPLOSÕES DE POEIRAS: 7.1. MEDIDAS DE SEGURANÇA: Industrialmente, precauções devem ser tomadas na presença de fontes de ignição. Em alguns casos, as mesmas estão presentes por fazerem parte do processo, como é o caso dos secadores de cereal que usam o fogo direto na secagem. A proteção não poderá ser obtida após o início de uma explosão ou incêndio. Portanto, conclui-se que não pode ser feita uma generalização de métodos de proteção em relação ao risco de explosão, porque tais métodos dependerão das propriedades da poeira, tipo de projeto, planta industrial, equipamentos existentes, risco de instalações vizinhas e valor do equipamento em risco. Por estes motivos, os métodos são agrupados em seis categorias, mas os mesmos não são todos alternativos: alguns, se usados em conjunto, podem conferir mais segurança à indústria foco. 7.1.1. CONFINAMENTO: Quando se produz uma explosão de pó, se formam produtos gasosos e se libera calor, que faz aumentar a temperatura do ar contido no recinto. Como os gases expandem-se ao aquecerem, exercem pressões destrutivas no espaço circundante, a não ser que se proporcionem áreas de alívio su�cientes para evacuar os gases quentes antes que atinjam níveis de pressão perigosos. Desta forma, um sistema de alívio adequado deve ser previsto, para aliviar os gases formados no início, evitando danos maiores. Em algumas situações, estas medidas não são práticas, sendo aconselhado processar estas operações em ambientes abertos, atmosferas inertes ou supressores automáticos. Os supressores consistem em um sistema formado por detectores de pressão ou de chamas e um agente extintor, que deve atuar rapidamente na fase incipiente de explosão. 7.1.2. INERTIZAÇÃO: Uma das medidas adotadas para reduzir os efeitos das explosões é a inertização, isto é, redução da quantidade de oxigênio no espaço. Os ensaios levantados indicam que a redução do O2 na atmosfera de trabalho e uma mistura de poeira inerte ou a umidi�cação no pó combustível reduzem a Pmp. e a Vmp., como pode ser visto nas curvas abaixo. Elas mostram poeiras de amido de milho concentrado a 0,5 kg/m3 de ar. Em relação à pressão de explosão, uma ligeira redução na concentração de O2, a adição de uma pequena quantidade de pó inerte ou a umidade reduzem os efeitos. 7.1.3. MINIMIZAÇÃO DA FORMAÇÃO DE NUVENS: Deve ser dada atenção à eliminação completa das poeiras dos edifícios que compõe a planta industrial, pois as explosões secundárias nos prédios vizinhos são potencialmente mais destruidoras. A acumulação de poeira pode ser prevenida combinando-se um bom projeto de limpeza. Quando há formação de depósitos de poeira, a limpeza deve ser feita tanto mais cedo quanto possível. Quando pós se acumulam – com exceção das unidades previstas para o seu armazenamento, tais como silos –, os depósitos destes pós devem ser removidos regularmente. Esta exigência se aplica também para unidades de despoeiramento como: �ltros, ciclones, precipitadores, câmaras inerciais, etc., que recebem e acumulam as poeiras coletadas. Estas devem ser retiradas nos intervalos de�nidos para não causarem entupimento e consequente vazamento das poeiras para o ambiente. 7.1.4. SUPERDIMENSIONAMENTO Face ao alto custo inicial e às periódicas manutenções exigidas por um superdimensionamento estrutural e dos equipamentos, esse método somente é recomendável em situações onde outros métodos alternativos Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 21/26 não são interessantes, pela localização particular de certas unidades. 7.1.5. ESTANQUEIDADE. Uma explosão de pó pode gerar pressões na ordem de até 7 kg/cm2 em recintos fechados, como em linhas de transporte pneumático, redlers, silos, roscas transportadoras, etc. Portanto, para evitar danos maiores, estes elementos devem prover válvulas de alívio contra aumento de pressões. Um recinto fabril raramente resistiria a tal pressão; as máximas de edi�cações são da ordem de 0,07 kg/cm2, portanto, devem ter telhados, aberturas, portas e outros itens de resistência inferior aos da construção, sob pena de haver perdas totais em tais eventos. 7.1.6. ATMOSFERAS INERTES As explosões de poeiras podem ser prevenidas com o emprego de gases ou poeiras inertes, os quais reduzem a concentração de oxigênio no interior do prédio, de maneira que não haja propagação de chama através da nuvem de pó. 8. EQUIPAMENTOS DE CONTROLE: 8.1. SUPRESSÃO AUTOMÁTICA Existem no mercado empresas especializadas em sistemas de controle de riscos por poeiras explosivas. Estes sistemas possuem um sensor de chama em um ponto localizado em regiões de risco, que, quando identi�ca uma chama ou faísca, aciona um dispositivo que libera substâncias adequadas ou água na linha ou equipamento, interferindo na propagação do foco. O mecanismo de dispersão do agente supressor deve funcionar a alta velocidade, para chegar a milésimos de segundos ao recinto. A atuação do equipamento deve ser inicializada pelo próprio sensor, para evitar defasamento. O agente supressordeve ser disperso em forma de neblina ou pó muito �no, com grande rapidez, aproveitando a própria força da explosão inicial. Dois tipos são conhecidos: 8.1.1. FRÁGEIS: São constituídos por depósitos de �na parede, nos quais se introduz uma carga explosiva, que é detonada por um sensor. Como o recipiente não é pressurizado, a carga explosiva rompe as paredes do depósito, liberando substâncias adequadas à interrupção do processo. 8.1.2. PRESSURIZADOS: Extintores de grande velocidade de descarga contêm agente supressor sob pressão de nitrogênio. A abertura é por carga explosiva e mais lenta do que o agente frágil, porém, adequada para pressões médias ou lentas. O agente supressor deve apresentar as seguintes características: líquido compatível com o processo de combustão, pós especí�cos ou agentes halogenados. Esta substância deverá estar dentro de um recipiente selado, colocado na parte superior do pavilhão, e deve descarregar rapidamente seu conteúdo através de detonador acionado eletricamente em presença de fogo. 8.2. ALGUMAS VANTAGENS DESTE PROCESSO: A explosão pode ser evitada. A atmosfera inerte pode ser empregada para controle e extinção de incêndios os quais podem se desenvolver na poeira. Pode ser usado onde o método de ventilação é ine�ciente. 8.3. ALGUMAS DESVANTAGENS: Rígido controle para a manutenção da composição do gás e dos sensores e custo mais elevado do que para a implantação do sistema de ventilação local exaustora. 9. VENTILAÇÃO: Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 22/26 INTRODUÇÃO: A ventilação de operações, processos e equipamentos dos quais emanam contaminantes tem se tornado, mais modernamente, uma importante ferramenta no campo de controle da poluição do ar e da segurança patrimonial. O controle adequado da poluição do ar tem início com uma adequada ventilação das operações e dos processos poluidores da atmosfera, que também concorrem com os riscos de explosividade, no caso das poeiras. Segue-se a escolha adequada de um equipamento para a coleta dos poluentes captados pelo sistema de ventilação. A ventilação tem sido utilizada tradicionalmente no campo da higiene do trabalho, não só para evitar a dispersão de contaminantes no ambiente industrial, como também para promover a diluição das concentrações de poluentes e para a manutenção e promoção do conforto térmico. Em qualquer dos campos de utilização, a importância da ventilação industrial é de grande amplitude, e seus conceitos básicos devem ser bem conhecidos e sedimentados para possibilitar sua adequada utilização 9.1. VGL, VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA: A ventilação geral diluidora é o método de insu�ar ou exaurir ar em um ambiente ocupacional, a �m de promover uma redução na concentração de poluentes nocivos. Essa redução ocorre uma vez que, ao introduzirmos ar limpo, e não poluído, em um ambiente contendo certa massa de um determinado poluente, faremos com que essa massa seja dispersa ou diluída em um volume maior de ar, reduzindo, portanto, a concentração desses poluentes. A primeira observação a ser feita é a de que esse método de ventilação não impede a emissão dos poluentes para o ambiente de trabalho, mas simplesmente os dilui a valores adequados. Existem empresas que, na busca de uma solução de menor custo, executam sistemas de injeção de ar nos locais poeirentos. Porém, esta medida não é efetiva no aspecto segurança, uma vez que locais de difícil acesso não são ventiladas e ali poderá ocorrer um evento danoso. Ainda, por serem sistemas a baixas velocidades, em função de áreas grandes para a passagem do ar, acabam não arrastando as poeiras que sedimentam em locais diversos e que, se acionadas, podem evoluir para as indesejáveis explosões. 9.3. CUIDADOS NO PROJETO: É importante a observação de medidas de orientação na análise das situações para a implementação das medidas de proteção coletivas nas instalações com poeiras explosivas. 9.3.1. ESTADO FÍSICO DO POLUENTE: Para a coleta de gases e vapores, os equipamentos de controle mais usualmente utilizados são as torres de absorção, os leitos de adsorção, os condensadores e os incineradores. A coleta de material particulado, sólido ou líquido, é, em geral, feita com coletores inerciais, coletores centrífugos, �ltros de mangas e lavadores. 9.3.1.1. GRAU DE LIMPEZA DESEJADO: A e�ciência de coleta a ser atendida pelo elemento de separação do ar carreador é de�nido pelos órgãos controladores dos estados e da união, e devem ser observados quando da de�nição do equipamento pois, se as emissões aéreas estiverem acima do limites, poderão ocorrer interdições em face do aumento das emissões interferindo na qualidade do ar. A e�ciência dos equipamentos de controle depende de várias propriedades do poluente e do gás carreador. A escolha deve ser feita em função do que é requerido em termos de e�ciência �nal do sistema abaixo elencados. 9.3.1.2. COMPOSIÇÃO QUÍMICA: Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade. https://www.agrolink.com.br/termos-de-uso https://www.agrolink.com.br/politica-de-privacidade 13/06/2023, 10:44 Segurança e Saúde no Trabalho Rural https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/informacoes/seguranca-e-saude-no-trabalho-rural_361598.html 23/26 Só merece consideração quando afeta as propriedades físicas e químicas do gás carreador. As propriedades químicas são importantes quando há a possibilidade de ocorrerem reações químicas entre o gás carreador, o contaminante e o coletor. 9.3.1.3. TEMPERATURA: As principais in�uências da temperatura são sobre o volume do gás carreador e sobre os materiais de construção do coletor. O volume tem consequências sobre o tamanho do coletor que, dessa forma, provocará alterações no custo do equipamento. A temperatura também afetará a viscosidade e a umidade da poeira. 9.3.1.4. VISCOSIDADE: As principais in�uências da viscosidade se relacionam com o aumento da potência requerida para ignição e com a alteração que provocará na e�ciência em coletar o material particulado, empastando o equipamento e tornando difícil sua manutenção. 9.3.1.5. UMIDADE: A alta umidade contribui para o empastamento das partículas sobre o coletor, principalmente nos coletores inerciais, centrífugos e �ltros, provocando seu entupimento. Pode, ainda, agravar os problemas de corrosão, além de ter grande in�uência sobre a resistividade elétrica das partículas e, portanto, em sua precipitação eletrostática. Em adsorsão, pode agir como fator limitante da capacidade do leito, se este absorver vapor de água. 9.3.1.6. COMBUSTIVIDADE: Quando um gás carreador é in�amável ou explosivo, algumas precauções especiais devem ser tomadas. A principal é assegurar que se esteja acima do limite superior de explosividade ou abaixo do limite inferior de explosividade da mistura. Nesses casos, lavadores são preferidos para a captura e separação dos poluentes, e precipitadores eletrostáticos raramente são usados.Importante, também, é existir a possibilidade de se eliminar os poluentes por incineração, sendo, portanto, mais um fator a considerar a �m de serem evitados os riscos de explosão. 9.3.1.7. REATIVIDADE QUÍMICA: A reatividade química é importante em alguns casos, como, por exemplo, quando se �ltra um gás contendo compostos de �úor com �ltros de lã de vidro, o que dani�ca os mesmos. Em geral, deve se evitar que haja reação entre o gás e o coletor, de forma a não dani�cá-lo. A reatividade química se constitui em um fator que pode ser utilizado na coleta do contaminante, por exemplo,
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