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PATOLOGIA GRUPO 3A

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Caso clínico
GRUPO 3A 
PATOLOGIA CLÍNICA 
IDENTIFICAÇÃO
Paciente J.E.S.S, 5 anos de idade, sexo masculino
ID: 1154200 
 
 
ADMISSÃO 15/03/2023 
 
Q.P: “ Muita Dificuldade para respirar “
HMA: Mãe relata que há cerca de 4 dias o paciente iniciou com quadro de
dispnéia aos pequenos e médios esforços (ao se exercitar e brincar)
acompanhada de fraqueza, além de tosse seca e chiados (“ruídos agudos
quando ela solta o ar”) principalmente no período noturno, levando até
mesmo ao despertar. Nega presença de espirros e coriza. A informante
relata ainda que sintomas semelhantes ao desse quadro geralmente
aparecem quando há mudança de tempo. Descreve piora com exposição à
poeira. Relata agravamento do quadro há um 1 dia, observando grande
dificuldade em respirar do paciente, com frequência respiratória rápida,
agudização dos sibilos, além da tosse proeminente após a criança realizar
esforço para respirar. Relata aparecimento de opressão torácica (“ele sente
um aperto no peito”) associada a dispneia. Nega presença de febre e
odinofagia. Nega alteração de apetite, vômitos, dor abdominal ou alteração
nas fezes. 
HP: Paciente apresentou uma complicação de um
quadro de Infecção Pulmonar em 2021, precisando
ser internado na Santa Casa para respectivo
tratamento (Não soube informar a medicação
utilizada). Desde então faz uso de uma medicação
regular 2x ao dia (“aquele que é uma bombinha”) .
Em acompanhamento ao nefrologista devido a
quadro renal agudo que não soube especificar.
Possui alergia a poeira. Nega outras comorbidades.
Nega outras internações. Cartão vacinal em dia. 
HF:Pai e mãe hígidos. Irmã possui alterações
respiratórias semelhantes. 
 
HBS: Apresenta dieta equilibrada e
diversificada.Gosta de brincar e praticar
atividades físicas. Alterações no sono, que
está afetando o desempenho escolar. 
Exame Físico
ECTOSCOPIA: BEG, BOTE. Normocorado;
hidratado, boa perfusão tissular (<3s); pulsos
radiais, braquiais e pediosos cheios e
simétricos. Escleras anictéricas. 
 
DADOS VITAIS:
SPO2: 94%
PA: 100x60mmHg
FC: 110 bpm
FR: 30 irpm
ACV:Tórax plano. ICA não visível. ICA palpável abaixo do
mamilo (1 polpa digital). BNRNF em 2T, sem sopros. Sem
extra-sístoles aduíveis.
 
AR: Presença de sibilos na inspiração profunda em região
anterior do tórax.
 
AD:Abdome plano, sem abaulamentos ou retrações. RHA+.
Timpanismo predominante. Sem a presença de
visceromegalias. Indolor a palpação superficial e profunda. 
Exames Complementares
EXAMES LABORATORIAIS
REFÊRENCIA 
Creatinina 0,40 - 0,90 0,51
< 844,7
11- 3818
PCR
Ureia 
MEDIDAEXAMES
EXAMES LABORATORIAIS
REFÊRENCIA 
Hemoglobina 11,5 – 13,513,2
34 – 4042,3
0,8 - 11,19
Hematócrito
Atividade de
protrombina
MEDIDAEXAMES
GASOMETRIA ARTERIAL
REFÊRENCIA 
PH 7,35 - 7,457,15
90 - 10062,4
135-145140
3,5-5,54,35
PO2
Na
K
MEDIDAEXAMES
PCO2 35 - 4583,9
GASOMETRIA ARTERIAL
REFÊRENCIA 
CL 105-125109
-3 a +3-0,7
1-1,52,4
21-2729,7
BE (B)
LAC
HCO3
MEDIDAEXAMES
CA++ 2,20-2,601,21
GASOMETRIA ARTERIAL
REFÊRENCIA 
SO2 > 9582
6,6
MEDIDAEXAMES
ANGAP 3-10
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
consolidação em base direita e
atelectasia em lobo médio direito 
 EVOLUÇÃO 20/03/2023 
Paciente em leito da sala vermelha, intubado (Ventilação
mecânica) e sedado com Midazolam (100ml/h), Fentanil
(100 ml/h), Cetamina (100 ml/h) e atracurio (200 ml/h).
Pronado, com secreção sanguinolenta oriunda das narinas
(episódio de epistaxe) e com drenagem de secreção
borrácea. Em uso de fralda, presença de bexigoma em
abdome inferior. Dieta suspensa, em uso de soroterapia AH
100%. 
AO EXAME: 
Paciente apresentava saturação de 92%, realizado
mudança para decubito dorsal e ataque
Salbutamol, com melhora da saturação para 97% 
FC:145 bpm
FR: 27 irpm
TAX: 36,7ºC
PA: 84x61 mmHg -> 106/54 mmHg ( após
expansão volêmica) 
Ectoscopia: Paciente grave, hipocorado (+/4+), hidratado,
anictérico, acianótico, afebril e sedado. TEC (<3s). Pulsos
periféricos e centrais cheios e simétricos. Extremidades
aquecidas. 
PELE: Sem alterações
COONG: Sem a presença de placas exsudativas, secreções e
petéquias. 
ACV: RCR, em 2T sem sopros.
AR: MV com crepitações e sibilos difusos. 
AD: RHA +. Presença de massa arredonada em hipogástrico 
 
DIAGNÓSTICO?
ASMA
Etiologia
Fatores de risco
FATORES DE RISCO 
Atopia
Predisposição poligênica 
Substancias em ambientes
de trabalho e aeroalergenos
Obesidade
Possíveis fatores de risco
Infecções: hipótese da higiene
Dieta
Poluição
FATORES DESENCADEANTES
DAS CRISES 
Atopia
Predisposição poligênica 
Substancias em ambientes
de trabalho e aeroalergenos
Obesidade
Infecções: hipótese da
higiene
Dieta
Poluição
Hormonal (progesterona) 
Estresse 
 Possíveis fatores de risco
Fisiopatogenia
PATOLOGIA
Processo inflamatório crônico
nas vias aéreas inferiores -->
linfócitos Th2, eosinófilos e
mastócitos
Mediado pela hiper-reatividade
brôquica
PATOLOGIA
Na asma crônica há
remodelamento brônquico -->
colágeno na membrana basal do
epitélio; neoangiogênese e
vasodilatação na parede
brônquica; hipertrofia e
hiperplasia das células
caliciformes; glândulas
submucosas e da camada
muscular lisa
FISIOPATOLOGIA
Obstrução variável e reversível ao fluxo aéreo, que ocorre de
forma predominante na fase EXPIRATÓRIA da respiração,
devido ao edema, muco e broncoconstrição.
Gasometria arterial: queda da pCO2 por hiperventilação
alveolar
Normo ou hipercapnia: e fadiga progressiva da musculatura
respiratória
Crises graves: hipoxemia; o parênquima pulmonar (alvéolos)
não recebe ventilação, mas continua sendo perfundido
Manejo para
maiores de 6 anos
DIAGNÓSTICO 
Reconhecimento clínico
+
Demonstração objetiva 
RECONHECIMENTO CLÍNICO
DEMONSTRAÇÃO OBJETIVA
É a demonstração por exames objetivos da obstrução variável e
reversível ao fluxo expiratório
A espirometria é o método de escolha
Os testes de alergia não confirmam isoladamente o disgnóstico de asma
Exames de imagem costumam ser normais na asma, logo, só são
solicitados em caso de suspeita de complocações
A gasometria arterial só estará indicada em casos que necessitam do
serviço de emergência e se: PFE ou VEF1 < 50% do predito; na ausência
de resposta ao tratamento inicial ou na piora clínica progressiva
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Podem coexistir com a asma
Ex: paciente com DPOC e componente de reversibilidade sobreposto
à obstrução brônquica irreversível também é considerado como
asmático e se beneficia do uso de corticoide inalatório
Estridor x Sibilo
Sibilos são difusos pelos campos pulmonares e predominantemente
expiratórios
Estridores são mais audíveis na região cervical lateral e mais intensos
na fase inspiratória
Sibilos localizados sugerem aspiração de corpo estranho ou tumor
CONTROLE DOS SINTOMAS
EXACERBAÇÕES
São episódios de piora progressiva dos sintomas e da função pulmonar
em relação ao estado prévio do paciente importantes o bastante a ponto
de justificar mudanças imediatas na conduta terapêutica. 
A gravidade da crise é facilmente determinada por meio de uma rápida
avaliação clínica (anamnese + exame físico) com ênfase nos sinais vitais
(incluindo a saturação periférica de O2, que hoje em dia é considerada
um sinal vital básico).
Manejo para
menores de 6 anos
DIAGNÓSTICO
Cranças menores de 6 anos não possuem maturidade suficiente para
compreender e colaborar com a espirometria, logo, não se conta com
critérios objetivos.
O diagnóstico é EMPÍRICO e é baseado somente em informações clínicas
Pode-se realizar teste terapêutico em casos clinicamentes sugestivos
DIAGNÓSTICO
CONTROLE DOS SINTOMAS
EXACERBAÇÕES
As principais alterações que denunciam o início de uma exacerbação em
crianças com idade < 6 anos são:
Aumento agudo ou subagudo da sibilância e da dispneia;
Aumento da tosse, especialmente a tosse noturna com a criança
dormindo;
Letargia ou diminuição da tolerância ao exercício;
Redução nas atividades diárias, incluindo a alimentação;
Diminuição da respostahabitual ao SABA inalatório. 
Tratamento
TRATAMENTO 
TRATAMENTO 
TRATAMENTO DAS EXACERBAÇÕES
Aumento agudo ou subagudo da sibilância e da dispneia;
Aumento da tosse, especialmente a tosse noturna com a criança dormindo;
Letargia ou diminuição da tolerância ao exercício;
Redução nas atividades diárias, incluindo a alimentação;
Diminuição da resposta habitual ao SABA inalatório.
As principais alterações que indicam o início de uma exacerbação 
em crianças com idade < 6 anos são:
TRATAMENTO DAS EXACERBAÇÕES
A base do tratamento domiciliar da crise é o uso de SABA inalatório.
Ministra-se 2 puffs de salbutamol via pMDI + espaçador, podendo-se repetir
essa mesma dose a cada 20min, por mais2x. 
Na ausência de resposta satisfatória (necessidade de > 6 puffs em 1-2h), a
criança deve ser levada ao serviço de emergência.
TRATAMENTO HOSPITALAR
Gratidão

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