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Semiologia SINAIS VITAIS - SSVV RESPIRAÇÃO ( R OU FR ): É o mecanismo que o corpo utiliza para trocar gases entre a atmosfera e o sangue e entre o sangue e as células. Este mecanismo envolve (POTTER; PERRY, 2010): Ventilação: a movimentação de gases para dentro e para fora dos pulmões; Difusão: a movimentação do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e as hemácias; Perfusão: a distribuição das hemácias para os capilares sanguíneos e a partir deles. Durante a avaliação da frequência respiratória, não se deve permitir que o paciente saiba, pois a consciência da avaliação pode alterar a frequência e profundidade deste parâmetro. Alguns fatores influenciam a característica da respiração (POTTER; PERRY, 2010): Exercício; Dor aguda; Ansiedade; Tabagismo; Posição corporal; Medicações; Lesão neurológica; Função da hemoglobina. 1 respiração = Inspiração + expiração rpm - respiração por minuto Irpm - incursões respiratórias por minuto Mrpm - movimento respiratório por minuto 16 a 20 rpm = normopneia/ eupneia/ eupneico < 16 rpm = bradipneia / bradipneico > 20 rpm = taquipneia / taquipneico Bradidispneia = FR < 16 rpm + dificuldade Taquidispneia = FR > 16 rpm + dificuldade Sinais de dispeneia: BAN: Batimento de aletas/ asas nasais Retração de fúrcula esterna Tiragens intercostais subcostais - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - PULSO ( P ou FC ): É a delimitação palpável da circulação sanguínea percebida em vários pontos do corpo, constituindo um indicador do estado circulatório. Os fatores que o influenciam são: Exercício; Temperatura; Emoções; Drogas; Hemorragia; Mudanças posturais; Condições pulmonares. Os locais utilizados para mensuração da frequência de Pulso Periférico ( P ) : Qualquer artéria pode ser acessada para tomar a pulsação, mas geralmente as mais escolhidas são as artérias radiais ou carótidas porque elas permitem uma palpação mais fácil. Temporal: acima do osso temporal da cabeça, acima do e lateral ao olho; Carótida: ao longo da extremidade medial do músculo esternocleidomastoideo no pescoço; Apical: 4º a 5º espaços intercostais na linha clavicular média esquerda (com estetoscópio); Braquial: sulco entre os músculos bíceps e tríceps na fossa antecubital; Radial: no pulso do antebraço, na lateral radial ou no lado do polegar; Ulnar: no lado ulnar do pulso do antebraço; Femoral: abaixo do ligamento inguinal, a meio caminho entre a sínfise púbica e a espinha ilíaca anterossuperior; Poplíteo: atrás do joelho na fossa poplítea; Tibial posterior: lado interno do tornozelo, abaixo do maléolo medial; Artéria dorsal do pé: ao longo da parte de cima do pé, entre a extensão dos tendões do dedo maior. Normalmente ocorre um intervalo regular entre cada pulso ou batimento cardíaco. Um intervalo interrompido por um batimento precoce ou tardio, ou por um batimento perdido, indica um ritmo anormal ou disritmia (POTTER; PERRY, 2010). A força ou amplitude de um pulso reflete o volume de sangue ejetado contra a parede arterial a cada contração cardíaca e a condição do sistema vascular arterial levando ao local de pulsação. Pode ser fraca, forte, imperceptível ou limitada (POTTER; PERRY, 2010). O pulso de ambos os lados do sistema vascular periférico devem ser acessados para avaliar a sua igualdade, onde se comparam as suas características (POTTER; PERRY, 2010). Fraco ou filiforme: quanto maior a pressão para palpar fica mais fraco ou some o pulso. Forte o cheio: quanto maior a pressão para palpar fica mais forte o pulso. O local utilizado para mensuração da frequência de Pulso Apical ( FC ): No 5º espaço intercostal (EI) na Linha Clavicular Média (LCM). P: pulso FC: freqüência cardíaca bpm: batimento por minuto P = 60 a 100 bpm Normosfigmia P< 60 bpm Bradisfigmia P > 100 bpm Taquisfigmia FC = 60 a 100 bpm Normocardia/ Normocardico FC < 60 bpm Bradicardia / Bradicardico Fc > 100 bpm Taquicardia/ taquicardico - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - TEMPERATURA CORPORAL ( T ): É a diferença entre a quantidade de calor produzido por processos do corpo e quantidade de calor perdido para o ambiente externo. A termorregulação consiste em mecanismos fisiológicos ou comportamentais que regulam o equilíbrio entre calor perdido e calor produzido, sendo o hipotálamo que controla a temperatura corporal do mesmo modo como um termostato funciona (POTTER; PERRY, 2010). O local onde a temperatura é mensurada (oral, retal, axilar, membrana timpânica, artéria temporal, esofágica, artéria pulmonar ou até mesmo a bexiga urinária) é um fator que determina a temperatura do paciente. Fatores afetam a temperatura corporal, dentre eles: Idade; Exercício; Nível hormonal; Ritmo circadiano ;Estresse; Ambiente; A febre ou pirexia ocorre devido à incapacidade dos mecanismos de perda de calor acompanhar o ritmo de uma produção excessiva de calor, resultando em aumento anormal da temperatura. Uma febre verdadeira resulta da alteração do ponto de ajuste hipotalâmico. Hipertermia é uma temperatura corporal elevada relacionada com a incapacidade do organismo de promover perda de calor ou de reduzir sua produção. A hipertermia maligna é uma condição hereditária em que há produção incontrolada de calor, ocorrendo quando pessoas suscetíveis recebem certas drogas anestésicas. A perda de calor durante a exposição prolongada ao frio sobrepuja a capacidade do organismo de produzir calor, causando hipotermia. A hipotermia é classificada por meio de mensurações da temperatura central em (POTTER; PERRY, 2010): Leve: 36-34 ºC; Moderada: 34-30 ºC; Grave:< 30 ºC. < 35,5 º C Hipotermia 35,5ºC – 37,5ºc Normotermia/ Afebril 37,6ºC – 37,9ºC Febricula/ Febril 38ºC – 39ºC Pirexia / Febre / Hipertemia > 40 ºC Hiperpirexia - - - - - - - - - - - - - - - - - - - PRESSÃO ARTERIAL ( PA ) : É a força exercida sobre a parede de uma artéria pelo sangue pulsante sob a pressão do coração. O pico máximo de pressão no momento em que a ejeção ocorre é a pressão sistólica. Quando os ventrículos relaxam, o sangue que permanece nas artérias exerce uma pressão mínima ou pressão diastólica. É chamado de pressão diferencial (diferença entre a pressão sistólica e a diastólica). A diferença normal é entre 30 mmHg e 60 mmHg. Se estiver acima desse intervalo, será chamada pressão divergente, se abaixo, pressão convergente. PAd <30 : convergente >60: divergente A unidade padrão para medir a PA é dada em milímetros de mercúrio (mmHg) (POTTER; PERRY, 2010). A pressão arterial não é constante e muitos fatores influenciam-na como, por exemplo : Idade; Estresse; Etnia; Sexo; Ritmo circadiano; Medicações; Atividade e peso; Tabagismo. PAS: Pressão arterial sistólica PAD: Pressão arterial diastólica PAd: Pressão arterial diferencial PAS: 90 a 140 mmHg PAD: 60 a 90 mmHg PAd: 30 a 60 mHg PAS x PAD < 90 x 60 mmHg Hipotensão 90 x 60 mmHg a 140 x 90 mmHg Normotensão >140 x 90 mmHg Hipertensão PAd < 30 = convergente > 60 = divergente Para ter valor diagnóstico necessário, a PA deve ser medida com técnica adequada, utilizando-se aparelhos confiáveis e devidamente calibrados, respeitando-se as seguintes recomendações: 1 - Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não fale e descanse por 5-10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento, para atenuar o efeito do avental branco (elevação da pressão arterial pela tensão provocada pela simples presença do profissional de saúde, particularmente do médico). 2 - Certificar-sede que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas. 3- Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento, envolver pelo menos 80%. 4- Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido. 5- Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide. 6- Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar novamente. 7- Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 8- Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som que determinou a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente. 9- Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30 mm Hg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff). 10- Registrar os valores das pressões sistólicas e diastólica, complementando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a medida. Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados em zero ou cinco. 11- Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. 12- O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento.
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