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Processo Seletivo Medicina 1.º semestre de 2013 002. Prova II �Confira�seus�dados�impressos�neste�caderno. �Esta�prova�contém�60�questões�objetivas�e�uma�proposta�de�redação,�e�terá�duração�total�de�4�horas. �Para�cada�questão,�o�candidato�deverá�assinalar�apenas�uma�alternativa. �Com�caneta�de�tinta�azul�ou�preta,�assine�a�folha�de�respostas�e�marque�a�alternativa�que�julgar� correta. �O�candidato�somente�poderá�sair�do�prédio�depois�de�transcorridas�3�horas,�contadas�a�partir�do� início�da�prova. �Os�últimos�três�candidatos�da�sala�deverão�se�retirar�juntos. 29.11.2012 | tarde 132431 2UNIC1202/002-Prova-II-tarde 3 UNIC1202/002-Prova-II-tarde 01 A análise de três diferentes vírus permitiu verificar que a quantidade de bases nitrogenadas presentes em seus mate- riais genéticos era diferente em cada um deles. Os resultados estão indicados na tabela. Bases NitrogeNadas Vírus i Vírus ii Vírus iii Adenina (A) 34% 27% 21% Guanina (G) 16% 18% 33% Timina (T) 34% 0% 18% Citosina (C) 16% 34% 28% Uracila (U) 0% 21% 0% De acordo com os dados da tabela, pode-se concluir que os vírus I, II e III possuem, correta e respectivamente, as seguintes moléculas de ácidos nucleicos: (A) RNA de fita simples, DNA de fita dupla e DNA de fita simples. (B) DNA de fita dupla, RNA de fita simples e DNA de fita simples. (C) RNA de fita simples, DNA de fita simples e DNA de fita dupla. (D) DNA de fita simples, RNA de fita dupla e DNA de fita dupla. (E) DNA de fita dupla, DNA de fita dupla e RNA de fita simples. 02 Analise a imagem observada em um microscópio eletrônico. (www.nature.com) A organela membranosa que está mais desenvolvida rela- ciona-se com (A) o controle celular, produzindo moléculas de RNA men- sageiro, que são traduzidas no citosol. (B) a secreção celular, produzindo vesículas ricas em lipí- dios, que são eliminados pela célula. (C) a respiração celular, utilizando o gás oxigênio como aceptor final de hidrogênio. (D) a divisão celular, tracionando os cromossomos para os polos da célula. (E) a síntese de proteínas, que serão “empacotadas” e con- duzidas até o complexo golgiense. 03 Analise o desenho de duas células em metáfase II. (César e Sezar. Biologia, 2007.) Pode-se afirmar que (A) haverá separação das cromátides irmãs na fase seguinte à que está desenhada. (B) em cada célula desenhada existe um par de cromossomos homólogos. (C) cada célula formada ao final do processo apresentará dois cromossomos homólogos. (D) ocorreu permutação entre as cromátides irmãs e isso promoverá variabilidade genética. (E) a célula original que iniciou a divisão celular continha dois cromossomos homólogos. �04�Um estudante de medicina estava com pé de atleta, infecção na pele entre os dedos dos pés. Seu médico lhe receitou um antifúngico, medicamento de uso tópico. Isso significa que esse medicamento deve ser (A) ingerido na forma de cápsulas e conter substâncias para inativar as mitocôndrias dos fungos. (B) aplicado na pele e conter substâncias que danificam as paredes celulares dos fungos. (C) aplicado na pele e conter substâncias que bloqueiam a fotofosforilação no interior de suas mitocôndrias. (D) ingerido na forma de comprimidos e conter substâncias para destruir os ribossomos dos fungos. (E) injetado na pele e conter substâncias que destroem o amido presente no citosol dos fungos. 05 Malária, leishmaniose tegumentar, febre amarela e dengue são doenças transmitidas (A) por picada de insetos, sendo a primeira causada por protozoário e as três últimas por bactérias. (B) pelo contato com pessoas contaminadas e todas são causadas por protozoários. (C) por picada de mosquitos, sendo as duas primeiras cau- sadas por protozoários e as duas últimas por vírus. (D) por espirro ou tosse, sendo as três primeiras causadas por bactérias e a última por vírus. (E) pela ingestão de alimentos contaminados e todas são causadas por vírus. 4UNIC1202/002-Prova-II-tarde 08 Após um paciente relatar os seus sintomas, seu médico suspeitou que ele estivesse com ascaridíase e solicitou um exame de para confirmar seu diagnóstico, pois caso haja presença de ovos o resultado seria positivo. Surpreso, o paciente indagou-o sobre a forma de contágio e o médico disse que a forma mais comum é por meio de . Assinale a alternativa cujas palavras preenchem, correta e respectivamente, as lacunas do texto. (A) fezes – picada de mosquito (B) sangue – ar contaminado (C) fezes – alimentos ou água contaminados (D) sangue – alimentos ou água contaminados (E) sangue – picada de mosquito 09 Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar efeti- vamente o meio terrestre. Dentre as várias características que favoreceram essa adaptação, pode-se citar a (A) eliminação de ureia na urina e no suor, que reduziu a perda e o consumo de água porque se trata de um excreta nitro- genado insolúvel em água. (B) presença de glândulas sebáceas e sudoríparas na pele, auxiliando na ectotermia e na ocupação de regiões secas. (C) presença de escamas espessas, que favoreceram a endo- termia e a ocupação em ambientes áridos e quentes. (D) fecundação externa, que favoreceu a variabilidade genéti- ca e promoveu maior distribuição geográfica das espécies. (E) formação de ovos amnióticos e alantoidianos, que permi- tiram o bom desenvolvimento do embrião fora da água. �06�A revista Pesquisa Fapesp divulgou, em outubro de 2011, que fósseis de plantas ancestrais das coníferas, grupo que inclui as araucárias e as sequoias, foram encontrados na cidade de Uberlândia, MG. Sabe-se que essas plantas vi- veram há cerca de 130 milhões de anos nessa região, que era parte de um vasto deserto de areia. A respeito das coníferas atualmente existentes, é correto afirmar que (A) vivem em clima seco e frio, perdendo suas folhas durante o verão. (B) vivem em clima temperado e dependem da água para que ocorra a fecundação. (C) são plantas avasculares de grande porte, produtoras de flores e sementes. (D) vivem em clima seco e quente, perdendo suas folhas durante o outono. (E) são plantas vasculares, produtoras de estróbilos e sementes. 07 O gráfico mostra, as quantidades de gás carbônico absorvi- das e liberadas por um vegetal submetido a diferentes inten- sidades luminosas em três diferentes períodos (I, II e III). 4 I II III q u an ti d ad e d e C O li b er ad a 2 q u an ti d ad e d e C O ab so rv id a 2 intensidade luminosa 2 0 2 4 2 4 6 8 �� � � � � � � � �� ��� � É correto afirmar que (A) a planta realizou a respiração celular apenas no período I. (B) o consumo de gás O2 foi igual ao consumo de CO2, durante os períodos II e III. (C) a taxa fotossintética foi constante durante os períodos analisados. (D) a planta produziu mais matéria orgânica e liberou mais gás O2, nos períodos II e III. (E) a taxa respiratória foi diretamente proporcional à taxa fotossintética. 5 UNIC1202/002-Prova-II-tarde 12 Analise a genealogia a seguir, na qual os indivíduos destaca- dos apresentam hemocromatose, doença em que o organis- mo retém ferro, podendo causar problema hepático, excesso de pigmentação na pele, dano pancreático e cardíaco e riscos de infecção. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Considerando que a doença é determinada por alelos autos- sômicos recessivos, o número de indivíduos cujo genótipo é determinado com exatidão seria igual a (A) 10. (B) 11. (C) 6. (D) 9. (E) 3. 13 A herança da cor de pele humana, definida como herança quantitativa, parece ser determinada por, no mínimo, dois pares de alelos localizados em diferentes pares de cromos- somos homólogos. Dessa forma, existem cinco fenótipos: negro, mulato escuro, mulato médio, mulato claro e branco. O negro apresenta quatro alelos efetivos, possuindo, portan- to, genótipo NNBB, e o branco teria genótipo nnbb, sem os alelos efetivos. Os indivíduos intermediários apresentam va- riações quanto à presença desses alelos efetivos. Assim, umhomem mulato médio (NnBb), casando-se com uma mulher de genótipo idêntico ao seu, poderá gerar crianças mulatas claras e mulatas médias na proporção, respectivamente, de (A) (B) (C) (D) (E) . 16 9 e 16 3 . 16 3 e 16 3 . 16 9 e 16 6 . 16 6 e 16 4 . 16 4 e 16 1 10 Suponha que uma “mini espaçonave” passe pela veia cava presente no corpo de uma pessoa normal e siga pela corrente sanguínea até a artéria aorta. O caminho percorrido nas es- truturas do sistema cardiovascular seria: (A) átrio esquerdo → ventrículo esquerdo → artéria pulmonar → pulmão → veia pulmonar → átrio direito → ventrículo direito. (B) ventrículo direito → átrio direito → artéria pulmonar → pulmão → veia pulmonar → ventrículo esquerdo → átrio esquerdo. (C) átrio direito → ventrículo direito → artéria pulmonar → pulmão → veia pulmonar → átrio esquerdo → ventrículo esquerdo. (D) pulmão → veia pulmonar → átrio direito → ventrículo direito → artéria pulmonar → átrio esquerdo → ventrículo esquerdo. (E) artéria pulmonar → pulmão → veia pulmonar → átrio direito → ventrículo direito → átrio esquerdo → ventrículo esquerdo. 11 Após a “ovulação”, o organismo da mulher produz o corpo lúteo ou amarelo. Essa estrutura é importante, pois produz o hormônio (A) ocitocina, que induz a contração uterina para eliminar o endométrio. (B) LH (hormônio luteinizante), que auxilia no crescimento da parede uterina. (C) β HCG (hormônio gonadotrofina coriônica), que garante uma gravidez. (D) estrógeno, que estimula a formação dos ovócitos II nos ovários. (E) progesterona, que mantém o endométrio desenvolvido dentro do útero. 6UNIC1202/002-Prova-II-tarde �16�Uma população de besouros foi separada por um rio. Após certo tempo, as populações se diferenciaram e depois entra- ram em contato. Mesmo apresentando características seme- lhantes não foram capazes de se reproduzir e gerar descen- dentes férteis. O desenho mostra de forma resumida o que ocorreu. população de besouros original surge um rio, separando efetivamente a população após muitas gerações, em cada população surgem diferenças genéticas (www.ib.usp.br. Adaptado.) É correto afirmar que (A) a ocorrência de mutações, recombinações genéticas e pressões seletivas diferenciadas em cada população permitiu que resultassem em espécies distintas. (B) o patrimônio genético das duas populações é idêntico, porém, como possuem cores diferentes, não se reconhe- cem mais como sendo da mesma espécie. (C) não houve a ocorrência de variabilidade genética entre as populações, de modo que permitissem a troca de genes entre elas. (D) o isolamento geográfico não interferiu na especiação, pois a população original já possuía um conjunto gênico que iria determinar esse fenômeno. (E) as duas populações formadas são de raças diferentes, pois não conseguem acasalar entre si. �14�Um indivíduo AaBb produziu apenas 50% de gametas Ab e 50% de gametas aB. Pode-se concluir corretamente que (A) os alelos A e b estão no mesmo cromossomo e os alelos a e B estão em outro cromossomo. (B) houve permuta entre os cromossomos homólogos e a taxa de recombinação foi de 50%. (C) houve permuta entre os cromossomos homólogos e a taxa de recombinação foi de 25%. (D) ocorreu segregação independente entre os cromosso- mos homólogos e houve permuta entre eles. (E) os alelos A e B estão no mesmo cromossomo e os alelos a e b estão em outro cromossomo. 15 Para as Ciências Biológicas é fundamental conhecer a Teoria de Darwin para entender a evolução dos seres vivos. Assim, a frase que pode ilustrar um exemplo dessa teoria de forma simplificada é: (A) A evolução biológica direciona as espécies de modo que fiquem mais perfeitas. (B) A seleção natural é um processo aleatório, garantindo a sobrevivência dos mais aptos. (C) Os organismos com variações vantajosas têm mais chance de sobrevivência e de reprodução. (D) Os seres vivos desenvolvem estratégias adaptativas para sobreviver em determinado meio. (E) Os organismos com quaisquer variações sobrevivem, independentemente do meio. 7 UNIC1202/002-Prova-II-tarde 19 A figura ilustra dois possíveis padrões de crescimento popu- lacional de determinada espécie. gerações explosão populacional morte por falta de alimento a população é mantida em equilíbrio pelos inimigos naturais curva em S curva em Ja f c g d e p o p u la çã o b (César e Sezar. Biologia, 2007.) É correto afirmar que (A) o segmento f da curva em J ocorre porque há forte resis- tência ambiental, favorecendo a população. (B) a curva em S ocorre somente em populações criadas em cativeiro controlado pelo homem. (C) a oscilação apresentada na curva em S mostra que exis- tem fatores bióticos que podem interferir no crescimento da população. (D) o segmento g da curva em J mostra que um fator abiótico pode interferir na população. (E) a curva em S apresenta períodos de crescimento porque existe a resistência ambiental atuando nesses momentos sobre a população. 20 O gráfico expressa a análise de duas parasitoses (A e B) que acometem frequentemente uma determinada região. tempo n ú m e ro d e i n d iv íd u o s a fe ta d o s A B Por mais que as secretarias de saúde dos municípios orien- tem e indiquem as medidas preventivas, essas doenças apresentam-se repetidamente dessa forma em cada ano. É correto concluir que as doenças A e B enquadram-se em casos, respectivamente, de (A) epidemia e pandemia. (B) epidemia e endemia. (C) endemia e pandemia. (D) endemia e epidemia. (E) pandemia e endemia. 17 Os roedores rabos-de-facho da caatinga são importantes na manutenção do ecossistema e um exemplo disso é a rela- ção entre esses animais e a distribuição dos araçás-de-boi, arbustos da família das goiabas cujas sementes são seu ali- mento predileto. Esses animais vivem onde há abundância dessas plantas, embora não se saiba o quanto isso se deve à própria ação dos animais. O fato é que eles enterram algu- mas sementes perto de suas tocas, mas não se sabe quantas recuperam depois e se sua ação pode ter contribuído para a densidade dessas plantas. (Pesquisa Fapesp, abril de 2012. Adaptado.) A relação ecológica mais provável, entre os seres citados, é a de (A) protocooperação. (B) amensalismo. (C) comensalismo. (D) predatismo. (E) sociedade. 18 A plantação consorciada, ou seja, o plantio de leguminosas juntamente com plantas não leguminosas como o milho, pode melhorar a produção da lavoura, porque (A) haverá um maior número de plantas ocupando uma mesma área, facilitando a aplicação de adubo sintético com nitrato, reduzindo o custo para o produtor. (B) nas raízes das leguminosas existem bactérias fixadoras de nitrogênio, que aumentam o teor de nitrogênio no solo, favorecendo as plantas não leguminosas. (C) são plantas monocotiledôneas e eudicotiledôneas na mesma área e elas não competem pelos mesmos nu- trientes presentes no solo. (D) produzem flores e frutos em épocas diferentes do ano e isso significa que não competem pelo gás carbônico no mesmo período. (E) nas raízes de milho existem bactérias fixadoras de ni- trogênio, que aumentam o teor de nitrogênio no solo, favorecendo as plantas leguminosas. 8UNIC1202/002-Prova-II-tarde 23 No primeiro parágrafo, a palavra they refere-se a (A) vision and other senses. (B) a deaf person. (C) senses. (D) neurons in the auditory cortex. (E) atrophy and go to waste. �24�Normally, Heschl’s gyrus locates (A) the visual cortex. (B) the auditory cortex. (C) vision and smell zone. (D) the occipital lobe. (E) the touch sense. 25 No texto, a frase do terceiro parágrafo – a similar phenomenon was discovered – indica que (A) os cegos e os surdos compensam a falta de um sentido com o tato. (B) as pesquisas anteriores e a pesquisa recente chegaram a conclusões parecidas. (C) adultos apresentam lentidão na adaptação à perda de um sentido, ao contrário das crianças. (D) tanto os cegos como os surdos têm o córtex danificado.(E) a visão e a audição são sempre processadas na mesma região cerebral. �26�A pesquisa mencionada no texto (A) foi conduzida por pesquisadores de um jornal na área de neurologia. (B) fez parte da pesquisa anterior com cegos que é mais ampla. (C) foi publicada em duas revistas científicas. (D) usou 25 voluntários, sendo que 12 desses tinham audição normal. (E) foi financiada por diversos órgãos do governo ame- ricano. 27 No último parágrafo – Losing one sense may cause the brain to become rewired. –, a palavra may indica uma ideia de (A) probabilidade. (B) obrigação. (C) condição. (D) certeza. (E) permissão. iNstrução: Leia o texto para responder às questões de números 21 a 27. Really? The brain gets rewired if one of the senses is lost August 6, 2012 By Anahad O’Connor • The facts Certain regions of the human brain are dedicated to the various senses. The visual cortex handles vision, for example, while the auditory cortex processes sound. But what happens if one of the senses is lost? Do the neurons in the auditory cortex of a deaf person atrophy and go to waste, for instance, or are they put to work processing vision and other senses? In studies, scientists have shown that when one sense is lost, the corresponding brain region can be recruited for other tasks. Researchers learned this primarily by studying the blind. Brain imaging studies have found that blind subjects can locate sounds using both the auditory cortex and the occipital lobe, the brain’s visual processing center. But recently a similar phenomenon was discovered in the deaf. In a study financed by the National Institutes of Health and published in The Journal of Neuroscience, researchers recruited 13 deaf volunteers and a dozen volunteers with normal hearing and looked at what happened in their brains when touch and vision responses were stimulated. They found that both senses were processed in Heschl’s gyrus, where the auditory cortex is situated, suggesting that this part of the brain had been dedicated to other senses. Other studies have shown that structural changes in the auditory cortex are noticeable in the brains of deaf children from a very early age. • The bottom line Losing one sense may cause the brain to become rewired. (http://well.blogs.nytimes.com. Adaptado.) 21 As pesquisas mencionadas no texto mostram que (A) a perda de um sentido faz com que a função das regiões cerebrais seja alterada. (B) o cérebro das crianças pequenas ainda não apresenta regiões especializadas para visão ou audição. (C) o córtex auditivo se degenera e se perde em pessoas surdas. (D) a visão e a audição são processadas em um único córtex em pessoas dotadas de visão e de audição. (E) as pessoas cegas acabam ficando com dificuldade de audição devido à atrofia do lobo occipital. 22 No primeiro parágrafo, a palavra while equivale, em por- tuguês, a (A) quando. (B) ao mesmo tempo. (C) frequentemente. (D) durante. (E) enquanto. 9 UNIC1202/002-Prova-II-tarde 28 Segundo o texto, a corrida (A) não deve ser praticada por quem está acima do peso ideal. (B) alterna alto e baixo impacto sobre as articulações. (C) pode ser a melhor maneira de entrar em forma física. (D) deve ser sempre executada em ritmo lento, chamada assim de jogging. (E) pode ser perigosa para quem tem osteoporose, ou seja, baixa densidade óssea. 29 The text recommends people to (A) run with friends so one can talk and socialize as well. (B) get a doctor’s advice before starting to run in case there is a certain health problem. (C) wear warm clothes and a right pair of running shoes. (D) preferentially go to a gym because it is a safe and controlled environment. (E) be enthusiastic and start running for half an hour at least three days a week. 30 The first step to start exercising is (A) brisk walk. (B) slow jog. (C) a warm down. (D) stretching. (E) a warm up. 31 Uma das vantagens da corrida apregoada no texto é que ela (A) cura diversas doenças como asma e hipertensão. (B) dificilmente entedia as pessoas. (C) pode ser praticada a qualquer hora e em qualquer lugar. (D) não é mais difícil que a caminhada. (E) independe de estado de saúde ou idade. 32 No trecho do primeiro parágrafo – although jogging is often used to describe running at a slow pace. –, a palavra although equivale, em português, a (A) tal como. (B) todavia. (C) portanto. (D) devido a. (E) afinal. iNstrução: Leia o texto para responder às questões de números 28 a 40. Running/jogging Running might just be the ultimate way to get fit: it’s cheap, can be done anywhere, at any time and, most importantly, is very effective. There’s really no difference between running and jogging, although jogging is often used to describe running at a slow pace. Whatever you call it, all you need is a good pair of running shoes and a little enthusiasm. As long as you’re healthy and take it easy to start with, anyone can run. If you have a history of diabetes, chest pain, angina, asthma, epilepsy, high blood pressure, have had recent surgery or are pregnant, consult a doctor first. As a high-impact activity, running may maintain or increase bone density, helping to offset osteoporosis. But it can also put more stress on your joints than lower impact activities such as walking and cycling, especially if you’re overweight. Again, if you’re concerned, consult your doctor. As with all exercise, you must warm up first. Start by walking at a brisk pace, then gradually break into a slow jog. Run at a pace at which you can still hold a conversation, but which definitely feels harder than walking. If you’re getting too breathless to talk, slow down or walk for a while until you’re breathing more easily. To begin with, aim to run/walk in this way for ten minutes in total. Do this every second or third day, gradually reducing the walking time and increasing the running until you can run for the full ten minutes. At the end of each session, warm down by finishing with a slow jog or brisk walk until your heart rate and breathing have returned to more normal levels. Stretch while your muscles are still warm. Next, start to increase the total duration of your run by a minute or two every third session, until you can manage 30 minutes three times a week. Even if you’re feeling good, don’t be tempted to increase your running time by more than ten per cent each week. Many people are put off by running because they find it boring. For this reason, it is important to get a bit of variety in your running. There are many different sorts of running – road running, cross-country running, fell running (running in the hills), or you could run at your local athletics track, or even on a treadmill at the gym (though running on a moving treadmill uses less energy). Other ways to stay motivated include: • Have a clear aim, such as competing in a local fun run or being able to run non-stop for an hour. • Be realistic. Don’t commit to run a marathon in three months if you’ve never run before. • Think of yourself as a runner and make running a habit, just like cleaning your teeth. • Think in terms of “when I go for my run” rather than “if I go for a run”. • Keep a diary. Record your progress, the time of day, weather, how you felt, where you went and so on. (www.bbc.co.uk. Adaptado.) 10UNIC1202/002-Prova-II-tarde 38 Para manter a motivação é necessário (A) correr diariamente independentemente do clima. (B) habituar-se a correr. (C) correr sempre no mesmo horário e durante o mesmo tempo. (D) preparar-se para uma maratona durante três meses. (E) correr por prazer sem competir com os companheiros. 39 No trecho do texto – Have a clear aim, such as competing in a local fun run –, a expressão such as pode ser substituída, sem alteração de sentido, por (A) for. (B) so. (C) like. (D) then. (E) to. �40�No trecho do texto – Think in terms of “when I go for my run” rather than “if I go for a run”.–, rather than indica uma (A) substituição. (B) adição. (C) condição. (D) alternativa. (E) comparação. 33 O trecho do primeiro parágrafo – Whatever you call it – pode ser substituído, sem alteração de sentido, por (A) How would you like to call it (B) It doesn’t matter how you name it (C) One has to call it anyway (D) You should refer to it correctly (E) However, if you call it �34�No trecho do segundo parágrafo – As long as you’re healthy and take it easy to start with, anyone can run. –, as long as equivale, em português, a (A) durante o tempo. (B) apesar de. (C) ao longo do percurso. (D) contanto que. (E) quando. 35 No texto, um exemplo de atividade física de baixo impacto é (A) correr ao ar livre. (B) correr na esteira da academia. (C) trotar ou fazer jogging. (D) andar de bicicleta. (E) fazer ginástica. �36�No trecho do terceiro parágrafo – you must warm up first. – a palavra must pode ser substituída, sem alteração de sentido, por (A) had to. (B) can. (C) may. (D) have to. (E) could. 37 O trecho do quinto parágrafo – Many people are put off by running – quer dizer que muitas pessoas (A) correm devagar demais. (B) se esforçam para correr. (C) estão habituadas a correr. (D) se beneficiam da corrida. (E) se desanimam com a corrida. 11 UNIC1202/002-Prova-II-tarde Aí, quando vêm a hipertensão, o diabetes, a artrite, o derra- me cerebral ou o ataque cardíaco, maldiz a própria sorte, atribui a culpa à vontade de Deus e reclama do sistema de saúde que não fez por você tudo o que deveria. Desculpe a curiosidade: e você, pobre injustiçado, não tem responsabilidade nenhuma? (Drauzio Varella. Folha de S.Paulo, 05.05.2012. Adaptado.) �41�O autor defende que o homem de hoje (A) precisa ser mais cuidadoso com sua saúde. (B) preocupa-se em excesso com seu bem-estar. (C) não tem disposição para atividades físicas por comer pouco. (D) não é culpado por desenvolver doenças crônicas. (E) vive mais porque já sabe controlar seus impulsos de fome. �42�O trecho do terceiro parágrafo – [...] mulheres que engravi- dam pela primeira vez depois dos 40 anos têm quatro vezes mais chance de chegar aos 90 anos. – é usado como argu- mento para defender a ideia de que (A) os indivíduos vivem mais quando transmitem seus genes aos filhos mais cedo. (B) a entrada precoce na fase reprodutiva tem garantido maior longevidade. (C) o aumento da expectativa de vida tem levado as mulheres a engravidar muito tarde. (D) as mulheres que têm hábitos saudáveis entram na fase reprodutiva após os 40 anos. (E) a longevidade está ligada ao amadurecimento sexual mais tardio. �43�De acordo com o autor, uma característica que o homem moderno herdou da época das cavernas é sua tendência a (A) preocupar-se com a higiene pessoal. (B) evitar o ganho de peso. (C) consumir alimentos calóricos. (D) desperdiçar energia. (E) acumular gordura após os 60 anos. iNstrução: Leia o texto para responder às questões de números 41 a 48. Longevidade irresponsável Em 1900, a expectativa de vida ao nascer de um brasileiro era de míseros 33,7 anos. Nossa espécie desceu das árvores na África há pelo menos 5 milhões de anos. Passamos quase toda a história abrigados em cavernas, atormentados pela fome, pelas doenças infecciosas e por predadores. A mortalidade infantil era estratosférica; poucos chegavam aos 20 anos em condições ra- zoáveis de saúde. Milhões de anos de privações moldaram mui- tas de nossas características atuais. A mais importante delas foi a maturidade sexual precoce. Vivíamos tão pouco que levavam vantagem na competição as meninas que menstruavam antes e os meninos que produziam espermatozoides mais cedo. Quanto mais depressa concebiam filhos, maior a probabilidade de transmitir seus genes às gera- ções futuras. A precocidade da fase reprodutiva impôs limites mais mo- destos à duração da vida. Em todos os animais, quanto mais tarde acontece o amadurecimento sexual, maior é a longevida- de. Se nossos antepassados tivessem começado a ter filhos só depois dos 50 anos, agora passaríamos dos 120 com facilidade. O acompanhamento de coortes de centenários confirma essa su- posição: mulheres que engravidam pela primeira vez depois dos 40 anos têm quatro vezes mais chance de chegar aos 90 anos. A segunda característica moldada nas cavernas foi nosso padrão alimentar. Somos descendentes de mulheres e homens que lutavam para conseguir alimentos altamente calóricos, por- que deles dependia a sobrevivência da família. Como o acesso a eles era ocasional, nessas oportunidades comiam até não pode- rem mais. Bem alimentados, evitavam movimentar-se para não malbaratar energia. Durante milhões de anos, nosso cérebro privilegiou os me- canismos responsáveis pelo impulso da fome e pela economia de gasto energético, em prejuízo daqueles que estimulam a sacieda- de e a disposição para a atividade física. De repente, veio o século 20, com o saneamento básico, as noções de higiene pessoal, as tecnologias de produção e conser- vação de alimentos, as vacinas e os antibióticos. Em apenas cem anos, a expectativa de vida no Brasil atingiu os 70 anos; mais do que o dobro em relação à de 1900, feito que nunca mais será repetido. A continuarmos nesse passo, em 2030 atingiremos a expec- tativa de 78 anos. A faixa etária que mais cresce é a que está com mais de 60 anos. Sabendo que atualmente 75% dessa população sofre de enfermidades crônicas, a saúde pública estará prepa- rada para enfrentar esse desafio? Pelo andar da carruagem, é quase certo que não. Mas não é esse o tema que pretendo tratar, leitor: quero chamar a atenção para a nossa irresponsabilidade ao lidar com o corpo. Aos 40 anos, você pesa dez quilos mais do que aos 20. Aos 60, já acumulou mais uma arroba de gordura, não resiste aos doces nem aos salgadinhos, fuma, bebe um engradado de cerve- ja de cada vez, é viciado em refrigerante, só sai da mesa quando está prestes a explodir e ainda se dá ao luxo de passar o dia no conforto. 12UNIC1202/002-Prova-II-tarde �46�Observe a frase do quarto parágrafo: 1 – Como o acesso a eles era ocasional, 2 – nessas oportunidades comiam até não poderem mais. Considerando a relação de sentido estabelecida entre os enunciados 1 e 2, é correto afirmar que a frase está correta- mente reescrita, sem alteração de sentido, em: (A) Caso o acesso a eles fosse ocasional, nessas oportunidades comeriam até não poderem mais. (B) Uma vez que o acesso a eles era ocasional, nessas opor- tunidades comiam até não poderem mais. (C) Por mais que o acesso a eles fosse ocasional, nessas oportunidades comiam até não poderem mais. (D) Conquanto o acesso a eles fosse ocasional, nessas opor- tunidades comiam até não poderem mais. (E) Todas as vezes que o acesso a eles era ocasional, nessas oportunidades comiam até não poderem mais. �47�O autor emprega com evidente ironia a expressão destacada em: (A) Em apenas cem anos, a expectativa de vida no Brasil atingiu os 70 anos [...]. (6 º parágrafo) (B) Quanto mais depressa concebiam filhos, maior a proba- bilidade de transmitir seus genes às gerações futuras. (2.º parágrafo) (C) Desculpe a curiosidade: e você, pobre injustiçado, não tem responsabilidade nenhuma? (último parágrafo) (D) Sabendo que atualmente 75% dessa população sofre de enfermidades crônicas, a saúde pública estará prepa- rada para enfrentar esse desafio? (7.º parágrafo) (E) A faixa etária que mais cresce é a que está com mais de 60 anos. (7.º parágrafo) �48�Está correto, segundo a norma-padrão da língua portuguesa, o que se afirma em: (A) No trecho — Na época das cavernas, disputava-se ali- mentos altamente calóricos. —, a concordância verbal está correta. (B) No trecho — [...] nessas oportunidades comiam até não poderem mais. (4.º parágrafo) —, a preposição até indica direção e intenção. (C) No trecho — Aí, quando vêm a hipertensão, o diabetes, a artrite, o derrame cerebral [...]. (último parágrafo) —, as palavras hipertensão e cerebral são formadaspor derivação sufixal. (D) No trecho — Mulheres cuja a gravidez chega depois dos 40 anos têm mais chance de chegar aos 90. —, a coesão textual constrói-se adequadamente com o em- prego do relativo cuja. (E) No trecho — Mas não é esse o tema que pretendo tratar, leitor [...]. (7.º parágrafo) —, o demonstra- tivo esse retoma um assunto mencionado anterior- mente. �44�Embora o texto seja argumentativo, é possível observar a forte presença da narração no trecho: (A) Se nossos antepassados tivessem começado a ter filhos só depois dos 50 anos, agora passaríamos dos 120 com facilidade. (3.º parágrafo) (B) Desculpe a curiosidade: e você, pobre injustiçado, não tem responsabilidade nenhuma? (último parágrafo) (C) Mas não é esse o tema que pretendo tratar, leitor: quero chamar a atenção para a nossa irresponsabilidade ao lidar com o corpo. (7.º parágrafo) (D) [...] a saúde pública estará preparada para enfrentar esse desafio? Pelo andar da carruagem, é quase certo que não. (7.º parágrafo) (E) De repente, veio o século 20, com o saneamento bá- sico, as noções de higiene pessoal, as tecnologias de produção e conservação de alimentos, as vacinas e os antibióticos. (6.º parágrafo) �45�Assinale a alternativa em que a expressão destacada intro- duz uma hipótese e pode ser substituída pelo conectivo se, sem alteração do sentido da frase. (A) Quanto mais depressa concebiam filhos, maior a pro- babilidade de transmitir seus genes às gerações futuras. (2.º parágrafo) (B) Aí, quando vêm a hipertensão, o diabetes, a artrite, o derrame cerebral ou o ataque cardíaco, maldiz a pró- pria sorte, atribui a culpa à vontade de Deus e reclama do sistema de saúde que não fez por você tudo o que deveria. (último parágrafo) (C) Vivíamos tão pouco que levavam vantagem na competi- ção as meninas que menstruavam antes e os meninos que produziam espermatozoides mais cedo. (2.º parágrafo) (D) A continuarmos nesse passo, em 2030 atingiremos a expectativa de 78 anos. (7.º parágrafo) (E) Somos descendentes de mulheres e homens que lutavam para conseguir alimentos altamente calóricos, porque deles dependia a sobrevivência da família. (4.º parágrafo) 13 UNIC1202/002-Prova-II-tarde iNstrução: Leia o poema de Carlos Drummond de Andrade para responder às questões de números 51 e 52. Congresso internacional do medo Provisoriamente não cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços, não cantaremos o ódio porque esse não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte, depois morreremos de medo e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. (Antologia poética, 2012.) 51 No poema, o medo é apresentado como um sentimento que (A) estende-se com parcimônia às pessoas religiosas. (B) leva os indivíduos a serem mais compreensivos uns com os outros. (C) integra a realidade de todos os seres humanos. (D) deve ser ignorado, pois não se sobrepõe ao amor ou ao ódio. (E) equivale ao ódio e, por isso, deve ser combatido. 52 Considerando a temática abordada no poema, publicado em Sentimento do Mundo, durante a segunda fase do Modernis- mo brasileiro, é correto afirmar que o poeta faz referência ao contexto da (A) Inconfidência Mineira. (B) Segunda Guerra Mundial. (C) Ditadura Militar no Brasil. (D) Revolução Constitucionalista. (E) Guerra Fria. �49� PARABÉNS! ! NOVO _______ MUNDIAL! O SR. ESTÁ ____________, SEM INTERNET E SEM CELULAR, ____ EXATOS 1 MINUTO E DEZESSETE SEGUNDOS!!... (www.cartuns.com.br. Adaptado.) Assinale a alternativa cujos termos completam, correta e respectivamente, as lacunas. (A) récorde – desconectado – à (B) recorde – disconectado – há (C) récorde – desconectado – a (D) recorde – desconectado – há (E) récorde – disconectado – a 50 Assinale a alternativa que contém o texto adequado para cir- cular em uma situação de comunicação formal, atendendo aos requisitos da norma culta. (A) Os colaboradores interessados em receber a primeira parcela do décimo terceiro salário em julho devem en- tregar os formulários preenchidos a seus respectivos chefes de departamento até 30 de janeiro. (B) Os interessados de receber a primeira parcela do décimo terceiro salário em julho vão ter que preencher e entregar os formulários a seus próprios chefes de departamento até 30 de janeiro. (C) Se você deseja receber a primeira parcela do décimo terceiro salário em julho, faz o seguinte: preenche os formulários e entrega ao seu chefe de departamento até 30 de janeiro. (D) Quem tiver aguardando o recebimento da primeira parcela do décimo terceiro salário em julho deverá en- tregar os formulários preenchidos ao seu próprio chefe de departamento até 30 de janeiro. (E) Para receber a primeira parcela do décimo terceiro salá- rio em julho, os funcionários precisam preencher os for- mulários e entregar eles a seus chefes de departamento até 30 de janeiro. 14UNIC1202/002-Prova-II-tarde iNstrução: Leia o trecho da narrativa Pequena História da República, de Graciliano Ramos, para responder às questões de números 55 a 57. Em 1889 o Brasil se diferenciava muito do que é hoje: não possuíamos Cinelândia nem arranha-céus; os bondes eram puxados por burros e ninguém rodava em automóvel; o rádio não anunciava o encontro do Flamengo com o Vasco, porque nos faltavam rádio, Vasco e Flamengo; na Estrada de Ferro Central do Brasil morria pouca gente, pois os homens, escas- sos, viajavam com moderação; existia o morro do Castelo, e Rio Branco não era uma avenida — era um barão, filho de visconde. O visconde tinha sido ministro e o barão foi ministro depois. Se eles não se chamassem Rio Branco, a avenida teria outro nome. As pessoas não voavam, pelo menos no sentido exato des- te verbo. Figuradamente, sujeitos sabidos, como em todas as épocas e em todos os lugares, voavam em cima dos bens dos outros, é claro; mas positivamente, a mil metros de altura, o voo era impossível, que Santos Dumont, um mineiro terrível, não tinha fabricado ainda o primeiro aeroplano, avô dos que por aí zumbem no ar. Os homens maduros de hoje eram meninos. O sr. Getúlio Vargas, no sul, montava em cabos de vassoura; o sr. Ministro da Guerra comandava soldados de chumbo; o sr. Ministro da Educação vivia longe da escola, porque ainda não existia. Nesse tempo o chefe do governo, o sr. d. Pedro II, Impe- rador, dispunha de longas barbas brancas respeitáveis e nas horas de ócio estudava hebraico, língua difícil, inútil à admi- nistração e à política. Todos os homens notáveis e idosos eram barbudos, conforme se vê em qualquer história do Brasil de perguntas e respostas. José de Alencar, romancista enorme, tinha tido barbas enormes, perfeitamente iguais às do Impera- dor — e chegara a ministro. (Alexandre e outros heróis, 1996. Adaptado.) 55 Ao comparar a maneira como a figura do Imperador é des- crita nos textos de Mário de Andrade e Graciliano Ramos, é correto concluir que, em ambos os textos, o Imperador é representado como um homem (A) culto e interessado em assuntos alheios à política. (B) revolucionário e decidido a morrer por seus ideais. (C) ambicioso e determinado a expandir seu império. (D) boçal e habituado a uma vida boêmia. (E) intrépido e notável em virtude de seus grandes feitos. iNstrução: Leia os versos iniciais do poema de Mário de Andrade para responder às questões de números 53 a 55. O poeta come amendoim Noites pesadas de cheiros e calores amontoados... Foi o Sol que por todo o sítio grande do Brasil Andou marcando de moreno os brasileiros. Estou pensando nos tempos de antes de eu nascer... A noite era pra descansar. As gargalhadas brancas dos mulatos. Silêncio! O Imperador medita os seus versinhos. Os caramurus conspiram na sombra das mangueiras ovais.Só o murmurejo dos Cre’m-Deus-Padres irmanava os homens [do meu país. Duma feita os canhamboras souberam que não tinha mais [escravos, Por causa disso muita irmã do Rosário se perdeu. Porém o desastre verdadeiro foi embonecar esta República [temporã. Analfabetolândia Carijó... A gente ainda não sabia se governar... Progredir, progredimos um tiquinho Que o progresso também é uma fatalidade. (Revista do Brasil, março de 1925.) 53 Um tema recorrente na poesia da primeira fase do Moder- nismo brasileiro que é central nesse e em vários textos de Mário de Andrade relaciona-se à (A) exaltação da cultura erudita. (B) liberdade de crenças. (C) formação da nação brasileira. (D) beleza da paisagem europeia. (E) saudade da terra natal. �54�Quanto ao arranjo formal do poema, observam-se alguns traços da estética modernista, dentre eles o uso de uma lin- guagem (A) coloquial, com versos livres. (B) informal, com versos decassílabos. (C) cuidada, com versos regulares. (D) formal, com versos de sete sílabas. (E) impessoal, com versos brancos. 15 UNIC1202/002-Prova-II-tarde 59 Leia o poema de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem: cada um como é. (Obra poética, 1995.) É correto afirmar que o eu lírico, Alberto Caeiro, (A) ressente-se do caráter inconstante da natureza. (B) sente-se totalmente integrado à natureza. (C) desqualifica as contradições da natureza. (D) é indiferente à beleza da natureza. (E) vive alheio às mudanças da natureza. �60� Hagar Dik Browne GOSTARIA QUE VOCÊ NÃO ALIMENTASSE O CACHORRO QUANDO ESTIVÉSSEMOS À MESA. NÃO VEJO POR QUE... ELE PRECISA APRENDER A CORRER OS MESMOS RISCOS QUE O RESTANTE DE NÓS. (Folha de S.Paulo, 01.04.2012.) Na frase – Ele precisa aprender a correr os mesmos riscos que o restante de nós. –, o trecho destacado pode ser subs- tituído, considerando-se as regras de regência da norma-pa- drão da língua portuguesa, por (A) submeter-se dos. (B) submeter-se nos. (C) submeter-se aos. (D) submeter-se pelos. (E) submeter-se os. �56�O narrador faz um contraste entre o Brasil de 1889 e o Brasil de sua época, expressando-se de modo (A) solene. (B) grandiloquente. (C) panfletário. (D) lamurioso. (E) bem-humorado. 57 O sentido figurado do verbo voar, no segundo parágrafo do texto, relaciona-se à ação de (A) depredar. (B) admirar. (C) emprestar. (D) conceder. (E) tomar. 58 Leia o trecho do romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo, para assinalar a alternativa que completa, correta e respecti- vamente, as lacunas da frase que segue. O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes disper- sas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e resingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra. Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vi- nham como formigas; fazendo compras. Nesse trecho da narrativa, percebe-se que o cortiço é descrito como um lugar , enquanto os personagens são caracterizados como . (A) caótico – seres irracionais (B) organizado – insetos repugnantes (C) miserável – pessoas apáticas (D) movimentado – negros escravos (E) alegre – representantes da elite 16UNIC1202/002-Prova-II-tarde REDAÇãO TexTo 1 Superexposição da vida privada em blogs, twitters, reality shows, biografias, documentários, autorretratos. Essa parece ser a marca mais evidente da atualidade. Será que a vida só faz sentido se houver plateia que avalize ações mais corriqueiras do cotidiano? Ao que parece, não existe mais o desconforto com a invasão da privacidade para uma parcela expressiva das pessoas conectadas neste mundo da internet. Mais: a intimidade passou a ser moeda de valorização de perfis em sites onde a exposição pública de atos banais, como comer banana com aveia, passa a povoar o espaço das imagens postadas nos diferentes lugares, disponíveis para qualquer um que saiba clicar os endereços certos. O limite entre o público e o privado não tem mais sentido e a barreira do pudor estourou, reflete Paula Sibilia. (Wanda Jorge. O cotidiano como espetáculo. http://luz.cpflcultura.com.br. Adaptado.) TexTo 2 A mídia tem publicado vários artigos que ditam regras de conduta para funcionários e candidatos a emprego se comportarem nas redes sociais. O que seria uma cartilha de bons modos, na verdade, fere o direito de livre manifestação do pensamento asse- gurado pela Constituição Brasileira. As redes sociais são ambientes de relações informais e descontraídas. A tese de relacionar o comportamento profissional ao que se posta nas redes equivale a dizer que as empresas levam a sério as banalidades ditas entre amigos num bate-papo de boteco. A fronteira que separa a vida privada da profissional deve ser preservada. É importante lembrar que a livre circulação de manifestações individuais é uma árdua conquista da sociedade civil. (José Luiz Almeida Costa. A censura privada. www.observatoriodaimprensa.com.br. Adaptado.) Considerando as ideias contidas nos dois textos, além de outras informações que você julgar pertinentes, escreva uma redação de gênero dissertativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: redes sociais: froNteiras eNtre o púBlico, o priVado e o profissioNal 17 UNIC1202/002-Prova-II-tarde RAS CUN HO NÃO ASSINE ESTA FOLHA Os�rascunhos�não�serão�considerados�na�correção. 18UNIC1202/002-Prova-II-tarde 19 UNIC1202/002-Prova-II-tarde
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