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TEMA 01 JÚRI I Aula IV Absolvição Sumária e Desclassificação

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MÓDULO 8: JÚRI, NULIDADES, 
RECURSOS E AÇÕES DE IMPUGNAÇÃO 
 
TEMA 1 – JÚRI I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 
 
Trata-se de decisão de mérito, que coloca fim ao processo, julgando improcedente a pretensão 
punitiva do Estado. Ocorre quando o magistrado reconhece: a) estar provada a inexistência do 
fato; b) estar provado não ter sido o réu autor ou partícipe do fato; c) que o fato não constitui 
infração penal; d) estar demonstrada excludente de ilicitude (causa de exclusão do crime) ou 
de culpabilidade (causa de isenção de pena). 
 
Quanto às excludentes de culpabilidade, temos: a) erro de proibição; b) coação moral 
irresistível; c) obediência hierárquica; d) embriaguez acidental. Há, ainda, a situação de 
inimputabilidade. Entretanto, para tal caso, somente poderá o juiz absolver sumariamente o réu 
se houver pedido expresso e exclusivo da defesa nesse sentido. 
 
Vale ressaltar também a possibilidade de reconhecimento da excludente de culpabilidade 
supralegal, consistente na inexigibilidade de conduta diversa. Por exemplo: coação moral 
irresistível e obediência hierárquica. 
 
As excludentes de ilicitude são as seguintes: a) estado de necessidade; b) legítima defesa; c) 
exercício regular de direito; d) estrito cumprimento do dever legal. Válido incluir a possiblidade 
de excludente de ilicitude supralegal, por exemplo, o consentimento do ofendido. 
 
Observe que a semi-imputabilidade não implica a absolvição sumária, tampouco a impronúncia. 
 
A absolvição sumária pode incorrer tanto pelo entendimento de inexistência do fato, outrossim 
pelo fato de ter sido outro o autor do fato, assim como não obstando o fato tenha sido de 
autoria do acusado, não seja classificado como fato típico. 
 
Ressalta-se que o novo texto normativo suprime a figura do recurso de ofício, possibilitando, no 
caso de absolvição sumária e interposição, a figura da apelação. 
 
DESCLASSIFICAÇÃO 
 
Trata-se de decisão interlocutória simples, modificadora da competência do juízo, que não 
adentra o mérito, nem tampouco faz cessar o processo. 
Aula IV – Absolvição Sumária e 
Desclassificação 
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A desclassificação só ocorrerá frente a certeza cristalina, não podendo constar nenhuma 
dúvida quanto à existência do dolo no crime contra a vida. 
 
Não obstante, a desclassificação não imputa necessária mudança de competência em relação 
ao juízo, uma vez que ao mesmo acusado pode ter sido imputado dois homicídios conexos e, a 
um destes, o magistrado entende a desclassificação. Sendo assim, não há impedimento para 
que o outro homicídio devidamente pronunciado seja matéria de competência do júri. 
 
Caberá ao juiz competente, a quem os autos forem remetidos, decidir sobre manter o réu preso 
ou não, uma vez que apenas a desclassificação não tem força para soltura imediata do réu. E, 
caberá também ao juiz competente dar a oportunidade de se manifestar às partes e, se 
convier, requerer a produção de provas. 
 
Da sentença de desclassificação caberá recurso em sentido estrito. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
“A absolvição sumária será proferida pelo juiz quando é comprovada a inexistência do fato ou 
que o crime não constitua infração penal, hipóteses em que o réu agiu “protegido” por uma 
excludente de ilicitude ou de culpabilidade, como, por exemplo, a legitima defesa. Os requisitos 
para que possa se ter uma absolvição sumária estão expressos no art. 415 do CPP. 
 
Assim como a impronúncia, a absolvição sumária é uma sentença, na qual cabe apelação (art. 
416 do CPP) e a sentença é de mérito, tendo sua fundamentação como parte importante para 
apresentar as razões do juiz de acreditar que o réu deve ser absolvido sumariamente, antes de 
levar o processo ao Tribunal do Júri. (...)”. 
 
Para a íntegra do texto, acesse o link abaixo: 
 
Da pronúncia, da impronúncia e da absolvição sumária no Tribunal do Júri e o procedimento no 
Projeto de Lei do Novo Código de Processo Penal 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
RECURSO PENAL EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. HOMICÍDIO QUALIFICADO. 
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. LEGÍTIMA DEFESA. NÃO CONSTATAÇÃO. USURPAÇÃO DA 
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. A 
absolvição sumária só se dá quando é justificada por tranquila e indiscutível prova de causa de 
exclusão de crime. Havendo dúvidas, a matéria deve ser levada a apreciação do Júri Popular. 
2. Há nos autos indícios suficientes de autoria, não havendo que se falar em despronúncia do 
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https://amandaam.jusbrasil.com.br/artigos/336594345/da-pronuncia-da-impronuncia-e-da-absolvicao-sumaria-no-tribunal-do-juri-e-o-procedimento-no-projeto-de-lei-do-novo-codigo-de-processo-penal
réu, uma vez que cabe ao conselho de sentença apreciar as provas e teses suscitadas pela 
defesa, e decidir acerca delas. (TJ-PA - RSE: 00114006820118140051 BELÉM, Relator: 
RONALDO MARQUES VALLE, Data de Julgamento: 09/05/2017, 2ª TURMA DE DIREITO 
PENAL, Data de Publicação: 11/05/2017). 
 
FONTE BIBLIOGRÁFICA 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Júri. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 2011, págs. 110-120. 
 
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 24. ed., São Paulo: Editora Saraiva, 2017, 
págs. 659-662. 
 
AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: Esquematizado. 3. ed., Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2011. págs. 822-827. 
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