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Dâmarys Vitória Pressão Arterial Pressão arterial: Força exercida pelo sangue contra a parede das artérias, por sua força elástica, sobre o sangue. Pressão arterial sistólica: pressão mais elevada observada nas artérias durante a sístole ventricular. Depende do volume e da velocidade do sangue ejetado, da distensibilidade das artérias e do volume de sangue no interior destas ao final da diástole. Pressão arterial diastólica: é a pressão mais baixa detectada na aorta e em seus ramos durante o ciclo cardíaco. Seus valores são influenciados primariamente pela resistência arteriolar periférica. Ocorre durante a diástole do VE. Pressão arterial média: é a média da pressão durante todo o ciclo cardíaco. Os principais determinantes são o volume de ejeção ventricular e a resistência vascular periférica. PAM = PS+2PD/3. Pressão arterial de pulso: é diferente da PAM, já que é pulsátil e possui dois componentes principais: ejeção ventricular e onda de reflexão. PA de pulso = PS-PD. De modo arbitrário, o valor da PA de pulso superior à 40mmHg é interpretado como alto. Medida da pressão arterial: no primeiro exame, deve-se determinar a PA nos dois braços, sendo que, se não existir diferença significativa (maior que 15 mmHg) entre as pressões sistólicas dos dois braços, as determinações subsequentes serão realizadas no braço direito. Se a diferença for superior a esse valor, as avaliações da PA deverão ser efetuadas no membro em que ela se mostrar mais elevada. - Método palpatório: o examinador palpa a artéria radial ipsilateral e insufla a bolsa pneumática até o ponto em que essas pulsações desaparecem. - Método auscultatório: o examinador coloca o diafragma do estetoscópio sobre a fossa cubital correspondente, na artéria braquial. - SONS DE KOROTKOFF: diversos fenômenos são responsabilizados pela produção dos sons, sendo que o principal são as oscilações da parede arterial consequentes à tensão e distensão a que é submetida a artéria parcialmente ocluída pela turbulência do sangue. Fase I: surgimento dos primeiros sons, sendo que a leitura do manômetro indica a pressão sistólica. Esses sons desaparecem rapidamente à medida que a bolsa é desinsuflada. Fase II: sons mais suaves, prolongados, como sopros ou zumbidos de baixam a frequência. Em alguns pacientes, tornam-se inaudíveis por alguns instantes mesmo quando a pressão na bolsa continua a decrescer. Esse fenômeno é conhecido como hiato auscultatório. Fase III: os sons ficam mais intensos e nítidos. Fase IV: os sons se transformam abruptamente em ruídos de pequena intensidade, abafados. Fase V: é marcada pelo desaparecimento dos sons. Nesse instante, a pressão na bolsa é discretamente inferior à real pressão diastólica. Fatores que influenciam a PA: - Sobrecarga física e emocional; - Fumo; - Consumo de bebidas alcoólicas; - Colocação inadequada do manguito; - Emprego inadequado do estetoscópio; - Local da medida da pressão arterial; - Posicionamento do paciente; - Método auscultatório. Fatores de Variação da PA - Índices pressóricos aferidos durante uma consulta (começo, meio e fim); - Queda fisiológica durante sono; - Elevação 1ª horas da manhã (ao acordar); - Posição de pé -> efeitos muito discretos: - Redução pressão sistólica = estímulos dos pressorreceptores carotídeos; → Elevação pressão diastólica = aumento da resistência periférica; Verificação da PA em pé e assentado : É preciso que saibamos que existe uma diferença na mensuração da PA assentado e em pé, e que em algumas doenças, há uma queda brusca da PA quando mensurada no paciente de pé (hipotensão postural). Normalmente há uma discreta redução da pressão sistólica quando aferimos com o paciente em pé, devido à estímulos nos pressoreceptores carotídeos e uma ligeira elevação na pressão diastólica, devido ao aumento da resistência periférica DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO DE MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL 1. Lavar as mãos antes de iniciar 2. Explicar o procedimento ao paciente 3. Certificar-se de que o paciente: a. Não está com a bexiga cheia b. Não praticou exercícios físicos c. Não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida. d. Está ou não sentindo alguma dor 4. Deixar o paciente descansar por 5-10 minutos em ambiente calmo com temperatura agradável. 5. Localizar a artéria braquial por palpação. Artéria braquial: Braço em leve flexão: palpar com dedos indicador, médio e anular e sentir pulsações da artéria braquial, medialmente ao ventre/tendão do bíceps, acima da fossa cubital. 6. Colocar o manguito adequado firmemente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha (manguito) sobre a artéria braquial. 7. Manter o braço do paciente na altura do coração 8. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro. 9. Palpar o pulso radial, inflar o manguito até o desaparecimento do pulso para estimação do nível da pressão sistólica, desinsuflar rapidamente e aguardar de 14 a 30 segundos antes de inflar novamente. 10. Colocar as olivas do estetoscópio nas orelhas, com a curvatura voltada para frente. 11. Identificar a artéria braquial na fossa cubital e posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre ela evitando compressão excessiva. 12. Solicitar ao paciente que mantenha o braço relaxado, não levante a cabeça e não fale durante o processo da medida. 13. Inflar rapidamente, de 10 em 10mmHg, até ultrapassar 20 a 30mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. 14. Proceder à deflação a velocidade constante inicial de 2 a 4mmHg/seg. 15. Após a determinação de PA sistólica (PS), aumentar para 5 a 6mmHg/seg, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. 16. Determinar a PS no momento do aparecimento do primeiro som (Fase I de Korotkoff) que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação. 17. Determinar a Pressão Diastólica (PD) no desaparecimento do som (Fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar o seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. 18. Registrar os valores das PS e PD, complementando com a posição do paciente, tamanho do manguito, e o braço em que foi feita a mensuração. Deverá ser registrado sempre o valor da pressão identificado na escala do manômetro, que varia de 2 em 2mmHg, evitando-se arredondamentos e valores terminados em 5. 19. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. Orientar para que o paciente faça movimentos de fechar e abrir as mãos para restabelecer adequadamente a circulação local. 20.Lave as mãos novamente ao término. Descrição do exame normal: PA: 120/80 mmHg, deitado, MSD (membro Superior Direito) ou MSE (Membro Superior Esquerdo). Em caso de crianças, acrescentar os centímetros do manguito.
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