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7ºAula
Normas Contábeis Brasileiras 
Aplicáveis às Entidades Fechadas de 
Previdência Complementar (EFPC)
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• conhecer as especificidades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar EFPC no Brasil;
• compreender as indicações para a elaboração das demonstrações contábeis e das notas explicativas das EFPC;
• conhecer as principais normas contábeis que afetam.
 Fonte: Reprodução/Internet. Acesso em: 02 set. 2019.
Olá, alunos(as)! Nesta aula, estudaremos as Normas 
Contábeis Brasileiras Aplicáveis às Entidades Fechadas de 
Previdência Complementar (EFPC), na qual estudaremos 
algumas diretrizes para o processo de elaboração das 
demonstrações contábeis das EFPC.
Reforço que durante a leitura desta aula é importante que 
tenha sempre a mão um dicionário e/ou materiais de pesquisa 
para eliminação de eventuais dúvidas pontuais sobre o assunto 
discutido. Boa aula!
Bons estudos!
Contabilidade Atuarial 40
Seções de estudo
1 - Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar EFPC 
2 - Elaboração das demonstrações contábeis e das 
notas explicativas das Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar – EFPC 
3 - Normatização contábil das EFPC
1 - Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar EFPC 
 
Fonte: Reprodução/Internet. Acesso em: 02 set. 2019.
As Entidades Fechadas de Previdência Complementar 
(EFPCs), também conhecidas como Fundos de Pensão, 
atuam sob a forma de fundações de direito privado ou de 
sociedade civil e não possuem fi ns lucrativos (§ 1º, Artigo 
35, Lei Complementar n.º 109/2001). As EFPCs têm 
a fi nalidade de administrar e operar planos de benefícios 
previdenciários criados por empresas (patrocinadores) para 
seus empregados (participantes) ou por pessoas jurídicas de 
caráter profi ssional, classista ou setorial (instituidores) para 
seus associados (participantes).
Toda entidade deve possuir um Estatuto, que é o 
documento que defi ne a estrutura administrativa, cargos, 
atribuições e forma de funcionamento da entidade.
Assim, as EFPC são instituições criadas para o fi m 
exclusivo de administrar planos de benefícios de natureza 
previdenciária, que podem ser patrocinados ou instituídos.
Quanto à estrutura das EFPC deve observar o disposto 
no Artigo 35, da Lei Complementar n.º 109/2001, que 
estabelece uma estrutura mínima composta por conselho 
deliberativo, conselho fi scal e diretoria-executiva.
• Conselho Deliberativo: Órgão responsável por 
defi nir a política geral de administração da entidade 
e de seus planos de benefícios. É a instância máxima 
de decisão da entidade;
• Conselho Fiscal: Órgão de controle, responsável 
por supervisionar a execução das políticas do 
Conselho Deliberativo e o desempenho das boas 
práticas de governança da Diretoria; 
• Diretoria-executiva: Órgão responsável por 
administrar a entidade e seus planos de benefícios, 
observando a política geral e as boas práticas de 
governança.
A lei assegura no mínimo um terço das vagas do conselho 
deliberativo e conselho fi scal para os participantes e os 
assistidos. Nas entidades multipatrocinadas a composição dos 
conselhos deliberativo e fi scal, deverá ser considerado o número 
de participantes vinculados a cada patrocinador ou instituidor, 
bem como o montante dos respectivos patrimônios.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades 
Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), de 
2018, no Brasil, a indústria dos fundos de pensão é composta 
por 307 entidades, que administram 1.137 planos de benefícios 
com 7,2 milhões de participantes. Juntas, elas respondem por 
R$ 833 bilhões em investimentos, que representam apenas 
12,6% do PIB nacional.
Considerando a importância econômico-social dos fundos 
de pensão, é necessário que o controle sobre essas entidades 
seja feito da melhor forma possível, acatando regras adequadas 
para investimento, atuária e contabilidade, de forma que 
sejam observados padrões mínimos de segurança econômico-
fi nanceira e atuarial, objetivando preservar a liquidez, a solvência 
e o equilíbrio dos planos de benefícios, conforme Artigo 3º, 
inciso III da Lei Complementar n.º 109/2001.
2 - Elaboração das demonstrações 
contábeis e das notas explicativas das 
Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar – EFPC 
Fonte: Reprodução/Internet. Acesso em: 02 set. 2019.
A utilização dos dados contábeis como fonte primária 
das informações gerenciais da EFPC constitui boa prática de 
governança, uma vez que favorece a transparência na gestão, 
a prestação de contas e a responsabilidade fi duciária das 
entidades.
Os principais documentos de comunicação interna e 
externa relacionados à contabilidade são as demonstrações 
contábeis, as notas explicativas e o relatório anual.
As demonstrações contábeis e as notas explicativas, parte 
integrante das demonstrações contábeis, são documentos de 
cunho técnico e seguem as práticas contábeis e as normas 
orientadoras.
Recomenda-se a utilização do relatório anual para a 
comunicação e análise de aspectos mais abrangentes da gestão 
da EFPC.
O relatório anual admite maior fl exibilidade dos temas 
abordados, das análises e das formas de escrita, considerando 
a inclusão de informações menos técnicas e mais descritivas. 
Isso permite a exposição mais detalhada de indicadores de 
gestão, como:
• o desempenho do orçamento em relação ao 
planejado;
• a comparação entre a rentabilidade esperada e 
realizada dos investimentos;
41
• o percentual do custeio administrativo; 
• o grau de dependência do patrocinador;
• a solvência e a liquidez dos planos de benefícios;
• a evolução dos compromissos previdenciais, entre 
outros.
Ainda no que se refere à comunicação interna e externa:
É recomendável que a EFPC formalize uma política de divulgação 
das informações como prática de transparência. Essa política pode 
possibilitar a divulgação de informações mais completas que aquelas 
exigidas por normativos, podendo incluir relatórios diversos, além de 
iniciativas de estímulo à educação previdenciária.
2.1 Notas explicativas
As notas explicativas auxiliam a compreensão e a 
interpretação da situação patrimonial e das transações da 
entidade, subsidiam a avaliação do desempenho da gestão 
e detalham outros fatos considerados relevantes. As notas 
explicativas podem ser apresentadas em forma de texto, de 
quadros de detalhamento ou ainda outras demonstrações 
contábeis, considerando informações de natureza fi nanceira, 
econômica e social, entre outras.
Neste sentido, as notas explicativas devem ser formuladas 
ressaltando o plano de benefícios e o PGA como as unidades 
de controle e gestão da EFPC. Os fatos relevantes ocorridos 
e os eventos subsequentes com potencial impacto sobre 
os resultados futuros devem constar em notas explicativas, 
identifi cando o plano a que se referirem.
E ainda, devem ser apresentadas de forma sistemática, 
ou seja, cada item deve, sempre que possível, ter referência 
cruzada com a respectiva informação apresentada nas 
demonstrações contábeis.
De forma simplifi cada: 
As notas explicativas devem propiciar a compreensão dos planos de 
benefícios, considerando sua modalidade, maturidade, perfi l de participantes 
e seus compromissos, bem como sua estrutura de investimentos.
3 - Normatização contábil das EFPC
A normatização contábil fi cando a cargo do governo 
é fortemente infl uenciada pela legislação fi scal. Durante 
o processo de convergência às normas internacionais de 
contabilidade do IASB, a situação mudou e a normatização 
contábil passou a ser feita pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC), por meio do CPC.
Fonte: Reprodução/Internet. Acesso em: 02 set. 2019.
Apesar do CFC ser o órgão ofi cial para a emissão de 
normas de contabilidade no Brasil, as regras contábeis para 
setores específi cos da economia são guiadas pelas agências 
reguladoras ou órgãos específi cos de regulação, fi scalização e 
controle que é o caso da Previc e CNPC.
3.1 Principais normas contábeisque afetam os fundos de pensão
Segundo a instrução Previc n.º 34/2009, a EFPC deve 
adotar, quando aplicável, as normas editadas pelo Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC) e que a contabilidade deve 
ser realizada por plano de benefícios.
A resolução CNPC n.º 8/2011 estabelece que todos 
os lançamentos contábeis serão registrados com base no 
Princípio da Competência. No entanto, essa mesma resolução 
permite que as contribuições dos auto patrocinados e de 
participantes de planos de benefícios de instituidores e às 
contribuições de patrocinadores e participantes vinculados a 
planos estruturados nas modalidades contribuição defi nida e 
contribuição variável poderão ser escriturados com base no 
regime de caixa, devendo tal procedimento ser mencionado 
em Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis.
A instrução SPC n.º 34/2009 também estabelece que a 
EFPC deve constituir provisão referente a direitos creditórios 
de liquidação duvidosa de que seja titular junto a terceiros, 
determinada pelo atraso no recebimento do valor principal, 
de parcela ou de encargos da operação.
Na constituição dessa provisão devem ser adotados os 
seguintes percentuais sobre os valores dos créditos vencidos 
e vincendos:
a. 25% (vinte e cinco por cento) para atraso entre 61 
(sessenta e um) e 120 (cento e vinte) dias;
b. 50% (cinquenta por cento) para atraso entre 121 
(cento e vinte e um) e 240 (duzentos e quarenta) dias;
c. 75% (setenta e cinco por cento) para atraso entre 
241 (duzentos e quarenta e um) e 360 (trezentos e 
sessenta) dias; e
d. 100% (cem por cento) para atrasos superiores a 360 
(trezentos e sessenta) dias.
Para contribuições previdenciárias em atraso a provisão 
deve incidir somente sobre o valor das parcelas vencidas
O gasto administrativo deve ser registrado em um plano 
específi co, conforme determinado pela resolução CNPC 
n.º 08/2011, chamado de Plano de Gestão Administrativa 
(PGA). Ao fi nal de cada mês, a EFPC deve registrar no ativo e 
no passivo, a parcela equivalente de cada plano de benefícios, 
no fundo administrativo13 registrado no PGA.
No que se refere à apresentação das normas 
contábeis aplicáveis às Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar (EFPC) normalmente se concentram em 
quatro grandes tópicos são elas: 
a. Tipo de Plano de Benefícios: as informações 
Contabilidade Atuarial 42
geradas pela contabilidade devem levar em 
consideração a característica de cada plano de 
benefícios, no caso do Brasil, se eles são do tipo 
Benefícios Defi nidos (BD), Contribuição defi nida 
(CD) ou Contribuição Variável (CV).
b. Provisão Matemática: o passivo atuarial é a maior e 
mais importante obrigação de um fundo de pensão. 
É nele que estão registradas as provisões matemáticas 
que representam o valor atual dos benefícios futuros 
do plano de benefícios menos o valor atual das 
contribuições futuras dos participantes.
c. Investimentos: o ativo de um fundo de pensão é 
constituído, quase que exclusivamente, por ativos 
de investimentos que são utilizados para garantir a 
cobertura dos benefícios oferecidos pelo plano. Os 
investimentos também são considerados Recursos 
Garantidores dos Planos de Benefícios.
d. Solvência: solvência ou equilíbrio técnico denota a 
igualdade entre o total dos recursos garantidores de 
um plano de benefícios e o total dos compromissos 
atuais e futuros desse plano.
Neste sentido, no Brasil as principais normas contábeis 
que afetam os fundos de pensão são:
 
Resolução CNPC n.º 08/11; Instrução SPC n.º 34/09; Resolução CGPC 
n.º 04/2002; Resolução CGPC n.º 26/2008; Resolução CGPC n.º 
29/2009 e deliberações da CVM, deste que aplicáveis aos ativos e 
passivos de investimento e a Instrução CVM n.º 438/2006.
3.2 Planos de Benefícios 
A norma contábil brasileira para fundos de pensão não 
faz distinção em relação aos tipos de planos de benefícios. 
De forma que na norma contábil não é apresentada nenhuma 
defi nição dos tipos de planos de benefícios. No entanto, a 
resolução CNPC n.º 08/11 estabelece uma distinção na forma 
de registrar as contribuições previdenciárias entre os planos 
BD e CD. Para os planos CD é permitido o registro pelo 
regime de Caixa enquanto nos planos BD essa permissão é 
válida apenas para os participantes em autopatrocínio.
Pessoal, acabamos mais uma aula e para fi nalizarmos 
o estudo, vamos fazer uma rápida revisão: 
Retomando a aula
1 - Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar (Abrapp) no Brasil 
Vimos que a indústria dos fundos de pensão é composta 
por 307 entidades, que administram 1.137 planos de benefícios 
com 7,2 milhões de participantes. Juntas, elas respondem por 
R$ 833 bilhões em investimentos, que representam apenas 
12,6% do PIB nacional.
2. Elaboração das demonstrações contábeis e 
das notas explicativas das Entidades Fechadas de 
Previdência Complementar (EFPC)
A utilização dos dados contábeis como fonte primária 
das informações gerenciais da EFPC constitui boa prática de 
governança, uma vez que favorece a transparência na gestão, 
a prestação de contas e a responsabilidade fi duciária das 
entidades.
 
3. Normatização contábil das EFPC
Nessa seção, vimos que todos os lançamentos contábeis 
serão registrados com base no Princípio da Competência. No 
entanto, essa mesma resolução permite que as contribuições 
dos autopatrocinados e de participantes de planos de 
benefícios de instituidores e às contribuições de patrocinadores 
e participantes vinculados a planos estruturados nas 
modalidades contribuição defi nida e contribuição variável 
poderão ser escriturados com base no regime de caixa.
Guia Previc Melhores Práticas Contábeis para 
Entidades Fechadas de Previdência Cmplementar. Brasília: 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar 
(Previc), 2014. Disponível em: http://www.previc.gov.br/
central-de-conteudos/publicacoes/guias-de-melhores-
praticas/melhores-praticas-contabeis.pdf. Acesso em: 02 
set. 2019.
Resolução n.º 29, de 13 de abril de 2018. 
Disponível em: http://www.in.gov.br/materia/-/
asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/1512
4950/do1-2018-05-21-resolucao-n-29-de-13-de-abril-
de-2018-15124946. Acesso em: 02 set. 2019.
Normas Brasileiras de Contabilidade NbcT e Entidade 
Fechada de Previdência Complementar. Disponível em: 
https://docplayer.com.br/5049227-Normas-brasileiras-
de-contabilidade-nbc-te-entidade-fechada-de-previdencia-
complementar.html. Acesso em: 02 set. 2019. 
Vale a pena
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