Buscar

JUIZ RS NFPSSaber

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 296 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 296 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 296 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
2
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
 aviso importante
NFPSS
Este material está protegido por direitos autorais (Lei nº 9.610/98), sendo 
vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação 
ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização expressa 
de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva 
à responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estão 
reservados.
Além da proteção legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-tem-
per baseado em linhas de identificação criadas a partir do CPF do usuário, 
gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do 
arquivo. O código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção 
contra descriptografia, independentemente da conversão do arquivo de PDF 
para os formatos doc, odt, txt entre outros.
3
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
SUMÁRIO
DIREITO CIVIL ............................................................................................................................4
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ............................................................................................. 48
DIREITO DO CONSUMIDOR .............................................................................................100
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ............................................................... 112
DIREITO PENAL ..................................................................................................................... 122
DIREITO PROCESSUAL PENAL .........................................................................................150
DIREITO ELEITORAL............................................................................................................. 173
DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................................193
DIREITO EMPRESARIAL ......................................................................................................212
DIREITO TRIBUTÁRIO ........................................................................................................ 236
DIREITO AMBIENTAL ......................................................................................................... 248
DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................. 262
4
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
NFPSS
DIREITO CIVIL
1. Do Sistema do Código Civil. Fundamentos axiológicos. Princípios Gerais de Direito.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CC/2002
ETICIDADE SOCIALIDADE OPERABILIDADE
Valorização da ética e da boa-fé, 
principalmente daquela que existe 
no plano da conduta de lealdade 
das partes (boa-fé objetiva). 
Todas as categorias civis têm função so-
cial: o contrato, a empresa, a proprieda-
de, a posse, a família, a responsabilida-
de civil. Ex: princípio da função social do 
contrato é expresso no Código Civil de 
2002 (arts. 421 e 2.035, parágrafo único)
Tem dois sentidos: 
Simplicidade (facilitação das ca-
tegorias privadas): pode ser per-
cebido, por ex. pelo tratamento 
diferenciado da prescrição e deca-
dência. 
Efetividade (concretude): foi busca-
do pelo sistema aberto de cláusu-
las gerais1 adotado atualmente.
Funções da boa-fé objetiva no CC/2002:
1. INTERPRETATIVA: art. 113 do CC/2002. 
#INOVAÇÃOLEGISLATIVA 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 
2019)
II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio; (Incluído pela Lei nº 13.874, 
de 2019)
III - corresponder à boa-fé; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
1 
5
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
V - corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida, inferida das demais dispo-
sições do negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as informações disponíveis no momen-
to de sua celebração. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos 
negócios jurídicos diversas daquelas previstas em lei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
2. CONTROLE: controle das condutas humanas, eis que a sua violação pode gerar o abuso de direito, moda-
lidade de ilícito (art. 187).
3. INTEGRATIVA: função de integrar todas as fases pelas quais passa o contrato (art. 422). 
Conceitos parcelares da boa-fé objetiva QUANTO À FUNÇÃO INTEGRATIVA:
a) SUPRESSIO E SURRECTIO: a supressio significa a supressão, por renúncia tácita, a um direito ou de uma 
posição jurídica, pelo seu não exercício com o passar dos tempos. A surrectio, por sua vez, ocorre concomi-
tantemente a isso, pois surge um direito em favor do devedor que não existia juridicamente até então. Vide 
art. 330 do CC/2002.
b) TU QUOQUE: está intrinsecamente relacionada a caracterização do abuso de direito, pois um contratante 
que violou uma norma jurídica não poderá aproveitar-se dessa situação anteriormente criada pelo desres-
peito. 
c) EXCEPTIO DOLI: é conceituada como sendo a defesa do réu contra ações dolosas, contrárias à boa-fé. Aqui a 
boa-fé objetiva é utilizada como defesa, tendo uma importante função reativa. Ex. art. 476 do CC, a exceptio 
non adimpleti contractus. #DESPENCAEMPROVA.
d) VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM: determinada pessoa não pode exercer um direito próprio contrarian-
do um comportamento anterior, devendo ser mantida a confiança e o dever de lealdade, decorrentes da 
boa-fé objetiva.
e) DUTY TO MITIGATE THE LOSS: Trata-se do dever imposto ao credor de mitigar suas perdas, ou seja, o próprio 
prejuízo. 
#SELIGANASSÚMULAS:
Súmula 308 do STJ: A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração 
da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel. 
Súmula 548 do STJ: Incumbe ao credor a exclusão do registro da dívida em nome do devedor no cadastro de 
inadimplentes no prazo de cinco dias úteis, a partir do integral e efetivo pagamento do débito.
6
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
2. Das Normas Gerais do Direito Brasileiro. Interpretação da norma jurídica. Direito subjetivo e 
potestativo. Direitos imprescritíveis. Lesão de direito. Relação jurídica. Lei de Introdução às normas do 
Direito Brasileiro (LICC). 
Art. 1º VACATIO LEGIS: é o período que medeia entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor.
-Correção da norma:
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste 
artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
Art. 2º PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS NORMAS: 
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando 
regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, NÃO revoga nem modifica a 
lei anterior.
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. -
- Revogar é tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatoriedade e pode ser: 
1. Total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada;ou parcial (derrogação): quando apenas parte da lei 
anterior é revogada. 
2. Tácita ou expressa.
 - Repristinação: é a restauração da vigência de uma lei anteriormente revogada em razão da revogação da lei 
revogadora. A regra é não ocorrer a repristinação, entretanto, excepcionalmente, a lei revogada pode ser restaurada 
se houver disposição expressa.
Art. 3º: PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE RELATIVA/MITIGADA: a presunção de conhecimento da lei não é 
absoluta, uma vez que se existem situações excepcionais expressamente previstas em lei em que se admite a ale-
gação de erro de direito. Ex. art. 139, III do CC/2002.
Obrigatoriedade “simultânea”: a lei entra em vigor em todos os locais do país ao mesmo tempo.
7
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Art. 4º INTEGRAÇÃO DAS NORMAS: lacuna normativa é a ausência total de norma para um caso concreto.
Formas de integração de lacunas: Analogia, Costumes e Princ. Gerais do Direito (lembrar de ACP).
Analogia: trata-se da primeira forma de integração de lacuna, cujo fundamento é a igualdade jurídica. Ela se con-
cretiza com a comparação de uma determinada hipótese, não prevista em lei, com outra, já contemplada em lei, 
e pode ter duas formas: 
 Analogia legis: a lacuna será integrada comparando-se uma situação atípica (não tratada na norma) com uma 
outra situação especificadamente prevista em lei (típica). 
 Analogia iuris: o juiz preenche a lacuna com a comparação do caso com o sistema como um todo (análise valora-
tiva do sistema e não com um dispositivo legal específico). 
Art. 5º: INTERPRETAÇÃO DA NORMA: é teleológica e sociológica.
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Art. 6º APLICAÇÃO DA NORMA NO TEMPO: o efeito é imediato e geral. 
Direito adquirido: trata-se de uma concepção exclusivamente patrimonialista, ou seja, é aquele direito que se 
incorporou ao patrimônio do particular. Ressalte-se que a nova lei deverá respeitar o negócio jurídico celebrado 
sob termo ou condição suspensiva.
Coisa julgada: é a autoridade da decisão judicial que torna definitiva e imutável a matéria por ela tratada.
Ato jurídico perfeito: é o ato que já exauriu seus efeitos. Ele é a antítese das relações continuativas, pois estas são 
as que perpassam no tempo (iniciam sob a égide de uma lei e continuam após o início de uma nova lei).
#NOVIDADELEGISLATIVA
Art. 20 LINDB. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos 
abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. 
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação 
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas. 
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, 
ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e admi-
nistrativas. 
8
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições 
para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se 
podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais 
ou excessivos. 
Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades 
reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma 
administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou 
condicionado a ação do agente. 
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos 
que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antece-
dentes do agente. 
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma 
natureza e relativas ao mesmo fato. 
Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre 
norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime 
de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de 
modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.
Parágrafo único. (VETADO). 
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, 
processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais 
da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas 
situações plenamente constituídas. 
Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas em atos públicos de 
caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administra-
tiva reiterada e de amplo conhecimento público. 
 Art. 25. (VETADO). 
Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público, 
inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando 
for o caso, após realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar com-
promisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua 
publicação oficial. 
9
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo: 
I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses gerais; 
II – (VETADO); 
III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de direito reconhecidos por orien-
tação geral; 
IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento e as sanções aplicáveis em 
caso de descumprimento. 
 § 2º (VETADO). 
 Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá impor compen-
sação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos 
envolvidos. 
§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes sobre seu cabimento, 
sua forma e, se for o caso, seu valor. 
§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso processual entre os 
envolvidos. 
Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo 
ou erro grosseiro.
Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade administrativa, salvo os de mera 
organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação de interessados, preferen-
cialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão
§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais condições da consulta 
pública, observadas as normas legais e regulamentares específicas, se houver. 
Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, 
inclusive por meio de regulamentos, súmulasadministrativas e respostas a consultas. 
Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em relação ao órgão 
ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão. 
10
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
3. Das Pessoas. Pessoa Natural. Da personalidade e da capacidade. Dos direitos da personalidade. Da 
ausência. Da curadoria dos bens do ausente. Da sucessão provisória. Da sucessão definitiva. Pessoa 
jurídica. Disposições gerais. Das associações. Das fundações. 
→ PESSOA NATURAL
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
 
- Pessoa natural é o ser humano capaz de direitos e obrigações na esfera civil.
- CAPACIDADE JURÍDICA: A capacidade jurídica se desdobra em: 
 9 Capacidade de direito (capacidade de gozo): Segundo Orlando Gomes, a capacidade de direito con-
funde-se com o próprio conceito de personalidade, ou seja, é a capacidade jurídica genericamente recon-
hecida a qualquer pessoa;
 9 Capacidade de fato (capacidade de exercício): Significa a capacidade de, pessoalmente, exercer os atos 
da vida civil. Nem todas as pessoas a possuem.
Capacidade jurídica plena = capacidade de direito (personalidade) + capacidade de fato (exercício).
- Entes despersonalizados não têm direitos da personalidade, mas têm capacidade jurídica. 
- INCAPACIDADE x IMPEDIMENTO: incapacidade é a falta de aptidão genérica para prática dos atos da 
vida civil. Pode ser absoluta ou relativa. O impedimento, por sua vez, é a falta de legitimação episódica e casuís-
tica que ocasiona o impedimento de praticar atos expressamente previstos pela legislação em razão da posição 
especial que determinada pessoa ocupa em relação a certos interesses. Ex. o tutor, que apesar de ser capaz, não 
pode comprar bens do tutelado (art. 497, I, CC).
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, 
os direitos do nascituro. Parte inferior do formulário
#TEORIAS 
a) Teoria Natalista:
A personalidade somente seria adquirida a partir do nascimento com vida, indepen-
dentemente da forma humana e de um tempo mínimo de sobrevida. O nascituro não 
poderia ser considerado pessoa, tendo mera expectativa de direitos.
b) Teoria da Perso-
nalidade Condicional 
(Condicionalista):
A personalidade jurídica somente seria adquirida sob a condição de nascer com vida, 
embora o nascituro já pudesse ser titular de determinados direitos extrapatrimoniais. 
11
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
c) Teoria Concepcio-
nista:
O nascituro seria considerado pessoa desde a concepção, inclusive, para certos efeitos 
ou direitos patrimoniais. Ex.: herança. Nascendo com vida, consolida-se esse efeito. 
OBS.: Embora não seja uniforme, vem ganhando força nos últimos anos. Ex.: indeniza-
ção por dano moral ao nascituro (REsp 931556/RS), pagamento de seguro DPVAT 
pela morte de um nascituro. 
 
Art. 3º São ABSOLUTAMENTE incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) 
anos.
#ATENÇÃO: A Lei 13.146/15 alterou o regime jurídico das incapacidades, de maneira que apenas o menor de 16 
anos é absolutamente incapaz (arts. 3º e 4º), de maneira que não corre contra este a prescrição aquisitiva ou 
extintiva (art.198, I do CC).
Art. 4º São incapazes, RELATIVAMENTE a certos atos ou à maneira de exercê-los: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV - os pródigos.
- EXTINÇÃO DA PESSOA FÍSICA: A morte marca o fim da pessoa natural (art. 6º do CC – “A existência da pessoa 
natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de 
sucessão definitiva”).
- Além da morte real (à vista do cadáver), existem as seguintes hipóteses de morte presumida: (a) decorrente 
da ausência; (b) decorrente das situações do art. 7º do CC.
 9 (a) Morte presumida por ausência: A ausência é o procedimento em que se declara o estado de desapa-
recimento de uma pessoa do seu domicílio sem deixar procurador. Foi tratada pelo codificador como uma 
situação de morte presumida, a partir do momento em que é aberta a sucessão DEFINITIVA dos bens do 
ausente.
 9 (b) Morte presumida do art. 7º do CC: Estas hipóteses não se confundem com a ausência.
- Note-se na morte presumida existem duas situações: 
 9 A primeira trata da probabilidade extrema de morte daquele que se encontre em perigo de vida. (CC art. 
7º, I). 
12
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
 9 A segunda hipótese trata dos desaparecidos em campanha de guerra ou feito prisioneiro, caso não seja 
encontrado até 02 dois anos após o término da guerra (CC art. 7º, II). 
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos COMO-
RIENTES precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
- É um fenômeno jurídico que ocorre quando dois ou mais indivíduos falecem na mesma ocasião, não se 
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumindo-se simultaneamente mortos. Ex.: 
avião da Chapecoense. Nota-se que não é necessário que a morte tenha ocorrido no mesmo local. A presunção da 
morte simultânea tem como principal efeito que, não havendo tempo ou oportunidade para a transferência de bens 
entre os comorientes, um não herda do outro. #ATENÇÃOPARAASQUESTÕESDESUCESSÃO
→ DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, OS DIREITOS DA PERSONALIDADE SÃO INTRANSMISSÍVEIS E IRRE-
NUNCIÁVEIS, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
INTRANSMISSIBILIDADE Não se transmitem por atos entre vivos ou causa mortis. Mas podem ser prote-gidos os direitos da personalidade de pessoa morta.
INALIENABILIDADE E IR-
RENUNCIABILIDADE
Não podem ser objeto de renúncia ou alienação, no entanto, embora não pos-
sam sofrer limitação voluntária, esta é possível, se não for permanente nem geral 
(Enunciado 4 do CJF).
IMPRESCRITIBILIDADE
Não estão sujeitos à prescrição os direitos da personalidade em si. Mas suas 
projeções econômicas estão sujeitas a prazos prescricionais. #ATENÇÃO Súmula 
149-STF: É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a 
de petição de herança. 
VITALICIEDADE Perduram durante toda a vida do titular e, em regra, adquirem-se desde a con-cepção, salvo as exceções legais e decorrentes da sua própria natureza.
EXTRAPATRIMONIALIDA-
DE
Não podem ser objeto de penhora ou expropriação, muito embora isso seja 
possível quanto às consequências econômicas.
OPONIBILIDADE ERGA 
OMNES
Opõem-se à observância de todos, como predicado da proteção da dignidade 
da pessoa humana.
TUTELA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: O Art. 12, parágrafo único, do CC prevê regra geral, tendo 
como legitimados: ascendentes, descendentes, cônjuge e colaterais até o quarto grau. Por outro turno, o art. 20, 
parágrafo único prevê regra especial, pois só trata de determinados direitos da personalidade (imagem e direitos 
morais do autor), tendo como legitimados apenas os ascendentes, descendentes e cônjuge. 
A tutela jurídica dos direitos da personalidade pode ser preventiva (específica: sub-rogatória, inibitória, remoção do 
ilícito) ou repressiva (reparatória: indenizatória, compensatória). 
- NOME
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
13
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
#APOSTACICLOS: 
Transgênero pode alterar seu prenome e gênero no registro civil mesmo sem fazer cirurgia de trans-
genitalização e mesmo sem autorização judicial. STF. Plenário. RE 670422/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado 
em 15/8/2018 (repercussão geral) (Info 911). Os transgêneros, que assim o desejarem, independentemente da 
cirurgia de transgenitalização, ou da realização de tratamentos hormonais ou patologizantes,possuem o direito 
à alteração do prenome e do gênero (sexo) diretamente no registro civil. STF. Plenário. ADI 4275/DF, rel. orig. Min. 
Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 28/2 e 1º/3/2018 (Info 892).
- PESSOA JURÍDICA
#INOVAÇÃOLEGISLATIVA
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou administrado-
res. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação e segrega-
ção de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, para a geração de empregos, 
tributo, renda e inovação em benefício de todos.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confu-
são patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
ATENÇÃO! O juiz não pode instaurar de ofício o incidente de desconsideração da personalidade jurídica nas 
relações civis.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de 
lesar credores e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Obs. A MP 881/2019 previa o elemento dolo para a caracterização do desvio de finalidade, o que não foi convertido 
pela Lei 13.874/2019. 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada 
por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; (Incluído 
pela Lei nº 13.874, de 2019)
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/8ae1da0fe37c98412768453f82490da2?palavra-chave=transgenero&criterio-pesquisa=e
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/8ae1da0fe37c98412768453f82490da2?palavra-chave=transgenero&criterio-pesquisa=e
14
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente 
insignificante; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigações de sócios ou de 
administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não 
autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica 
específica da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
4. Do Domicílio. Domicílio da pessoa natural. Domicílio da pessoa jurídica. Domicílio do incapaz, do 
servidor público, do militar, do marítimo e do preso.
DOMICÍLIO: é a sede jurídica da pessoa; local em que responderá pelos direitos e deveres assumidos
DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
a) Domicílio voluntário: é aquele fixado pela vontade da 
pessoa, como exercício da autonomia privada.
b) Domicílio necessário ou legal (art. 76 do CC) é o imposto 
pela lei:
- o domicílio dos absolutamente e relativamente incapazes 
(arts. 3.º e 4.º do CC) é o mesmo dos seus representantes;
- o domicílio do servidor público ou funcionário público é 
o local em que exercer, com caráter permanente, as suas 
funções;
- o domicílio do militar é o do quartel onde servir ou do co-
mando a que se encontrar subordinado (sendo da Marinha 
ou da Aeronáutica);
- o domicílio do marítimo ou marinheiro é o do local em 
que o navio estiver matriculado;
- o domicílio do preso é o local em que cumpre a sua pena.
Obs. o domicílio necessário não exclui o voluntário.
c) Domicílio contratual ou convencional: aquele previsto no 
art. 78 do CC. #OLHAOGANCHO: A fixação desse domicí-
lio para um negócio jurídico acaba repercutindo na questão 
do foro competente para apreciar eventual discussão do 
contrato, razão pela qual se denomina tal previsão como 
cláusula de eleição de foro – art. 63, NCPC.
DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA DE DI-
REITO PRIVADO:
Domicílio no lugar onde funcionam as respec-
tivas diretorias e administrações, ou onde 
elegerem o domicílio especial nos seus esta-
tutos. 
Admite-se a pluralidade de domicílios, sendo 
que isso será possível quando a pessoa jurídi-
ca de direito privado tenha diversos estabele-
cimentos, como as agências ou escritórios de 
representação ou administração (art. 75, §1º, 
do CC/02).
15
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
5. Dos Bens. Bens considerados em si mesmo. Móveis e imóveis. Fungíveis e consumíveis. Divisíveis. 
Singulares e coletivos. Bens reciprocamente considerados. Principais e acessórios. Benfeitorias e sua 
classificação. Bens públicos. Distinção dos particulares. Classificação.
1- CONSIDERADOS EM SI MESMOS:
A) Bens imóveis: por natureza ou essência (art. 79, CC/2002); por acessão física industrial ou artificial; por acessão 
intelectual; por disposição legal (art.80, CC/2002).
B) Bens móveis: por natureza ou essência (art. 82); disposição legal (art. 83); por antecipação.
C) Fungíveis (art. 85 do CC);
D) Consumíveis (art. 86 do CC): consuntibilidade física (comer um sanduíche); consuntibilidade jurídica (destinado 
à alienação). 
E) Divisíveis: art. 87 do CC.
F) Singulares: art. 89 do CC.
#APOSTACICLOS: universalidade DE FATO (art.90) x universalidade de DIREITO (art.91). 
2- RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS:
I) Principais (art. 92, 1ª parte): são autônomos e independentes.
II) Acessórios (art.92, 2ª parte): são dependentes e seguem o Princípio da gravitação jurídica. Exceção: pertenças 
(art. 94 do CC/2002).
- Frutos: a) quanto a origem: naturais, industriais ou civis; b) quanto ao estado (pendentes, percebidos, percipien-
dos, consumidos); 
- Produtos (art.93); 
Obs. os frutos e produtos tem origem no bem principal. A diferença é que os primeiros mantêm a integridade do 
bem principal, sem a diminuição da sua substância ou quantidade, ao passo que os segundos diminuem a quanti-
dade e substância do bem principal.
- Pertenças: Destinam-se a servir outro bem principal, por vontade ou trabalho intelectual do proprietário. Não 
constituem partes integrantes.
- Partes integrantes: bens acessórios que estão unidos ao bem principal, formando com este último um todo 
16
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
independente. As partes integrantes são desprovidas de existência material própria, mesmo mantendo sua integri-
dade.
- Benfeitorias: visam a sua conservação ou melhora da utilidade do bem principal (art.96 do CC):
Benfeitorias necessárias Têm por fim conservar ou evitar que o bem se deteriore.
Benfeitorias úteis Aumentam ou facilitam o uso da coisa, tornando-a mais útil.
Benfeitorias voluptuárias São de mero deleite, mero luxo, que apenas tornam mais agradável o uso da coisa.
3- BEM DE FAMÍLIA: há duas formas de bem de família previstas no ordenamento jurídico brasileiro:
a) Bem de família voluntário ou convencional (arts. 1.711 a 1.722 do CC);
b) Bem de família legal (Lei 8.009/1990): Independente de valor, assim como dispensa individualização em 
escritura e registro cartorário. Consagrou-se uma impenhorabilidade do bem de família derivada automaticamente 
da lei. 
Art. 5º, da Lei 8.009/90 Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único 
imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.Parágrafo único. Na hipótese de o 
casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade 
recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e 
na forma do art. 1711 do Código Civil.
#OLHAASÚMULA: 
Súmula 549-STJ: É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação.
Súmula 449 do STJ: a vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem 
de família para efeito de penhora.
Súmula 364-STJ: O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente 
a pessoas solteiras, separadas e viúvas. 
Súmula 486-STJ: É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde 
que a renda obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família. 
Súmula 205-STJ: A Lei 8.009/90 aplica-se à penhora realizada antes de sua vigência. 
6. Dos Fatos Jurídicos. Negócio jurídico. Disposições gerais. Requisitos de validade, forma, modo de 
interpretação e boa-fé. Representação. Condição, termo e encargo. Defeitos. Erro substancial. Dolo. 
Coação. Estado de perigo. Lesão. Fraude contra credores. Características e consequências. Invalidade 
do negócio jurídico. Negócio nulo. Condições de nulidade. Simulação. Negócio anulável. Condições 
de anulabilidade. Convalidação. Requisitos. Decadência. Prazo. Prova dos fatos jurídicos. 7. Dos Atos 
Jurídicos Lícitos e dos Atos Ilícitos. Requisitos de configuração do ato ilícito. Excludentes do ato ilícito.
17
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Fato jurídico em senti-
do estrito: Ato-Fato: Ações Humanas: Ato Jurídico:
9	1ª corrente: 
Todo evento natural ou 
humano que produz 
efeitos jurídicos, seja pela 
criação, modificação, ex-
tinção ou conservação 
de direitos e deveres. 
9	2ª corrente: 
Todo aquele que estabe-
lece uma relação jurídica. 
Basta que seja apto/ca-
paz a produção de efei-
tos.
9	Compor tamento 
que embora derive 
do homem, é des-
provido de vontade 
consciente em sua 
realização e na pro-
jeção dos resultados.
Pessoal, o ato-fato pode 
ser:
•	 Ato-fato real;
•	 Ato-fato indeni-
zatório;
•	 Ato-fato cadufici-
cante.
a) Lícitas: “atos 
jurídicos”.
b) Ilícitas: “atos ilí-
citos”. 
Comportamento huma-
no que viola o ordena-
mento jurídico. 
Não se tem dúvida de 
que o ato ilícito é um 
fato jurídico. O pro-
blema é determinar 
se também é um ato 
jurídico. 
a) Ato jurídico em senti-
do estrito: trata-se do 
simples comportamen-
to humano voluntário 
e consciente, que de-
termina a produção de 
efeitos jurídicos legal-
mente previstos. 
b) Negócio jurídico: de-
claração de vontade 
emitida segundo auto-
nomia privada, nos li-
mites da função social e 
da boa-fé objetiva, pela 
qual as partes preten-
dem atingir efeitos ju-
ridicamente possíveis e 
livremente escolhidos.
-Planos de análise do negócio jurídico (Existência + Validade + Eficácia = Escada Ponteana).
1. PLANO DE EXISTÊNCIA: Trata-se do plano substantivo do negócio jurídico, em que se analisam os elementos 
que compõem a sua existência e sem os quais o negócio é um nada jurídico (inexistente). Apesar de não haver sido 
regulado na parte geral do CC, é amplamente aceito pela doutrina e pela jurisprudência. 
2. PLANO DE VALIDADE: Verifica se o negócio possui aptidão para produzir efeitos. Os pressupostos de validade 
nada mais são que os pressupostos de existência qualificados.
3. PLANO DE EFICÁCIA: No plano da eficácia estudam-se os elementos que interferem na eficácia jurídica do 
negócio jurídico. Esses elementos também são chamados de elementos acidentais do negócio jurídico (acidentais 
porque podem ou não ocorrer). São eles: Condição, Termo e Meio (ou Encargo).
 Î DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO #JÁCAIUNOTJRS 
 
 9 Vício de consentimento: o defeito está na formação da vontade (vontade interna) e o prejudicado é um 
dos contratantes. Ex.: Erro, Dolo, Coação, Lesão ou Estado de Perigo. 
 9 Vício social: o defeito está na manifestação da vontade (vontade externa) e o prejudicado é sempre um 
terceiro. Ex.: fraude contra credores e simulação.
18
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
1. ERRO:
- O erro é uma falsa representação da realidade e causa de anulabilidade do negócio jurídico. 
- Espécies de erro: 
• Negócio: é o que incide sobre a natureza da declaração negocial da vontade. 
• Objeto: é o que incide sobre as características do objeto do próprio negócio. 
• Pessoa: é aquele que incide sobre os elementos de identificação do próprio declarante.
-Erro impróprio? Incide apenas na vontade declarada, e não em sua intenção. Não foi adotada pelo sistema jurí-
dico brasileiro.
2. DOLO:
-Causa de anulabilidade do negócio jurídico e consiste no artifício ou ardil empregado pela outra parte ou por 
terceiro para prejudicar o declarante enganado. É um erro provocado.
-Nos termos do art. 145, somente terá efeito invalidante o dolo principal, ou seja, se atacar a causa do negócio. O 
dolo acidental, previsto no art. 146, por atacar aspectos secundários do negócio, não o invalida, gerando apenas 
obrigação de pagar perdas e danos.
 9 Dolo negativo consiste em uma omissão dolosa de informação ou silêncio intencional que prejudica 
a outra parte do negócio. Traduz quebra do dever de informação e violação à boa fé objetiva (art. 147, 
CC). Gera a invalidade do negócio jurídico.
 9 Dolo Bilateral: Já no dolo bilateral, previsto no art. 150, nenhuma parte pode alegar dolo da outra para 
anular o negócio.
3. COAÇÃO. Art. 151.
-A coação traduz violência. Consiste em uma ameaça ou violência psicológica. Não se confundem com a coa-
ção física (vis absoluta), causadora da inexistência do próprio negócio. 
4. ESTADO DE PERIGO:
-É causa de anulação do negócio jurídico, quando o agente, diante de uma situação de perigo de dano co-
nhecido pela outra parte, assume uma obrigação excessivamente onerosa, em franco desrespeito ao princípio 
da função social. 
CHEQUE CAUÇÃO: o cheque caução como condição para atendimento emergencial em hospitais é exemplo da 
teoria do estado de perigo para justificar a invalidade do ato praticado, constituindo ilícito penal (art. 135-A do CP).
19
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
5. LESÃO:
-É inovação do CC/02. Requisitos: premente necessidade ou inexperiência (elemento subjetivo) + onerosida-
de excessiva (elemento objetivo). Ex.: compra de imóvel financiado no Brasil. 
LESÃO ESTADO DE PERIGO
9	Somente acontece em contratos comutativos. 9	Pode acontecer em negócio unilateral.
9	Iminência de dano patrimonial. 9	Ocorrência de risco pessoal.
9	Elemento subjetivo: premente necessidade/inex-
periência.
9	Elemento subjetivo: situação de perigo conhecida da 
outra parte.
9	Não exige dolo de aproveitamento. 9	Exige dolo de aproveitamento
#DEOLHONAJURIS: É válida a cláusula penal que prevê a perda integral dos valores pagos em contrato de 
compromisso de compra e venda firmado entre particulares. Para a caracterização do vício de lesão, exige-
se a presença simultânea de: a) elemento objetivo (desproporção das prestações); e b) elemento subjetivo (a 
inexperiência ou a premente necessidade). Os dois elementos devem ser aferidos no caso concreto. Tratando-se 
de negócio jurídico bilateral celebrado de forma voluntária entre particulares, é imprescindível a comprovação 
dos elementos subjetivos, sendo inadmissível a presunção nesse sentido. O mero interesse econômico em res-
guardar o patrimônio investido em determinado negócio jurídico não configura premente necessidade para o 
fim do art. 157 do Código Civil. STJ. 3ª Turma. REsp 1723690-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 
06/08/2019 (Info 653).
6. SIMULAÇÃO. ART. 167, CC. 
-Vício social que gera a nulidade do negócio jurídico (não está sujeito a prazo decadencial). O negócio interno 
não é o mesmo do negócio manifestado. Contudo, é admitida a sua conversão (art.170 doCC).
-Enunciado 152, III, Jornada de Direito Civil: “toda simulação, inclusive, a inocente (que não causa prejuízo), é 
invalidante”. 
7. FRAUDE CONTRA CREDORES: 
-É um vício social do negócio jurídico. Para fins de prova objetiva, os negócios praticados em fraude contra credo-
res são anuláveis (art. 171, CC).
-A ação anulatória é chamada de pauliana (origem romana) ou ação revocatória. 
-Requisitos para Caracterização da Fraude Contra Credores
 Î Disposição onerosa: exige a colusão fraudulenta entre as partes (consilium fraudis – elemento subjetivo) e 
o prejuízo ao credor (eventus damni – elemento objetivo). 
20
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
 Î Disposição gratuita: basta o prejuízo ao credor (eventus damni). 
#FOCONASÚMULA: Súmula 195-STJ: Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude contra cre-
dores. 
Fraude contra credores Fraude à execução
9	Instituto de direito civil 9	Instituto de direito processual civil
9	O devedor tem obrigações assumidas e aliena o pa-
trimônio. 
9	O devedor tem ações executivas ou condenatórias 
contra si e aliena o patrimônio. 
9	Há necessidade para o seu reconhecimento de uma 
ação pauliana. 
9	Não há necessidade para o seu reconhecimen-
to de uma ação específica. 
9	Os atos praticados são inválidos. 9	Os atos praticados são ineficazes. 
Súmula 375 do STJ: o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado 
ou da prova de má fé de terceiro adquirente.
NULIDADE ABSOLUTA (NULIDADE) NULIDADE RELATIVA (ANULABILIDADE)
Atinge interesse público Atinge interesse particular
Pode ser suscitada por qualquer interessado, e deve ser 
reconhecia de ofício pelo juiz (art. 168).
Só pode ser suscitada pelos interessados (art. 177).
É irratificável (art. 169, 1ª parte), ou seja, é insuscetível de 
confirmação.
É ratificável (art. 172). Pode ser suprida, sanada, 
inclusive pelas partes.
Sentença produz efeitos EX TUNC, pois, regra geral, o 
ato nulo não produz efeitos.
O tema se tornou controvertido.
Não convalesce pelo decurso do tempo (art. 169, parte 
final). Isso significa que a nulidade é imprescritível.
Ação anulatória possui prazos decadenciais (4 ou 2 
anos – art. 178 e 179, CC);
Art. 166. É NULO o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, 
for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere 
essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a 
prática, sem cominar sanção.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na 
lei, é ANULÁVEL o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado 
de perigo, lesão ou fraude contra credores.
21
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
→ ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO
CONDIÇÃO TERMO ENCARGO/MODO
Evento futuro e INCERTO Evento futuro e CERTO Cláusula acessória à liberalidade
Quando suspensiva: suspende a 
aquisição e o exercício do direito
Quando suspensivo: NÃO impede a 
aquisição do direito, mas, apenas o seu 
exercício - gera direito adquirido.
NÃO impede a aquisição nem o 
exercício do direito - gera direito 
adquirido
Condição incertus an incertus: há 
absoluta incerteza em relação 
à ocorrência do evento futuro e 
incerto
Termo certus an certus: há certeza 
quanto ao evento futuro e quanto ao 
tempo de duração.
Condição incertus an certus: não 
se sabe se o evento ocorrerá, 
mas, se acontecer, será dentro de 
um determinado prazo
Termo certus an incertus: há certeza 
quanto ao evento futuro, mas incerte-
za quanto à sua duração.
8. Da Prescrição e da Decadência. Conceitos. Tratamento dispensado pelo atual Código Civil. Disposições 
gerais. Prescrição. Exceção, renúncia, oportunidade de alegação, reconhecimento ex officio e iniciativa 
do interessado. Interrupção e suspensão da prescrição. Causas, fato com origem criminal. Termo legal da 
prescrição. Solidariedade. Aproveitamento da prescrição. Condições. Prazos de prescrição. Decadência. 
Legal e convencional. Renúncia. Meios de prova.
#CAIU NA ÚLTIMA PROVA DO TJRS:
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
Põe fim à pretensão. Põe fim ao direito.
Relacionada aos direitos subjetivos (cunho presta-
cional. Aqueles que se opõem a um dever jurídico).
Relacionada aos direitos potestativos (aqueles que se 
opõem a um estado de sujeição).
Somente pode ser prevista em lei. Pode ser prevista em lei (decadência legal) ou através de contrato (decadência convencional).
Prazo da prescrição pode ser impedido, suspenso 
ou interrompido.
Prazo de decadência não pode ser impedido, suspenso 
ou interrompido (em regra – art. 207 do CC: “Salvo 
disposição legal em contrário, não se aplicam à de-
cadência as normas que impedem, suspendem ou 
interrompem a prescrição”). Exceção (disposição legal 
em contrário): art. 26, § 2º, do CDC.
PRAZO HIPÓTESES
01 ANO (i) Segurado contra o segurador, ou deste contra aquele.
02 ANOS (i) Prestações alimentares.
03 ANOS (i) Aluguéis de prédios; (ii) enriquecimento sem causa; (iii) reparação civil. 
04 ANOS (i) Pretensão relativa à tutela.
05 ANOS (i) Cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular; (ii) preten-são de profissionais liberais.
10 ANOS Prazo geral (art.205 do CC)
22
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
#APOSTACICLOS:
A pretensão indenizatória decorrente do inadimplemento contratual sujeita-se ao prazo prescricional de-
cenal (art. 205 do Código Civil), se não houver previsão legal de prazo diferenciado. STJ. Corte Especial. EREsp 
1.281.594-SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Rel. Acd. Min. Felix Fischer, julgado em 15/05/2019 (Info 649).
Súmula 106-STJ: Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos iner-
entes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência.
Súmula 150-STF: Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação. 
9. Das Obrigações. Modalidades. Obrigações de dar. Obrigações de fazer e não fazer. Obrigações 
alternativas, divisíveis e indivisíveis. Obrigações solidárias. Solidariedade ativa e passiva. Transmissão 
das obrigações. Adimplemento, inadimplemento e extinção das obrigações.
→ OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS: # CAIU NA ÚLTIMA PROVA DO TJRS 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, 
cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Na obrigação solidária ativa, qualquer um dos credores pode exigir a obrigação por inteiro. Já na obriga-
ção solidária passiva, a dívida pode ser paga por qualquer um dos devedores.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
A solidariedade contratual não pode ser presumida, devendo resultar da lei (solidariedade legal) ou da 
vontade das partes (solidariedade convencional).
Da Solidariedade Ativa (arts. 267 a 274):
Na solidariedade ativa, cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da 
prestação por inteiro (art. 267, do CC). Em complemento, enquanto alguns dos credores solidários não deman-
darem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar (art. 268, do CC).
O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago (art. 269, do 
CC).
Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a 
quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível (art. 270, 
do CC).
23
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste (permanece), para todos os efeitos, a solida-
riedade (art. 271, do CC).
#OLHAOGANCHO: De acordo como art. 263, do CC/2002, a obrigação indivisível perde esse caráter quan-
do da sua conversão em perdas e danos, o que não ocorre com a obrigação solidária ativa, que permanece 
com o dever do sujeito passivo obrigacional de pagar a quem quer que seja.
O credor que tiver remitido (perdoado) a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que 
lhes caiba (art. 272, do CC).
Como novidade na atual codificação material, preceitua o art. 273 que “a um dos credores solidários não pode o 
devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros”. As exceções pessoais são defesas de mérito existentes 
somente contra determinados sujeitos, como aquelas relacionadas com os vícios da vontade (erro, dolo, coação, 
estado de perigo e lesão) e as incapacidades em geral, como é o caso da falta de legitimação. Na obrigação 
solidária ativa, o devedor não poderá opor essas defesas contra os demais credores diante da sua natureza 
personalíssima.
Segundo o art. 274, do CC (redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015), “O julgamento contrário a um dos credores 
solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que 
o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles”.
Da Solidariedade Passiva (arts. 275 a 285):
Na obrigação solidária passiva, o credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, 
parcial ou totalmente, a dívida comum. Se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores conti-
nuam obrigados solidariamente pelo resto (art. 275, caput, do CC). Não importará renúncia da solidariedade a 
propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores (art. 275, parágrafo único, do CC).
Como ocorre com a solidariedade ativa, o art. 276, do CC, traz regra específica envolvendo a morte de um dos 
devedores solidários. No caso de falecimento de um destes, cessa a solidariedade em relação aos sucessores do 
de cujus, eis que os herdeiros somente serão responsáveis até os limites da herança e de seus quinhões 
correspondentes. A regra não se aplica se a obrigação for indivisível. Outra exceção é feita pelo comando, eis 
que todos os herdeiros reunidos são considerados um único devedor em relação aos demais devedores 
Tanto o pagamento parcial realizado por um dos devedores como o perdão da dívida (remissão) por ele obtida 
não têm o efeito de atingir os demais devedores na integralidade da dívida (art. 277, do CC). No máximo, caso 
ocorra o pagamento direto ou indireto, os demais devedores serão beneficiados de forma reflexa, havendo des-
conto em relação à quota paga ou perdoada.
Dispõe o art. 278, do CC, que “qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos deve-
dores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes”. Por regra, o que 
for pactuado entre o credor e um dos devedores solidários não poderá agravar a situação dos demais, 
seja por cláusula contratual, seja por condição inserida na obrigação, seja ainda por aditivo negocial. Deve ser 
respeitado o princípio da relatividade dos efeitos contratuais, eis que o negócio firmado gera efeitos inter partes, 
em regra.
Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de 
pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
24
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Na solidariedade passiva, o devedor demandado poderá opor contra o credor as defesas que lhe forem 
pessoais e aquelas comuns a todos, tais como pagamento parcial ou total e a prescrição da dívida (art. 281 do 
CC). Mas esse devedor demandado não poderá opor as exceções pessoais a que outro codevedor tem direito, eis 
que estas são personalíssimas, como se pode aduzir pelo próprio nome da defesa em questão. Exemplificando: 
qualquer um dos devedores poderá alegar a prescrição da dívida, ou o seu pagamento total ou parcial, direto ou 
indireto, pois as hipóteses são de exceções comuns. Por outra via, os vícios do consentimento (erro, dolo, coação, 
estado de perigo e lesão), somente podem ser suscitados pelo devedor que os sofreu. 
O Código Civil de 2002 continua admitindo a renúncia à solidariedade, de forma parcial (a favor de um deve-
dor) ou total (a favor de todos os codevedores), no seu art. 282, caput (“O credor pode renunciar à solidariedade 
em favor de um, de alguns ou de todos os devedores”). A expressão renúncia à solidariedade pode ser utilizada 
como sinônima de exoneração da solidariedade. Enuncia o parágrafo único do dispositivo que “Se o credor exo-
nerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais”.
O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos codevedores a sua quota, divi-
dindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos 
os codevedores (art. 283, do CC). Entretanto, se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, 
responderá este por toda ela para com aquele que a pagar (art. 285, do CC).
- TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES:
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA CESSÃO DE CRÉDITO
Regra: consentimento EXPRESSO do credor Regra: não precisa de consentimento expresso
Exceção: é permitido o consentimento tácito apenas 
no caso do adquirente de imóvel hipotecado e se 
o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a 
transferência do débito. (art. 303).
Eficácia: Apenas para que a cessão tenha EFICÁCIA 
perante o devedor, será necessária à sua NOTIFICA-
ÇÃO. Repare: não pede o consentimento, mas apenas a 
notificação!
Substitui o polo PASSIVO da obrigação Substitui o polo ATIVO da obrigação
#OLHAOGANCHO Na cessão de crédito, a reponsabilidade é pro soluto, o cedente responde apenas pela existên-
cia do crédito, ao passo que no endosso a responsabilidade do crédito é pro solvendo 
#NÃOCONFUNDA: novação é uma forma de pagamento indireto em que ocorre a substituição de uma obrigação 
anterior por uma obrigação nova, diversa da primeira criada pelas partes. Seu principal efeito é a extinção da dívida 
primitiva.
25
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Novação subjetiva ativa (art. 360, III, CC) Novação subjetiva passiva ativa (art. 360, II, CC)
Ocorre a substituição do credor (art. 360, III, CC). Re-
quisitos: 
• Consentimento do devedor perante o novo cre-
dor
• Consentimento do antigo credor que renuncia 
ao crédito
• Anuência do novo credor que aceita a promessa 
do devedor
Ocorre a substituição do devedor que sucede ao antigo, 
ficando este quite com o credor. Ela pode se dar de duas 
formas:
a- Novação subjetiva passiva por expromissão: ocorre 
quando um terceiro assume a dívida do devedor origi-
nário, substituindo-a sem o consentimento deste, desde 
que o credor concorde com a mudança no polo pas-
sivo (art. 362, CC).
b- Novação subjetiva passiva por delegação: ocorre 
quando a substituição do devedor é feita com o consen-
timento do devedor originário, pois é ele quem indicará 
uma terceira pessoa para assumir o seu débito, havendo 
concordância do credor.
10. Dos Contratos em Geral. Normas gerais. Tendências atuais do Direito Contratual. Autonomia da 
vontade. Intervenção do Estado. Função social do contrato. Formação dos contratos, estipulação em 
favor de terceiro, promessa de fato de terceiro, vícios redibitórios, evicção, contratos aleatórios, contrato 
preliminar, contrato com pessoa a declarar. Teoria da boa-fé objetiva. Extinção do contrato. Distrato. 
Cláusula resolutiva. Exceção do contrato não cumprido. Resolução por onerosidade excessiva. 
- PRINCÍPIOS:
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA: A autonomia da vontade está relacionada com o conteúdo do negócio 
jurídico. Já a liberdade de contratar relaciona-se com a escolha da pessoa.
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS: Enunciado 23, CJF: A função social do contrato, prevista 
no art. 421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da autonomia contratual, mas atenua ou reduz o al-
cancedesse princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade da 
pessoa humana.
PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS (PACTA SUNT SERVANDA): O contrato tem força 
de lei.
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA: vide figuras parcelares da boa-fé objetiva. 
Enunciado 24, CJF. Em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código Civil, a violação dos 
deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa.
PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS CONTRATUAIS: O contrato também gera efeitos perante tercei-
ros de forma excepcional.
#INOVAÇÃOLEGISLATIVA: 
Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. (Redação dada pela Lei 
nº 13.874, de 2019)
26
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excep-
cionalidade da revisão contratual. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 421-A. Os contratos civis e empresariais presumem-se paritários e simétricos até a presença de elementos con-
cretos que justifiquem o afastamento dessa presunção, ressalvados os regimes jurídicos previstos em leis especiais, 
garantido também que: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
I - as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos para a interpretação das cláusulas ne-
gociais e de seus pressupostos de revisão ou de resolução; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
II - a alocação de riscos definida pelas partes deve ser respeitada e observada; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 
2019)
III - a revisão contratual somente ocorrerá de maneira excepcional e limitada. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 
2019)
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os 
princípios de probidade e boa-fé.
#CAIU NA ÚLTIMA PROVA DO TJRS 
- EVICÇÃO: é a perda do bem ou a privação de alguma utilidade em virtude de circunstância anterior à aquisição do 
domínio. Mediante cláusula expressa, as partes podem reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. 
Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. #ATENÇÃODOBRADA: 
mesmo a cláusula que exclui a responsabilidade do alienante dá ao evicto o direito de receber o preço que pagou, 
ressalvada a hipótese de, INFORMADO DO RISCO, expressamente assumi-lo.
- VÍCIOS REDIBITÓRIOS: a coisa recebida em virtude de contrato comutativo ou de doação onerosa pode ser 
rejeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem impróprias para o uso a que é destinada, ou lhe diminuam 
o valor. PRAZOS: 30 dias, se a coisa móvel; 1 ano, se imóvel, ambos contados da entrega efetiva; se já estava na 
posse, o prazo contar-se-á da alienação, reduzido à metade; no caso de vício oculto, o adquirente tem os mesmos 
prazos (30 dias/ 1 ano), desde que os vícios se revelem no prazo máximo de 180 dias, se móvel, ou de 1 ano, se 
imóvel, fluindo do conhecimento do defeito. Para insurgir-se contra os vícios redibitórios: AÇÕES EDILÍCIAS – ação 
redibitória (rejeita a coisa defeituosa + rescinde o contrato recebendo preço pago + despesas + perdas e danos); 
e ação estimatória/quanti minoris (recebe a coisa + abatimento proporcional do preço).
-RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA: Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a pres-
tação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude 
de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos 
da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a 
modificar equitativamente as condições do contrato (TEORIA DA IMPREVISÃO). #pegadinha: a regra é que seja 
27
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
possível a aplicação apenas em contratos comutativos, entretanto, se em contratos aleatórios, o evento superve-
niente extraordinário e imprevisível não se relacionar com a álea assumida no contrato, será possível sua revisão ou 
resolução (enunciado da jornada de direito civil nº 440).
11. Dos Contratos em Espécie. Compra e venda. Cláusulas especiais à compra e venda. Compromisso de 
compra e venda. Direitos do promitente comprador. Permuta, contrato estimatório, doação, locação de 
coisas, empréstimo, comodato e mútuo. Prestação de serviço, empreitada e depósito. Mandato, comissão, 
agência e distribuição e corretagem. Transporte, seguro e fiança. Constituição de renda, jogo e aposta. 
Transação e compromisso. Contratos agrários. Parceria e arrendamento. 12. Atos Unilaterais. Promessa 
de recompensa. Gestão de negócios. Pagamento indevido. Enriquecimento sem causa.
– CONTRATO DE COMPRA E VENDA #CAIU NO TJRS 2016 
Para haver efetiva transferência da propriedade é necessário, além do contrato, uma solenidade de transferência 
(TRADIÇÃO para os bens móveis ou REGISTRO para os bens imóveis)
RETROVENDA: cláusula resolutiva expressa em favor do vendedor de coisa imóvel, com prazo máximo de de-
cadência de três anos, mediante restituição do preço recebido + reembolso de despesas. Esse direito é cessível e 
transmissível a herdeiros e legatários. O prazo decadencial é de 3 anos
PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA: cláusula expressa que impõe ao comprador de bem móvel ou imóvel a obriga-
ção de oferecer ao vendedor a coisa que ele vai vender ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de 
prelação na compra, tanto por tanto. O PRAZO para exercer não pode exceder de cento e oitenta dias, se móvel, 
ou dois anos, se imóvel. CUIDADO: o prazo para dizer se vai exercer o direito depois de notificado é de três dias, 
para móvel, ou sessenta dias, se imóvel. Esse direito não se pode ceder nem passa aos herdeiros.
VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO: cláusula expressa em que o vendedor de bem móvel infungível reserva 
para si a propriedade até que o preço esteja integralmente pago (propriedade resolúvel). Em qualquer caso, de-
pende de registro para valer contra terceiros.
VENDA A CONTENTO OU SUJEITA A PROVA: entende-se realizada sob condição suspensiva, só se reputa per-
feita quando o adquirente manifestar seu agrado (a contento) ou se tiver as qualidades asseguradas e for idônea 
para o fim a que se destina (sujeita a prova).
Venda ad mensuram ou por medida (art. 500, caput, do CC/2002) e venda ad corpus (art.500, §1º, do CC) podem 
ensejar o manejo da ação ex empto (art. 501 do CC).
O contrato de compra e venda pode ser comutativo ou aleatório (a coisa pode ser futura). Nesse caso, NÃO CON-
FUNDA: (i) EMPTIO SPEI/venda de esperança (art. 458) o comprador assume o risco pela inexistência. (ii) EMPTIO 
REI SPARATAE/venda de coisa esperada (art. 459) o comprador não assume o risco pela inexistência da coisa, mas 
apenas pela quantidade. 
28
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
- CONTRATO DE DOAÇÃO:
A doação remuneratória deve respeitar a legítima dos herdeiros.
A doação remuneratória é aquela na qual a coisa é doada como forma de recompensa por um serviço 
prestado pelo donatário. A doação remuneratória deve respeitar os limites impostos pelo legislador. 
O Código Civil proíbe a doação universal (doação de todos os bens do doador sem que seja a ele 
resguardado o mínimo existencial) e a doação inoficiosa (aquela que ocorre em prejuízo à legítima dos 
herdeiros necessários). O fato de a doação ser remuneratória não a isenta de respeitar essas limitações. 
Assim, a doação remuneratória não pode se constituir em uma doação universal nem em uma doação 
inoficiosa. STJ. 3ª Turma. REsp 1.708.951-SE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/05/2019 (Info 648).
Doação remuneratória (art. 552) Doação como adiantamento de legítima (arts. 544); Doação com 
cláusula de reversão (art. 547); doação universal (art.548 do CC); doação inoficiosa (art.549); doação 
de cônjuge adúltero (art.550); doação conjuntiva (art.551 do CC); doaçãoonerosa (art.539 do CC)
- LOCAÇÃO:
CC rege apenas as locações não tratadas pela Lei nº 8.245/91 (locação de imóveis destinados à residência, indústria, 
comércio ou prestação de serviços).
- CONTRATO DE TRANSPORTE:
Súmula 187-STF: A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o passageiro, não é elidida 
por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva. 
Súmula 161-STF: Em contrato de transporte, é inoperante a cláusula de não indenizar. 
Súmula 145-STJ: No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será civilmente responsável 
por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave. 
Súmula 632-STJ: Nos contratos de seguro regidos pelo Código Civil a correção monetária sobre indenização 
securitária incide a partir da contratação até o efetivo pagamento. 
Súmula 620-STJ: A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento da indenização prevista 
em contrato de seguro de vida.
Súmula 616-STJ: A indenização securitária é devida quando ausente a comunicação prévia do segurado acerca 
do atraso no pagamento do prêmio, por constituir requisito essencial para a suspensão ou resolução do contrato 
de seguro.
Súmula 610-STJ: O suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do contrato de seguro de vida, 
ressalvado o direito do beneficiário à devolução do montante da reserva técnica formada.
Súmula 402-STJ: O contrato de seguro por danos pessoais compreende danos morais, salvo cláusula expressa 
de exclusão. 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1ef03ed0cd5863c550128836b28ec3e9?categoria=4&ano=2019
29
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Súmula 529-STJ: No seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o ajuizamento de ação pelo terceiro 
prejudicado direta e exclusivamente em face da seguradora do apontado causador do dano.
Súmula 537-STJ: Em ação de reparação de danos, a seguradora denunciada, se aceitar a denunciação ou con-
testar o pedido do autor, pode ser condenada, direta e solidariamente junto com o segurado, ao pagamento da 
indenização devida à vítima, nos limites contratados na apólice.
Súmula 465-STJ: Ressalvada a hipótese de efetivo agravamento do risco, a seguradora não se exime do dever de 
indenizar em razão da transferência do veículo sem a sua prévia comunicação
Súmula 278-STJ: O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve 
ciência inequívoca da incapacidade laboral.
Súmula 101-STJ: A ação de indenização do segurado em grupo contra a seguradora prescreve em um ano
Súmula 188-STF: O segurador tem ação regressiva contra o causador do dano, pelo que efetivamente pagou, até 
ao limite previsto no contrato de seguro. • Válida. • Ler também o art. 786 do CC-2002, em especial o seu § 1º.
- CONTRATO DE FIANÇA:
Súmula 332-STJ: A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.
#NÃO CONFUNDA MÚTUO com COMODATO:
Mútuo é o empréstimo de bem fungível (móvel) e consumível, em que coisa de mesma espécie, qualidade e quan-
tidade deverá ser restituída ao final. Se for destinado a fins econômicos, presume-se oneroso (FENERATÍCIO).
Comodato é o empréstimo de bem infungível e inconsumível (móvel ou imóvel), o qual deverá ser restituído ao 
final. Não se transfere aos herdeiros nem pode ser objeto de cessão sem anuência (intuitu personae)
- SEGURO: 
Súmula 632-STJ: Nos contratos de seguro regidos pelo Código Civil, a correção monetária sobre a indenização 
securitária incide a partir da contratação até o efetivo pagamento.
Súmula 610-STJ: O suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do contrato de seguro de vida, res-
salvado o direito do beneficiário à devolução do montante da reserva técnica formada. STJ. 2ª Seção. Aprovada 
em 25/04/2018, DJe 07/05/2018 (Info 624).
Súmula 609-STJ: A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença preexistente, é ilícita se não houve 
a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé do segurado. STJ. 2ª Seção. 
Aprovada em 11/04/2018, DJe 17/04/2018.
30
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Da Responsabilidade Civil. Obrigação de indenizar. Elementos essenciais à responsabilidade civil. 
Responsabilidade sem culpa e atividades perigosas. Responsabilidade civil por ato ou fato de terceiro. 
Responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público. Natureza da responsabilidade, atos 
omissivos, sujeitos passivos, atos judiciais em geral, erro judiciário. Indenização.
→ RESPONSABILIDADE CIVIL
Trata-se da obrigação de reparar o dano pela transgressão de uma norma jurídica preexistente, contratual (basta 
provar o inadimplemento) ou extracontratual (dever geral de abstenção).
Excludentes do dever de indenizar:
- Legítima defesa: o agente não pode atuar além do indispensável para afastar o dano ou a iminência de prejuízo 
material ou imaterial. Assegura-se direito de regresso contra o real causador do dano, em caso de uso imoderado 
dos meios disponíveis ou de legítima defesa putativa.
#ATENÇÃO: a legítima defesa putativa (o agente pensa estar em situação de legítima defesa, mas esta não se 
verifica no plano fático) não exclui o dever de indenizar, segundo doutrina majoritária. 
#OLHAOGANCHO: legítima defesa da posse e desforço pessoal. 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado 
de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça 
logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
- Estado de necessidade.
- Exercício regular de direito.
#OLHAOGANCHO: inclusão do dever no cadastro de inadimplentes. Constitui exercício regular de um direito, 
porém, a lei e a jurisprudência impõem alguns limites para essa prática que atinge direitos da personalidade.
Enunciado 553 CJF: Nas ações de responsabilidade civil por cadastramento indevido nos registros de devedores 
inadimplentes realizados por instituições financeiras, a responsabilidade civil é objetiva.
Súmula 359 STJ: Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito a notificação do devedor antes de 
proceder à inscrição.
31
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamen-
te necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, as-
sistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano 
ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
- Excludentes do nexo de causalidade:
- Culpa exclusiva da vítima;
- Fato de terceiro;
- Caso fortuito (evento totalmente imprevisível) e força maior (evento previsível, mas inevitável).
TEORIAS QUANTO AO NEXO DE CAUSALIDADE:
(i) Teoria do Histórico dos Antecedentes (sine qua non): todos os fatos diretos ou indiretos geram respon-
sabilidade civil.
(ii) Teoria do Dano Direto e Imediato: serão reparáveis os danos que diretamente resultarem da conduta do 
agente, admitindo-se excludentes de nexo. Adotada pelo nosso CC (art. 403, CC).
(iii) Teoria da Causalidade Adequada: a responsabilidade civil deve ser adequada às condutas dos envolvidos 
(contribuição causal). Admite excludentes do nexo.
Conclusão: no concurso estará corretaa alternativa que falar na teoria da causalidade adequada ou teoria 
do dano direto e imediato.
- Classificação da responsabilidade civil quanto à culpa:
1. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA:
A vítima tem o ônus de provar a culpa lato sensu do réu. 
2. RESPONSABILIDADE OBJETIVA:
Constitui exceção no CC/02 por decorrência evolutiva da teoria do risco. A vítima não tem o ônus de provar a 
culpa do réu. 
32
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. 
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando 
a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos 
de outrem. 
- A responsabilidade objetiva decorre: 
(i) da lei;
(ii) atividade de risco (cláusula geral de responsabilidade objetiva). Ex.: acidente de trabalho.
- Principais casos de responsabilidade objetiva no CC:
a) Responsabilidade Objetiva Indireta ou por Atos de Outrem (art. 932 e 933).
Os responsáveis só respondem objetivamente se provada a culpa daquele por quem são responsáveis – respon-
sabilidade objetiva impura – (Villaça). 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes com-
petir, ou em razão dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de 
educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, res-
ponderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Art. 942. (...) Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as pessoas designadas 
no art. 932.
33
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
- Os casos previstos no art. 932, CC, são de responsabilidade solidária. 
- A responsabilidade do incapaz é subsidiária, excepcional e equitativa (#APOSTACICLOS). 
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação 
de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá 
ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, 
SALVO se o causador do dano for DESCENDENTE seu, ABSOLUTA OU RELATIVAMENTE INCAPAZ. 
b) Responsabilidade por ato ou fato de animal.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou 
força maior.
c) Responsabilidade Objetiva pelo Fato da Coisa.
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de 
falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
É objetiva. Teoria do risco criado. 
Enunciado 556 CJF: A responsabilidade civil do dono do prédio ou construção por sua ruína, tratada pelo art. 937 
do CC, é objetiva.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou 
forem lançadas em lugar indevido.
É chamada de defenestramento ou effusis et dejectis. Se o imóvel for locado, quem responde é o locatário. 
Enunciado 557 CJF: Nos termos do art. 938 do CC, se a coisa cair ou for lançada de condomínio edilício, não sen-
do possível identificar de qual unidade, responderá o condomínio, assegurado o direito de regresso.
#ATENÇÃO: Responsabilidade alternativa: técnica de responsabilização decorrente de danos causados por ob-
jetos caídos ou lançados de um prédio, «pela qual todos os autores possíveis - isto é, os que se encontravam no 
grupo - serão considerados, de forma solidária, responsáveis pelo evento, em face da ofensa perpetrada à vítima 
por um ou mais deles, ignorado o verdadeiro autor, ou autores2”. 
2 CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil. 
34
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
DANOS MATERIAIS
JUROS MORATÓRIOS CORREÇÃO MONETÁRIA
1. Responsabilidade extracontratual: os juros fluem a 
partir do EVENTO DANOSO (art. 398 do CC e Súmula 
54 do STJ).
2. Responsabilidade contratual
•	 Obrigação líquida (mora ex re): contados a 
partir do VENCIMENTO
•	 Obrigação ilíquida (mora ex persona): conta-
dos a partir da CITAÇÃO
 
Incide correção monetária a partir da data do efetivo 
PREJUÍZO (súmula 43 do STJ)
DANOS MORAIS
JUROS MORATÓRIOS CORREÇÃO MONETÁRIA
1. Responsabilidade extracontratual: os juros fluem a 
partir do EVENTO DANOSO (art. 398 do CC e Súmula 
54 do STJ).
2. Responsabilidade contratual
•	 Obrigação líquida (mora ex re): contados a 
partir do VENCIMENTO
•	 Obrigação ilíquida (mora ex persona): conta-
dos a partir da CITAÇÃO
A correção monetária do valor da indenização do 
dano moral incide desde a data do ARBITRAMENTO 
(Súmula 362 do STJ).
Súmula 132-STJ: A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade do antigo proprietário 
por dano resultante de acidente que envolva o veículo alienado. 
Súmula 261-STF: Para a ação de indenização, em caso de avaria, é dispensável que a vistoria se faça judicial-
mente. 
Súmula 362-STJ: A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitra-
mento. 
Súmula 43-STJ: Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo. 
Súmula 54-STJ: Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontrat-
ual.
Súmula 491-STF: É indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho 
remunerado. 
35
RETA FINAL TJ/RS
NFPSS
RETA FINAL TJ/RS | @CICLOSR3
Súmula 492-STF: A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o locatário, pelos danos 
por este causados a terceiro, no uso do carro locado. 
Súmula 221-STJ: São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela impren-
sa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação.
Súmula 227-STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
A pessoa jurídica de direito público não tem direito à indenização por danos morais relacionados à violação da 
honra ou da imagem. Não é possível pessoa jurídica de direito público pleitear, contra particular, indenização por 
dano moral relacionado à violação da honra ou da imagem (STJ REsp 1.258.389-PB, j. em 17/12/2013).
Súmula 37-STJ: São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
Súmula 387-STJ: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. 
Súmula 403-STJ: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de 
pessoa com fins econômicos ou empresariais. 
14.Da Posse. Conceito e classificação. Detenção. Aquisição. Efeitos e perda. Composse e defesa 
dos direitos possessórios. Posse justa, violenta, clandestina e precária. Posse de boa-fé. Constituto 
possessório. Aquisição, efeitos, desforço próprio. Direitos do possuidor de boa-fé. Obrigações e direitos 
do possuidor de má-fé. Exceptio proprietatis. Perda da posse. 15. Da Propriedade. Direitos inerentes à 
propriedade, finalidades econômica e social, privação do direito de propriedade, situações. Aquisição 
da propriedade imóvel. Modos. Usucapião, tipos e prazos, justo título, acessio possessionis. Aquisição 
pelo registro do título. Aquisição da propriedade móvel: modos, prazos, justo título e boa-fé. Tradição.

Continue navegando