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AD2_Educacao_Conservacao_Natureza

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AD2 - 2023/1 
Disciplina: EDUCAÇÃO E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA – EAD8162 
Coordenação: Profº Marcelo Borges Rocha/Tutora: Profª. Luanda de Abreu 
Prezados Discentes, Esta é a sua segunda Avaliação à Distância, denominada AD2, de Educação e Conservação da Natureza. 
1. Leia atentamente todas as questões antes de respondê-las; 
2. Evite as repostas extremamente curtas e objetivas ou longas demais. 
3. Esta avaliação deverá ser postada na plataforma em 23/04/2023. 
BOM TRABALHO!!!
Questão 1- Após a leitura do texto “Estado da Arte da pesquisa sobre conflitos ambientais: dissertações e teses do banco Earte”, responda: 
a) Como se configura um conflito por uso de recursos naturais? (2,5)
Resposta
Sou de uma região onde os conflitos por questões ambientais são muito comuns: disputas por terras entre madeireiros, grileiros e posseiros, investidas contra territórios indígenas, pesca predatória, influenciando na economia da população ribeirinha, extração ilegal de madeira e minérios, são algumas das questões enfrentadas no norte do país. As manchetes falam por si, comprovando o trágico quadro – “Amazônia concentra 77% das mortes por conflito no campo em 10 anos no país...” (MADEIRO, 2022), “Facções controlam o tráfico e financiam crimes ambientais na Amazônia” (MACHADO, 2023), “Amazônia responde por 97% das áreas de conflitos por terras no Brasil (PAJOLLA e LACERDA, 2022) são apenas alguns destaques dos noticiários estampados na grande imprensa que trazem à Amazônia uma visão muito negativa de um território difícil de ser administrado, fruto da cobiça e ganância onde a vontade de uma minoria prepondera em prejuízo da maioria. Bacic, Ogawa e Vidal, no texto destacado para este certame, afirmam:
“Numa sociedade capitalista moderna como a brasileira é possível perceber que a busca pelo lucro sobressai em relação aos ideais de preservação do bem comum. Grandes corporações exploram recursos naturais e tiram a riqueza de locais nos quais a população sofre com as agressões infringidas ao meio ambiente e, muitas vezes, com problemas socioeconômicos. Segundo Loureiro (2003, p. 50): “É a partir da ação territorializada dos diferentes atores sociais, com seus distintos interesses, compreensões e necessidades, que se instauram os conflitos” (p. 2, 2017). 
Sendo assim, entendo que os conflitos configuram-se a partir do momento que os interesses do capital sobrepõem-se à uma parcela da população que, embora seja maioria, suas características sócio-culturais fazem com que a sociedade as vulnerabilize, fazendo valer um projeto político-econômico cruel e feroz, pautado em um conceito de “civilização”, que as vê como sociedades inferiores, e, desta forma, passíveis de dominação para o “bem do capital”, onde a díade “dominantes e dominados” impera, a partir de interesses distintos. 
 
b) Como a Educação Ambiental pode contribuir para minimizar os conflitos ambientais? (2,5)
Resposta
No Art 1º da Política de Educação Ambiental Brasileira, a EA é entendida como um processo no qual indivíduo e coletividade constroem valores sociais (...) e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. No Art. 2º, é destacada a importância de tal construção ser realizada a nível nacional e em todas as esferas educacionais. A partir do texto, creio que a EA pode contribuir em dois polos distintos, o que os autores intitularam “educação ambiental comportamental e educação ambiental popular”. A 1ª orientação tem como foco a criança “pois supostamente é mais fácil orientar mudanças de atitude nessa fase” e na 2ª, “não tem uma faixa etária específica, mas é prevalente em projetos de educação ambiental socioculturais que envolvem adultos” (CARVALHO, 2001 in BACIC, OGAWA e VIDAL, 2017, p. 3). Assim, a EA, além de mudar hábitos, transformando de forma positiva os rumos do planeta Terra, poderá agir de forma local no sentido de conscientizar os estudantes sobre os problemas que afetam a comunidade onde vivem, contribuindo para a diminuição da incidência de agressões ao meio ambiente, reduzindo o risco de desastres e colaborando para o fortalecimento da cidadania a partir da compreensão da situação de risco as quais as populações consideradas vulneráveis historicamente pelo processo de desenvolvimento são submetidas. 
Questão 2 – Após assistir o vídeo “Mapeamento dos conflitos ambientais no Brasil” explique como os conflitos ambientais podem afetar a saúde das populações envolvidas (2,5).
Resposta
Segundo o vídeo, podem afetar na medida que o agronegócio expande a resistência já não consegue mais ser efetiva, uma vez que os povos nativos são destituídos do direito de permanecer em seus territórios, atingindo a saúde mental, destacada nos tristes números que revelam o quadro de suicídios de jovens indígenas, e a qualidade de vida, enfatizada na inviabilidade das populações permanecerem naquele local, uma vez que são expostos a condições de vida sobre-humanas. 
Questão 3 – Com a leitura do artigo “Educar na sociedade de risco: o desafio de construir alternativas” você será capaz de entender como se configura o desenvolvimento sustentável. Assim, elabore três argumentos que fundamentem o desenvolvimento sustentável em uma sociedade de risco (2,5).
Resposta
Segundo o texto
1) Reforçar a premissa de que as práticas educativas articuladas com a problemática ambiental não devem ser vistas mais como componente de um processo educativo que reforce um pensar da educação e dos educadores orientados para a sustentabilidade. Trata-se de formar um pensamento crítico, criativo e sintonizado com a necessidade de propor respostas para o futuro, capaz de analisar as complexas relações entre os processos naturais e sociais e de atuar no ambiente em uma perspectiva global, respeitando as diversidades socioculturais. 
2) Propiciar novas atitudes e comportamentos face ao consumo na nossa sociedade e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos (JACOBI, 1997, 2005). Na ótica da modernização reflexiva, a educação ambiental tem de enfrentar a fragmentação do conhecimento e desenvolver uma abordagem crítica e política, mas reflexiva. 
3) A dimensão ambiental deve representar a possibilidade de lidar com conexões entre diferentes dimensões humanas, abrindo espaço para entrelaçamentos e múltiplos trânsitos entre múltiplos saberes. Atualmente, o desafio de fortalecer uma educação para a cidadania ambiental convergente e multirreferencial se coloca como prioridade para viabilizar uma prática educativa que articule de forma incisiva a necessidade de se enfrentar concomitantemente a crise ambiental e os problemas sociais. Assim, o entendimento sobre os problemas ambientais através da visão do meio ambiente como um campo de conhecimento e significados socialmente construídos é perpassado pela diversidade cultural e ideológica e pelos conflitos de interesse.
Nesse contexto, a educação para a cidadania ambiental aponta para a necessidade de elaboração de propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de atitude e comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos. A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania assume um papel cada vez mais desafiador, demandando a emergência de novos saberes para apreender processos sociais que se complexificam e riscos ambientais que se intensificam. Nas suas múltiplas possibilidades, abre um estimulante espaço para um repensar das práticas sociais e do papel dos professores educadores e capacitadores como mediadores e como transmissores de um conhecimento necessário. O desafio é os alunos adquirirem uma base adequada de compreensão essencial do meio ambiente global e local, da interdependência dos problemas e soluções e da importância da responsabilidade de cada um para construir uma sociedade planetária mais eqüitativa e ambientalmente sustentável.

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