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APOSTILA - 9 Palestra

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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM PERNAMBUCO 
Pastor Presidente: Ailton José Alves 
Departamento de Família da IEADPE 
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro - C.E.P. 50.040-000 - Fone: 3084 1526 
 
Tema Central: A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO DOS FILHOS 
 
EDUCANDO A CRIANÇA PARA A CIDADANIA – Palestra IX 
Texto: (Pv 22.6) 
INTRODUÇÃO 
Na história do povo brasileiro nunca se falou tanto em cidadania e em direitos humanos como 
nas últimas décadas. Essa temática vem se constituindo um dos focos de interesse de diferentes 
instâncias da sociedade: movimentos sociais, meios de comunicação, partidos políticos, 
organizações sindicais, instituições governamentais e não-governamentais, assim como, o meio 
acadêmico. Mas na realidade há pouca preocupação no que se diz respeito a formação cidadã das 
pessoas. Por isso, nessa palestra iremos falar um pouco sobre o que significa cidadania e o seus 
desdobramentos. 
I- O QUE É CIDADANIA? 
O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa “cidade”. A cidadania é a 
participação do indivíduo em uma comunidade politicamente organizada que lhe atribui um 
conjunto de direitos e deveres, sob a égide de uma constituição. Já os chamados direitos humanos 
dizem respeito à universalidade dos direitos do ser humano no que concerne a sua dignidade. Foi na 
Grécia Antiga que surgiu o conceito de cidadania, que designava os direitos das pessoas que viviam 
nas cidades e que tinham participação nas decisões políticas. Assim, o cidadão é o indivíduo que 
vive em sociedade, respeitando as regras sociais. 
II- DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO 
No Brasil, os direitos do cidadão são estabelecidos pela constituição da República Federativa do 
Brasil de 1998. Todos os brasileiros, independente do sexo, condição social, cor, etnia ou religião, 
possuem direitos e deveres. Portanto, os cidadãos, para exercer sua cidadania plena, precisam 
conhecer, ter consciência da importância e colocar em prática seus direitos e deveres. Em resumo, o 
cidadão exerce a cidadania quando cumpre seus deveres com o Estado e usufrui de seus direitos em 
sociedade. 
2.1 Deveres 
Em seguida, elencamos alguns deveres que devem ser considerados pelos cidadãos brasileiros, 
mormente por nós, cristãos: 
(a) Respeitar e cumprir a legislação (leis) do país; 
(b) Escolher através do voto os governantes do país (presidente da República; Senadores; 
Deputados Federais e Estaduais; Prefeitos; Governadores e vereadores); 
(c) Respeitar os direitos dos outros cidadãos, sejam eles brasileiros ou estrangeiros; 
(d) Tratar a todos os cidadãos com respeito e solidariedade, principalmente os idosos, as crianças 
e as pessoas com deficiências; 
(e) Proteger e educar da melhor forma possível os filhos e outras pessoas que dependam de nós; 
(f) Colaborar para a preservação do patrimônio histórico-cultural de nosso país, defendendo 
sempre a manutenção dos bons costumes decorrentes da moral cristã; 
(g) Ter atitudes que ajudem na preservação do meio ambiente e dos recursos naturais etc. 
2.2 – Direitos 
Como vimos, o exercício da cidadania envolve deveres, mas também direitos. Portanto listamos 
a seguir alguns direitos do cidadão: 
(a) Direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade; 
(b) Direito à educação, saúde, moradia, trabalho e lazer; 
(c) Proteção à maternidade e à infância; 
(d) Liberdade de manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato; 
(e) Seguir a crença religiosa que desejar; 
(f) Exercer a sua profissão, respeitando as exigências relacionadas às qualificações profissionais; 
(g) Não ser tratado de forma desumana ou degradante. Não ser submetido a atos de tortura 
física, psicológica ou de qualquer outra natureza. 
III- CIDADANIA E DEMOCRACIA 
A democracia é um sistema que surgiu na Grécia Antiga, mas só se tornou predominante no 
mundo no século XX. Sob a democracia, as decisões políticas estão nas mãos de todos os cidadãos. 
A democracia garante o direito à liberdade de expressão e de manifestação. A democracia está 
intimamente ligada à cidadania pois, dentre os direitos e deveres do cidadão está a participação nas 
decisões políticas, através de votos em eleições, plebiscitos e referendos. Só pode haver democracia 
num país que garanta aos cidadãos: 
(a) Eleições livres; 
(b) Direito de voto a todos; 
(c) Proteção e garantia de direitos políticos; 
(d) Liberdade de expressão e de imprensa. 
III – CONSCIÊNCIA CIDADÃ 
A frase “O meu limite termina, onde começa o seu” é bem conhecida. Vivemos em sociedade, 
portanto, é impossível exercer bem nossa cidadania sem o respeito ao outro. Para exercitar a 
cidadania é preciso saber dialogar, fazendo uso da sabedoria e do respeito à opinião discordante. 
É importante treinar as futuras gerações para saberem emitir suas opiniões, respeitando as 
autoridades constituídas, as leis e os regimentos das organizações. É necessário conscientizar-se que 
não podemos ter por inimigos aqueles que pensam diferentes de nós. Precisamos defender nossos 
princípios e convicções sem odiar as pessoas. Cabe aos adultos ensinarem principalmente, pelo 
próprio exemplo, pois estarão sempre sendo atentamente observados pelos mais novos. 
Os mais jovens e as crianças, em geral, têm dificuldade em dialogar. Os argumentos que, em 
geral, usam nos debates são vazios e imaturos. Pais e professores precisam ajuda-los a desenvolver 
uma consciência cidadã equilibrada, tendo em vista o bom exercício da cidadania. Em outras 
palavras, os mais velhos devem ensinar aos mais novos o que torna possível a convivência no espaço 
público. 
IV– EDUCANDO PARA O EXERCÍCIO CIDADANIA 
O que significa educar para o exercício da cidadania? Este é um conceito bem abrangente, que 
contêm alguns princípios vinculados a ele. A família e a escola que pretende educar a criança para 
o exercício da cidadania, deve ensiná-la a agir sempre com: justiça, respeito e solidariedade; ensinar 
quanto a responsabilidade para com os deveres, mostrando-lhes que a cidadania não confere apenas 
direitos. 
O processo educativo, nesse sentido, deve ser responsável por levar os sujeitos envolvidos a 
perceberem sua importância na vida do outro, suas responsabilidades diante do mundo e as 
capacidades que devem desenvolver para exercitar essas práticas no decorrer da vida. Alguns 
valores podem ser considerados indispensáveis para a formação da cidadania, tais como: 
(a) Cooperação. Através da cooperação, a criança percebe que a troca de conhecimentos e a sua 
participação são fundamentais para a concretização de uma atividade; 
(b) Sinceridade. É um predicado fundamental para o exercício da cidadania, por ser, ingrediente 
indispensável às boas relações interpessoais; 
(c) Perdão. Perdoar é não guardar ressentimento contra ninguém; é livrar-se das amarras 
impostas pelo rancor; 
(d) Respeito. Princípio básico para uma convivência agradável. Quem não desenvolve o hábito 
de respeitar os outros, acaba não sendo respeitado; 
(e) Diálogo. Para resolver impasses, divergências de opiniões, nada melhor que o diálogo; a 
conversa de qualidade que coloca os pingos nos “is”. Conversar, trocar ideias e buscar 
explicações sem acusar o outro é uma forma de se livrar dos litígios; 
(f) Solidariedade. Esta é a palavra que promove efetivamente o vínculo entre as pessoas. Ser 
solidário é uma grande virtude, ajudar os outros é bíblico (Gl 6.2); 
(g) Não agredir. Violência gera violência, portanto, jamais deve-se agredir alguém, nem 
verbalmente e muito menos fisicamente; 
(h) Bondade. Esta é uma forma de demonstrar amabilidade para com o seu semelhante. Ser 
bondoso e atencioso com as pessoas é promover um ambiente de paz. 
Passar estes conceitos para crianças e adolescentes, ajudá-los-á no desenvolvimento de suas 
capacidades e responsabilidades, além proporcionar o desenvolvimento de suas relações 
interpessoais. 
V- O CRISTÃO COMO CIDADÃO 
O cristão deve ser sempre um bom exemplo nocumprimento de seus deveres e também quando 
usufrui seus direitos. Jesus nos dá um exemplo de dever para com o Estado. Quando os fariseus e 
os partidários de Herodes quiseram colocá-Lo contra o Estado, tentando fazer com que Jesus 
dissesse que não era necessário pagar impostos a um Estado injusto, no caso, o Império Romano, 
pois este exercia domínio sobre o território de Israel. Contudo, Jesus responde: “Dai, pois, a César o 
que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17). 
Sabemos que temos dupla cidadania, a cidadania terrena e a cidadania celestial, esta última será 
plenamente vivenciada quando estivermos definitivamente lá. A cidadania celestial é bem descrita 
no texto de Paulo, quando escrevendo aos filipenses, diz: “nossa pátria está nos céus, de onde esperamos 
o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). 
Enquanto estamos aqui na terra, devemos exercer a nossa cidadania terrena da melhor maneira 
possível, observando sempre a orientação do apóstolo Paulo aos coríntios quando disse: “Portanto, 
quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que 
não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. Como também eu em tudo agrado a 
todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar” (I Co 10.31-
33). 
CONCLUSÃO 
Enquanto aguardamos a volta do Senhor Jesus, precisamos ser exemplo nessa sociedade corrupta 
que necessita de boas referências; de vidas que testemunhem da justiça e do grande amor de Deus. 
O nosso cotidiano como cidadão deve impactar as pessoas que nos cercam quando estamos: 
congregando em nossa igreja, obedecendo aos nossos líderes, negociando, votando, debatendo, 
cuidando da natureza, esperando numa fila, ajudando os necessitados etc., enfim, tudo o que 
fizermos devemos fazer para glória de Deus (I Co 10.31). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IEADPE – 2017

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