6 - Princípio da Legalidade III

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Princípio da Legalidade – Lei Ordinária II
DIREITO TRIBUTÁRIO
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – LEI ORDINÁRIA II 
c) O fato gerador da obrigação tributária principal será legislador por meio de lei 
ordinária (art. 97, III, CTN).
O que compõe a obrigação tributária principal?
A obrigação tributária principal é uma obrigação em pagar os tributos e as penas (multas). 
Em direito tributário, os tributos e as multas são obrigações principais pois tratam-se de obri-
gações em pagar, dependendo de uma lei em sentido formal (como regra lei ordinária) para 
serem criadas.
ATENÇÃO
Como regra, os tributos são instituídos, extintos (mortos), aumentados e reduzidos sempre 
por meio de lei ordinária! (art. 97, I, CTN)
d) Penas (multas) também dependem de uma lei em sentido formal tratando-se 
como regra de lei ordinária (art. 97, V, CTN).
Assim, se o tributo é instituído por lei ordinária (inciso I), se as multas são instituídas por 
lei ordinária (inciso V) e tributos e multas compõem a obrigação principal, por óbvio e por 
lógica, a obrigação principal também se dá por lei ordinária. Dessa forma, os incisos I, III e V 
afirmam exatamente a mesma coisa. 
e) A fixação do valor das alíquotas e da base de cálculo de um tributo também 
devem ser feitas por meio de lei ordinária (art. 97, IV, CTN).
A determinação em questão não se confunde com o estabelecimento de normas gerais, 
as quais utilizam termos como “explicar”, “conceituar”, “interpretar”, “regular”, “dispor”, etc. 
Todas as normas gerais em direito tributário são sempre feitas mediante lei complementar 
(art. 146, CF).
Exemplos:
• Município de Valparaíso pretende fixar (criar) a alíquota de seu IPTU: lei ordinária;
• Município de Valparaíso pretende explicar o que seria o IPTU, sua alíquota e o con-
ceito de sua base de cálculo: lei complementar;
• Município de Búzios pretende fixar (criar) a base de cálculo do ISS: lei ordinária;
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Princípio da Legalidade – Lei Ordinária II
DIREITO TRIBUTÁRIO
• Município de Búzios deseja explicar, conceituar e regulamentar o que seria uma base 
de cálculo e os conceitos de alíquota, contribuinte e outros: lei complementar.
f) Causas de suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário. 
Suspensão (art. 151, CTN).
Geram certidão positiva com 
efeito de negativa 
(art. 206, CTN).
Exclusão (art. 175, CTN)
Geram certidão negativa 
(art. 205, CTN).
Extinção (art. 156, CTN)
Geram certidão negativa 
(art. 205, CTN).
Parcelamento Anistia Pagamento
Moratória Isenção Compensação (débitos × créditos)
Depósito do montante integral 
em dinheiro
Transação (acordos mútuos celebra-
dos entre o fisco e o contribuinte)
Reclamações e recursos 
administrativos (PAF) Remissão (perdão da dívida)
Liminar em mandado de 
segurança Decadência e Prescrição
Antecipações de tutela Pagamento antecipado
Ação de consignação em pagamento 
e a sua consequente conversão do 
depósito em renda 
Decisão administrativa irreformável
Coisa julgada
Dação em pagamento de bem imóvel
Considerações:
• É da essência do ajuizamento da consignação realizar o montante do depósito integral 
em dinheiro no prazo de cinco dias. Ao realizar o depósito, ele por si só é uma causa 
de suspensão da exigibilidade do crédito. Ao final da consignação, quando o fisco 
ganhar parte da ação ou concordar com o contribuinte, ele levantará o valor daquele 
depósito realizado em conta judicial e o converterá em renda, o que gera a extinção do 
crédito tributário (advindo do ajuizamento da ação de conciliação). Assim, não é a con-
signação em si que extingue o crédito tributário, mas sim o levantamento do depósito 
e a sua conversão em renda;
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Princípio da Legalidade – Lei Ordinária II
DIREITO TRIBUTÁRIO
• A decisão administrativa irreformável é aquela 100% favorável ao contribuinte. Assim, 
se a própria administração pública dispõe ganho de causa integral ao contribuinte, 
nada mais justo que promover a extinção do crédito tributário;
• A coisa julgada é uma decisão judicial da qual não cabe mais recurso e que pode acon-
tecer não somente no STF, mas também no juízo de primeiro grau;
• A dação em pagamento de bem imóvel é o ato de dar um bem em substituição da 
dívida. Em tributária, permite-se apenas a dação de bem imóvel. Gera a extinção do 
crédito tributário.
Quanto a legalidade, o fisco pode conceder um parcelamento ou uma moratória para 
prorrogar (dilatar) o prazo do pagamento. Para isso, será necessário editar lei ordinária que 
determine as causas de suspensão, causas excludentes e as que extinguem o crédito tribu-
tário, as quais dependem de lei em sentido formal (art. 97, VI, CTN). As exceções quanto 
a essa determinação correspondem a decadência e a prescrição, matérias de lei com-
plementar. 
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Maria Christina Barreiros D’ Oliveira. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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