CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro áreas 
do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando pela 
qualidade de seu ensino e pela formação 
de profissionais com consciência cidadã 
para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institu-
ições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquis-
taram notas 4 e 5, que são consideradas 
conceitos de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
MISSÃO
Formar profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho, com elevado 
padrão de qualidade, sempre mantendo a credibil-
idade, segurança e modernidade, visando à satis-
fação dos clientes e colaboradores.
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Gabriela Reitz Petri
Contabilidade Societária / Petri, G. R. - Multivix, 2020
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2020 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
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MULTIVIX EAD
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LISTA DE QUADROS
 Quadro 1 – Resumo Do Pensamento Administrativo 11
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LISTA DE FIGURAS
 Figura 1: Documento assinado pelos sócios 10
 Figura 2: Principais quesitos do Contrato Social 11
 Figura 3 – Critérios abordados no contrato 12
 Figura 4 - Contrato Social 13
 Figura 5 - Cláusulas contratuais 14
 Figura 6: Cláusulas sociais 15
 Figura 7: Sociedade 18
 Figura 8: Características do contrato social 19
 Figura 9: Separação de bens 20
 Figura 1: Característica de sociedade simples 25
 Figura 2: Sociedade simples 26
 Figura 3: Atos constitutivos 28
 Figura 4: Ato constitutivo 30
 Figura 5: Sociedade 32
 Figura 6: Características da sociedade limitada 33
 Figura 7: Sociedade 33
 Figura 1: Sociedades 39
 Figura 2: Características sociedade em nome coletivo 40
 Figura 3: Sociedade em nome coletivo 41
 Figura 4: Contrato social 43
 Figura 5: Acordo entre os sócios 45
 Figura 6: Cláusulas do contrato social 46
 Figura 7: Responsabilidade Ilimitada 48
 Figura 8: Diferença entre os sócios 49
 Figura 9: Sócios 50
 Figura 10: Diferença entre as sociedades em nome coletivo e comandita 
simples 51
 Figura 1: Ações 56
 Figura 2: Diferenças entre sociedade em comandita simples e sociedade 
em comandita por ações 57
 Figura 3: Ações preferenciais e ordinárias 59
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 Figura 4: Cálculo de ações 59
 Figura 5: Exemplo de sociedade anônima 61
 Figura 6: Características da sociedade anônima 62
 Figura 7: Lucratividade 63
 Figura 8: Entes da sociedade anônima 65
 Figura 1: Cooperados 69
 Figura 2: Especificidades da cooperativa 71
 Figura 3: Características da cooperativa 72
 Figura 4: Classificação das cooperativas 73
 Figura 5: Sociedade em conta de participação 75
 Figura 6: Sócios 76
 Figura 7: Sócio ostensivo e sócio participativo 77
 Figura 8: Sociedade de advogados 78
 Figura 9: Características da sociedade de advogados. 79
 Figura 1: Elaboração do contrato social 83
 Figura 2: Funções da junta comercial 84
 Figura 3: Documentos para alvará de localização 85
 Figura 4: Definições necessárias para o alvará de funcionamento 86
 Figura 5: Passo a passo para inscrição estadual 88
 Figura 6: Meio ambiente 91
 Figura 7: Fiscalização 93
 Figura 8: Corpo de Bombeiros 95
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1UNIDADE
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 10
1. CONTRATO SOCIAL 12
1.1 O QUE É O CONTRATO SOCIAL? 12
1.2 O QUE DEVE CONTER NO CONTRATO SOCIAL? 16
1.3 QUAL A IMPORTÂNCIA DO CONTRATO SOCIAL PARA OS ENVOLVIDOS? 
 18
1.4 RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS 21
2. SOCIEDADE SIMPLES E SOCIEDADE LIMITADA 25
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 25
2.1 CARACTERÍSTICA DA SOCIEDADE SIMPLES 25
2.2 REGISTRO DA SOCIEDADE SIMPLES 29
2.3 CARACTERÍSTICA DA SOCIEDADE LIMITADA 33
2.4 FORMALIZAÇÃO DA SOCIEDADE LIMITADA 36
3 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO E SOCIEDADE EM COMANDITA SIM-
PLES 40
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 40
3.1 CONCEITUAÇÃO DE SOCIEDADE EM NOME COLETIVO 41
3.2 CONCEITUAÇÃO DE SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES 49
4. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES E SOCIEDADE ANÔNIMA 57
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 57
4.1 CONCEITUAÇÃO DA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES 57
4.2 CONCEITUAÇÃO DE SOCIEDADE ANÔNIMA 62
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
9
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5  SOCIEDADE COOPERATIVA / SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO 
E SOCIEDADE DE ADVOGADOS 70
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 70
5.1 SOCIEDADE COOPERATIVA 70
5.2 SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO 76
5.3 SOCIEDADE DE ADVOGADOS 79
6 REGISTROS E ALVARÁS 84
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 84
6.1 REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL 84
6.2 ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO 86
6.3 INSCRIÇÃO ESTADUAL 89
6.4 LICENÇAS E LICENÇA AMBIENTAL 91
6.5 LICENÇA SANITÁRIA E BOMBEIROS 93
5UNIDADE
6UNIDADE
10
INTRODUÇÃO AOS RECURSOS HUMANOS
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ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
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INTRODUÇÃO AOS RECURSOS HUMANOS CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Bem-vindos à disciplina de Contabilidade Societária!
Nesta disciplina, você conhecerá todo o processo de constituição das socieda-
des, independentemente do tipo societário, bem como entenderá em quais 
órgãos elas devem ser registradas. Também poderá averiguar os órgãos per-
tinentes para registro e a finalidade de cada um deles, além de entender a 
importância desse registro para as empresas e as facilidades que pode trazer 
para empreendedores, fornecedores e fiscalização.
Com o conhecimento trazido nesta disciplina você, profissional, irá conseguir 
realizar todo o processo de constituição da empresa, desde a arrecadação de 
documentos até a elaboração de contrato social.
Bons estudos!
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
12
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> compreender o 
contrato social; 
> entender sua 
importância;
> relatar os itens 
necessários do 
contrato social.
13
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1. CONTRATO SOCIAL
1.1 O QUE É O CONTRATO SOCIAL? 
O contrato social, de forma simples, é o documento que os sócios assinam e 
no qualassumem a responsabilidade de sociedade perante a lei.
Basicamente, o contrato social vai estabelecer as diretrizes de relacionamen-
to dos sócios e da sociedade e é válido durante o período de existência da 
empresa.
O contrato deve ser registrado no prazo de até trinta dias a partir da constitui-
ção da empresa e deve conter:
I – nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pes-
soas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, 
se jurídicas. Correspondem aos dados pessoais dos sócios que irão compor a 
sociedade se pessoas forem físicas e aos dados da pessoa jurídica se os sócios 
forem pessoas jurídicas;
II – denominação, objeto, sede e prazo da sociedade. Corresponde à localiza-
ção física da empresa, bem como sua finalidade e tempo de vigência. Enten-
de-se que a sociedade, ao ser criada, não deve ter prazo de encerramento, ou 
seja, é vigente por prazo indeterminado.
FIGURA 1: DOCUMENTO ASSINADO PELOS SÓCIOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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III – capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreen-
der qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária. Nesse item, 
devem ser discriminados os valores subscritos na sociedade, ou seja, de que 
forma cada sócio investiu para fazer parte dessa sociedade.
IV – a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la. Ao determinar 
o capital social da empresa, cada um dos sócios deve ingressar com um percen-
tual, nessa cláusula deve ser discriminado quanto cada um disponibilizou.
V – as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em ser-
viços. Nesse espaço, devem ser descritas as obrigações acessórias dos sócios, 
trazendo a obrigatoriedade de cada um deles.
VI – as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus 
poderes e atribuições;
VII – a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas. No caso de distribui-
ção de lucros e/ou prejuízos, cada sócio terá sua responsabilidade, esse espa-
ço é determinado para explicar essa situação.
VIII – se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
FIGURA 2: PRINCIPAIS QUESITOS DO CONTRATO SOCIAL
Contrato
Social
Quota de
cada sócio
Diretrizes
Dados
Pessoais
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
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O contrato social é elaborado pelo profissional da contabilidade que irá aten-
der as necessidades da empresa que está nascendo. Assim como uma pessoa 
ao nascer precisa ser registrada, o contrato social também precisa ser regis-
trado nos órgãos fiscalizadores, por exemplo, na junta comercial do estado.
O primeiro passo a se pensar no momento da ideia de criar uma empresa, 
ou uma sociedade, são os critérios que irão ser abordados dentro do contrato 
social. Ele é o primeiro documento a ser elaborado; ao mesmo tempo deve 
haver todos os critérios necessários para o bom desenvolvimento da empresa.
FIGURA 3 – CRITÉRIOS ABORDADOS NO CONTRATO
Fonte: Plataforma Deduca (2020)
Dentre os principais quesitos a serem abordados, precisamos entender que 
deve constar no contrato social a quantidade de investimento com o qual 
cada sócio irá entrar na sociedade, o que denominamos de quota. As quotas 
irão demonstrar a participação de cada sócio dentro da sociedade.
Independentemente do tipo empresarial, deve ser formalizado algum docu-
mento de registro do seu surgimento. Existem alguns tipos empresarias que 
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não possuem contrato social, porém, mesmo assim, possuem registros. São 
casos especiais que vamos analisar em outro momento.
FIGURA 4 - CONTRATO SOCIAL
Fonte: Plataforma Deduca (2020)
O contrato social é elaborado pelo profissional 
da contabilidade, responsável por organizar toda 
a documentação necessária para execução das 
atividades da empresa, bem como sua formalização. 
Ao elaborar o contrato social, ele deve ser registrado 
na Junta Comercial do Estado e, em seguida, nos 
demais órgãos competentes, como Receita Federal 
e prefeitura municipal. Esse documento é o registro 
de nascimento da empresa; a partir do momento 
da sua formalização, a empresa pode iniciar suas 
atividades, sem quaisquer restrições.
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Para que o registro seja efetuado, o contrato deve estar assinado e autentica-
do de acordo com as assinaturas dos sócios ou demais representantes legais. 
Após a confirmação de abertura, a empresa começa a ter suas responsabi-
lidades como pessoa jurídica, por meio do seu cadastro nacional de pessoa 
jurídica (CNPJ).
1.2 O QUE DEVE CONTER NO CONTRATO SOCIAL?
O contrato social é composto por cláusulas, que são todos os artigos do con-
trato nos quais estarão evidenciados os direitos e deveres da empresa perante 
os sócios. As cláusulas devem ser adaptadas de acordo com a realidade da em-
presa. Não se pode adotar um modelo padrão para todos os tipos empresariais.
O contrato social é um dos documentos mais importantes no surgimento da em-
presa, por esse motivo, merece muita atenção no momento da sua elaboração.
FIGURA 5 - CLÁUSULAS CONTRATUAIS
Fonte: Plataforma Deduca (2020)
As cláusulas obrigatórias do contrato social, de acordo com o art. 997 do Códi-
go Civil (Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002) (BRASIL, [2019]) são:
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a) nome empresarial → Refere-se ao nome escolhido para a empresa e o mes-
mo deve ser registrado na Junta Comercial do Estado;
b) capital da sociedade → No qual será evidenciado o valor monetário que 
será investido na empresa por cada sócio;
c) deverá ser indicado o endereço completo da sede → Informando onde a 
empresa se encontrará;
d) descrição do objeto social;
e) declaração de que a responsabilidade de cada sócio → Nessa declaração fi-
cará a responsabilidade de forma limitada ou ilimitada de cada um dos sócios;
f) prazo de duração da sociedade → De forma geral deverá ser ilimitado;
g) Indicar a data de encerramento do exercício social → demonstrando quan-
do será a apuração do exercício contábil;
h) Os poderes de cada uma das pessoas que se encontram na sociedade;
i) qualificação do administrador não sócio;
j) participação de cada sócio nos lucros e nas perdas.
FIGURA 6: CLÁUSULAS SOCIAIS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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Além das cláusulas citadas, que são obrigatórias, há as cláusulas facultativas, 
que, de acordo com Código Civil de 2002 são no seu art. 1072 (BRASIL, [2019]):
a. aquelas que disciplinem as regras das reuniões de sócios 
(art. 1.072 CC/2002);
2. as que disciplinem sobre a previsão supletiva das sociedades limitadas 
pelas normas de sociedades anônimas (art. 1.053, parágrafo único);
c. as que preverem a exclusão de sócios por justa causa (art. 
1.085 CC/2002);
d. as que preverem expressamente autorização da pessoa 
não sócia ser administrador (art. 1.061 CC/2002);
e. instituição de conselho fiscal (art. 1.066 CC/2002);
f. outras, de interesse dos sócios.
As cláusulas facultativas devem ser incluídas de acordo com a necessidade de 
cada empresa, podendo ser adicionadas ou não.
1.3 QUAL A IMPORTÂNCIA DO CONTRATO SOCIAL 
PARA OS ENVOLVIDOS? 
O contrato social é de grande importância para a sustentabilidade da empre-
sa, pois social é o documento que formaliza a empresa; por meio dele, é possí-
vel dar entrada em contas bancárias, por exemplo. Ele é, então, o documento 
Para a formalizaçãodo contrato social, o sócio 
deve ter em mãos: original e cópia da habilitação 
se houver; cópia da identidade; cópia do CPF; 
comprovante de endereço; título de eleitor. 
De maneira geral, esses são os documentos 
necessários para constituição do contrato social, 
sem os quais a constituição fica inviável de ser 
realizada.
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comprobatório da existência da empresa.
Por esse motivo, vamos analisar cada uma 
das partes que o compõem e compreen-
dê-las de acordo com a sua importância.
O preâmbulo do contrato social deve con-
ter a qualificação dos sócios, determinada 
por seus dados pessoais, endereço, na-
cionalidade, estado civil, profissão, data 
de nascimento entre outras informações 
que forem consideradas importantes. Se 
o sócio for pessoa jurídica com tenha sede 
no Brasil, são solicitadas as informações 
de pessoa jurídica, entre elas CNPJ, razão 
social e endereço de sede.
O corpo do contrato social é muito impor-
tante e deve ser utilizado para abranger todas as questões acordadas entre os 
futuros sócios. Começando pelo nome empresarial, capital que será integra-
lizado, endereço, prazo de duração da sociedade, se não for indeterminado, e 
identificação das pessoas que serão responsáveis pela administração da so-
ciedade.
A participação societária também deve ser determinada no corpo do contra-
to, ou seja, qual percentual de cotas cada um dos sócios terá. Lembrando que 
pode haver sócios de sociedade limitada se não houver impedimentos legais.
Cônjuges casados em regime de comunhão 
universal de bens não podem ser sócios.
Importante 
A administração da 
empresa não pode ser 
realizada por pessoas 
jurídicas de sociedade 
limitada, geralmente é 
denominado um sócio 
para ser o responsável pela 
administração.
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FIGURA 7: SOCIEDADE
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
O ponto mais importante da relação de sociedade é que a responsabilidade 
dos sócios só começa a ter validade a partir do momento da assinatura do 
contrato social, o que mostra a relevância da elaboração desse documento.
O Código Civil no seu artigo 1.001 apresenta “As obrigações dos sócios come-
çam imediatamente com o contrato, se este não fixar outra data, e terminam 
quando liquidada a sociedade, se extinguirem as responsabilidades sociais” 
(BRASIL, [2019]).
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FIGURA 8: CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO SOCIAL
Diretrizes para
sociedade
Contrato
Social
Determinações
financeiras
Dados
Pessoais
Início da
responsabilidade
Fonte: Elaborada pela autora (2020)
1.4 RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS
Os sócios respondem limitada ou ilimitadamente de acordo com o contrato 
social da empresa. De forma geral, a responsabilidade limitada é limitada ao 
capital integralizado na sociedade, diferente da responsabilidade ilimitada.
A maioria das empresas opta pela responsabilidade limitada perante as obri-
gações, devido a separação dos bens relacionados à empresa e os bens par-
ticulares. Hoje em dia, é muito raro encontrar tipo empresarial de responsa-
bilidade ilimitada, justamente para não infringir com o princípio da entidade.
O principal objetivo do contrato social é estabelecer 
as diretrizes para a sociedade, a fi m de que todas 
as obrigações sejam esclarecidas. Ao formalizar 
o contrato social, dá-se início a responsabilidade 
jurídica dos sócios.
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FIGURA 9: SEPARAÇÃO DE BENS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
O princípio da entidade refere-se à separação dos direitos e obrigações de 
pessoas físicas e jurídicas. Nos faz entender que o patrimônio da pessoa jurí-
dica não deve ser confundido com o patrimônio da pessoa física, o que cha-
mamos de responsabilidade limitada.
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CONCLUSÃO
Esta unidade buscou trazer informações relevantes sobre contrato social, do-
cumento mais importante dentro de uma sociedade.
Estabelecer as diretrizes para uma vida saudável da empresa é fundamental, e 
dentro do contrato social essas diretrizes estarão evidenciadas. O contrato social 
é composto por uma série de informações pessoais, financeiras e profissionais.
Conforme o demonstrado no decorrer desta unidade, as cláusulas são os po-
sicionamentos definidos entre os sócios para a constituição da sociedade e 
são divididas em obrigatórias e facultativas. As obrigatórias são primordiais e 
não devem deixar de compor o contrato social, porém as facultativas podem 
ser modificadas de acordo com a necessidade da empresa.
Os sócios passam assumir suas responsabilidades após a assinatura desse 
contrato, e, a partir desse momento, a empresa é constituída e as responsabi-
lidades passam a ser cobradas como uma sociedade.
As responsabilidades podem ser limitadas ou ilimitadas. A maneira mais co-
mum utilizada hoje são as responsabilidades limitadas, nas quais cada sócio 
responde de acordo com o seu percentual de participação dentro da sociedade.
Nem todos podem ser sócios, há alguns impedimentos legais que não permi-
tem a integração de sócios, dentre eles, cônjuges que são casados no regime 
universal de bens. Verificamos também, que deve ser eleito um sócio admi-
nistrador, esse não pode ser pessoa jurídica de responsabilidade limitada.
Por fim, concluímos que o contrato social é primordial para o bom alinha-
mento das rotinas da sociedade. Sem ele não haverá comprovações em rela-
ção à sociedade e nem limite.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> compreender a 
sociedade simples e 
seus aspectos;
> compreender a 
sociedade limitada e 
seus aspectos;
> diferenciar os 
tipos societários 
e evidenciar suas 
semelhanças.
UNIDADE 2
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2. SOCIEDADE SIMPLES E 
SOCIEDADE LIMITADA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, você irá conhecer as sociedades simples e limitadas. Procura-
remos entender o funcionamento por meio de requisitos, exigências e carac-
terísticas específicos de cada uma delas.
As sociedades simples geralmente são as empresas prestadoras de serviços, 
intelectuais na maioria. Alguns quesitos devem ser analisados para a socieda-
de simples: só pode ser composta por até duas pessoas; os atos constitutivos 
devem ser registrados no cartório civil das pessoas jurídicas, os sócios respon-
dem ilimitadamente pelas dívidas contraídas pela empresa.
As sociedades limitadas são as sociedades mais comuns em termos numéri-
cos, para serem compostas têm a necessidade de duas ou mais pessoas. Dife-
rentemente da sociedade simples em que o limitador de sócios especifica o 
máximo de duas pessoas, na sociedade limitada deve haver pelo menos duas 
pessoas como sócios, e é composta mediante a elaboração de contrato social. 
Para compor o contrato social, é necessário a qualificação dos sócios, com 
seus dados pessoais, bem como a atividade operacional da empresa e o valor 
com o qual cada um deles ingressará na sociedade.
2.1 CARACTERÍSTICA DA SOCIEDADE SIMPLES
As sociedades simples não possuem caráter empresarial, elas são utilizadas 
para empresas prestadoras de serviços, geralmente intelectuais ou coopera-
tivas. Diferentemente dos demais tipos empresariais, esse tipo de sociedade 
não precisa de registro na junta comercial do estado. Sua regulamentação se 
dá no art. 983 do Código Civil:
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIAMULTIVIX EAD
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Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-
se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 
a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de 
conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, 
subordina-se às normas que lhe são próprias.
Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições 
concernentes à sociedade em conta de participação 
e à cooperativa, bem como as constantes de leis 
especiais que, para o exercício de certas atividades, 
imponham a constituição da sociedade segundo 
determinado tipo. (BRASIL, 2002)
De acordo com artigo citado, entende-se que apenas as pessoas físicas po-
dem fazer parte da sociedade simples, visando sempre a responsabilidade 
ilimitada das obrigações vigentes.
Quando falamos em relacionamento constitucional, nos referimos a relação 
entre sócios em relação às atividades existentes dentro da empresa constituída.
Segundo Finkelstein (2009), a sociedade simples 
são pessoas que por possuírem um relacionamento 
constitucional, por vontade de serem sócios, podem 
formar uma sociedade.
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
FIGURA 1: CARACTERÍSTICA DE SOCIEDADE SIMPLES
Sociedade
Simples
Regulamentada
pelo Código Civil
Atividades
intelectuais
Carater
não empresarial
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Segundo Mamede (2010), a sociedade de advogados é um exemplo de so-
ciedade simples, já que tal característica é determinada pelos artigos 16 e 17 
da Lei n. 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto da Advocacia e da Ordem dos 
Advogados do Brasil).
A sociedade de advogados é um exemplo de 
sociedade simples.
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FIGURA 2: SOCIEDADE SIMPLES
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
A sociedade simples possui as seguintes características:
<INÍCIO DO O. A. SANFONA>
1. É composta por pessoas
Apenas pessoas físicas podem fazer parte desse ato constitucional;
2. É simples de ser constituída
Por não necessitar de contrato social e sim ato constitutivo, esse tipo 
de sociedade é mais fácil de ser constituído;
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
3. Não está sujeita à falência
Diferentemente de outros tipos societários, a sociedade simples não 
está sujeita à falência.
4. A atividade pode ser exercida por qualquer sócio
Qualquer um dos sócios pode exercer as atividades que são de 
necessidade da empresa.
5. Possui natureza intelectual
Geralmente as atividades intelectuais fazem parte desse tipo de 
constituição.
Essas são as principais características que enfatizam a sociedade como simples. 
Existe uma divisão entre elas: sociedade simples comum, sociedade simples 
em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade simples limita-
da. Cada uma delas será estudada com mais detalhes nas próximas unidades.
2.2 REGISTRO DA SOCIEDADE SIMPLES
A sociedade simples deve ser constituída 
conforme as demais, porém com trata-
mento diferenciado. Para se ter o perfil de 
sociedade simples, deve-se constituir sua 
personalidade jurídica. A personalidade 
jurídica da empresa significa a relação en-
tre os sócios em relação à sociedade, ou 
seja, as responsabilidades quanto pessoa 
jurídica e não pessoa física.
Os atos constitutivos devem 
ser arquivados no registro 
civil de pessoas jurídicas 
em até 30 dias após sua 
constituição. 
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A finalidade desse registro é assegurar a existência dessa sociedade, e ter o 
conhecimento do alinhamento dessa empresa. Assim como é tratado o con-
trato social, toda e qualquer alteração que se desejar fazer, deve ser registrada 
nos atos constitutivos.
FIGURA 3: ATOS CONSTITUTIVOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Segundo o art. 997, a sociedade constitui-se mediante contrato escrito, parti-
cular ou público, além de cláusulas estipuladas pelas partes.
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
O ato constitutivo é denominado contrato social 
e possui uma série de requisitos mencionados no 
artigo 997 do código civil de 2002, devendo indicar:
‘I. Qualificação dos sócios, nome, nacionalidade, 
estado civil, profissão e residência dos sócios, se 
pessoas naturais, e a firma ou a denominação, 
nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
II. Denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III. Capital da sociedade, expresso em moeda 
corrente, podendo compreender qualquer espécie 
de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV. A quota de cada sócio no capital social, e o modo 
de realizá-la;
V. As prestações a que se obriga o sócio, cuja 
contribuição consista em serviços;
VI. As pessoas naturais incumbidas da administração 
da sociedade, e seus poderes e atribuições;
VII. A participação de cada sócio nos lucros e nas 
perdas;
VIII. Se os sócios respondem, ou não, 
subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros 
qualquer pacto separado, contrário ao disposto 
no instrumento do contrato’. (BRASIL, 2002 apud 
BRITO, 2013)
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FIGURA 4: ATO CONSTITUTIVO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Quanto à responsabilidade dos sócios:
Art. 1.001. As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, 
se este não fixar outra data, e terminam quando, liquidada a sociedade, se 
extinguirem as responsabilidades sociais.
Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, 
sem o consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do 
contrato social.
Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente 
modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios, 
não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.
Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do 
contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a 
sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às 
contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-
lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá 
perante esta pelo dano emergente da mora.
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios 
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preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota 
ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no 
§ 1 o do art. 1.031.
Art. 1.005. O sócio que, a título de quota social, transmitir domínio, posse 
ou uso, responde pela evicção; e pela solvência do devedor, aquele que 
transferir crédito.
Art. 1.006. O sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, salvo 
convenção em contrário, empregar-se em atividade estranha à sociedade, 
sob pena de ser privado de seus lucros e dela excluído.
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das 
perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição 
consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média 
do valor das quotas.
Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de 
participar dos lucros e das perdas.
Art. 1.009. A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta 
responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios 
que os receberem, conhecendo oudevendo conhecer-lhes a ilegitimidade. 
(BRASIL, 2002)
A responsabilidade do sócio será proporcional às cotas de participação da so-
ciedade, assim como seus direitos. O patrimônio é um direito do sócio peran-
te a entidade, por exemplo. Quanto à participação dos lucros, cabe à socie-
dade verificar a melhor forma de distribuição. Os sócios possuem o direito de 
parte do patrimônio da empresa conforme as suas integralizações, ou seja, se 
a empresa obtiver lucro, será feita a distribuição entre os sócios conforme o 
percentual de integralização de capital.
2.3 CARACTERÍSTICA DA SOCIEDADE LIMITADA
A principal característica da sociedade limitada é regulamentar a criação de 
acordo com investimento realizado por cada sócio. É o tipo de sociedade pre-
dominante no Brasil.
<INÍCIO O.A. SANFONA>
1. Conselho fiscal.
Para melhor gerenciamento da empresa, a sociedade pode ou não 
criar um conselho fiscal interno. 
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2. Função do conselho fiscal
O conselho fiscal tem como função a fiscalização do andamento das 
atividades dessa sociedade. 
Em caso de prejuízos, fica proibida a retirada de recursos, a fim de garantir 
seu bom funcionamento.
FIGURA 5: SOCIEDADE
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Nesse tipo de sociedade a exclusão de um sócio ocorre apenas nas seguintes 
situações:
– falta de pagamento do valor acordado no contrato;
– em caso de a presença deste sócio acarretar 
ameaça de perigo para a sociedade.
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FIGURA 6: CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE LIMITADA
Predominante
no Brasil
Sociedade
Limtada
Opção de formar
conselho fiscal
Responsabilidade
Ltda
Possibilidade de
exclusão de sócios
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Por mais que, a responsabilidade dos sócios seja limitada, todos eles respon-
dem pelo capital social da empresa. 
FIGURA 7: SOCIEDADE
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Em caso de a empresa sofrer um prejuízo de 
milhões, independentemente dos valores, todos 
responderão pelo valor total da dívida.
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O registro deve ser feito na Junta Comercial do estado, além da inscrição nos 
órgãos: Receita Federal, Secretaria da Fazenda, prefeitura e a necessidade de 
concessão para o alvará de funcionamento.
2.4 FORMALIZAÇÃO DA SOCIEDADE LIMITADA
No momento de constituição da empresa, o modelo de tributação a ser uti-
lizado é uma das decisões mais importantes perante os sócios. Observar as 
atividades a serem oferecidas e/ou prestação de serviços é essencial para essa 
tomada de decisão.
Ao optar pela constituição de sociedade limitada, o empreendedor deve se-
guir alguns passos burocráticos até que a empresa se constitua e comece a 
operar com as suas atividades.
1. Capital social
É formado por recursos financeiros investidos por pelo menos dois 
sócios. 
2. Responsabilidade dos sócios
É definida de acordo com a quantidade de quotas que cada um 
investiu. 
Ao definir o capital a ser integralizado, deve ser definido o salário que cada 
um dos sócios irá obter, geralmente são chamados de pró-labores e é realiza-
da uma distribuição de lucros no decorrer do período.
Ao realizar o contrato social, deve ser definido o interesse entre as partes, o 
objetivo da empresa e os demais aspectos que serão necessários para o bom 
funcionamento da empresa.
Realizado todo esse procedimento, deve ser protocolada a lista de documen-
tos para dar andamento ao processo de formalização. O primeiro passo a ser 
realizado é a consulta de viabilidade para a empresa, ou seja, o nome e a loca-
lização da empresa devem passar por uma consulta de viabilidade.
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Após esse processo, deve ser elaborado o contrato social conforme o mencio-
nado acima, respeitando todas as obrigatoriedades e adequando conforme 
a necessidade da constituição. O contrato social deve ser arquivado na Junta 
Comercial do Estado, e para que isso aconteça, devem ser apresentado al-
guns documentos, como por exemplo o pagamento das DARF em relação 
aos alvarás.
O município em que a empresa estará localizada, precisa liberar o funciona-
mento da empresa, para isso, é necessário o alvará de funcionamento e locali-
zação. Dependendo da atividade desenvolvida, serão solicitados outros tipos 
de alvarás, como o alvará sanitário.
Para realizar esse procedimento, é necessário que o representante legal se 
dirija à junta da previdência social e realize esse cadastro. Nessa situação, vale 
ressaltar que esse procedimento é obrigatório para qualquer tipo de empre-
sa, mesmo que não tenha funcionários.
Toda empresa precisa realizar o seu cadastro na 
previdência social para recolher os seus tributos.
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CONCLUSÃO
Esta unidade buscou demonstrar as características e o tratamento das socie-
dades simples e limitada. As sociedades simples não possuem caráter em-
presarial e são utilizadas para empresas prestadoras de serviços, geralmente 
intelectuais ou cooperativas. Diferentemente dos demais tipos empresariais, 
esse tipo de sociedade não precisa de registro na junta comercial do estado, 
mas precisa de registro no cartório de registros de pessoa jurídica. Dessa for-
ma, são constituídas por atos constitutivos e não por contrato social.
Assim como as sociedades limitadas, as simples também têm o prazo de trin-
ta dias para regularizar o seu registro, caso contrário são inviabilizadas.
A sociedade limitada consiste em um tipo de associação que estabelece nor-
mas com base no valor investido por cada associado. O nome de cada uma 
das associações desse modelo é acompanhado da sigla “Ltda”, que significa 
“limitada”.
Suas responsabilidades são limitadas ao percentual de cotas adquiridas, po-
rém, em caso de déficit, todos os sócios respondem pela sua totalidade.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> compreender os 
tipos societários em 
nome coletivo e em 
comandita simples;
> diferenciar esses 
tipos societários;
> entender as 
exigências do 
contrato social para 
essas sociedades.
UNIDADE 3
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3 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO 
E SOCIEDADE EM COMANDITA 
SIMPLES
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, você irá conhecer as sociedades em comandita simples e em 
nome coletivo e entenderá o funcionamento de cada uma delas por meio do 
estudo dos seus requisitos, exigências e características.
A sociedade em comandita simples é caracterizada pela existência de dois 
tipos de sócios: os comanditários e os comanditados; a diferença entre eles é 
a responsabilidade de cada um perante a sociedade.
<TÍTULO> Sociedade em nome coletivo 
tipo societário em que todos os sócios respondem ilimitadamente 
pelas dívidas da empresa. Em outras palavras, os débitos desse tipo 
de sociedade podem atingir o patrimônio particular dos sócios. Outra 
característica importante dessa sociedade é que sua administração 
deve ser feita exclusivamente pelos sócios. 
Cada tipo societário apresenta um tratamento especial, com suas respectivas 
particularidades. O momento de constituição é de extrema importância para 
que se possa compreender cada um dos tipos societários e, assim, fazer a me-
lhor escolha. Nesta unidade, vamos analisar profundamente as sociedades 
em comandita simples e em nome coletivo, e entender como cada uma delas 
se adéquana realidade das empresas.
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3.1 CONCEITUAÇÃO DE SOCIEDADE EM NOME 
COLETIVO 
Dentre os diversos tipos societários existentes, encontra-se a sociedade em 
nome coletivo. Esse tipo societário corresponde à responsabilidade dos sócios 
de forma ilimitada, ou seja, os débitos da sociedade podem atingir os bens 
particulares dos sócios.
FIGURA 1: SOCIEDADES
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Umas das exigências é que, para participar da sociedade, os sócios devem ser 
pessoas físicas. Portanto, não é possível que os sócios em forma de pessoa 
jurídica possam fazer parte desse tipo de sociedade.
Ao ler este artigo, ficará clara a conceituação de 
sociedade em nome coletivo.
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O art. 1.039 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 afirma que:
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em 
nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, 
pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem 
os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar 
entre si a responsabilidade de cada um. (BRASIL, [2019])
FIGURA 2: CARACTERÍSTICAS SOCIEDADE EM NOME COLETIVO 
Sociedade em
nome coletivo
Responsabilidade
Ilimitada
Sócios devem ser
pessoas físicas
Definição de
responsabilidades entre si
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Conforme o artigo citado anteriormente, apenas 
as pessoas físicas podem fazer parte da sociedade 
em nome coletivo, com responsabilidade ilimitada 
pelas obrigações. Porém os sócios entre si podem 
definir a responsabilidade de cada um, ou seja, 
deve constar no contrato a participação em 
percentual de cada um dos sócios para limitar as 
suas responsabilidades.
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Por meio da imagem anterior, é possível entender de forma clara e objetiva 
as principais características desse tipo de sociedade. Essas definições devem 
estar bem evidentes para o profissional da contabilidade, para que assim ele 
consiga analisar o principal objetivo do seu cliente no momento da constitui-
ção da empresa.
FIGURA 3: SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Ao acessar esta matéria, você conhecerá as 
principais características da sociedade em nome 
coletivo:
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Além do art. 1039 citado acima, a Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 diz que:
Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste 
Capítulo e, no que seja omisso, pelas do Capítulo antecedente.
Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 
997, a firma social.
Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, 
sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os 
necessários poderes.
Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a 
sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor.
Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando:
I – a sociedade houver sido prorrogada tacitamente;
II – tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente 
oposição do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da 
publicação do ato dilatório.
Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas 
enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também pela declaração da 
falência. (BRASIL, [2019])
Sendo assim, a sociedade em nome coletivo deve obedecer às normas do art. 
997 para a constituição do contrato social, o qual veremos adiante. A adminis-
tração deve ser exclusiva pelos sócios, os quais devem ser determinados por 
essa responsabilidade, conforme artigos citados.
Além das características citadas, a sociedade em 
nome coletivo possui personalidade jurídica, ou 
seja, aptidão para adquirir direitos e deveres. Por 
esse motivo, ela deve ser registrada no seu órgão 
competente, no caso a junta comercial do estado, e 
formalizada por meio de contrato social. 
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FIGURA 4: CONTRATO SOCIAL
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
As cláusulas constantes nesse tipo de contrato social deverão ser as disponi-
bilizadas no art. 997 da Lei n. 10.406/2002:
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou 
público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
I – nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se 
pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos 
sócios, se jurídicas;
II – denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
III – capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo 
compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV – a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
V – as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em 
serviços;
VI – as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus 
poderes e atribuições;
VII – a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII – se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações 
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sociais.
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, 
contrário ao disposto no instrumento do contrato. (BRASIL, [2019])
Conforme citado, no contrato social deve conter: os dados pessoais dos sócios, 
incluindo sua nacionalidade e endereço. Além das informações dos sócios 
que irão compor a sociedade, é primordial que sejam discriminadas todas as 
características dessa sociedade e de que forma ela irá funcionar.
Denominação da sociedade
A denominação da sociedade, seu principal objeto e endereço no qual 
ela estará localizada devem estar nas cláusulas do contrato social.
Participação de cada um
As informações financeiras, ou seja, a participação de cada um, 
é cláusula obrigatória dentro desse contrato e inclui a forma de 
contribuição desse capital, se será em moeda corrente ou pela 
integralização de bens.
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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Todos os requisitos determinados entre os sócios devem constar no contrato 
social, ou seja, a empresa pode incluir todos os assuntos que achar necessário 
para seu bom desenvolvimento.
FIGURA 5: ACORDO ENTRE OS SÓCIOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Além das cláusulas citadas, a empresa pode incluir 
outras: as cláusulas chamadas de facultativas, 
ou seja, aquelas que, conforme a necessidade 
de cada sociedade, podem ser acrescentadas. 
Lembrando que o contrato social é o documento 
que comprova a existência da empresa, como uma 
certidão de nascimento no caso de pessoas físicas, 
por esse motivo, deve conter todas as informações 
consideradas relevantes para o bom funcionamento 
da sociedade. 
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Na figura seguinte, é possível identificar as principais cláusulas que devem 
conter no contrato social da sociedade em nome coletivo, devendo todas es-
tar presentes e bem esclarecidas perante os interessados ao contrato social. 
Caso a empresa sinta a necessidade de incluir novas cláusulas, há liberdade 
de adequar conforme modelo a seguir.
FIGURA 6: CLÁUSULAS DO CONTRATO SOCIAL
Dados pessoais
dos sóciosDenominação
da sociedade
Endereço de sede
da sociedade
Obrigações
de cada sócio
Capital de
integralização
de cada sócio
Prazo de existencia
da sociedade
Participação de
lucros de
cada sócio
Responsabilidade
ilimitada
de cada sócio
Capital social
total da entidade
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Cada caixa de texto da figura anterior demonstra uma obrigatoriedade dentro 
do contrato social. Esses itens são indispensáveis, sem a presença deles não 
é possível constituir uma empresa em nome coletivo. Devemos estar atentos 
também ao fato de que os sócios, para ingressarem nesse tipo de sociedade, 
devem ser exclusivamente pessoas físicas.
Acesse este link a seguir e leia o texto que traz as 
obrigações de cada sócio: 
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Com base no que foi apresentado, é possível ter conhecimento da sociedade 
em nome coletivo. Atente-se ao ponto de destaque a seguir!
3.2 CONCEITUAÇÃO DE SOCIEDADE EM 
COMANDITA SIMPLES
A sociedade em comandita simples é caracterizada pela existência de dois 
tipos de sócios: comanditários e comanditados. Esse tipo societário possui 
personalidade jurídica e pode adquirir personalidade empresarial, conforme 
veremos mais adiante.
Tipos de sócios
Vale ressaltar que os sócios comanditários podem ser pessoa física ou 
jurídica e respondem limitadamente pelas obrigações da empresa. 
Responsabilidades limitadas
Significa que esse sócio terá a responsabilidade definida de acordo 
com o percentual de participação no patrimônio da empresa, o 
mesmo ocorre no momento de distribuição de lucros.
Atente-se ao que contribui para a constituição 
desse tipo de sociedade de acordo com suas 
características de forma clara e objetiva. Dessa 
forma, é possível orientar o empresário sobre a 
melhor forma de formalizar o seu contrato social e 
iniciar as atividades da empresa.
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Direitos e deveres
Tanto os direitos como os deveres serão limitados ao percentual de 
participação para cada um dos comanditários.
O art. 1045 da Lei n. 10.406/2002, diz que:
Art. 1.045 Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de 
duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária 
e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados 
somente pelo valor de sua quota.
Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os 
comanditários (BRASIL, [2019]).
O artigo citado anteriormente comprova que a sociedade em comandita sim-
ples é formada por dois tipos de sócios, cada um deles com suas responsabi-
lidades devendo ambos serem discriminados no contrato social.
FIGURA 7: RESPONSABILIDADE ILIMITADA
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
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FIGURA 8: DIFERENÇA ENTRE OS SÓCIOS
Responsabilidade
Limitada
Pessoa Física
e/ou Jurídica
Responsabilidade
Ilimitada
Pessoa Física
Comanditários Comanditados
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
A figura anterior demonstra as principais diferenças dos tipos de sócios que 
fazem parte da sociedade em comandita simples. Essas características são as 
principais por serem as mais importantes no momento de esclarecer as dife-
renças entre eles.
O sócio comanditado será exclusivamente pessoa 
física, esta é considerada a grande diferença 
em relação ao sócio comandatário. Esse tipo de 
sócio responderá ilimitadamente em relação 
às obrigatoriedades da sociedade. Ou seja, 
diferentemente do sócio comanditário, esse terá 
seu patrimônio particular comprometido com 
a empresa. Dessa forma, em caso de falência, o 
comanditado também será considerado falido, não 
podendo ser empresário pelo prazo de 5 a 10 anos.
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Assim como a sociedade em nome coletivo, a sociedade com comandita 
simples deve formalizar o seu contrato social de acordo com o art.997 da Lei 
10.406/2002, porém algumas situações precisam ser evidenciadas.
Dentre as cláusulas obrigatórias, é indispensável ter a denominação e sepa-
ração dos tipos de sócios que irão compor a sociedade, ou seja, discriminar 
os sócios comanditados e comandatários. Além dessa observação, deve estar 
discriminado quem será o sócio administrador da empresa.
O sócio comanditário pode ter o poder de procurador da empresa, podendo, 
assim, responder pela empresa em nome dos demais sócios. Caso essa deci-
são seja tomada, é importante constar essa informação no contrato social.
FIGURA 9: SÓCIOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Por meio desta explicação, será possível entender a 
sociedade em comandita simples
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As decisões tomadas entre os sócios antes da formalização do contrato social, 
por mais que não sejam obrigatórias, considera-se que quanto mais informa-
ção constar no contrato, melhor será a nitidez da empresa perante os interes-
sados e investidores se for o caso.
Em caso de falecimento de sócios, os seus herdeiros podem assumir o posto, 
desde que não tenha nenhuma observação no contrato social; eis aqui mais 
um motivo para que todas as questões em relação à empresa estejam deter-
minadas em contrato social.
Devido à responsabilidade ilimitada, esse tipo societário encontra-se em de-
suso. É muito compromisso perante os sócios assumir uma responsabilidade 
ilimitada, colocando em risco o seu patrimônio particular.
FIGURA 10: DIFERENÇA ENTRE AS SOCIEDADES EM NOME COLETIVO E COMANDITA 
SIMPLES
Dois tipos de sócios
Pessoas Físicas 
e Juridicas
Responsabilidade 
ilimitada
Sociedade
em nome
coletivo
Sociedade
em
Comandita
simples
Sócios Pessoas 
Físicas
Definição de 
responsabilidades 
entre os sócio.
Responsabilidade 
Limitada e Ilimitada
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Este infográfico traz a sociedade em nome coletivo 
e a sociedade em comandita simples, além de outro 
tipo societário que veremos mais adiante. 
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A figura anterior demonstra as principais diferenças entre os tipos societários 
comentados nesta unidade. É possível entender que para a sociedade em 
nome coletivo não há outra opção a não ser a responsabilidade ilimitada, di-
ferentemente da sociedade em comandita simples, que permite dois tipos de 
responsabilidade.
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CONCLUSÃO
Esta unidade trouxe dois tipos de sociedade: sociedade em nome coletivo e 
sociedade em comandita simples. Ambos os tipos se encontram em desuso 
no cenário brasileiro, mas não significa que não existem, por esse motivo de-
vemos conhecê-los. O principal motivo para não serem utilizados é o tipo de 
responsabilidade que essas sociedades trazem.
A sociedade em nome coletivo, exclusivamente, obriga o sócio a responder de 
maneira ilimitada, na qual seu comprometimento com a empresa, financei-
ramente, atinge o seu patrimônio particular. Além disso, só podem fazer parte 
desse tipo de sociedade as pessoas físicas, não podendo outra empresa ser 
sócia de sociedade em nome coletivo.
A sociedade em comandita simples deixa uma abertura em relação aos tipos 
de sócios. Podem fazer parte desse tipo de sociedade tanto pessoas físicas 
quanto pessoas jurídicas. Além disso, ela é composta por dois tipos de sócios: 
comanditários e comanditados. A principal diferença entre eles é a responsa-
bilidade, na qual os comanditários respondem ilimitadamente e os comandi-
tados limitadamente. Porém, é obrigatoriedadeque os comanditários sejam 
constituídos por pessoa física.
Ambos os tipos de sociedade têm o dever constituir o seu contrato social e 
registrá-lo em junta comercial do estado. As cláusulas obrigatórias são as ilus-
tradas no decorrer da unidade que se encontram no art. 997 da Lei n. 10.406, 
de 10 de janeiro de 2002.
Ocorre um caso especial para a sociedade em comandita simples, pois por ter 
dois tipos societários, precisa discriminar no contrato quais são cada um deles 
e, ainda, determinar o seu procurador legal. Em caso de morte de sócios, é 
permitida a sucessão do falecido, desde que não conste nada a mais, deter-
minado no contrato social.
Ao decorrer desta unidade, foi possível diferenciar esses tipos societários; por 
mais que não sejam muito utilizados na nossa realidade atual, é importante 
ter o devido conhecimento e assim, se necessário aplicá-lo de forma clara e 
objetiva, passando segurança ao interessado pela informação.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> entender cada um 
dos tipos societários;
> interpretar a 
responsabilidade dos 
sócios em cada uma 
dessas sociedades;
> diferenciar dos 
demais tipos 
societários.
UNIDADE 4
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4. SOCIEDADE EM COMANDITA 
POR AÇÕES E SOCIEDADE 
ANÔNIMA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, você conhecerá as sociedades em comandita por ações e as 
sociedades anônimas. Na unidade anterior, falamos da sociedade comandita 
simples, e as características dessa sociedade possuem algumas semelhanças 
com a sociedade em comandita por ações. A grande característica da socie-
dade em comandita por ações é a respeito do seu capital, que é dividido por 
ações. Nesta unidade, vamos entender como é dividido esse capital e de que 
forma os acionistas se responsabilizam por ele.
As sociedades anônimas também têm o seu capital dividido em ações, po-
rém a responsabilidade dos sócios é limitada ao percentual de ações que eles 
possuem como acionista. Veremos adiante a negociação dessas ações, ten-
do em vista que elas podem ser negociadas no mercado. Para esse tipo de 
sociedade, temos as de capital aberto e as de capital fechado, mais adiante 
veremos a diferenciação entre cada uma delas.
Nesta unidade, vamos analisar também cada um desses tipos societários, po-
dendo entender o que cada um traz de acordo com a legislação, para que 
possamos aplicá-la na prática.
4.1 CONCEITUAÇÃO DA SOCIEDADE EM 
COMANDITA POR AÇÕES
Como o próprio nome já diz, a sociedade em comandita por ações possui o 
seu capital dividido em ações. Esse tipo societário surgiu com a intenção de 
tornar a sociedade em comandita simples – cuja responsabilidade é ilimitada 
– uma sociedade com responsabilidade limitada. Para que isso fosse possível, 
seria necessário criar um novo tipo de sociedade, portanto, a sociedade em 
comandita por ações.
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FIGURA 1: AÇÕES
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Dessa forma, temos que, por mais que para acionistas as responsabilidades 
tornaram-se limitadas, para administradores e gerentes essa responsabilida-
de permaneceu ilimitada assim como na sociedade comandita simples. Va-
mos entender melhor por meio da figura a seguir.
A principal característica é a divisão do seu capital 
em ações, assim como as sociedades anônimas, a 
grande diferença é que para os administradores e 
gerentes a responsabilidade se torna ilimitada.
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FIGURA 2: DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES E SOCIEDADE EM 
COMANDITA POR AÇÕES
Sociedade em 
comandita 
simples
Responsabilidade ilimitada dos sócios
Todos os sócios pessoa física.
Sociedade em 
comandita 
por ações
Capital dividido em ações.
Responsabilidade limitada para 
acionistas.
Responsabilidade ilimitada para 
administradores e gerentes.
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Comandita simples e por ações (diferença)
É clara a diferencia entre a sociedade em comandita simples e a 
sociedade em comandita por ações, pois, no primeiro caso, todos os 
sócios, pessoas físicas, respondem ilimitadamente pela empresa.
Sociedade em comandita por ações
Já no segundo caso, na sociedade em comandita por ações, os 
administradores e gerentes respondem ilimitadamente, porém os 
demais acionistas passam a ter responsabilidade limitada. 
Essa é uma grande característica da sociedade em comandita por ações, e 
um fator determinante no momento da sua escolha. Por gerentes e adminis-
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tradores responderem de forma ilimitada, têm maior responsabilidade em 
relação aos demais sócios.
Fábio Ulhoa Coelho (2004. p. 478) afirma que:
O regime de comandita por ações é o das anônimas. São ambas sociedades 
de capital e institucionais. Assim, exceção feita às regras próprias, 
justificáveis pela especial responsabilização dos seus acionistas-diretores, 
aplica-se às comanditas por ações as preceituadas para as companhias. 
Desse modo, as ações da comandita podem ser ordinárias ou preferenciais; 
os titulares dessas últimas devem ter vantagens estatutárias na distribuição 
do resultado e podem sofrer restrições ou supressão do direito de voto; 
a sociedade pode ser aberta para fins de captação de recursos junto ao 
mercado de capitais, ou fechada; os sócios têm direito ao dividendo mínimo 
definido nos estatutos, etc.
Legislação
Conforme a citação, percebemos que o regime comandita por ações 
segue a mesma legislação das sociedades anônimas, pois ambos os 
tipos societários se referem a investimentos por ações, claro que cada 
uma delas com as suas características. 
Tipos de ações
As ações podem ser ordinárias, aquelas mais comuns, que dão direito 
Ao nos referirmos à responsabilidade limitada, 
falamos de limitar as responsabilidades de acordo 
com a quota de investimento na sociedade. 
Quando falamos em responsabilidade ilimitada, 
significa que essa limitação não existe, ou seja, 
o capital particular do acionista fica sujeito às 
obrigatoriedades da empresa. 
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a voto, ou preferenciais. As ações preferenciais são aquelas que dão o 
direito de preferência na distribuição de lucro, porém esse tipo de ação 
não dá direito a voto.
FIGURA 3: AÇÕES PREFERENCIAIS E ORDINÁRIAS
Preferência na 
distribuição de 
lucros.
Direito a voto.
Ações 
ordinárias
Ações 
Preferenciais
Mais comuns.
Sem direito 
a voto.
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Na figura anterior, é possível entender bem a diferenciação e a característica 
de cada um dos tipos de ações existentes dentro da sociedade em comandita 
por ações.
O art. 1.090 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002, afirma que:
A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, 
regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das 
modificações constantes desse capítulo, e opera sob firma ou denominação. 
(BRASIL, 2019b)
Dessa forma, podemos utilizar as normas da sociedade anônima para a socie-
dade em comandita por ações, desde que se respeite a sua essência.
FIGURA 4: CÁLCULO DE AÇÕES
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Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Caso queira saber mais sobre as conceituações para a sociedade comandita 
por ações, segue indicação.
Tendo conhecimento das características da sociedade em comandita por 
ações,fica mais fácil o entendimento da legislação para que seja aplicada. 
Dessa forma, o profissional tem a segurança de repassar as informações aos 
interessados nesse tipo de sociedade.
4.2 CONCEITUAÇÃO DE SOCIEDADE ANÔNIMA
A sociedade anônima mais conhecida como S/A, assim como a sociedade em 
comandita por ações, é dividida em ações, e essa é sua principal característi-
ca. Esse modelo de sociedade é utilizado por empresas conhecidas como de 
grande porte, consideradas aquelas com mais de 500 empregados e/ou fatu-
ramento superior a R$ 78 milhões.
A sociedade em comandita por ações pode-se 
utilizar de firma ou denominação. A firma é utilizada 
pelas sociedades que possuem sócios ou acionistas 
com responsabilidade ilimitada. Enquanto a 
denominação é a nomenclatura que as sociedades 
podem usar – pode ser qualquer nome fantasia –, 
porém devem estar acompanhadas da expressão 
“comandita por ações” no final.
Acesse este link e leia sobre a sociedade em 
comandita por ações.
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FIGURA 5: EXEMPLO DE SOCIEDADE ANÔNIMA
Fonte: Plataforma Deduca (2020)
Lucro
Para ser considerada sociedade anônima, a empresa precisa ter como 
finalidade principal a obtenção de lucro. 
Empresas que não visam lucro
As empresas que não visam lucros, como as cooperativas, não podem 
ser consideradas sociedades anônimas.
Ao ler esta matéria ficarão claras as conceituações 
para a sociedade anônima bem como os tipos de 
sociedades anônimas existentes.
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A legislação que rege as sociedades anônimas é a Lei n. 6.404, de 15 de de-
zembro de 1976, e sobre o objeto social afirma:
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, 
não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes.
§ 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis 
e usos do comércio.
§ 2º O estatuto social definirá o objeto de modo preciso e completo.
§ 3º A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda 
que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de 
realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais. (BRASIL, 
2019a)
Sendo assim, as entidades de grande porte que possuam como finalidade 
obter lucro, independentemente do seu objeto – inclusive a participação em 
outras entidades–, podem optar pela sociedade anônima.
FIGURA 6: CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE ANÔNIMA 
Sociedade
Anônima
Visa a
lucratividade
Pode participar
de outras
entidades
Faz jus à
Lei n. 6.404.
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Segundo o art. 4º da Lei n. 6.404/1976, esse tipo de sociedade possui capital 
aberto e fechado. Consideram-se de capital aberto as empresas que possuem 
suas ações negociáveis no mercado. As pessoas que adquirirem essas ações 
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serão proprietárias de uma parte da empresa, proporcionalmente de acordo 
com a quota adquirida.
Agora que você já leu sobre a sociedade anônima completa, vamos conhecer 
melhor outro tipo de sociedade: a S/A. de capital fechado.
FIGURA 7: LUCRATIVIDADE
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
Para ter acesso a legislação da sociedade anônima 
completa, acesse este link. 
As sociedades anônimas de capital fechado 
geralmente são formadas por poucos sócios e 
são compostas por ações, porém essas não são 
negociáveis ao mercado. Caso alguma pessoa 
queira adquirir ações de determinada sociedade, 
terá que convencer os atuais sócios a vender parte 
ou o total as suas ações.
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No caso das sociedades de capital aberto, por terem suas ações negociáveis 
no mercado, precisam registrar, ao fim de cada período, suas operações con-
tábeis. Já as de capital fechado não possuem essa obrigatoriedade.
Para serem constituídas, elas precisam de pelo menos duas pessoas para for-
mar a sociedade. Independentemente de ser de capital aberto ou fechado, 
precisa ter sócios fundadores que serão os administradores do seu quadro 
societário.
Podem comprar ações as pessoas físicas e jurídicas, não há restrições para 
esse tipo de comercialização. O capital social da empresa, ou seja, a separação 
das ações deve ser responsabilidade dos sócios. A responsabilidade financeira 
será limitada ao valor de cada ação adquirida.
Ao ler o conteúdo deste link, você compreenderá o 
funcionamento das sociedades de capital aberto.
As sociedades anônimas são compostas pela 
assembleia geral, considerado o ente mais forte 
dentro da sociedade, por ser capaz de tomar 
decisões. Em seguida, tem-se o conselho de 
administração, a formação desse ente é opcional 
e decidida pelos sócios. Também há formação da 
diretoria, composta por pelo menos duas pessoas, 
que não necessariamente precisam ser acionistas. 
E, por fim, o conselho fiscal, com a função de 
assessorar a assembleia geral no que for necessário.
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
FIGURA 8: ENTES DA SOCIEDADE ANÔNIMA 
Sociedade
Anônima
Assembléia
Geral
Diretoria
Conselho de
AdministraçãoConselho Fiscal
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
Na imagem anterior, fica mais evidente a separação da sociedade anônima 
com os seus entes, que estão presentes para auxiliar a execução das ativida-
des. Dessa forma, é caracterizada a sociedade anônima. Como ponto marcan-
te, temos as sociedades anônimas como as maiores empresas existentes no 
país. Devido à complexidade para ser formalizada e suas exigências, apenas as 
maiores empresas e que visam lucro podem fazer parte desse tipo societário.
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CONCLUSÃO
Esta unidade trouxe dois tipos de sociedade: a sociedade em comandita por 
ações e a sociedade anônima. Ambas possuem o capital dividido em ações, 
porém as exigências de formalização diferem em cada uma.
A sociedade em comandita por ações é bem similar à sociedade em coman-
dita simples. Pela necessidade de tornar parte das responsabilidades limita-
das, criou-se a sociedade em comandita por ações. Para essa sociedade, os 
sócios administradores e gestores continuam respondendo ilimitadamente 
pela empresa, porém os demais passaram a responder limitadamente. Os 
acionistas podem obter ações ordinárias ou preferenciais.
As ações ordinárias são as mais populares, por darem direito a voto, esse é o 
seu principal benefício. No momento da distribuição de lucros e/ou dividen-
dos, esse tipo de ação não possui prioridade. Enquanto isso, as ações prefe-
renciais não dão direito a voto, mas, no momento da distribuição de lucros, 
possuem a preferência de recebimento.
As sociedades anônimas, conhecidas como S/A, são as grandes empresas, 
aquelas que possuem mais de 500 funcionários. Para essa sociedade, a bu-
rocracia de formalização é bem complexa. Primeiramente, só se enquadram 
como S/A as empresas que têm como a finalidade o lucro, esse deve ser o 
principal objetivo da empresa. Posteriormente, outros requisitos são exigidos.
Ela possui um fluxograma dos setores que devem constituí-la internamente: 
assembleia geral, conselho de administração, conselho fiscal e diretoria. De 
todos os citados, apenas é facultativo o conselho de administração, os demais 
são obrigatórios.
As sociedades anônimas também podem ser de capital aberto ou fechado. As 
de capital aberto possuem suas ações para negociação no mercado, bolsa de 
valores. Qualquer pessoa tem o direito de adquirir uma parte da empresa se tiver 
interesse. No caso das de capital fechado, não funcionabem assim, para adquirir 
ações, a negociação deve ser feita diretamente com os sócios que as possuem.
Essas são as características principais das sociedades em comandita por 
ações e das sociedades anônimas. Tomando por base esses conhecimentos, 
você conseguirá auxiliar o seu cliente, esclarecendo os principais requisitos e 
diferenças entre cada uma delas.
UNIDADE 5
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OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
> Compreender 
esses tipos 
societários;
> Analisar a 
sociedade de 
advogados;
> Apresentar as 
particularidades de 
cada uma delas.
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5 SOCIEDADE COOPERATIVA 
/ SOCIEDADE EM CONTA DE 
PARTICIPAÇÃO E SOCIEDADE DE 
ADVOGADOS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, você conhecerá as sociedades cooperativas, as sociedades em 
conta de participação e a sociedade de advogados. Cada tipo societário tem 
características específicas que se adequam às necessidades dos interessados.
A sociedade cooperativa é o tipo societário que vem crescendo muito no ce-
nário nacional, essa sociedade geralmente é caracterizada pelo grupo de in-
teressados de uma classe profissional que se reúne com os mesmos objetivos.
A sociedade em conta de participação é composta por duas ou mais pes-
soas e necessita de um sócio ostensivo que deverá responder pelo objeto 
social da empresa.
A sociedade de advogados é um tipo societário, como o próprio nome já diz, 
exclusivamente para os advogados que tenham interesse em montar a sua 
empresa. Eles não necessariamente precisam ter mais de uma pessoa para 
formar a sociedade, por se tratar de uma sociedade simples, apenas uma pes-
soa já é suficiente para formalização dessa empresa.
5.1 SOCIEDADE COOPERATIVA
As sociedades cooperativas são regidas pela Lei n. 5.764, de 16 de dezembro 
de 1971.
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Art. 3°. Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que 
reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para 
o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem 
objetivo de lucro.Art. 4º. As cooperativas são sociedades de pessoas, 
com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não 
sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados, 
distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características:
I – adesão voluntária, com número ilimitado de 
associados, salvo impossibilidade técnica de 
prestação de serviços;
II – variabilidade do capital social representado 
por quotas-partes;
III – limitação do número de quotas-partes 
do capital para cada associado, facultado, 
porém, o estabelecimento de critérios de 
proporcionalidade, se assim for mais adequado 
para o cumprimento dos objetivos sociais;
IV – incessibilidade das quotas-partes do capital a 
terceiros, estranhos à sociedade;
V – singularidade de voto, podendo as 
cooperativas centrais, federações e confederações 
de cooperativas, com exceção das que exerçam 
atividade de crédito, optar pelo critério da 
proporcionalidade;
VI – quórum para o funcionamento e deliberação 
da Assembleia Geral baseado no número de 
associados e não no capital;
VII – retorno das sobras líquidas do exercício, 
proporcionalmente às operações realizadas pelo 
associado, salvo deliberação em contrário da 
Assembleia Geral;
VIII – indivisibilidade dos fundos de Reserva e de 
Assistência Técnica Educacional e Social;
IX – neutralidade política e indiscriminação 
religiosa, racial e social;
X – prestação de assistência aos associados, e, 
quando previsto nos estatutos, aos empregados 
da cooperativa;
XI – área de admissão de associados limitada às 
possibilidades de reunião, controle, operações e 
prestação de serviços. (BRASIL, [2019a])
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FIGURA 1: COOPERADOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020)
É importante conhecer os detalhes desse tipo societário.
Os interessados a se tornarem cooperados devem ter o 
mesmo objetivo. Nesse tipo societário, as empresas não 
estão sujeitas à falência. O capital social é composto por 
quotas, e os cooperados integralizam de acordo com o 
determinado entre eles. Nesse tipo de sociedade, na qual 
não se objetiva lucro, todos os cooperados têm direito a 
voto em qualquer circunstância, democraticamente. Da 
mesma forma, os resultados devem ser distribuídos a 
todos os sócios ao final de cada período, de acordo com as 
quotas investidas de cada um.
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FIGURA 2: ESPECIFICIDADES DA COOPERATIVA
• CAPITAL SOCIAL 
POR QUOTAS.
• SEM OBJETIVO 
DE LUCRO.
• SOCIEDADE DE-
MOCRÁTICA.
• DISTRIBUIÇÃO
SOCIEDADE 
COOPERATIVA
Fonte: Elaborada pela autora (2020)
A seguir, apresentamos as características da sociedade cooperativa.
Dispensa do capital social
Nesse caso, o capital é formado por quotas integralizadas pelos 
cooperados.
Não há limitação máxima de cooperados
Nessa sociedade, pode haver quantos cooperados se achar necessário; 
quanto mais, melhores são os benefícios alcançados para o grupo.
Por meio desta leitura, você irá entender as 
características da sociedade cooperativa
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
Objetivo principal: prestação de serviços
A finalidade deve ser a mesma entre os cooperados, com a intenção de 
encontrar melhores oportunidades.
Não é permitida a transferência de quotas
Caso o cooperado deseje repassar sua participação para familiares, por 
exemplo, não é possível; portanto, o familiar, nesse exemplo, deverá 
adquirir suas próprias quotas para fazer parte dessa sociedade.
Regime de participação totalmente democrático
A pessoa que tiver uma quota terá direito a um voto.
Retorno da distribuição de lucros
Se houver lucro, a distribuição é proporcional à quantidade de quotas 
de cada cooperado.
FIGURA 3: CARACTERÍSTICAS DA COOPERATIVA
Sociedade de pessoas
Capital formado por quotas
Sem limite máximo de cooperados
Objetiva prestação de serviços
Mesma finalidade entre cooperados
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Fonte: Elaborada pela autora (2020)
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As sociedades cooperativas são classificadas em: singulares, centrais ou con-
federações.
FIGURA 4: CLASSIFICAÇÃO DAS COOPERATIVAS
Fonte: Plataforma Deduca (2020)
Cooperativas singulares: Refere-se a cooperados 
pessoa física, podendo se filiar às pessoas jurídicas 
apenas se não houver a lucratividade como objeto 
social e, ainda assim, devem ter a mesma atividade 
econômica da cooperativa.
Cooperativas centrais: Também conhecidas como 
federações de cooperativas, podem fazer parte 
dessa sociedade apenas associados individuais.
Confederações de cooperativas: Compostas por 
pessoas físicas ou jurídicas que possuem diferentes 
modalidades de atividade econômica.
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O capital social da cooperativa, conforme afirmado anteriormente, é formado 
por quotas, essas não podem ser superiores a um salário mínimo vigente. Ain-
da assim, nenhum cooperado pode subscrever, ou seja, integralizar um valor 
superior a 1/3 do total das quotas.
A administração das cooperativas deve ser realizada por meio de um conse-
lho de administração, composto por associados, que devem ser eleitos em 
assembleia geral.
Dessa forma, com base em de