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TEMA 01 - Crimes Contra a Vida - Aula 02 Homicídio - II

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Módulo:
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Aula 02 – Homicídio - II
Qualificadoras relativas ao modo de execução.
O inciso IV contém as situações em que há maior reprovabilidade em razão da 
maior dificuldade ou até da impossibilidade da defesa, decorrente do modo ardiloso usado 
pelo agente.
A primeira das hipóteses é a traição, que é o cometido de “maneira súbita, inespe-
rada, ou sorrateiramente, de forma a apanhar a vítima desprevenida, antes do ataque ou 
agressão” (Frederico Marques, 1961, p. 107).
Há diferença entre o golpe dado nas e pelas costas. Eventualmente, o golpe pode 
ser dado nas costas após acalorada discussão ou mesmo briga entre autor e vítima. Não 
haverá a qualificadora nesse caso. O que importa não é o lugar do golpe (nas costas), mas 
o modo de execução (pelas costas).
Necessário observar que a qualificadora só ocorrerá se a vítima não puder prever a 
agressão. Assim, na situação de quem ofende pública e gravemente uma pessoa que sabe 
estar armada e após isso vira as costas para o ofendido, querendo mostrar coragem, não 
haverá a qualificadora se aquele que fora ofendido desferir tiros nas costas do ofensor.
A traição também pode ser moral, se caracterizando com a deslealdade, violando 
a confiança depositada pela vítima, como na hipótese em que o marido mata a mulher por 
asfixia, durante a relação sexual (RT 458/337).
Emboscada é a cilada, a tocaia dos sertanejos, em que o autor fica à espreita até 
que a vítima apareça.
Dissimulação em que o autor usa meios para esconder seu propósito homicida.
Outro recurso que torne impossível a defesa do ofendido: trata-se de uma fór-
mula genérica que deve ser semelhante às circunstâncias anteriores (ex: atingir a vítima 
dormindo).
Não caracteriza a simples superioridade física, porquanto a qualificadora resulta 
do modo como o sujeito atua e não de suas condições pessoais. Também não se pode falar 
na qualificadora quando houver superioridade de armas. De acordo com a interpretação 
analógica, o “outro recurso” tem que ser algum estratagema análogo às circunstâncias 
exemplificativas. Como diz Hungria, “só pode ser aquele que, como a traição, a embosca-
da, ou a dissimulação, tenha caráter  insidioso, aleivoso, sub-reptício” (Hungria, 1979, p. 
169).
Não qualifica o homicídio a superioridade numérica (TJPR, RSE 395.483-
2, DOE 25.1.2008) ou de armas (TJSP, RJTJSP 84/424, 143.267 e RT 534/333). É ordinário 
no homicídio que o agressor esteja armado e a vítima não. É preciso compreender que a 
lógica da qualificadora é um acréscimo de reprovabilidade da conduta, razão pela qual não 
teria o menor sentido que, praticamente, todos os homicídios fossem qualificados. “Seria 
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mesmo rara a hipótese em que se não tivesse de reconhecer a agravação da pena” (Hun-
gria, 1979, p. 171). “O fato de usar revólver ou outra arma não qualifica, por si só; constitu-
ísse qualificadora e raramente o homicídio não seria qualificado (TJSP, RJTJSP 147/298)”. 
É natural que o homicida tome precauções para conseguir seu intento; o que merece maior 
reprovabilidade é o uso de algum recurso aleivoso, traiçoeiro. Caso contrário, só não seria 
qualificado o duelo!
Qualificadoras relativas ao fim conexo com outro delito
No inciso V, estão previstas as qualificadoras de conexão teleológica ou conse-
quencial. Trata-se de um elemento subjetivo, é um especial fim de agir. A primeira ocorre 
quando o homicídio é cometido com o intuito de possibilitar a execução de outro crime. É, 
portanto, um evento futuro, que almeja cometer, razão pela qual, ainda que o outro crime 
não venha a ser executado, o homicídio será qualificado, desde que este seja o fim do 
agente.
Na conexão consequencial, há um crime que já ocorreu e que o sujeito pretende, 
com o homicídio, manter oculto (pressupõe que não seja conhecido) ou impune (no caso 
de matar a testemunha que pode reconhecer o autor do delito), ou que pretende garantir a 
vantagem dele decorrente.
Feminicídio
A lei tipifica o feminicídio como o homicídio praticado “contra a mulher por razões 
da condição de sexo feminino”. 
É certo que a lei não definiu o feminicídio simplesmente como o ato de matar a 
mulher. Não é a simples condição de mulher da vítima suficiente para a configuração da 
nova figura, pois, se assim fosse, bastaria que no novo inciso constasse “contra mulher”. 
Cumpre, então, encontrar o sentido da expressão “por razões da condição de sexo 
feminino”.
A palavra “razão” aparece dezenove vezes na parte especial do Código Penal. 
Dentre os vários sentidos possíveis do vocábulo, a única acepção adequada aos tipos 
é “aquilo que provoca, ocasiona ou determina um acontecimento, a existência de algo; 
causa, origem” (Dicionário Eletrônico Houaiss). Vale dizer, o crime é praticado em razão de 
uma circunstância, quando a motivação do crime é tal circunstância, sendo imprescindível 
uma relação de causa e efeito entre a circunstância e a prática do crime.
Não parece ser possível que a palavra “razão”, ou “razões”, no plural, tenha outro 
sentido que não seja “causa, motivo”.
Como já dito, se o sentido não fosse esse, bastaria ter qualificado o homicídio co-
metido “contra mulher”. Nesse caso, abstraindo-se a inconstitucionalidade, o simples fato 
de a vítima ser mulher bastaria para a qualificadora. A nova lei não usou essa definição, o 
que evidencia que não basta a condição de mulher para que se caracterize o feminicídio, é 
preciso que ela tenha sido morta por ser mulher, que a sua condição tenha sido o motivo 
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do ato de matar. 
Ocorre que não é corriqueiro encontrar uma situação de que o motivo do crime 
seja a condição feminina da vítima. Um homem que mata sua companheira, por ciúme 
não o faz porque ela é mulher, mas porque ela pretende se separar dele, porque o traiu ou 
por sentir um ciúme doentio, por exemplo. Em uma situação como essa, o autor não mata 
porque a vítima é mulher, mas porque sente ciúme, por viver uma situação amorosa con-
turbada, que permeia entre o amor e o ódio. Do mesmo modo, uma mulher que sente ciúme 
do companheiro e o mata, não o faz porque ele é homem, mas em razão de uma complexa 
relação amorosa da qual aflorou o ódio. 
 Não parece acertada a ideia de que basta que um homem mate a mulher, para que 
se configure o feminicídio, pois para que tal ocorra, será imprescindível que a motivação 
seja a condição de mulher. É preciso que o autor tenha matado porque a vítima é mulher. 
Para aumentar ainda mais a confusão, pecando pela má técnica, a nova lei in-
troduziu o § 2º-A, que contém uma norma de interpretação autêntica sobre o sentido da 
qualificadora. Segundo o dispositivo, estão caracterizadas as “razões de condição de sexo 
feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou 
discriminação à condição de mulher”.
Com base no § 2º-A, tem sido defendidauma interpretação de que bastaria o fato 
de que a mulher tenha sido morta em um contexto de relações domésticas, para que hou-
vesse configurado o feminicídio. Mas essa interpretação não se sustenta, pois ela tornaria 
letra morta a expressão “razões da condição de sexo feminino”.
Se esse fosse o sentido, bastaria que o inciso VI tivesse a seguinte redação: “contra 
a mulher no contexto de violência doméstica ou familiar, ou por menosprezo ou discrimi-
nação à condição de mulher”. 
Se antes de fazer menção à violência doméstica ou familiar, o feminicídio fosse 
definido como o crime praticado “contra a mulher por razões da condição de sexo femini-
no”, não haveria como negar que se trata de motivo. 
Parece evidente que a nova qualificadora contém circunstância de natureza sub-
jetiva, vale dizer, associada ao motivo do delito.
Por outro lado, se essa é a interpretação adequada, forçoso seria concluir que o 
inciso I, do § 2º-A, nada esclarece, tornando, ao contrário, ainda mais confusa a nova 
figura penal. 
No que se refere ao inciso II, do § 2º-A, já foi dito que se trata de uma norma tau-
tológica (Hireche e Figueiredo, 2015). De fato, se o crime é praticado em razão da condi-
ção feminina, é manifesto que se tratou de menosprezo ou discriminação à condição de 
mulher. 
Em resumo, parece evidente que o feminicídio possui natureza subjetiva, por exigir 
que a razão (motivo) do crime seja a condição feminina da vítima. O § 2º-A traz dois dis-
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positivos inúteis, o primeiro (I) por induzir a uma interpretação de que se trataria de qua-
lificadora objetiva, em clara contradição com a definição contida no inciso VI, do § 2º, o 
segundo dispositivo, por conter norma manifestamente redundante, logo desnecessária. 
Posição diversa é a de Guilherme Nucci, a seguir transcrita:
Trata-se de qualificadora objetiva, pois se liga o gênero da vítima: ser mu-
lher. Não aquiescemos à ideia de ser uma qualificadora subjetiva (como 
motivo torpe ou fútil) somente porque se inseriu a expressão “por razões de 
condição de sexo feminino”. Não é essa a motivação do homicídio. O agen-
te não mata a mulher porque ela é mulher, mas o faz por ódio, raiva, ciúme, 
disputa familiar, prazer, sadismo, enfim, motivos variados, que podem ser 
torpes ou fúteis; podem, inclusive, ser moralmente relevantes. (Nucci, 2016, 
p. 742)
Homicídio contra agente estatal.
A Lei nº 13.142/2015 incluiu o inciso VII, ao § 2º, do art. 121, instituindo uma nova 
qualificadora.
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Consti-
tuição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Se-
gurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra 
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em 
razão dessa condição:
O sujeito passivo dessa nova qualificadora são os integrantes:
Marinha, Exército ou Aeronáutica (art. 142, CR)
Polícias Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal, Civil e Militar (art. 144, CF)
Sistema prisional
Força Nacional de Segurança Pública
Cônjuge, companheiro, parente consanguíneo até terceiro grau
Para a configuração, é necessário que o agente esteja no exercício da função pú-
blica, ou seja, que esteja exercendo sua atividade no momento do crime, ou que a motiva-
ção do crime seja a condição de agente de segurança. Assim, se no momento em que está 
prestes a ser preso, uma pessoa reage e mata o agente público, haverá a qualificadora. 
Do mesmo modo, se o agente ou seus parentes são mortos em razão dessa condição, 
também está configurada a qualificadora. 
Causa de aumento de pena: milícia privada
Haverá o aumento de pena de 1/3 até metade, se o homicídio for praticado por 
milícia privada, sob o pretexto de prestação de segurança ou por grupo de extermínio. 
Causas de aumento de pena do feminicídio
A nova lei acrescentou o § 7º ao art. 121, no qual há uma causa de aumento de 
pena, especificamente para o feminicídio, de 1/3 até a metade, se o crime for praticado 
contra a gestante ou nos três meses posteriores ao parto, contra pessoa menor de 14 ou 
maior de 60 anos com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem 
condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental, na presença física ou virtual de 
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descendente ou de ascendente da vítima e em razão em descumprimento das medidas 
protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, 
de 7 de agosto de 2006.
É evidente que, diante da nova causa de aumento de pena, não poderá o réu ser 
condenado pelo crime de aborto sem consentimento, para evitar o bis in idem. A morte do 
feto não pode ser duplamente considerada, como crime autônomo (art. 125) e como causa 
de aumento de pena do homicídio (art. 121, § 2º, VI e § 7º). Nesse ponto, como a ideia seria 
dar um tratamento rigoroso, não há dúvida de que o legislador alcançou seu intento, já que 
o mínimo de acréscimo possível pela gravidez, seria de 4 anos, o que resulta em uma pena 
superior à da pena mínima prevista no art. 125 (3 anos). 
Ademais, o aumento de pena incidirá, mesmo na hipótese de que ocorra, apesar 
da morte da gestante, o nascimento. Em suma, não é preciso a morte do feto, para que 
ocorra a causa de aumento de pena. Tanto é assim que o aumento de pena incide, também, 
quando a morte se dá nos três meses posteriores ao parto. 
Outra causa de aumento de pena ocorre se a vítima, menor de 14 ou maior de 60 
anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição 
limitante ou de vulnerabilidade física ou menta. Quanto à idade, não se trata de novidade, 
pois na segunda parte do § 4º já consta o aumento de pena quando a vítima tem tal idade. 
A diferença é que o aumento de pena para o feminicídio tem parâmetros variáveis, poden-
do chegar até metade. 
O aumento de pena é cabível também se o crime for cometido na presença física 
ou virtual de descendente ou ascendente da vítima. Evidente que a razão da maior gravi-
dade está nas consequências psicológicas a quem assiste ao assassínio de seu descen-
dente ou ascendente. 
Por fim, uma última inovação legislativa foi incluir como causa de aumento de 
pena para o feminicídio o descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas 
nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria 
da Penha).
Homicídio qualificado-privilegiado
É a coexistência de qualificadora e do privilégio. Há controvérsia doutrinária, com 
determinados autores repudiando esta possibilidade, como (Noronha, 1977, p. 36), (Frede-
rico Marques, 1955, p. 184), (Tourinho Filho, #, p. 99) e (Porto, 1998, p. 175). Outros auto-
res são favoráveis à coexistência do privilégio e da qualificadora: (Marrey; Silva Franco e 
Stoco, 2000, p. 630-632), (Mirabete, 2001, p. 764), (Delmanto, 2000, p. 231), (Jesus, 1999, 
p. 65), (Bitencourt, 2006, p. 64), (Nucci, 2002, p. 373). Para alguns autores, embora possível 
a coexistência do privilégio com a circunstância qualificadora objetiva, deverá prevalecer 
o privilégio, ficando prejudicada a qualificadora (Costa Jr., 1997, p. 364), (Fragoso, 1962, p. 
44).
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O entendimento que parece ser o mais acertado é no sentido de que é possível a 
configuração do homicídio qualificado-privilegiado, desde que a qualificadora seja uma 
circunstância objetiva, já que as circunstâncias do privilégio são subjetivas.
São incompatíveis com o privilégio as qualificadoras relativas ao motivo — me-
diante paga ou torpe (§ 2o, I) e fútil (§ 2o, II) —, além da relativa ao fim conexo a outro crime 
(§ 2o, V). Já as qualificadoras relativas ao meio (§ 2o, III) ou modo de execução (§ 2o, IV) 
são perfeitamente compatíveis com o privilégio.
Deve-se aceitar o homicídio qualificado-privilegiado, pois é factível, por exemplo, 
que alguém mate o estuprador de sua filha em uma emboscada; nesse caso, o aspecto 
subjetivo caracteriza o privilégio pelo motivo de relevante valor moral, mas, do ponto de 
vista objetivo, o crime é qualificado. Ademais, uma pena que atenda ao princípio da pro-
porcionalidade não poderia só privilegiar o homicídio, nem só qualifica-lo, mas reconhecer 
a existência do homicídio qualificado-privilegiado.
Quanto à pena, de acordo com as circunstâncias judiciais (art. 59), deve ser fixada 
a pena-base, de acordo com a pena do homicídio qualificado (reclusão, de doze a trinta 
anos). Na segunda fase, devem ser consideradas agravantes e atenuantes. Já na terceira 
fase, deve a pena sofrer a diminuição de um sexto a um terço, decorrente do privilégio. 
Com isso, fica observado o processo trifásico de fixação da pena (art. 68, caput).
Crime hediondo
O homicídio qualificado é crime hediondo (art. 1º, I, segunda parte, da Lei 8.072/90).
O mesmo não acontece com o homicídio qualificado-privilegiado. (Delmanto, 
2010, p. 446) A rigor, não há previsão na lei 8.072/90, pois quando “menciona o ‘homicí-
dio qualificado’ refere-se somente à forma genuinamente qualificada. Não ao homicídio 
qualificado-privilegiado. Tanto que, entre parênteses, indica os incisos I a V do § 2º do art. 
121.” (Jesus, 1994) (Marrey; Silva Franco e Stoco, 2000, p. 633). Também é a posição da 
jurisprudência.
Por incompatibilidade axiológica e por falta de previsão legal, o homicídio 
qualificado-privilegiado não integra o rol do denominados crimes hedion-
dos. (STJ – 5ª T. – REsp. 180.694 – Rel. Félix Fischer – RSTJ 117/509). No 
mesmo sentido: TJSP – Ap 232.324-3 – Rel. Segurado Braz – j. 14.01.1998.
Aumento de pena do homicídio doloso
Em evidente impropriedade técnica (Bitencourt, 2016, p. 102), o Estatuto da Crian-
ça e do Adolescente acrescentou ao § 4º uma causa de aumento de pena ao homicídio 
doloso, se o crime for cometido contra criança. Por sua vez, o Estatuto do Idoso estendeu 
a majorante ao crime praticado contra maior de 60 anos. 
Homicídio culposo
Noção
O § 3º traz a tipificação do homicídio culposo, cominando pena de detenção de 
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Tema 01 - Aula 02 10
1 a 3 anos. O homicídio culposo ocorre quando o agente dá causa à morte mediante a 
inobservância de um dever de cuidado, associada à previsibilidade objetiva do resultado. 
É preciso que se verifique, no caso de morte, se estão presentes todos os elementos do 
crime culposo.
Se o homicídio culposo ocorrer na direção de veículo automotor, prevalecerá a 
norma especial, prevista no art. 302, do Código de Trânsito Brasileiro, que prevê pena mais 
severa, detenção de 2 a 4 anos, além da pena cumulativa de suspensão ou proibição de se 
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Aumento de pena no homicídio culposo
A pena será aumenta de 1/3, se ocorrer uma das hipóteses: a) inobservância de 
regra técnica de profissão, arte ou ofício; b) omissão de socorro imediato; c) não ter pro-
curado diminuir as consequências do ato; d) ter fugido para evitar a prisão em flagrante.
Importante observar que na hipótese em que a vítima tem morte instantânea, a 
omissão de socorro não qualifica o crime, ainda que o autor não saiba disso, pois se trata 
de crime impossível.
Perdão judicial
O perdão judicial está previsto no § 5º, e ocorrerá se as se as consequências do 
crime “atingirem o próprio agente de forma tão grave” que a pena “se torne desnecessária”. 
É a situação em que o agente é punido pelo seu próprio ato, como ter provocado a morte 
de parentes, amigos, ou por ter sofrido grave dano físico. Em tais situações, não há por que 
aplicar a pena. Muitas vezes, as consequências são tão graves que o autor as carregará 
pelo resto da vida, de modo que puni-lo seria desempenhar um excesso crudelíssimo.
A Lei 13.104/2015, dentre outras modificações que promoveu no Código 
Penal, alterou o o seu art. 121, para incluir o feminicídio como circunstância 
qualificadora do homicídio, nos seguintes termos:
Homicídio qualificado
Art. 121. [...]
§ 2° Se o homicídio é cometido:
[...]
Feminicídio
VI – contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
Pena: reclusão, de 12 a 30 anos.
§ 2°-A. Considera-se que há razões de condição de sexo feminino
 quando o crime envolve:
I – violência doméstica e familiar;
II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Desde que a Lei entrou em vigor, surgiu a seguinte questão controvertida: a 
qualificadora do feminicídio é de natureza objetiva ou subjetiva? (...).
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No início dos anos 2000 as discussões em torno da igualdade de gêne-
ro são inseridas na pauta mundial e deixam evidente, entre outras graves 
questões, o quadro de violências ainda experimentado pelas mulheres.
Quando se fala dessa violência de gênero não se tem um problema locali-
zado em uma determinada parte do planeta ou relacionada a determinadas 
condicionantes econômico-sociais, pois o que se verifica é que em diferen-
tes países, mesmo nos mais ricos, nas diversas camadas da população, há 
presença da linguagem de reafirmação de poderio masculino, baseado na 
objetivização da mulher e na sua submissão ao controle pleno pelo parcei-
ro.
Justamente esse cenário dá espaço à previsão como tipo penal da figura do 
feminicídio, ou seja, de hipótese de homicídio com pena maior, em razão da 
ação de ofensa ao bem jurídico vida da mulher, exatamente por ser o agente 
alguém que a vê inferior pela condição de gênero ou a considera por esta 
condição objeto ou posse sua. (...)
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou 
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da 
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
 § 2° Se o homicídio é cometido:
 I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidio-
so ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que difi-
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https://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/100621/qualificadora_feminicidio_natureza_bianchini.pdf
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI295355,81042-Feminicidio+e+as+qualificadoras+pelo+motivoTema 01 - Aula 02 12
culte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro 
crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 
13.104, de 2015)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Fe-
deral, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exer-
cício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 
2015)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime 
envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 
13.104, de 2015)
Homicídio culposo
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - detenção, de um a três anos.
Aumento de pena
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime re-
sulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa 
de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, 
ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 
60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se 
as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção 
penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado 
por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de 
extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime 
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for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela 
Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com 
deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou 
de vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018)
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Re-
dação dada pela Lei nº 13.771, de 2018)
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos 
I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 
13.771, de 2018)
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