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18/06/2023 10:17 Legislação e Métodos de Estudo de Impacto Ambiental
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02561/index.html#imprimir 1/70
Legislação e Métodos de Estudo de
Impacto Ambiental
Profa. Juliana da Silva Leal
Descrição
A demanda da legislação ambiental nacional por estudos ecológicos e sua execução.
Propósito
No cenário atual de mudanças ambientais globais, a competência de promover estudos sobre a integridade
ambiental e seus componentes florísticos e faunísticos é essencial aos profissionais da área ambiental.
Objetivos
Módulo 1
Estudos ecológicos e a legislação ambiental nacional
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Reconhecer a demanda por estudos ecológicos na legislação ambiental nacional.
Módulo 2
Biomonitoramento, levantamento e monitoramento
ambiental
Identificar as situações que necessitam de biomonitoramento, levantamento e monitoramento ambiental.
Módulo 3
Técnicas de amostragem em estudos ecológicos
Identificar as técnicas de amostragem empregadas em estudos ecológicos.
Módulo 4
Amostragem da �ora e fauna, terrestres e aquáticas
Descrever as técnicas de amostragem para a flora e a fauna, terrestres e aquáticas.
Os estudos de impacto ambiental têm por objetivo entender as mudanças sofridas no ambiente
devido à realização de atividades com potencial econômico. As mudanças ambientais são
percebidas pelo pesquisador tanto por alterações nas comunidades biológicas associadas ao local
como em determinadas características do próprio ambiente. A questão é: o que se deve fazer para
verificar e avaliar essas mudanças ambientais?
Introdução
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Neste conteúdo, você aprenderá ferramentas básicas que possibilitem a realização de estudos
ecológicos, visando entender a relação entre as espécies e o ambiente ou ecossistema, bem como o
funcionamento dos ecossistemas.
Dentre as ferramentas a serem estudadas, estão o biomonitoramento, o levantamento de flora e
fauna, e o monitoramento ambiental. Como o biomonitoramento constitui uma ferramenta cuja
aplicação é mais complexa, ele será o principal assunto de um dos nossos módulos. Porém, não se
preocupe: aqui, estarão disponíveis a base teórica necessária para que você seja capaz de
compreender como se faz tanto um levantamento florístico ou faunístico quanto um
biomonitoramento.
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
Orientações sobre unidades de medida
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.
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1 - Estudos ecológicos e a legislação
ambiental nacional
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a demanda por
estudos ecológicos na legislação ambiental nacional.
Um breve resumo da Política Nacional do
Meio Ambiente
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) foi instituída pela Lei n. 6.938, publicada em 31 de agosto de
1981, e regulamentada, posteriormente, pelo Decreto n. 99.274 e determina objetivos, ações e instrumentos
para que seja alcançada uma gestão integrada dos recursos naturais.
De maneira geral, o objetivo da PNMA, apresentado no art. 2º é:
A preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico,
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida.
(LEI N. 6.938/1981)
Assim, o objetivo da PNMA pode ser resumido a preservar, melhorar e recuperar o meio ambiente. Na
Constituição Federal, há o princípio presente no art. 225, no qual é assegurado o direito de todos ao meio
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ambiente ecologicamente equilibrado e, nesse sentido, a PNMA surgiu para garanti-lo. Atualmente, a correta
interpretação da PNMA deve ser feita à luz da Lei Complementar 140/2011.
A criação da PNMA representou um grande avanço para a preservação ambiental porque a legislação é um
dos principais meios de proteção e conservação do meio ambiente. Dentre as motivações que estimularam
o seu desenvolvimento, podemos citar:

Descoberta das limitações do meio ambiente

Consequências ecológicas do crescimento econômico

Crescente preocupação mundial com o meio
ambiente
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
Importância da valorização dos recursos ambientais
para o setor produtivo
Atenção
Frente à ausência de consciência ambiental da sociedade, por exemplo, as leis são uma ferramenta valiosa
por exigirem que as pessoas cumpram deveres e obrigações e, caso não o façam, a sua omissão tem como
consequência uma punição mais rigorosa — uma importante promotora da conscientização ambiental.
É por isso que, dentre esse e outros motivos que vamos conhecer a seguir, a Política Nacional do Meio
Ambiente representa um documento estratégico.
Na PNMA, são estabelecidos princípios e compromissos fundamentais, que o país deve adotar para tratar o
seu território; uma estrutura institucional que garanta as ações de ocupação e uso do território e seus
recursos naturais sigam os princípios e compromissos; mecanismos e ferramentas que moldam o sistema
nacional de gestão ambiental; e meios e ferramentas que determinam o sistema financeiro dedicado à
gestão ambiental.
Sendo assim, a PNMA estabelece regras e institucionaliza a disputa pelo uso dos recursos ambientais, e
seus princípios devem também ser encarados como suas principais metas. Os princípios da PNMA são os
seguintes:
Princípio do uso coletivo 
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O Poder Público é o principal ator responsável por assegurar o cuidado e a coletividade.
Consciência da finitude dos recursos e necessidade de uso sustentável.
Para garantir o uso racional dos recursos naturais, são necessários o planejamento e a adoção de
práticas que estabeleçam condições essenciais da apropriação das diferentes demandas sociais.
Os ecossistemas devem ser protegidos para garantir a biodiversidade, uso racional e coletivo. Um
dos desdobramentos mais importantes desse princípio é a Lei 9985/2000, que regulamenta o artigo
225 da Constituição Federal e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
(SNUC). Objetivando-se a proteção dos ecossistemas e regulamentado a exploração dos recursos
naturais, fazem-se necessários: os Estudos de Impacto ambiental (EIA), nos casos de licenciamento
de empreendimentos de significativo impacto ambiental (assim considerado pelo órgão ambiental
competente), e seus respectivos Relatórios de Impacto Ambiental (RIMA).
Dá-se mediante apresentação do EIA/RIMA e de todo o processo de licenciamento da atividade. A
resolução CONAMA 001/1986 considera impacto ambiental qualquer alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas.
Princípio do uso racional 
Princípio da fiscalização 
Proteção dos ecossistemas 
Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras 
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Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos
recursos ambientais.
Ocorre por meio de contínuos estudos e monitoramento florístico, faunístico e de variáveis
ambientais.
Cabe ao órgão ambiental definir parâmetros para a compensação a fim de garantir a recuperação de
áreas impactadas por atividades poluidoras.
Difere pouco do princípio anterior e tem como principal instrumento diagnóstico, no processo de
licenciamento da atividade, o EIA/RIMA.
Um princípio norteador que objetiva participação ativa da população na defesa do meio ambiente.
Esse princípio foi determinante para a criação da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA)
através da Lei n. 9795/1999.
Incentivo à produção de conhecimento 
Acompanhamento do estado da qualidade ambiental 
Recuperação de áreas degradadas 
Proteção das áreas ameaçadas 
Educação ambiental a todos os níveis de ensino 
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O funcionamento e os objetivos da Política Nacional
do Meio Ambiente
Organizacionalmente, é a PNMA que nomeia o SISNAMA, um sistema supragovernamental de órgãos e
entidades de diversas esferas públicas (estadual, municipal e federal) e órgãos não governamentais,
instruídos pelo poder público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.
ISNAMA
Siginifica Sistema Nacional do Meio Ambiente, e é constituído por diferentes órgãos incluindo órgãos
deliberativos e consultivos (como o Conselho Nacional de Meio ambiente – CONAMA), de planejamento e
supervisores (Ministério do Meio Ambiente – MMA, órgão central), e executores como o IBAMA (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade). Existem, ainda, órgãos seccionais (entidades estaduais, tais como os comitês de bacia) e
órgãos locais (entidades municipais).
É importante ressaltar que a PNMA tem 13 instrumentos detalhados no seu artigo 9°, sendo eles os
seguintes:
I. Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental
II. Zoneamento ambiental
III. Avaliação de impactos ambientais
IV. Licenciamento e revisão de atividades efetivamente poluidoras
V. Incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação de
tecnologia voltados para a qualidade ambiental
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VI. Criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelos poderes
públicos
VII. Sistema Nacional de Informações sobre o Meio ambiente – SINIMA
VIII. Cadastro técnico Federal e instrumentos de defesa ambiental
IX. Penalidades disciplinares ou compensatórias
X. Relatório de Qualidade do Meio Ambiente
XI. Garantia de prestação de informações sobre o Meio Ambiente.
XII. Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou
Utilizadoras dos recursos naturais.
XIII. Instrumentos econômicos como concessão florestal, servidão ambiental,
seguro ambiental.
(LEI N. 6.938/1981)
Estudo de impacto ambiental
Como vimos, dentre os 13 instrumentos detalhados da PNMA está a avaliação de impactos ambientais, a
qual visa interpretar, de forma qualitativa ou quantitativa, as mudanças ecológicas, sociais, culturais e até
mesmo estéticas em um ambiente. Para que esses objetivos sejam alcançados, há procedimentos
essenciais que preconizam o licenciamento ambiental, isto é, a autorização para a construção, instalação e
até mesmo a ampliação de empreendimentos que se utilizam dos recursos naturais e, portanto, podem
causar degradação ambiental.
Uma vez iniciado o processo de licenciamento ambiental (CONAMA 237/1997), é necessário um passo a
passo para que um empreendimento seja autorizado. Esse passo a passo se dá através da emissão das
seguintes licenças:
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Licença prévia
Fase preliminar do planejamento de empreendimento, atestando viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e condicionantes, onde são levantados os impactos da atividade.
Licença de instalação
Ocorre a autorização da instalação do empreendimento de acordo com o projeto aprovado, onde se
estabelecem medidas de controle ambiental.
Licença de operação
Esta licença autoriza a operação da atividade, após serem verificados os cumprimentos das licenças
anteriores. Neste ponto, faz-se necessária a apresentação de relatórios técnicos que podem incluir:
monitoramento ambiental, controle da poluição e educação ambiental.
O EIA/RIMA é exigido na licença prévia. O EIA é um relatório técnico, multidisciplinar, que foca na
identificação das mudanças geradas em um dado local a partir da instalação de empreendimentos ou
atividades econômicas, sugerindo, inclusive, alternativas para minimizar os danos ambientais gerados por
tais empreendimentos. Por outro lado, o RIMA é um documento público, com linguagem menos técnica e
mais objetiva, que é responsável por disponibilizar, ao público em geral, as informações levantadas no EIA.
Como o assunto deste módulo aborda os métodos de estudo de impacto ambiental — ou seja, aspectos
técnicos —, o conteúdo estará diretamente associado à execução do EIA. Além disso, considerando a
pluralidade de alterações que podem ocorrer em uma área de estudo em decorrência da instalação de
empreendimentos ou atividades econômicas, o diagnóstico de cada impacto em potencial terá a sua própria
metodologia e, nos próximos módulos, vamos entender as principais delas.

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Princípios da elaboração de um estudo de
impacto ambiental
Neste vídeo, a especialista Juliana da Silva Leal apresentará aos alunos os principais pontos que devem
estar presentes em um estudo de impacto ambiental sobre o meio biológico. Será destacada a presença de
espécies indicadoras do impacto e o status de conservação das espécies encontradas na área de estudo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O desenvolvimento da Política Nacional do Meio Ambiente foi, principalmente, fomentado pelo(s)
seguinte(s) fator(es):
A Demanda espontânea do Governo Federal.
B Pressão popular e dos setores industriais.
C Ascensão do pensamento ecológico e demanda espontânea do Governo Federal.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Dentre os fatores que estimularam o desenvolvimento da Política Nacional do Meio Ambiente, pode - se
citar a descoberta das limitações do meio ambiente, as consequências ecológicas do crescimento
econômico, a crescente preocupação mundial com o meio ambiente e a importância da valorização dos
recursos ambientais para o setor produtivo.Sendo assim, a única opção que contempla, de forma
adequada, esses fatores é a letra E.
Questão 2
O estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto ambiental (RIMA) diferem principalmente
quanto:
Parabéns! A alternativa B está correta.
D Escassez de recursos naturais.
E Demanda econômica pelos recursos naturais e ascensão do pensamento ecológico.
A às etapas do licenciamento ambiental em que devem ser apresentados.
B à linguagem em que o conteúdo é apresentado.
C ao número de páginas presentes em cada um dos documentos.
D aos componentes do meio ambiente abordados nos documentos.
E aos métodos utilizados para diagnosticar cada impacto.
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A principal diferença entre o estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto ambiental
(RIMA) está na linguagem em que o conteúdo é apresentado. O EIA é um relatório técnico,
confeccionado por uma equipe multidisciplinar e capacitada e, devido a essas características, pode não
ser facilmente interpretável pela população em geral. Para suprir essa potencial falta de acesso da
população às informações presentes em um EIA, tem-se o RIMA. O RIMA se apresenta com uma
linguagem mais clara, objetiva e didática, utilizando-se até mesmo de técnicas de comunicação visual.
2 - Biomonitoramento, levantamento e
monitoramento ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as situações que
necessitam de biomonitoramento, levantamento e monitoramento
ambiental.
O que é biomonitoramento?
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O biomonitoramento consiste em uma abordagem para a detecção de impactos ambientais com base nas
características das comunidades biológicas. O princípio do biomonitoramento se baseia no fato de que os
organismos encontrados em determinado ecossistema são constantemente submetidos às condições
desse ambiente e, portanto, podem responder a alterações sofridas por ele.
Biomonitoramento versus levantamento
Os levantamentos florísticos ou faunísticos (também conhecidos como inventários) visam conhecer as
espécies (peixes, plantas, mamíferos etc.) que ocorrem em determinada área.
Agora veja a seguir a diferença entre biomonitoramento e levantamento.
Biomonitoramento
Busca associações entre a ocorrência de impactos ambientais e seus efeitos sobre as comunidades
biológicas.
Levantamento

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Foca na determinação do estado de conservação e nas interações ecológicas que ocorrem em um
local, com base na sua lista de espécies, seja da flora ou da fauna.
Logo, independentemente se o estudo é de biomonitoramento ou de levantamento, o primeiro passo a ser
dado para conduzi-los é determinar quais espécies podem ser encontradas no local a ser estudado. Por
isso, as metodologias demonstradas nos próximos módulos são aplicáveis ao desenvolvimento de ambos.
Caracterização e monitoramento
ambiental
Naturalmente, os ambientes estão em constante mudança. Nesse processo, são continuamente alterados
processos físicos, químicos e biológicos. Por isso, muitos estudos ecológicos visam caracterizar e/ou
monitorar os ambientes. A caracterização ambiental visa definir e medir estados, atributos e processos
físicos, químicos e biológicos de um ambiente em dado momento. O monitoramento ambiental tem os
mesmos objetivos, mas compreende ainda o entendimento sobre como o ambiente muda espacial e
temporalmente. Dessa forma, podemos dizer que a caracterização ambiental seria uma fotografia do
ambiente e o monitoramento, um filme, que pode ser mais ou menos longo.
Em muitos estudos ecológicos, no momento da amostragem das comunidades biológicas, também é
realizada uma caracterização ambiental para que os cientistas sejam capazes de entender como certas
características do ambiente (por exemplo, temperatura, umidade, incidência de luz solar etc.) podem
influenciar na composição das espécies amostradas.
Resumindo
A caracterização ambiental é um procedimento pontual. Por outro lado, o monitoramento ambiental é a
observação e o estudo do meio ambiente, isto é, uma caracterização mais completa do ambiente, não
limitada a um local e/ou momento.
Como conduzir um monitoramento ambiental?
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Em termos científicos, o monitoramento ambiental é feito por meio da coleta de dados, a partir dos
quais será possível extrair algum conhecimento sobre a dinâmica do ambiente. O monitoramento
ambiental envolve a coleta de um ou mais parâmetros ambientais (variáveis medidas que
caracterizam o ambiente, como a profundidade de um rio e a temperatura de sua água) que são
usados para avaliar o estado de um ambiente.
Com o levantamento sistemático de dados sobre os parâmetros físico-químicos do ambiente, é possível
estabelecer quais são os intervalos de valores que eles costumam ter e, assim, quaisquer desvios desses
intervalos "naturais" podem sugerir que um sistema está sob estresse.
Exemplo
Baixas concentrações de oxigênio dissolvido geralmente indicam atividade biológica excessiva devido a
grandes entradas de nutrientes, como nitratos e fosfatos, e matéria orgânica com alta demanda biológica de
oxigênio. Assim, em lagos e riachos, os sinais iniciais de eutrofização podem ser detectados medindo as
mudanças nas concentrações de oxigênio. No entanto, as estratégias de coleta das amostras devem estar
alinhadas com os objetivos do monitoramento ambiental, sendo necessário um planejamento prévio.
A questão fundamental, e talvez a mais importante, é: qual o objetivo do estudo?
Por exemplo, se o objetivo do monitoramento ambiental for quantificar a quantidade diária de um poluente
sendo despejado em um rio, ou determinar a percentagem de cobertura vegetal em uma área de bacia
hidrográfica ou ainda medir as mudanças sazonais na qualidade da água em um reservatório, são
necessárias diferentes abordagens de amostragem. Portanto, é importante que o objetivo seja claramente
declarado, que seja alcançável e que sua conclusão com êxito produza dados utilizáveis e transferíveis a
outros pesquisadores ou ao público em geral. No entanto, existem três questões que muitas vezes limitam a
eficácia e objetividade no monitoramento ambiental e, por isso, devem ser muito bem pensadas:

Número de amostras (n)
Explicação 
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O número de amostras (n), que geralmente é limitado pela análise da amostra e/ou custos de coleta.

Quantidade de amostra
A quantidade de amostra, muitas vezes limitada pela técnica utilizada.

Localização da amostragem
A localização da amostragem, muitas vezes limitada pela acessibilidade.
Ainda, na preparação de um plano de amostragem, as metas, as estratégias e os métodos devem ser
considerados em conjunto com uma compreensão do ambiente a ser estudado, incluindo os parâmetros
ambientais e processos envolvidos.
Parâmetros ambientais
Podem ser físicos (por exemplo, tamanho dos grãos de sedimento do solo, temperatura, velocidade e direção
do vento), químicos ( pH, concentração de nutrientes) e biológicos ( concentração de clorofila, coliformes
fecais, abundância de um grupo taxonômico de interesse).
Processos envolvidos
Por exemplo, decomposição, produção primária, mineralização.
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Atenção
O conhecimento existente do ambiente a ser estudado permite a delimitação de quais parâmetros
ambientais são importantes para serem incluídos no monitoramento ambiental e, consequentemente, é
essencial para o desenvolvimento do plano de monitoramento.
Vamos supor que devemos estabelecer um plano de monitoramento ambiental de uma área agrícola cujo
solo foi contaminado por pesticidas. As informações sobre a taxa de degradação de um pesticida no solo
podem ajudar os cientistas a projetar de quanto em quanto tempo deve ser conduzida a amostragem do
solo. Se a meia-vida estimada (isto é, o tempo que leva para a concentração química diminuir em 50%) do
pesticida no ambiente do solo for de aproximadamente6 meses, pode ser suficiente coletar uma amostra
de solo a cada 3 meses durante 2 a 3 anos para monitorar e quantificar as taxas de degradação. No entanto,
se a meia-vida do pesticida for mais próxima de 30 dias no ambiente do solo, então a amostragem semanal
por até 6 meses pode ser necessária para obter resultados úteis.
Resumindo
O intervalo de tempo existente entre a realização das coletas deve ser condizente com a escala de tempo
em que o parâmetro ambiental a ser medido varia.
Veja a seguir o pesquisador coletando amostras de solo para determinar, em laboratório, as concentrações
de pesticidas existentes em cada uma das amostras.
Coleta de amostras de solo

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Avaliação das amostras de solo em laboratório
Os parâmetros que acabamos de discutir são medidos rotineiramente nos corpos d'água e áreas agrícolas,
servindo como indicadores da qualidade ambiental. Conforme mostramos, quaisquer desvios destes
parâmetros podem indicar que o sistema está sob estresse.
Veja a seguir algumas dicas práticas que devem ser utilizadas em campo.
Muitos parâmetros ambientais podem ser influenciados pelas condições do clima e pelo momento do dia
em que são medidos. Por isso, quando as amostras são coletadas ou no momento em que a determinação
desses parâmetros ambientais é feita em campo, é importante que o pesquisador tome nota de
observações que ele considera relevante para a posterior interpretação dos dados levantados. Além disso,
prefira a utilização de lápis e evite a caneta para fazer as suas anotações. Muitas vezes, devemos fazer
anotações enquanto chove ou as nossas anotações podem ser molhadas (cair em um rio, por exemplo) e,
caso elas tenham sido feitas à caneta, tudo será perdido.
Pesquisadora tomando notas em campo sobre a coleta das amostras.
Para ilustrar essa importância, podemos pensar, por exemplo, em um grupo de pesquisa que esteja
avaliando a comunidade vegetal em uma floresta. Nessa situação, as plantas podem ser limitadas pela
entrada de luz no ambiente e, por isso, pode ser que alguns estudos necessitem da determinação da
incidência de radiação fotossinteticamente ativa (a porção de raios solares que possibilita a ocorrência de
fotossíntese).
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Incidência de raios solares sobre as folhas de uma planta terrestre.
Agora, vamos supor que, durante o estudo, sejam feitas três coletas, cada uma em local diferente e em um
dia diferente.
Primeiro dia
Clima chuvoso com céu encoberto
Segundo dia
Clima chuvoso com céu encoberto
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Terceiro dia
Ensolarado sem nenhuma nuvem no céu
Você acha que a incidência de radiação fotossinteticamente ativa sobre as plantas
terrestres será a mesma nos três dias?
A resposta é não. No dia ensolarado, as medidas de radiação fotossinteticamente ativa incidindo
sobre as plantas terrestres será muito maior que nos dias chuvosos. Mas, se não considerarmos
essa variação no clima, simplesmente, assumiríamos que os dois locais de coleta, onde a
amostragem foi realizada nos dias chuvosos, são naturalmente mais sombreados do que o local de
coleta onde a amostragem foi feita no dia ensolarado — o que não é, necessariamente, uma verdade.
Outra dica importante, válida tanto para o biomonitoramento quanto para o monitoramento ambiental, é a
identificação das amostras coletadas. Vamos supor que, durante um programa de monitoramento de
ambientes aquáticos, há coletas de amostras de água em várias lagoas — e a foto ao lado se refere ao
momento da coleta.
Pesquisador coletando uma amostra de água em uma lagoa.
Explicação 
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Caso o frasco de vidro não possua uma etiqueta, informando o nome da lagoa, a data e para qual análise
laboratorial aquela amostra se destina, o trabalho em campo será totalmente inutilizado, pois é impossível
dizer, com precisão, qual dos frascos transparentes foi utilizado para a coleta em cada local. Para que isso
não ocorra veja a dica a seguir.
Dica
Sempre identifique todos os recipientes que serão utilizados na coleta. De preferência, faça a identificação
dos recipientes antes de estar em campo, pois, dessa forma, você garantirá que está levando ao campo o
número adequado de frascos e evitará a “perda de tempo” em condições muitas vezes desconfortantes para
nós, sob sol forte ou chuva, por exemplo — nessas condições, ainda é comum que cometamos erros devido
ao nosso mal-estar.
Tipos de monitoramento ambiental
Monitoramento do uso do solo
Medição do pH e da umidade do solo através de dispositivo digital.
Os usos do solo compreendem as formas de ocupação de um território, desde florestas até áreas urbanas.
O levantamento do uso do solo é importante para o acompanhamento, por exemplo, de desmatamento em
áreas de preservação ambiental, de assoreamentos e erosões, o crescimento de áreas urbanas e muitos
outros usos.
Possuir uma informação atualizada sobre os usos do solo de um local ou região é fundamental para o
desenvolvimento de legislações adequadas e de planejamento e, para isso, faz-se necessário o seu
monitoramento.
Saiba mais
Atualmente, com os avanços na tecnologia, a utilização do sensoriamento remoto no monitoramento do uso
do solo se tornou mais acessível aos pesquisadores e às empresas de consultoria ambiental. A
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disponibilidade de dados de sensoriamento remoto necessários para o monitoramento ambiental, em
diferentes escalas espaciais, desde locais a globais, aumentou muito nos últimos anos.
O que é sensoriamento remoto?
O sensoriamento remoto permite que sejam levantados dados sobre uma grande extensão territorial sem ter
que, de fato, percorrê-la completamente e conduzir amostragens em campo. As ferramentas de
sensoriamente remoto incluem mapas, imagens geradas a partir de câmeras portáteis e dispositivos de
detecção, fotografias aéreas e imagens de satélite.
O sensoriamento remoto lida com o processamento digital de imagens, utilizando técnicas para identificar,
extrair e condensar as informações de interesse.
De acordo com os materiais presentes, são observadas nas imagens diferentes características, como
formato e mudanças de cor.
Padrões de desmatamento na floresta tropical entre 2001 e 2019 em Rondônia, no Brasil (NASA).
Monitoramento do solo
Monitoramento dos parâmetros físico-químicos no solo de uma área de plantio.
O monitoramento e/ou a caracterização do solo pode ser necessário em estudos com vários intuitos. Na
agricultura, por exemplo, para o plantio de muitas culturas, é necessário um estudo prévio sobre a
concentração de nutrientes, matéria orgânica e pH, ou seja, uma caracterização desse compartimento do
ecossistema terrestre. Além disso, o monitoramento da umidade do solo é fundamental para o
gerenciamento da irrigação do plantio. Mas não só na agricultura o monitoramento do solo é importante.
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Todos os anos, a erosão causa danos à propriedade, às florestas e aos ecossistemas de água doce.
Para entender as causas da erosão e fazer previsões sobre quando e onde a erosão ocorrerá, uma das
técnicas utilizadas pelos pesquisadores é o monitoramento das chuvas, do deslocamento dos sedimentos e
da umidade do solo.
Tragédia ocorrida na RegiãoSerrana do Rio de Janeiro, em 2011, sendo possível observar a erosão das margens do rio e o deslizamento na
encosta.
Atenção
Quanto mais seco estiver o solo, maior será a taxa de infiltração da água, mas, se o solo já estiver
encharcado (altíssima umidade), pode ocorrer fluxo de água superficial — e, nesses casos, pode-se ocorrer
um deslizamento de terras.
O monitoramento do solo também é crítico para o controle de poeira, produção de biocombustível,
fitorremediação, estudos de sequestro de carbono do solo, estudos de hidrologia de bacias hidrográficas
etc.
Para a determinação de muitos parâmetros físico-químicos do solo, o primeiro passo a ser tomado é coletar
uma amostra dele. A amostragem do solo representa um desafio extra aos pesquisadores, pois é necessário
coletar uma amostra homogênea de um componente do ambiente que é extremamente heterogêneo. Ainda,
é muito comum que as atividades antrópicas aumentem a complexidade do solo, dificultando a sua
caracterização precisa.
Sendo assim, o pesquisador deve buscar a obtenção de uma amostra de solo que seja homogênea, ou seja,
uma massa de solo sem perfis distintivos, na qual não há mudanças visíveis nas características, como
textura, cor, densidade, planta (distribuição de raízes), teor de umidade e teor de matéria orgânica. Veja a
seguir alguns cuidados que se deve ter com as amostras.
Fitorremediação
Processo que utiliza plantas para controlar ou remover contaminantes e poluidores.
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Momemento da coleta das amostras
Podem ser utilizadas ferramentas simples, como colheres de aço inoxidável, colheres de amostragem,
pás e espátulas.
Após a coleta das amostras
Devem ser colocadas em tubos de amostragem, conforme já descrito, também devem ser
acondicionadas em recipientes.
No caso de amostras de solo coletadas para questões relacionadas à contaminação e saúde pública,
geralmente requerem procedimentos especiais. Normalmente, as amostras não podem secar e são
coletadas e preservadas “como estão”, o que significa que a umidade do solo e as condições químicas do
campo são mantidas. Portanto, essas amostras de solo são geralmente coletadas em potes de vidro ou
plástico, lacrados e mantidos sob refrigeração.
Já existem aparelhos mais modernos para a coleta do solo e, até mesmo, aparelhos que funcionam como
estações permanentes de monitoramento de seus parâmetros físico-químicos, mas, devido ao seu alto valor,
decidimos focar nas técnicas mais simples que ainda são utilizadas.
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Coleta de uma amostra de solo em embalagem plástica.
Monitoramento das águas continentais
Exemplo de ecossistemas aquáticos continentais no Pantanal.
Os ecossistemas aquáticos continentais são aqueles situados em terra, isto é, no continente. Os
ecossistemas continentais podem ter águas salgadas, salobras e doces, mas devido ao interesse à vida
humana, vamos focar nestas últimas. O monitoramento da qualidade e quantidade da água doce tornou-se
uma preocupação nacional e global, já que a redução do suprimento de água e sua respectiva degradação e
poluição são a preocupação imediata de todos. Contudo, a preservação e sustentabilidade dos recursos de
água doce só podem advir de um monitoramento cuidadoso de seus ecossistemas e de sua qualidade.
Como já ouvimos falar na escola, a água é um solvente universal, e isso significa que ela tem a capacidade
de dissolver, até certo ponto, todos os componentes orgânicos e inorgânicos encontrados no ambiente.
Essa mesma característica torna a água um elemento extremamente variável em seus ambientes, sendo
influenciada por impactos naturais ou antropogênicos e até pela sua própria movimentação dentro dos
ambientes.
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Os animais (inclusive nós) e plantas, terrestres ou aquáticos, são sensíveis às mudanças nas características
da água que utilizam para a sua dessedentação ou sobrevivência. Mudanças em determinados parâmetros
ambientais, como sólidos dissolvidos totais, pH e oxigênio dissolvido em particular, podem afetar a
mortalidade da vida aquática. Além disso, a presença de contaminantes pode ser perigosa para todos os
organismos que bebem a água e para os que nela vivem. Por isso, é importante realizar um monitoramento
dos ambientes de aquáticos, em especial, os de água doce.
Os ambientes de águas superficiais (classificados como oceanos, riachos, lagos e reservatórios) são, em
geral, mais homogêneos em composição do que os solos. Contudo, essa aparente homogeneidade, aos
nossos olhos pode ser enganosa. Na verdade, os corpos d'água superficiais podem possuir características
que mudam com a sua:
profundidade (por exemplo, a temperatura e a concentração de oxigênio dissolvido);
distância da margem (por exemplo, a velocidade da água em riacho);
entre outros fatores.
Atenção
O monitoramento das águas superficiais deve levar em consideração essas heterogeneidades. Além disso, o
pesquisador deve se questionar sobre a importância da variabilidade sazonal (ao longo das estações do
ano) para o seu estudo. Conforme as condições no clima mudam ao longo das estações do ano ou mesmo
ao longo do dia (por exemplo, variações na temperatura, nas concentrações de CO2 e O2 dissolvidos), elas
se refletem nas condições do ambiente aquático. Dessa forma, é comum haver a necessidade de se realizar
uma amostragem temporal, seja ao longo de horas, dias ou meses.
Em relação às formas de se realizar a amostragem do ambiente aquático, podemos citar a amostragem em
tempo real e análise em campo ou em um laboratório.
Amostragem em tempo real
Na amostragem em tempo real, a análise dos parâmetros é feita in situ, isto é, no mesmo local onde a coleta
é realizada. Esse tipo de amostragem é possível devido ao advento das sondas multiparâmetros,
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equipamentos portáteis que possuem sensores específicos para determinar, instantaneamente, parâmetros
físico-químicos da água.
Foto de uma sonda multiparâmetro.
Dentre os parâmetros físico-químicos que podem ser determinados com uma amostragem em tempo real,
podemos citar pH, salinidade, turbidez, temperatura, concentrações de CO₂ e O₂ dissolvidos, concentração
de clorofila-a e até mesmo as concentrações de alguns nutrientes.
Título da segunda aba
Na análise em campo ou em um laboratório, primeiramente são coletadas amostras de água, com jarras ou
garrafas, diretamente do ambiente. No entanto, o próximo passo do manuseio da amostra dependerá para o
que ela se destina
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Coleta de amostra de água para a análise em campo ou em um laboratório.
Por exemplo, as amostras de água coletadas para análise de pH, O2 dissolvido, metais ou produtos
químicos orgânicos voláteis não devem ser expostas ao ar ou colocadas em recipientes de plástico —
necessário armazenar as amostras de água em recipientes adequados, que levem em consideração a
compatibilidade química com o material dos recipientes de armazenamento. Nessa forma de amostragem,
a determinação do parâmetro físico-químico pode ser feita ainda em campo, na amostra de água coletada,
ou transportada até o laboratório, onde a determinação será feita.
Monitoramento do ar
Poluição do ar em uma grande cidade.
O controle e a prevenção da poluição do ar é um grande desafio ambiental que a sociedade moderna
enfrenta, tornando o seu monitoramentode fundamental importância. A maior parte da poluição do ar vem
da queima de combustíveis fósseis e as suas principais fontes incluem os efluentes de chaminés,
operações de mineração e a combustão dos automóveis. No entanto, engana-se quem pensa que somente
as atividades humanas podem causar a poluição do ar que respiramos, pois ela também possui muitas
fontes naturais. Dentre as causas naturais da poluição do ar, podemos citar:
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Incêndios �orestais naturais
Liberam grandes quantidades de fumaça na atmosfera.
Erupções vulcânicas
Liberam sulfato e outras partículas que podem ficar suspensas na atmosfera.
Tempestades de poeira
Causadas por ventos fortes que sopram sobre solo não vegetado e carreiam partículas para a
atmosfera.
Independentemente da origem da poluição do ar, a ausência de conhecimento sobre quais as moléculas e
poeiras que estão presentes no ar em que respiramos, bem como os seus respectivos potenciais tóxicos,
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pode representar um grande problema de saúde pública.
De maneira geral, o monitoramento do ar visa avaliar a qualidade do ar de um ambiente, observando as
tendências na poluição:
Quais são os lugares mais afetados? Existem locais muitos próximos de grandes
fontes poluidoras? O que pode ser feito para reduzir a poluição do ar?
Devido a essas questões fundamentais a serem respondidas, o monitoramento do ar requer uma avaliação
tanto espacial (como muda entre bairros de uma cidade) quanto temporal (como é a qualidade do ar de uma
grande cidade na estação seca). Portanto, a frequência com que os poluentes são monitorados, onde os
poluentes devem ser monitorados e a duração do período de monitoramento são pontos cruciais para o
planejamento de um monitoramento do ar.
Os locais onde o monitoramento do ar será realizado dependem da finalidade do estudo em execução. A
maioria das redes de monitoramento da qualidade do ar são projetadas para a avaliação das condições às
quais a saúde humana está exposta e, por isso, os locais de monitoramento tendem a ser estabelecidos em
áreas de adensamento urbano.
Uma estação automatizada para o monitoramento do ar em uma floresta do hemisfério Norte.
Uma estação automatizada para o monitoramento da qualidade do ar em uma área urbana da Tailândia.
Exemplo
Os locais de monitoramento podem ser perto de estradas movimentadas, em centros de cidades ou em
locais de particular preocupação (por exemplo, escola, hospital, fontes de emissões específicas). Por outro
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lado, o monitoramento também pode ter como objetivo entender como a poluição do ar alcança regiões
ainda bem preservadas, tentando entender os seus possíveis impactos ecológicos, sendo necessários
estabelecimento de locais de amostragem longe de áreas urbanas e fontes de emissões.
Contaminação atmosférica em unidades
de conservação: é possível?
Neste vídeo, a especialista Juliana da Silva Leal disserta sobre o transporte atmosférico de longo alcance de
contaminantes, revelando que, mesmo em locais remotos e preservados (como unidades de conservação),
eles ainda podem estar presentes.
Atualmente, a maior parte dos programas de monitoramento do ar são feitos de forma automatizada, isto é,
as amostras de ar são automaticamente desviadas para o interior de instrumentos de medição contínua das
concentrações de poluentes. Mas, em alguns casos, ainda são coletadas amostras de ar de forma manual,
com ajuda de uma sacola especial.
Equipamento para amostragem de ar.

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Exemplo
O amianto foi utilizado por muitos anos na construção civil, mas atualmente sabe-se que a inalação de
amianto presente no ar pode gerar uma série de problemas de saúde, inclusive o câncer de pulmão. Para
verificar a presença de amianto no interior de uma residência, a coleta de amostras de ar é feita com
sacolas e, posteriormente, são realizadas análises deu seu conteúdo em um laboratório.
Há certos gases presentes no ar que fluem de outro meio (como o solo ou a água) para o ar, e suas
respectivas massas emitidas, por unidade de área por unidade de tempo, são muito pequenas, sendo
necessário o uso de câmaras para detectá-los. No caso de se detectar um gás sendo emitido a partir do
solo, por exemplo, os invólucros da câmara são implantados sobre a superfície dele. Durante o tempo em
que o invólucro está presente sobre o solo, os gases emitidos do solo se acumulam no espaço superior da
câmara. A taxa de variação da concentração do gás de interesse dentro da câmara é medida e usada para
calcular o fluxo do solo para o ar.
Devido à existência de diferentes métodos para medir determinado poluente, o pesquisador envolvido em
um programa de monitoramento da qualidade do ar deve examinar, cuidadosamente, as opções para
determinar quais métodos são mais apropriados — o que envolve, principalmente, os custos dos
equipamentos e suas respectivas manutenções e operações.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Dentre as ações abaixo, marque a alternativa que inclui aquela que controla a poluição do ar.
A O biomonitoramento.
B A queima de combustíveis fósseis.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
O biomonitoramento ajuda a controlar e prevenir a poluição do ar. Já as ações como a queima de
combustíveis fósseis, o desmatamento, os incêndios florestais e a criação de gado contribuem para a
poluição do ar.
Questão 2
Considerando um estudo hipotético que pretende avaliar os efeitos do derramamento de combustível
sobre a comunidade de peixes de uma lagoa, esse estudo deveria ser considerado:
C O desmatamento.
D Os incêndios florestais.
E A criação de gado.
A um biomonitoramento.
B um levantamento de flora.
C um relatório de impacto ambiental.
D um levantamento de fauna.
E um monitoramento não biológico.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Quando se pretende conduzir um estudo que estabeleça uma possível relação de causa e efeito entre a
ocorrência de um impacto ambiental e mudanças nas características de certa comunidade biológica,
este será um estudo de biomonitoramento. Em contrapartida, um levantamento de flora ou fauna não
pretende estabelecer essa causalidade, e sim identificar as espécies e seus respectivos estados de
conservação. Já o relatório de impacto ambiental, é somente um documento técnico, e não um estudo.
3 - Técnicas de amostragem em estudos
ecológicos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as técnicas de
amostragem empregadas em estudos ecológicos.
A importância da amostragem
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Por muito tempo, entender como as espécies se distribuem em função das características ou condições de
um ambiente tem sido uma tarefa básica e fundamental nos trabalhos de campo em Ecologia. Mas, na
prática, nunca é possível, durante uma coleta em campo, localizar, contar ou, muitas vezes, medir todos os
indivíduos das diferentes espécies que compõem uma comunidade — quando é possível, realiza-se um
censo.
Por isso, nós utilizamos metodologiasde amostragem, que objetivam fornecer um subconjunto de
indivíduos que seja capaz de representar, com o maior grau de fidelidade possível, a comunidade real —
aquela comunidade que observaríamos caso fossemos capazes de coletar todos os indivíduos das
diferentes espécies que compõem uma comunidade.
Tipos de amostragem
Existem três formas principais de conduzir uma amostragem:
A questão é: qual delas devemos utilizar?
Para responder a essa pergunta, precisamos conhecer cada uma delas.
Amostragem aleatória
Amostragem estrati�cada
Amostragem sistemática
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Amostragem aleatória
A amostragem aleatória costuma ser utilizada quando a área em estudo é bastante uniforme, muito grande
e/ou quando o tempo disponível é limitado. Para que a aleatoriedade seja incorporada na amostragem, não
devemos escolher, com base em nossa opinião pessoal, o local de amostragem, mas deixar que ele seja
selecionado ao acaso, por uma questão de probabilidades.
O sorteio de números é a principal forma de aleatorização.
Atenção
A amostragem aleatória é importante e utilizada com muita frequência, porque muitas das análises
estatísticas que utilizamos para extrair resultados dos dados levantados em campo baseiam-se no
pressuposto de que os dados a serem analisados foram realmente coletados aleatoriamente. Se não nos
atentarmos à importância da aleatoriedade, é muito comum que a gente escolha, com base na nossa
opinião, o lugar de coleta. Seja porque achamos bonito, seja porque achamos que uma espécie que
gostamos pode ser encontrada naquele local etc.
A questão é que, toda vez que não amostramos de forma aleatória, é possível que geremos dados
enviesados. Por exemplo, para plantas, já foi observado que as amostras coletadas de forma não aleatória
costumam mostrar uma riqueza de espécies maior do que aquelas amostradas aleatoriamente. O problema
nisso tudo é que podemos coletar amostras que não sejam, de fato, representativas do ambiente. Ainda, a
amostragem aleatória oferece a vantagem de que é possível se obter um grande número de amostras em
diferentes áreas dentro do mesmo local.
Amostragem estrati�cada
A amostragem estratificada é usada para levar em consideração diferentes áreas ou estratos que são
identificados dentro do corpo principal de um habitat, o qual raramente é uniforme em toda a sua extensão.
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Frequentemente, há áreas identificáveis menores dentro de um habitat que são diferentes da parte principal
dele. A vantagem da amostragem estratificada é que ela constitui um reflexo preciso do habitat. Na
amostragem aleatória, as amostras coletadas podem não cobrir igualmente todas as áreas de um habitat.
Vamos supor que a imagem a seguir represente a nossa área de estudo, na qual caracterizaremos os
insetos associados à vegetação.
Heterogeneidade na vegetação de um campo.
Comentário
Na foto, observada, vemos claramente diferentes tipos de vegetação (em amarelo, verde-claro e verde-
escuro). Considerando essas diferenças abruptas na vegetação e as machas de habitat formadas para cada
uma delas, a amostragem estratificada representa uma amostragem adequada a ser aplicada. Para isso, a
amostragem deve ser feita de forma proporcional à disponibilidade do estrato no habitat — isto é, o estrato
mais abundante no habitat deve ser aquele mais amostrado.
Amostragem sistemática
A amostragem sistemática se dá quando as amostras são coletadas em intervalos fixos, geralmente ao
longo de uma linha. Para isso, costumam-se utilizar transectos, que nada mais são do que uma linha de
amostragem estabelecida ao longo de um gradiente ambiental. Por exemplo, você pode usar um transecto
para mostrar como as espécies de plantas mudam em uma restinga conforme nos afastamos da praia.
Ilustração da variação da comunidade vegetal de uma restinga de acordo com a distância do mar (à esquerda).
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Tipos de amostragem: diferenças entre
amostragem aleatória, amostragem
estrati�cada e amostragem sistemática
Neste vídeo, a especialista Juliana da Silva Leal disserta sobre as diferenças entre os tipos de amostragem,
além de trazer exemplos práticos de cada tipo, no contexto dos estudos de impacto ambiental.
Mas, afinal, qual tipo de amostragem devo usar?
Como vimos, a amostragem estratificada é simplesmente o processo de identificar áreas dentro de um
habitat geral, que podem ser muito diferentes umas das outras e que precisam ser amostradas
separadamente. De forma resumida, as amostragens aleatória e sistemática são pertinentes nas seguintes
circunstâncias:
Amostragem aleatória
Onde o habitat a ser amostrado é relativamente homogêneo.
Para remover o viés do observador na seleção de amostras.
Quando são necessárias análises estatísticas que requerem dados coletados aleatoriamente.
Quando uma área ampla precisa ser amostrada rapidamente.

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Amostragem sistemática
Quando as espécies estão distribuídas ao longo de algum gradiente ambiental.
Quando o habitat apresenta o gradiente ambiental de forma linear ou em uma única direção.
Onde as condições físicas do habitat limitam a forma de amostragem.
Antes de começar qualquer estudo que requeira a realização de uma amostragem, busque trabalhos
semelhantes na internet e avalie as metodologias empregadas, questionando quais delas podem (ou não)
ser utilizadas em seu estudo de caso. Uma ida a campo requer muito planejamento prévio! O tipo e a técnica
de amostragem a serem utilizados são dois fatores decisivos para a execução de um trabalho de qualidade
e, por isso, devem ser muito bem pensados.
Atenção
Podemos conduzir uma amostragem aleatória estratificada ou sistemática. Ou seja, mesmo dentro da
amostragem estratificada ou sistemática, é possível utilizar o princípio da aleatoriedade.
A técnica de amostragem é táxon-
dependente
Como você sabe, os ecossistemas ao nosso redor são compostos por diferentes espécies, de diferentes
grupos taxonômicos (por exemplo, plantas, insetos e répteis), que também podem habitar diferentes
porções do espaço dentro do mesmo ecossistema. Por isso, as metodologias de amostragem das
comunidades devem ser aquelas reconhecidamente utilizadas para estudar o grupo taxonômico de
interesse.
Para facilitar o seu entendimento, vamos imaginar que devemos amostrar os mamíferos de uma floresta
tropical.
Vamos supor que queiramos amostrar mamíferos terrestres não voadores. Em quais locais você acha que
devemos procurar por esses animais?

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Certamente, você deve ter respondido que os mamíferos terrestre não voadores devem ser mais facilmente
encontrados no ambiente terrestre propriamente dito, isto é, sobre o solo.
Anta (Tapirus sp.) no Parque Nacional de Yasuni, no Equador.
Sendo assim, as metodologias de amostragem dessa mastofauna (fauna de mamíferos) certamente se
aterão a esse ambiente. Por outro lado, caso fôssemos amostrar morcegos (mamíferos terrestres
voadores), deveríamos focar no ambiente aéreo ou na copa das árvores, por exemplo.
Morcego frugívoro (Pteropus poliocephalus) em uma floresta australiana.
Por isso, os morcegos ou outros animais voadores terão formas de amostragem distintas.
Considerando toda essa variação que existe de acordo com o grupo que se estuda, vamos aprender um
pouco mais sobre os principais métodos utilizados para conduzira amostragem de determinados grupos
taxonômicos corretamente.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
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Questão 1
Imagine um estudo de impacto ambiental realizado em uma área florestal extensa, de vegetação
uniforme. O objetivo é fazer uma amostragem rápida, em curto período, e geral das espécies vegetais
que ocorrem ali, sem focar em nenhum grupo, altitude, ou fator ecológico específicos. Esse estudo
deveria se basear em que tipo de amostragem?
Parabéns! A alternativa B está correta.
A amostragem aleatória seria a ideal, considerando o curto período, a grande extensão da área e o fato
de a área ser homogênea. Nesse caso, para que a aleatoriedade seja realmente incorporada ao
processo de amostragem, nenhum grupo taxonômico deve ser priorizado durante a amostragem, assim
como nenhum microambiente em específico, ou nenhum fator ecológico. A aleatoriedade será
imprescindível, inclusive, para não ferir as premissas das análises estatísticas utilizadas no tratamento
dos dados coletados durante esta amostragem. Os demais tipos de amostragem não são baseados na
premissa da aleatoriedade e são utilizados em diferentes tipos de estudos. Uma amostragem
independente do grupo taxonômico é restrita a casos pontuais e específicos de amostragem de fatores
estritamente ambientais, não bióticos.
Questão 2
A Amostragem estratificada.
B Amostragem aleatória.
C Amostragem sistemática.
D Amostragem independente do grupo taxonômico.
E Qualquer tipo de amostragem seria adequado, a depender da vontade do pesquisador.
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É considerado um fator crucial para a escolha do tipo de amostragem em um estudo de impacto
ambiental:
Parabéns! A alternativa A está correta.
O tipo de amostragem ou a técnica de amostragem utilizada em estudos de impacto ambiental é
necessariamente táxon-dependente, ou seja, é crucial que haja a definição do grupo taxonômico de
interesse antes que seja escolhido o tipo de amostragem. Isso porque as metodologias de amostragem
variam de acordo com o grupo taxonômico, como por exemplo, plantas, peixes, insetos e pequenos
mamíferos. Já o conhecimento de toda a fauna e flora é o resultado de um trabalho extenso de
levantamento em determinada região, ou seja, um resultado posterior à escolha de métodos de
amostragem. E a definição dos níveis de poluição de ar e água constituem parâmetros ambientais
importantes em certos estudos de impacto ambiental, que podem ser medidos ou não, a depender do
foco do estudo e do tipo de impacto que aquela região sofre.
A A definição do grupo taxonômico de interesse.
B O conhecimento de toda a flora da região.
C O conhecimento de toda a fauna da região.
D A definição do nível de poluição do ar da região.
E A definição do nível de poluição dos corpos d’água da região.
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4 - Amostragem da �ora e fauna, terrestres
e aquáticas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever as técnicas de
amostragem para a �ora e a fauna, terrestres e aquáticas.
Amostragem da �ora terrestre e aquática
A amostragem de plantas é, de certa forma, mais fácil de ser realizada do que a amostragem de animais por
um motivo simples: as plantas não se movem. As técnicas apresentadas a seguir devem ser utilizadas
quando não for possível identificar e quantificar todas as plantas, ou seja, quando a área de estudo for muito
grande e com muitas espécies. Como vivemos em um país tropical com dimensões continentais, é bem
possível que você se depare com a situação previamente descrita e, por isso, você precisará ter um método
para decidir onde e como amostrar.
Como já vimos, o método de amostragem é táxon-dependente e, por isso, quando focamos na flora,
devemos saber que as técnicas utilizadas para o estudo de árvores, arbustos e palmeiras (componentes
lenhosos da flora e palmeiras arbóreas) são diferentes daquelas utilizadas para as herbáceas (plantas de
pequeno porte, com caules finos e delicados) ou epífitas (plantas que vivem sobre outras plantas, como as
orquídeas e bromélias).
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Diferentes tipos de vegetação requerem diferentes técnicas de amostragem, veja a seguir alguns exemplos.
Árvores, arbustos e palmeiras.
Herbáceas.
Epífitas.
É importante que o pesquisador tenha em mente que, independentemente da técnica utilizada, é preciso,
antes de começar, pensar e estabelecer regras de inclusão e exclusão de certos organismos vegetais da
amostragem — e essas regras devem ser respeitadas durante o trabalho de campo.
Caso não sejam estabelecidas essas regras de inclusão/exclusão, o pesquisador deverá amostrar todos os
indivíduos existentes (inclusive mudas e plantas ainda pequenas), tornando o estudo extremamente
demorado e oneroso. Por exemplo, em estudos conduzidos com os componentes lenhosos da flora, há uma
regra comumente utilizada para a inclusão e exclusão de certos organismos vegetais: o tamanho mínimo do
indivíduo.
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Nesses casos, os pesquisadores costumam amostrar somente indivíduos com um diâmetro (medida da
circunferência do caule) mínimo de 3cm ou 5cm, medidos na base da planta, próximo ao chão, ou na altura
do peito do pesquisador (medida conhecida como DAP).
Pesquisador medindo o diâmetro à altura do peito (DAP) de uma árvore.
Método do ponto-quadrante
No método do ponto-quadrante, a densidade (número de indivíduos/área) dos organismos vegetais é
calculada a partir da distância média entre eles. Para isso, primeiro, o pesquisador deve estabelecer uma
linha de caminhada na área de estudo e, a cada intervalo de distância (por exemplo, de 10 em 10 metros),
ele determinará um ponto e registrará a distância até os quatro indivíduos vegetais mais próximos desse
ponto.
Esses quatro indivíduos devem ter suas espécies identificadas e seus DAP registrados — todas essas
informações devem ser anotadas para a posterior confecção do relatório técnico.
Resumo ilustrativo do método ponto-quadrante.
Prós e contras do método do ponto-quadrante
Esse método deve ser utilizado, preferencialmente, para a amostragem de árvores, arbustos e palmeiras — já
imaginou encontrar os quatro indivíduos de gramínea ou outra herbácea mais próximos do ponto? Este é um
método que deve ser aplicado para a amostragem de comunidades ou populações vegetais que possuem
uma distribuição aleatória.
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No caso de comunidades ou populações vegetais com uma distribuição homogênea, pode haver a
superestimação do número de indivíduos, e quando elas se distribuem em agregados, pode-se incorrer na
subestimação. Contudo, a distribuição aleatória da vegetação nem sempre é factível com a realidade. Em
função dessas questões, para verificar se a comunidade ou população vegetal a ser estudada é passível de
ser amostrada com o método do ponto-quadrante, o ideal é que se tenha um conhecimento prévio sobre
elas (mediante, por exemplo, artigos científicos ou outros trabalhos já realizados naquele tipo de
vegetação).
Método da parcela �xa
O método de amostragem de comunidades e populações vegetais mais utilizado no nosso país é o método
da parcela fixa. Nesse método, há a delimitação de áreas dentro da área de estudo, as quaissão chamadas
de parcelas (quadrats ou plots).
É importante que o formato e as dimensões da parcela sejam previamente determinados e, principalmente,
que possuam praticidade operacional — não adianta delimitar parcelas enormes em um trabalho de campo
realizado por uma equipe pequena, em um curto intervalo de tempo.
Pesquisadora em campo identificando uma espécie.
Além disso, as parcelas devem ser estabelecidas de forma não tendenciosa, utilizando-se para isso as
amostragens do tipo aleatória ou sistemática, e deve-se sempre manter, da forma mais precisa possível, o
formato e as dimensões da parcela utilizada dentro da mesma área de estudo. Uma vez que as parcelas são
delimitadas no campo, deve-se contar o número de indivíduos e identificar as suas respectivas espécies —
todas essas informações devem ser anotadas para a posterior confecção do relatório técnico.
Qual o tamanho da parcela?
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O tamanho da parcela deve ser condizente com o diâmetro da base das espécies de maior interesse e,
consequentemente, quanto maior for o tamanho médio da planta, maior será a estrutura necessária. Além
disso, a parcela deve ser maior do que o espaço médio entre as plantas da área de estudo. Geralmente, nos
estudos dos componentes lenhosos da flora, as parcelas costumam ter formato quadrado, com dimensões
de 10m x 10m — embora trabalhos teóricos já tenham mostrado que as parcelas em formato retangular
sejam mais representativas.
Por outro lado, a amostragem de gramíneas ou outros vegetais de tamanho reduzido pode ser conduzida
com parcelas de tamanho de 1m x 1m, por exemplo. As parcelas de tamanho reduzido costumam ser
chamadas de quadrats, veja a seguir dois exemplos.
Quadrats na amostragem de gramíneas
Quadrats na amostragem de algas marinhas
Atenção
Esse método pode ser utilizado não só para a amostragem de plantas, mas também para animais sésseis
(fixados a determinado local) ou lentos, e até mesmo organismos aquáticos — neste último caso, a parcela
não é dada por uma área, e sim por um volume — com tamanhos diminutos.
Quando se objetiva, por exemplo, determinar a densidade de espécies de fitoplâncton e zooplâncton
(número de indivíduos/volume), a amostragem é feita com parcelas fixas, considerando determinado
volume de água. Nesse tipo amostragem do plâncton, o volume de água conhecido é derramado no interior
de uma rede apropriada — geralmente, com o auxílio de baldes de 5L — para reter esses organismos.
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Utilização de quadrats na amostragem de pequenos crustáceos em um costão rochoso.
Rede para coleta de plâncton, onde se derrama um volume conhecido de água para ser filtrado.
Prós e contras do método da parcela �xa
Os custos associados à execução de uma amostragem de acordo com o método da parcela fixa costumam
ser elevados e requerem mais tempo em campo. No entanto, os cientistas o consideram o método mais
eficiente, principalmente para avaliar a distribuição espacial dos indivíduos.
Amostragem da fauna terrestre e aquática
Insetos
Insetos voadores
Veja a seguir dois métodos para capturar insetos.
Armadilha luminosa
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A armadilha luminosa consiste no posicionamento de uma luz (lâmpadas de mercúrio ou fluorescente) ao
lado de um lençol branco, durante o período noturno. A luz é responsável por atrair os insetos, que devem
ser coletados manualmente, ao pousarem sobre o lençol. Com esse método, muitos insetos diferentes
podem ser coletados, tais como mariposas, besouros, vespas e mantídeos.
Armadilha luminosa instalada.
Redes entomológicas
Esse método é o mais conhecido, aparecendo até em desenhos animados. Na coleta manual com redes
entomológicas, o pesquisador percorre a área de estudo em busca dos insetos. Caso algum indivíduo seja
avistado, o pesquisador tenta capturá-lo com a rede. Diferentemente da amostragem das plantas, na qual é
possível estabelecer uma quantidade de indivíduos por área, na amostragem com armadilha luminosa e na
coleta manual com redes entomológicas tem-se um número de indivíduos capturados por tempo.
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Pesquisador amostrando insetos com auxílio de rede entomológica.
Insetos e macroinvertebrados aquáticos em geral
Veja a seguir dois métodos para coletar insetos e macroinvertebrados aquáticos.
Amostrador do tipo Surber
A coleta com o amostrador do tipo Surber é indicada para rios de pequeno porte, como córregos e
nascentes, pois é necessário que o pesquisador consiga acessar, manualmente, o substrato.
Foto de um amostrador do tipo Surber.
Nesse método, o coletor é posicionado sempre contra a correnteza, para que os indivíduos coletados fiquem
retidos em sua rede. Feito isso, o pesquisador deve revolver, manualmente, o substrato posicionado dentro
da área de amostragem do coletor. Com esse tipo de coletor, é possível determinar a densidade de
indivíduos na amostra.
Pesquisador utilizando o amostrador do tipo Surber.
Pegadores Petersen modificado e van Veen
A coleta com os pegadores Petersen modificado e van Veen é indicada para rios profundos e reservatórios.
Com eles, é possível amostrar os macroinvertebrados aquáticos (incluindo insetos) que se enterram mais
profundamente no sedimento. Contudo, o sedimento a ser coletado não pode ser mole, é necessário que ele
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seja arenoso ou cascalho — caso contrário, ele será totalmente lavado do pegador conforme retorne à
superfície.
Os pegadores Petersen modificado e van Veen possuem diferentes tamanhos, de modo que, diferentes
áreas do sedimento podem ser amostradas. Com esses pegadores, é possível se determinar a densidade de
indivíduos na amostra.
Pegador Petersen
Pegador van Veen
A utilização de macroinvertebrados
aquáticos em biomonitoramentos
Neste vídeo, a especialista Juliana da Silva Leal apresentará aos alunos o potencial dos macroinvertebrados
aquáticos em relevar a qualidade das águas a partir das características de suas comunidades.

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Peixes
Veja a seguir três métodos para capturar peixes.
Redes de arrasto
As redes de arrasto consistem em malha fina esticada, de determinado comprimento. Essa malha possui
uma parte mais próxima à superfície da água (linha positivamente flutuante) e uma outra, próxima ao fundo,
na qual há peças de chumbo (linha de flutuação negativa).
Conforme essa rede é puxada, os peixes vão sendo envolvidos. Essas redes podem ser construídas usando
uma variedade de tipos e tamanhos de malha, mas as redes de arrasto de praia típicas são feitas de nylon,
com aberturas de 6mm.
Amostragem de peixes com uma rede de arrasto.
É um método simples, que abrange uma grande área de amostragem em um intervalo de tempo
relativamente curto. A utilização dessa rede não é adequada em locais com muitos troncos,
correnteza rápida e águas profundas. Além disso, deve-se tomar cuidado extra com os materiais
presentes no ambiente que inviabilizem o arrasto da rede. Por exemplo, as redes não devem ser
utilizadas em locais onde há uma vegetação aquática densa, locais onde as plantas aquáticas são
Quais são os prós e contras da rede de arrasto? 
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de grande porte (como, por exemplo, a taboa). Ainda, o pesquisador deve se atentar ao fato de que
nem todas as espécies têm a mesma probabilidade de serem capturadas. As espécies bentônicas,
que vivem associadas ao sedimento do ambiente aquático, são menos capturáveis do que as
espécies que vivem na coluna d’água e os indivíduos menores são mais frágeis e podem morrer
durante a amostragem.
Armadilha do tipo covo
A armadilha do tipo covo é composta por redes de aro cobertas por uma malha de nylon. Ela possui túneis
ou funis, através dos quais os peixes entram e ficam aprisionados.
Uma armadilha do tipo covo sendo utilizada para a captura de peixes.
As armadilhas do tipo covo podem ser usadas para capturar peixes com pouca chance de ferimentos
em uma variedade de habitat. Porém, a sua utilização é dificultada em ambientes onde há correntes
fortes e/ou muitos materiais em suspensão (como galhos). Os tamanhos normalmente usados em
trabalhos científicos podem ser facilmente manipulados por duas pessoas. Esse tipo de armadilha
captura peixes que estão se movendo e as dimensões do artefato dependem do tamanho das
espécies a serem capturadas. É importante destacar ainda que, se a armadilha for posicionada
próxima ao fundo, a probabilidade de se capturar espécies bentônicas é maior do que ao utilizar
redes de arrasto.
Pesca elétrica
A pesca elétrica se utiliza do estabelecimento de um campo elétrico na água para capturar os peixes.
Quando exposto à eletricidade, a maioria dos peixes fica “atordoada” e pode ser facilmente capturada.
Durante a realização da pesca elétrica, os pesquisadores, com o equipamento de eletrochoque, movem-se
pelos habitat acompanhados por assistentes. O papel dos assistentes é recolher (com auxílio de uma rede)
Quais os prós e contras da armadilha do tipo covo? 
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os peixes atingidos pelo choque. Essa movimentação pelo habitat pode se dar tanto caminhando pelo
ambiente quanto se deslocando de barco — o que for possível dentro das características da área de estudo.
Pesquisadores realizando uma pesca elétrica em um parque nos Estados Unidos.
A pesca elétrica é um método de pesca que pode ser usado em uma ampla variedade de habitat.
Para isso, é necessário apenas que o ambiente aquático permita navegar ou vadear (atravessar as
margens de rio). Contudo, não é qualquer pessoa que pode efetuar uma pesca elétrica, sendo
necessário um treinamento prévio — afinal, ter uma estrutura que dá choque dentro da água é algo
que está longe de ser seguro! Além disso, a pesca elétrica é mais eficiente para a captura de peixes
maiores. É importante que a pesca elétrica seja usada somente com fins científicos, pois há estudos
que mostram que essa técnica de pesca que tem contribuído para o declínio da vida marinha em
decorrência da sobrepesca.
Répteis e Anfíbios
Veja a seguir quatro métodos para capturar répteis e anfíbios.
Armadilha de interceptação e queda
As armadilhas de interceptação e queda também são conhecidas como pitfalls. A estrutura das armadilhas
de interceptação e queda consiste em um conjunto de baldes (ou qualquer outro recipiente que possa ser
enterrado com a abertura para cima), dispostos em formato de “Y”, que são interligados por uma cerca de
lona. O intuito da cerca é guiar os animais para que eles caiam nos baldes e fiquem presos até o momento
em que o pesquisador irá capturá-los.
Quais são os prós e contras da pesca elétrica? 
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Esse método de amostragem é recomendado para amostragens que serão conduzidas por um longo
intervalo de tempo. Como as armadilhas estarão expostas às variações climáticas, é importante que se
adicione uma cobertura (como se fosse uma tenda) sobre elas ou pedaços de isopor no interior do balde.
Enquanto a cobertura impedirá a entrada de água da chuva, os pedaços de isopor farão com que os animais
eventualmente presos tenham onde se refugiar e, desta forma, não morram afogados.
Estrutura de um pitfall
Detalhe da cobertura do balde
Em geral, a utilização de armadilhas de interceptação e queda permitem a captura de animais que
não costumam ser amostrados por meio de métodos que se baseiam na procura visual. Além disso,
quando estruturadas em dimensões reduzidas, essas armadilhas também podem ser utilizadas para
a captura de animais menores que vivem associados ao solo, tais como insetos, aracnídeos e outros
artrópodes terrestres. Ainda, a armadilha de interceptação e queda permite que os indivíduos sejam
contados diretamente e manuseados, possibilitando a determinação da idade, sexo, marcação e,
inclusive, a coleta de mais materiais (como sangue e parasitas). No entanto, a instalação das

Quais são os prós e contras da armadilha de interceptação e queda? 
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armadilhas de interceptação e queda requer um grande esforço, sendo necessária uma equipe e
algum tempo de trabalho.
Registro auditivo em transectos
Esse método é restrito aos animais que vocalizam e, sendo assim, é passível de aplicação, principalmente,
em anuros e pássaros — neste método, não é possível amostrar répteis e, no caso dos pássaros, a
identificação pode ser feita também visualmente. Com esse método, é possível determinar a ocorrência de
espécies de anuros e estimar a abundância relativa de anuros machos vocalizando.
A identificação das espécies é feita a partir dos sons que elas emitem. Então, os pesquisadores devem
estabelecer um transecto na área de estudo e percorrê-lo, registrando as espécies que estão vocalizando
naquele momento. É importante que se tenha em campo sempre o mesmo número de pessoas e se
percorra as mesmas distâncias, pois somente dessa forma é possível realizar a comparação entre amostras
de locais diferentes (sejam eles dentro da mesma área de estudo ou não). No caso de a espécie
vocalizadora não poder ser identificada em campo, os seus sons devem ser gravados e, se possível, o
indivíduo deve ser capturado, para auxiliar na posterior identificação da espécie.
Atenção
Para que o processo de identificação seja bem executado, o ideal é que se tenha uma ideia, a priori, das
espécies que podem ser encontradas na área de estudo e suas respectivas vocalizações. No caso
específico dos anfíbios, é possível se utilizar o site Amphibia Web (www.amphibiaweb.org) para avaliação
das vocalizações.
Os pesquisadores em campo precisam estar extremamente treinados para serem capazes de
estabelecer uma conexão direta entre a vocalização de um animal e a sua respectiva espécie. Como
os padrões de atividade dos anuros são muito variáveis, sendo influenciada, por exemplo, pelo clima
e pela presença de outros animais, é importante que sejam realizadas um alto número de
amostragens para se obter um resultado representativo da comunidade como um todo.
Busca ativa
A busca ativa consiste em procurar os animais procurados em todos os microambientes passíveis de
encontrá-los. Por isso, a busca ativa pode ser empregada não só para a amostragem de anfíbios e répteis,
mas também dos outros vertebrados e até artrópodes terrestres.
Quais são os prós e contras do registro auditivo em transectos? 
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Pesquisadores realizando a busca ativa por anfíbios e répteis em uma floresta tropical da Tailândia.
Atenção
Durante a busca ativa, é importante registrar o número de pessoas em campo, a área percorrida e a
quantidade de horas trabalhadas para que seja possível realizar comparações entre amostragens.
A buscaativa requer um conhecimento prévio sobre a biologia dos grupos taxonômicos estudados,
pois somente com esta informação é possível conhecer os seus possíveis habitat e, assim, verificá-
los durante a busca. De maneira geral, os animais possuem períodos de maior atividade ao longo do
dia e do ano, de modo que as chances de encontrá-los são maiores nesses momentos. Contudo,
muitas vezes devemos realizar amostragens em períodos não favoráveis para encontrar os animais
e, por isso, pode-se necessitar de muitas horas de busca para que algum indivíduo seja encontrado.
Captura-marcação-recaptura
O método de captura-marcação-recaptura pode ser utilizado em estudos de populações de qualquer animal
móvel. De forma simples, ele se baseia no fato de que, em uma população, há N (um número desconhecido)
indivíduos. Desse total, amostras de indivíduos são capturadas, nos tempos 1 e 2: N1 e N2. Após a captura,
os indivíduos são marcados e liberados. As formas de marcação podem ser várias, desde uma pintura
diferenciada, o posicionamento de um colar etc.
Veja a seguir três exemplos de marcações.
Quais são os prós e contras da busca ativa? 
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Conduz-se uma nova amostragem, e o números de animais marcados recapturados no tempo 2 (M2) podem
ser determinados. A proporção de animais marcados recapturados na segunda amostra (M2 / N2) deve ser
igual à proporção do total de animais capturados no tempo 1 na população total (N1 / N), ou
alternativamente N = N1 x N2 / M2, em que N é igual ao tamanho total da população.
Aves
Veja a seguir um método para determinar e estudar as aves.
Contagem por pontos
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A contagem por pontos é o método mais utilizado para determinar e estudar as aves. Neste método, são
estabelecidos transectos nos quais o pesquisador se posiciona no interior, em um ponto fixo, e avalia quais
espécies e quantos indivíduos de aves estão presentes ao seu redor (visualização de 360 graus). Os
transectos devem ser estabelecidos aleatoriamente na área de estudo e o tempo para observar os
indivíduos deve ser previamente determinado e fixado para todos os transectos.
Pesquisadora realizando amostragem de pássaros pelo método da contagem por pontos.
Idealmente, a amostragem por meio da contagem por pontos deve ser realizada logo depois que os
animais se empoleiram para dormir — assim, é mais fácil de visualizá-los e identificá-los e ainda há
luz do dia suficiente para isso. Esse método se limita às pesquisas realizadas em ambientes
terrestres ou quando há um barco para ser o ponto de observação fixa do pesquisador.
Agora veja a seguir um método para captura das aves.
Rede de neblina
A rede de neblina é uma rede específica para a captura de aves e morcegos, que deve ser usada
exclusivamente para fins científicos. Essa rede é praticamente imperceptível para as aves e morcegos,
fazendo com que eles se choquem contra ela enquanto voam, e fiquem presos. Esse aparato é utilizado
quando se pretende avaliar a composição das espécies de aves e morcegos, suas abundâncias relativas,
tamanho da população e informações relativas à sua estrutura, tais como a reprodução e a sobrevivência.
Quais são os prós e contras da contagem por pontos? 
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Rede de neblina posicionada na área de estudo
Pássaro capturado
A rede de neblina é um método de amostragem demorado e requer treinamento especializado dos
pesquisadores para instalá-la, mas ela apresenta muitas vantagens sobre as demais técnicas de
amostragem. Primeiramente, as redes de neblina são capazes de capturar espécies que, muitas
vezes, são imperceptíveis nas outras amostragens, tais como animais com cores pouco chamativas
e não cantores. Em seguida, a contagem dos indivíduos se dá de forma objetiva, pois se restringe ao
número de animais presos na rede — enquanto nos outros métodos a contagem está sujeita ao viés
do observador. Por último, a ave contada pode ser examinada na mão, possibilitando a determinação
da idade, sexo, marcação, e, inclusive, que mais materiais sejam coletados (tais como sangue,
penas). Dessa forma, mais informações podem ser geradas sobre os indivíduos capturados.
Mamíferos

Quais são os prós e contras da rede de neblina? 
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Veja a seguir dois métodos para captura dos mamíferos.
Armadilha fotográfica
As armadilhas fotográficas são equipamentos eletrônicos instalados na área de estudo, cuja utilização visa
definir a presença ou ausência de espécies de mamíferos de médio e grande portes em determinada área.
Com o auxílio das armadilhas fotográficas, são capturadas fotos e gravados vídeos de forma não perceptível
para o animal.
Posicionamento de uma armadilha fotográfica na floresta.
As armadilhas fotográficas permitem o registro de imagens que dificilmente seriam observadas na
presença de um ser humano. Porém, os dados coletados são apenas imagens, dificultando, por
exemplo, a identificação de indivíduos diferentes. Além disso, o equipamento e os gastos com a sua
manutenção são relativamente altos, atuando como um fator limitante do número de armadilhas
fotográficas utilizadas e do tempo de amostragem.
Armadilhas dos tipos Sherman e Tomahawk
As armadilhas dos tipos Sherman e Tomahawk constituem uma forma efetiva de monitorar espécies de
pequenos mamíferos — os pitfalls também cumprem esse propósito. A armadilha Sherman, em forma de
caixa, é projetada em metal, muito utilizada pelos pesquisadores para capturar roedores. A armadilha
Tomahawk também objetiva capturar esse mesmo grupo taxonômico, mas a sua estrutura é como uma
gaiola. Para que ambas funcionem, é necessário que o pesquisador deposite uma isca em seu interior
(costuma-se usar bacon com banana e pasta de amendoim).
Quais são os prós e contras da armadilha fotográfica? 
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Armadilha Sherman
ArmadilhaTomahawk
As armadilhas dos tipos Sherman e Tomahawk permitem que o pesquisador examine na mão o
indivíduo capturado, possibilitando a determinação da idade, sexo, marcação e, inclusive, a coleta de
mais materiais (tais como sangue, penas). Porém, esse método apresenta algumas limitações
logísticas. Todas as armadilhas devem ser carregadas pela área de estudo até que o local onde
serão deixadas seja determinado e, ainda, os pesquisadores precisam voltar em cada local, num
curto intervalo de tempo (cerca de 24h) para verificar o bem-estar dos animais capturados (não os
deixarem morrer de fome ou machucados, por exemplo).
A imagem a seguir mostra um indivíduo de Metachirus nudicaudatus, popularmente conhecido como
cuíca, capturado em uma armadilha Tomahawk.
Quais são os prós e contras das armadilhas dos tipos Sherman e Tomahawk? 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um quadrat pode ser utilizado para determinar a composição de espécies de:
Parabéns! A alternativa D está correta.
A vegetais de médio e grande porte e animais sésseis de pequeno porte.
B vegetais de qualquer porte.
C vegetais e animais de qualquer porte.
D vegetais e animais sésseis de pequeno porte.
E qualquer animal de pequeno porte.
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Quando o método da parcela fixa se baseia em uma área, os indivíduos são contados e identificados
diretamente na parcela e, para que isso seja possível, é necessário que eles não se movam. Sendo
assim, as plantas e os animais sésseis (que não se movem) são passíveis de serem amostrados com o
método da parcela fixa. Além disso, por definição, o quadrat é uma parcela de porte reduzido e, por sua
vez, todos os indivíduos por ele amostrados são de pequeno porte. Portanto, a única opção que
contempla as informações previamente explicitadas é a letra D.
Questão 2
Por que motivo a amostragem de plantas pode ser realizada mais facilmente do que a de animais?
Parabéns! A alternativa D está correta.
A amostragem de plantas pode ser realizada com maior facilidade do que a de animais, no geral. Isso
se deve basicamente ao fato de que as plantas são organismos sésseis, ou seja, não se movem,
diferentemente da maioria dos animais. As demais características das plantas, como o fato de serem
fotossintetizantes, poderem atingir grande porte, possuírem cor verde devido à produção de clorofila e
serem passíveis de coleta de seus ramos, flores e frutos sem que a vida do indivíduo seja
A As plantas são seres fotossintetizantes, os animais não.
B As plantas geralmente têm maior tamanho, são mais vistosas do que os animais.
C
As plantas geralmente são de cor verde, são mais uniformes e podem ser localizadas
mais facilmente do que os animais.
D As plantas são sésseis, já a maior parte dos animais se move.
E
As plantas geralmente são amostradas por meio da coleta de parte do indivíduo, sem
comprometer sua vida como um todo. Nos animais, geralmente a vida do indivíduo é
comprometida.
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comprometida (em muitos casos); são fatores outros que não influenciam a amostragem das plantas
como um todo.
Considerações �nais
Aprendemos que a Política Nacional do Meio Ambiente demanda a execução de estudos ecológicos para a
construção, ampliação e instalação de empreendimentos ou atividades econômicas que demandem
recursos naturais, por meio dos estudos de impactos ambientais.
Nos estudos de impactos ambientais, diversos componentes do meio ambiente devem ser avaliados, dentre
eles as comunidades biológicas, como a flora e a fauna, e as condições ou características ambientais.
Vimos ainda que há diversas formas de se realizar a amostragem da flora, fauna e de caracterizar as
condições de um ambiente.
Aprofundamo-nos na abrangência e complexidade requeridas para o planejamento e a execução de
biomonitoramento e monitoramentos ambientais. Como mensagem principal, temos a necessidade de
adequar os métodos de amostragem e as ferramentas à nossa disposição com o objetivo do estudo que
pretendemos conduzir.
Podcast
A especialista Juliana da Silva Leal apresenta o conceito de suficiência amostral e como avaliá-la. Para isso,
será abordada a ferramenta da “curva do coletor”. Vamos ouvir!
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Explore +
Para entender melhor sobre o estudo de impacto ambiental, você pode assistir ao vídeo Gestão Ambiental -
Licenciamento Ambiental, disponível no canal da UNIVESP no YouTube.
Para ficar mais fácil de visualizar as técnicas de amostragem da flora e da fauna, você pode consultar os
seguintes vídeos no YouTube:
Métodos em florística e fitossociologia: um guia audiovisual.
Metodologias de levantamento e monitoramento de fauna silvestre.
Registro de Câmeras Trap na Reserva Biológica do Gurupi (Rebio Gurupi).
Saiba mais sobre Vocalizações de diferentes espécies de anuros assistindo ao vídeo Anfíbios vocalizando /
amphibians vocalizing, disponível no YouTube.
Referências
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profissionais com pouca ou nenhuma experiência de campo. Acervo da Iniciação Científica, n. 1, 2015.
Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.
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