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CONSULTA DE PRÉ-NATAL Mínimo de 6 consultas para que o ele seja considerado completo: 1º TRIMESTRE (1-13s) 1m: 1-4 / 2m 5-8 / 3m 9-13 1 consulta 2º TRIMESTRE (14-26s) 4m 14-17 / 5m 18-21 / 6m 22-26 2 consultas 3º TRIMESTRE (27-40s) 7m 27-30/ 8m 31-35 / 9m 36-40 3 consultas Intervalo das consultas: Mensal até 28 semanas Quinzenal 28 - 36 semanas Semanal 36-41 semanas CONFIRMANDO GESTAÇÃO (CLÍNICO/LABORATORIAL/ USG) · Modificações anatômicas. · aumento do volume das mamas, tubérculos de Montgomery, hipersensibilidade dos mamilos, saída de colostro · Sinais de Probabilidade; · Sinais de Hegar, Piskacek, Nobile-Budin, amolecimento e aumento do cérvice e aumento das paredes vaginais. · Sinal de Hegar: Amolecimento do istmo uterino que permite a flexão do corpo uterino sobre o colo na realização do toque bimanual. · Sinal de Piskacek: Assimetria uterina durante à palpação, que representa a implantação ovular provocando um crescimento assimétrico. · Sinal de Nobile-Budin: Percepção do preenchimento do fundo de saco da vagina pelo útero gravídico durante o toque vaginal. Diagnóstico Laboratorial : · Beta-HCG→ Entre 8 e 11 dias após a concepção Diagnóstico Ultrassonográfico: · Ultrassonografia (USG), de preferência transvaginal. · A partir da 4ª s → saco gestacional · da 6ª s → batimentos cardíacos. CONSULTAS DO 1º TRIMESTRE (1-13s) · Traçar a história gestacional da paciente; G 1 P 0 A 0 · ITU, IST, cirurgia ginecológica · HF: HAS e DM antes e durante gestação por parte materna Calcular a Idade Gestacional (IG); e Calcular a Data Provável de Parto (DPP): DUM: 09/10/2022 → 12s+4d Quando ainda não houver o ultrassom faz pela DUM (quantos dias já passaram da DUM até o dia da consulta, divide por 7). Quando houver USG (6-12ºs) faz a correção dessa idade gestacional https://www.fetalmed.net/calculadora/calculadora-idade-gestacional/ · BCF de 10-12 s com o sonar · Avaliar o estado vacinal da gestante: dT (difteria e tétano) e Hepatite B, gripe · Questionar a paciente sobre queixas atuais. · Último preventivo: quando realizado há > 1 ano, pode ser feito APENAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE SUPLEMENTAÇÃO Sulfato ferroso 40mg A partir da 20ª s Ácido fólico 5mg/dia Até 12 semanas INÍCIO POSOLOGIA FERRO À partir de 20s 40 mg/ dia de ferro elementar OU 200-300 mg de sulfato ferroso (Conferir tabela, se anemia) ÁCIDO FÓLICO 2-3 meses antes da concepção até 12 semanas 400 mcg Quando houver fatores de risco - usar 4mg/dia · GESTANTE VEGANA: suplementar vitamina B12 e D PLANO DIAGNÓSTICO · Hemograma, tipo sanguíneo e fator Rh (se a paciente referir Rh negativo já pedir Coombs Indireto!); · Glicemia de jejum; · Sumário de urina e urocultura; · Sorologias: Toxoplasmose, hepatite, sífilis e HIV. · Exame da secreção vaginal e parasitológico de fezes APENAS SE INDICAÇÃO CLÍNICA. · USG OBSTÉTRICO - TRANSLUCÊNCIA NUCAL · Pode ser trasnsvaginal ou transabdominal USG 1º TRIMESTRE 11s a 13s + 6s Certifica ou corrige IG pela DUM BCF Positivo entre 10-12 s | Pinard 20s EAS + cultura Tratar bacteriúria assintomática Hemograma completo - Grupo Sng + Fator Rh (Coombs indireto se Rh -) Glicemia de jejum >85 pedir TOTG75g VDRL | Toxoplasmose| HIV| Hep B (HBsAg) e C Reações sorológicas CONSULTAS DO 2º TRIMESTRE (14-26s) · Atualizar a IG; · Questionar a paciente sobre a evolução das queixas da última consulta e aparecimento de novas; · Receber e avaliar os exames solicitados na última consulta · Exame obstétrico: manobras de Leopold, a medida da altura uterina e a ausculta dos batimentos cardíacos. Manobras de Leopold 1º manobra: delimitação do fundo uterino- Longitudinal ou transversal. 2º manobra: localizar o dorso da criança. 3º manobra: mobilidade do pólo fetal que se encontra na pelve e a apresentação do feto.- Cefálica | Pélvica | Córmica (quando o feto está transversal e seu ombro se encontra na pelve materna).. 4º manobra: Identificar se o feto já está insinuado → se o polo está bem penetrado na bacia. Útero fita | Altura uterina Sínfise púbica até o fundo uterino A altura uterina pode ser correlacionada com a IG da 12ª até a 32ª semana: <12 semanas Não é possível localizá-lo 12 semanas Logo acima da sínfise púbica; 16 semanas Sínfise púbica e a cicatriz umbilical; 20 semanas Cicatriz umbilical; 20-32 semanas A altura uterina corresponde à IG. Ausculta dos batimentos cardiofetais - BCF : Posicionado no dorso fetal VR: 120-160 bpm PLANO DIAGNÓSTICO · TOTG (sua indicação depende do resultado da glicemia de jejum do 1º trimestre); · Coombs indireto (se Rh for negativo). · USG morfológico CONSULTAS DO 3º TRIMESTRE (27-40s) · Atualizar a IG; · Questionar a paciente sobre a evolução das queixas da última consulta e aparecimento de novas; · Receber e avaliar os exames solicitados na última consulta · Exame obstétrico: manobras de Leopold, a medida da altura uterina e a ausculta dos batimentos cardiofetais. LANO DIAGNÓSTICO · Hemograma; · Glicemia de jejum; · Coombs indireto (se Rh negativo); · Sumário de urina e urocultura; · Sorologias: Toxoplasmose, hepatite, sífilis e HIV; · Bacterioscopia da secreção vaginal (deve ser feita a partir da 37ª semana). · USG avaliação da vitalidade fetal (perfil biofísico e doppler fetal) ORIENTAÇÕES GERAIS · Evitar duchas vaginais, uma vez que aumenta a taxa de vaginose bacteriana; · Evitar esforço físico extenuante; · Evitar radiação ionizante, mas se necessário, posso fazer, mas é bom evitar; · Não há restrição para atividade sexual; · Drogas ilícitas, álcool e cigarro são proibidos · Orientações quanto às queixas da paciente e evolução da gestação; · Orientações quanto às vacinas. · Orientações quanto a suplementação PESO MATERNO ESTADO NUTRICIONAL PRÉVIO IMC GANHO DE PESO TOTAL baixo peso <18,5 12,5 - 18 peso adequado 18,5 - 24,9 11,5 - 16 sobrepeso 25 -29,9 7 - 11,5 obesidade >30 5 - 9 USG NA GESTAÇÃO 1º TRIMESTRE (1-13s) 2º TRIMESTRE (14-26s) 3º TRIMESTRE (27-42s) Localização da gestação e vitalidade embrionária Estudo morfológico Avaliação crescimento fetal Medida da translucência nucal Marcadores de cromossomopatias Avaliação da vitalidade do feto ( perfil biofísico fetal + doppler Gemelaridade Avaliação placentária Sangramento 1º trimestre Cálculo IG ID → má formação rastreamento de aneuploidia, prediz toxemia, exame de útero e anexos Medida colo uterino VACINAÇÃO dTpa - obrigatória; Influenza - obrigatória; Hepatite B - obrigatória; DT/DTPA: · Vacinada com 2 ou 3 doses → 1 dose de dTpa a partir de 20 semanas · Vacina incompleta (1 dose) → 1 dose de dT e 1 dose de dTpa (>20s) - com intervalo de 1 mês · Não vacinada ou histórico desconhecido → 2 doses de dT e 1 dose de dTpa (>20s) - intervalo de 1 mes Hepatite B · Previamente vacinada com esquema completo → não vacina · vacinação incompleta → completar esquema vacinal · não vacinada e susceptível → 3 doses (0,1,6) Influenza · uma dose anual COVID · Vacinar todas as gestantes, conforme protocolo vigente VACINAS CONTRAINDICADAS · vacinas de virus vivos atenuados → triplice vieral (sarampo, caxumba e rubéola) / varicela / poliomielite / vacina do HPV PROFILAXIA PARA ALOIMUNIZAÇÃO MATERNA · Gestantes Rh negativas + coombs indireto negativo + parceiro desconhecido ou Rh positivo · Imunoglobulina anti-D 300 mcg intramuscular · Quando: · 28 semanas · sangramento na primeira ou segunda metade da gestação · realização de procedimentos intra uterinos · trauma abdominal · em até 72h após o parto se RN Rh positivo UROCULTURA · Bacteriúria assintomática → 100.000 UFC/mL · Tratar com: · Cefalexina · Fosfomicina · Nitrofurantoína SÍFILIS · Diagnóstico: 2 testes positivos → treponêmico (teste rápido) e não treponêmico (VDRL) · Tratamento:1 teste positivo = PENICILINA BENZATINA IM · Sífilis recente (primária, cancro duro) : 2,4 milhões UI dose única · Sífilis tardia / indeterminada: 2,4 milhões UI por 3 semanas (intervalo de 7 dias) · TRATA PARCEIROTOXOPLASMOSE <16 semanas de gestação: · IgG + IGM - → imune · IgG - IgG - → suscetível → sorologia a cada 1 ou 2 meses · IgG - IgM + → · Espiramicina · Repetir sorologias em 2 semanas · IgG - IgM + → falso positivo → suspende espiramicina · IgG + IgM + → infecção aguda → espiramicina (<16s) OU esquema tríplice (>16s) · IgG + IgG + → · iniciar espiramicina · teste de avidez para IgG ( só serve se for em gestação <16s) · baixa (<60) → infecção aguda → espiramicina ( <16s) OU esquema tríplice (>16s) · alta (>60) → infecção antiga (imune) → suspender espiramicina ESPIRAMICINA (até 16 semanas) 3g / dia ESQUEMA TRÍPLICE (>16 semanas) Sulfadiazina Pirimetamina Ácido folínico QUANDO HOUVER INFECÇÃO AGUDA OU INDETERMINADA→ É necessário investigar o feto também · Amniocentese (>18s) · PCR toxoplasma - → manter espiramicina até o parto · PCR toxoplasma + → Sulfadiazina + primetamina + ácido folínico ate o parto HIV · TARV → HIV positivo · Paciente sem tratamento prévio: tenofovir + lamivudina + dolutegravir ( TDF + 3TC + DTG) · Se já houver tratamento, pode mante-lo · Via de parto de acordo com a carga viral da 34 semana CV > 1000 cópias ou desconhecida AZT EV Cesárea eletiva após 38s CV > detectável < 1000 cópias AZT EV Parto com indicação obstetrica, preferivel parto vaginal CV indetectável mantém TARV habitual Parto com indicação obstetrica, preferivel parto vaginal HEPATITE B · Via de parto: indicação obstétrica · Aleitamento materno: liberado · Profilaxia: vacina + imunoglobulina em até 12h após parto · Mãe com alta viremia (HBaAg ou HBVDNA >200 mil U/mL): tenofovir no terceiro trimestre · Em caso crônico : · Tratar com TENOFOVIR · gestantes > 30 anos e HBeAg reagente · CV-HBV > 2000 UI/mL e ALT 1,5 x o limite superior da normalidade, mantido por 3-6 meses · Gestante com HBV crônico em tratamento devem manter o tratamento com TDF ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B · Rastreio com 35 - 37s · ATB profilático somente na hora do trabalho de parto ou ruptura de membranas · EGB + → Penicilina cristalina · EGB - → Não fazer ATB · EGB desconhecido · <37s: Penicilina cristalina · >37s: >18h de RPM + FEBRE >38º → penicilina cristalina · Filho com sepse por EGB, URC positiva para EGB → considera EGB + → penicilina cristalina PUERPÉRIO · 6-8 semanas de pós parto · imediato: nascimento até 2h de pós parto · mediato: 3h até o 10º dia de pós parto · tardio: 11º até 6-8 semanas de pós parto · Útero: involui cerca de 1 cm por dia. · Dimensões pré-gravídicas em 4 semanas de pós parto · ATENÇÃO: · Estado de hipercoagulação - risco de trombose · Queda dos esteróides sexuais e do BHCG · Eleva prolactina e diminui GnRH - amenorreia · Modificação das mamas- lactação · CUIDADOS NO PUERPÉRIO · Avaliação nas primeiras 24h → loquillos + involução uterina / dieta sem restrições (início após 1h) / deambulação precoce / RN permanece com a mãe / amamentação na primeira hora de vida / analgesicos se necessario / alta precoce · Imunoglobulina anti D em até 72h, se necessário MEDICAÇÕES QUEIXA MEDICAÇÃO PIROSE MYLANTA PLUS 2 de chá (10 a 20 mL) entre as refeições OMEPRAZOL 10mg NÁUSEA DOXILAMINA+PIRIDOXINA (10MG +10MG) → Sintomas mais acentuados de manhã e ao longo do dia (1+1+2) DIMENIDRINATO 100 mg 6/6h (não usar na lactação) METOCLOPRAMIDA 10mg 8/8h ONDANSETRONA → Só após 12s se hiperemese resistente CÃIBRAS CLORETO DE MG (100mg manhã e 200mg à tarde) ANALGESIA ACETAMINOFEN (PARACETAMOL) ANTI- HIPERTENSIVOS METILDOPA 1ª escolha CLONIDINA (2-3º trimestre) HIDRALAZINA (Usar sempre associado a bbq ou metildopa) NIFEDIPINO - ADMINISTRAR COM CAUTELA VERAPAMIL - ADMINISTRAR COM CAUTELA BBLQ PINDOLOL (JAMAIS ATENOLOL/METOPROLOL E PROPRANOLOL → ↑ RISCO CIUR) EXAMES/ VACINAS SEMANAS EXAMES 20-24s USG trasnabdominal morfológica Avaliar estruturas, localizar placenta e cordão, avaliar artérias uterinas e medir circunferência abdominal ( Avaliar CIUR e placenta precoce) 24-28s TOTG-75g Rastreio e diagnóstico de DMG (Indicado se GJ >85) 28s Repetir VDRL (sífilis) 32-36s USG obstétrico MEdir a circunferencia abdominal (CA) - rastreio CIR placentário tardio 35-37s Cultura vaginorretal para estreptococo grupo B - GBS Referências: Texto: · Atenção ao Pré-natal de Baixo Risco. Ministério da Saúde, 2012. · Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero. Ministério da Saúde. INCA, 2016. · Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil. Ministério da Saúde. INCA, 2015. · Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Infecções Sexualmente Transmissíveis. Ministério da Saúde, 2015. · Programa Nacional de Imunizações. Ministério da Saúde, 2017. · Rastreamento e Diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional no Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde. Ministério da Saúde. FEBRASGO. Sociedade Brasileira de Diabetes, 2017.
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