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Partilha Romana

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UniSales
Centro Universitário Salesiano
Direito Sucessório Instrumentalizado
Profa. Ludmilla Gobbo Sá Cavalcante
Questão do encontro - sucessão legítima
Ramona falece no dia de hoje em virtude de um grave acidente de avião que sofreu, quando este decolou na cidade de Vitória.
Ramona deixou 5 filhos (A, B, C, D, E) de seu casamento atual com Gregório (com quem era casado há 25 anos sob regime de comunhão parcial de bens); 2 netos (N2 e N3) filhos de A; 2 netos (N4 e N5) filhos de D; e 1 neto (N6) filho de E.
Também permanecem vivos seus dois netos (N7 e N8), filhos de seu filho unilateral pré-morto, Caio, além de seus pais (H e K).
Ramona deixou os seguintes bens a inventariar:
a) 1 casa recebida por doação de uma tia no ano de 2002, no valor de R$ 400.000,00;
b) 1 poupança aberta no ano de 1990 cujo valor (depositado nesta mesma época) já alcança neste momento o valor de R$ 800.000,00;
c) 1 terreno recebido por herança de sua avó no ano de 2000, no valor de R$ 200.000,00;
O inventário foi aberto a pedido de Gregório e chamados os herdeiros a se manifestarem quanto a herança. O filho A e os netos N7 e N8 renunciaram. Foi conhecido pelo Juiz, neste momento inicial, um testamento feito por Ramona no ano de 2007, onde ela deserdava seu filho D. Posteriormente, no inventário, o filho E foi declarado indigno. Como ficará a partilha?
RESPOSTA DO CASO:
Para determinar a partilha dos bens de Ramona, é necessário que seja considerado a sucessão legítima, uma vez que houve renúncia de alguns herdeiros e declaração de indignidade por alguma das partes.
1. *Bens a inventariar*:
 - Casa: R$ 400.000,00
 - Poupança: R$ 800.000,00
 - Terreno: R$ 200.000,00
2. *Herdeiros e situações especiais*:
 - Filhos sobreviventes: B, C, D, E
 - Netos sobreviventes: N2, N3, N4, N5, N6
 - Pai: H
 - Mãe: K
3. *Deserdação e indignidade*:
 - Filho D foi deserdado por testamento de Ramona em 2007.
 - Filho E foi declarado indigno no inventário.
4. *Partilha*:
 - Primeiramente, calcula-se a parte disponível, que é metade dos bens, uma vez que Ramona era casada sob regime de comunhão parcial de bens. A outra metade constitui a legítima do cônjuge sobrevivente, Gregório.
 - Considerando a renúncia de A, N7 e N8, esses não são incluídos na partilha.
 - Parte disponível (metade dos bens):
 - Total dos bens: R$ 1.400.000,00 (R$ 400.000,00 + R$ 800.000,00 + R$ 200.000,00)
 - Parte disponível: R$ 700.000,00
 - Partilha entre os herdeiros:
 - Cada filho (B, C, D, E) receberá 1/5 da parte disponível, totalizando R$ 140.000,00 para cada.
 - Os netos N2, N3, N4, N5, N6 receberão a parte do filho D, pois ele foi deserdado. Portanto, cada neto receberá 1/5 da parte disponível que caberia a D, totalizando R$ 28.000,00 para cada.
 - Os pais de Ramona não têm direito à herança em virtude da existência de descendentes.
5. *Legítima do cônjuge sobrevivente*:
 - Gregório receberá a outra metade dos bens, totalizando R$ 700.000,00.
Portanto, teremos a partilha da seguinte forma para cada um dos beneficiados :
- Cada filho (B, C, D, E): R$ 140.000,00
- Cada neto (N2, N3, N4, N5, N6): R$ 28.000,00
- Gregório (cônjuge sobrevivente): R$ 700.000,00
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