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Reclamacao trabalhista I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __ VARA DO TRABALHO DE VITÓRIA - ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. 
Processo n° XXXXXXX
CLARABELA DOS SANTOS, brasileira, solteira, empregada doméstica, portadora da cédula de identidade RG nº __, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas CPF sob o nº __, CTPS nº __, série nº __ PIS Nº __, residente e domiciliada na Rua Paula Moraes, nº 100, Setor Santo Antônio, na cidade de Vitória, estado do Espírito Santo, CEP: 29.000-900, vem por meio de sua advogada e bastante procuradora que esta subscreve (procuração – doc. nº__), com escritório profissional na Rua Sete de Setembro, nº 740, Setor Centro, na cidade de Vitória, estado do Espírito Santo, CEP: 29.000-000, onde recebe intimações e notificações, ajuizar a presente: com fundamento no art. 840 §1º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), à presença de Vossa Excelência propor: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face de MARTA SANTOS, brasileira, casada, empresária, portadora da cédula de identidade RG nº __, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas CPF sob o nº __, residente e domiciliada na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, nº 200, Setor Enseada do Suá, na cidade de Vitória, estado do Espírito Santo, CEP: 29.000-900, com fundamento no art. 840 §1º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e nos incisos III, V e Vi do Art. 319 do Código de Processo Civil, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA - Requer a Vossa Excelência a concessão do benefício da gratuidade de justiça, uma vez que a reclamante percebia remuneração mensal mínimo legal, e hoje se encontra desempregada. Desta forma, o pagamento de custas e despesas processuais prejudica o seu sustento, bem como o de sua família, com base no Art. 790, § 3º da CLT e Art. 98 do CPC/15.
DOS FATOS
Clarabela, trabalhadora doméstica, foi admitida formalmente em 10 de março de 2016, para trabalhar de segunda a sexta-feira, recebendo o valor mensal de um salário mínimo, sendo dispensada em 10 de março de 2018 - SEM JUSTA CAUSA - conforme sua CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) sem que tenha recebido quaisquer valores a título de verbas rescisórias, muito menos o saldo de salário, as férias vencidas e proporcionais, acrescidas do 1/3 constitucional, e o décimo terceiro salário proporcional, além da multa de 40% do FGTS. Tampouco foram fornecidas pela Dona Marta as guias para levantamento do FGTS e para a percepção do seguro-desemprego. 
Além disso, durante o período que trabalhou na residência de Dona Marta, além dos serviços domésticos, a reclamante também lavava os materiais de buffet de festas e ventos de propriedade da empregadora. Recebia o salário para qual era contratada e por fora recebia o valor de R$ 80,00 (oitenta reais) pelo sábado trabalhado, quando participava da organização de eventos e festas promovidas pelo buffet de sua empregadora, o que ocorria em média aos quatro sábados das 12h00 às 22h00. 
I – Aviso Prévio indenizado:
Como a Reclamante foi dispensada sem justa causa, sem que a empregadora tenha lhe concedido o cumprimento do aviso prévio, previsto na Lei nº 12.506/2011, a mesma faz jus ao pagamento da indenização correspondente ao período, de conformidade com o § 1º do art. 487 da Consolidação das Leis do Trabalho, visto que:
 “a falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço”.
E por ter trabalhado para a reclamada por 2 anos completos, a Autora tem direito ao pagamento do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço de 36 dias, sendo 33 pelo primeiro ano trabalhado e 3 dias pelo outro ano trabalhado, conforme previsto no art. 1° da Lei n. 12/506/2011.
II- Saldo de Salário: 
Como a reclamante trabalhou até o dia 10-03-2018, faz jus ao direito de receber o pagamento pelo labor prestado nesses dias a título de saldo de salário, devendo a reclamada ser condenada nesse sentido.
III – Décimo salário proporcional 
A reclamante foi dispensada imotivadamente em 10/03/2018, com o aviso prévio indenizado proporcional ao tempo de serviço, tendo direito ao pagamento de décimo terceiro proporcional, conforme previsto no Art. 3° da Lei n. 4.090/62.
IV- Férias proporcionais 
Como a Autora foi dispensada em 10-03-2018, com a projeção do aviso prévio indenizado proporcional ao tempo de serviço, tem direito ao pagamento de /12 avos a título de férias proporcionais + 1/3 constitucional, tendo em vista que, "salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses" (Súmula 171 do TST).
V- Férias Vencidas acrescidas do 1/3 constitucional 
A autora tem direito ao pagamento das férias vencidas, em relação ao período aquisitivo de 10/03/2016 a 10/03/2018, acrescido do 1/3 constitucional, uma vez que completou o período aquisitivo previsto no caput do art. 130 da CLT.
VI – Horas extras e reflexos
Clarabela, foi contratada formalmente para trabalhar de segunda a sexta-feira totalizando 40 horas semanais, entretanto a reclamante ainda trabalhava aos sábados até as 22h00 da noite, sem jamais ter recebido o pagamento pelo valor labor extraordinário de 50% a mais sobre o valor da hora normal, somente recebia apenas R$ 80,00 pelo dia de sábado trabalhado. 
Dessa forma, deverá a reclamada ser condenada a proceder ao pagamento de todas as horas prestadas, com os devidos reflexos sobre as seguintes parcelas: aviso prévio, saldo de salário, décimo terceiro salário, férias vencidas e proporcionais acrescidas a 1/3 constitucional, repouso semanal remunerado, além dos depósitos fundiários e dos recolhimentos previdenciários.
VII - Depósitos e saque do FGTS
Apesar de ser uma obrigação da reclamada (art. 15 da Lej n. 8.036/90), ela jamais efetuou os recolhimentos do FGTS. Devendo ser condenada a proceder aos depósitos fundiários sobre todo o período trabalhado pela Reclamante. Da mesma forma, deverá ser condenada a entregar a Autora as guias para saque do saldo da conta vinculada do FGTS, visto que, em tal forma de rescisão contratual, a empregada faz jus ao saque da importância de total depositada, de conformidade com o inciso I do art. 20 da Lei n. 8.036/90.
VII - Multa de 40% sobre o FGTS
Como a iniciativa do rompimento do vínculo empregatício foi da Senhora Marta Santos e a dispensa foi sem justa causa, a Senhora Clarabela dos Santos tem direito ao pagamento da multa de 40% (quarenta por cento) sobre o FGTS, de acordo com o § 1º do art. 18 da Lei n. 8.036/90, a seguir transcrito (ou in verbis):
Art. 18. (...)
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos Juros.
VIII - Multa do § 8º do art. 477 da CLT e do art. 467 da CLT
 É devido o pagamento da importância alusiva à multa do § 8° do art. 477 da CLT, uma vez que até a presente data a Reclamante não recebeu as verbas rescisórias a que faz jus, incorrendo a Reclamada à citada multa. Devendo também o pagamento da multa do art . 467 da CLT, caso a Reclamada deixe de pagar os valores das verbas rescisórias incontroversas à data do comparecimento à audiência inaugural na Justiça do Trabalho.
X- Honorários Sucumbenciais 
 A Reclamada deverá ser condenada a pagar os honorários sucumbências, na forma prevista no caput do art. 791 - A da CLT, ou seja, de 15%, visto que na fixação do seu valor deverá ser levada em consideração a natureza e importância da presente causa, bem como o intenso trabalho realizado pela advogada, e o tempo que lhe foi exigido para seu serviço (§2º do Art. 791 – A da CLT).
DOS PEDIDOS:
Diante de tudo que foi exposto, requer a Reclamante a declaração de reconhecimentodo vínculo empregatício comum regido pela CLT e a nulidade do vínculo jurídico de trabalho doméstico em razão das atividades exercidas com finalidade lucrativa que a Senhora Clarabela dos Santos desenvolvia aos sábados para a empregadora.
Requer também, além da alteração da função exercida pela empregada na Carteira de Trabalho (CTPS), o reconhecimento do salário pago por fora – extrafolha – incorporação à remuneração, retificação do registro, salário normal e mais o salário recebido por fora que era no período de 12h00 às 22h00 nos dias de sábado, totalizando o salário que deverá constar na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Ademais, a ré deverá pagar a autora as horas extras, com os consequentes reflexos, nos valores de R$...., além das férias vencidas acrescidas a 1/3 constitucional no valor de R$...., bem como as verbas rescisórias indicadas acima, acrescidas de juros de mora e correção monetária, no valor de R$..., e também a multa de 40% do FGTS e do § 8º do art. 477 da CLT, nos valores de R$....
Os pedidos acima totalizaram o valor de R$...
Requer ainda, o pagamento de honorários de sucumbência de 15%, conforme fundamentado acima.
Requer, igualmente, que a Reclamada seja condenada a fornecer as guias para a percepção do seguro-desemprego e para o saque do saldo da conta vinculada do FGTS, sob pena de pagar uma indenização substitutiva.
Requer, por fim, que as verbas rescisórias incontroversas sejam pagas na primeira audiência, sob pena de pagá-las acrescidas de 50%, de conformidade com o art. 467 da CLT, bem como reitera que lhe seja concedida a assistência judiciária gratuita, tendo em vista a sua atual situação de desempregada.
 
DAS PROVAS
Protesta a Autora por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal da Reclamada, juntada de documentos, inquirição de testemunhas, perícias e tantas outras quantas forem necessárias para provar tudo o quanto aqui foi afirmado.
Protesta, também, pela intimação da Reclamada para comparecer à audiência para prestar depoimento pessoal, com a expressa cominação de aplicação da confissão, para o caso de não comparecer (item I da Súmula 74 do Tribunal Superior do Trabalho) ou se recusar a depor.
Declara, desde já, a advogada da Reclamante, sob sua responsabilidade pessoal, a fidelidade das cópias dos documentos oferecidos como prova aos documentos originais, na forma do caput do art. 830 da Consolidação das Leis do Trabalho.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Requer que todas as notificações a ser publicadas sejam feitas em nome de sua representante, conforme instrumento procuratório juntado.
Requer, por fim, se digne Vossa Excelência a determinar a notificação da Reclamada para, querendo, contestar a presente reclamação trabalhista, sob pena de revelia, acompanhando-a até seus ulteriores trâmites, quando deverá ser julgada totalmente procedente.
Dá-se à causa o valor de R$... (extenso).
Nesses termos, pede-se deferimento.
Local..., data...
Advogada OAB/...n...

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