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Resumão da P2 de ECC •Doença da adrenal: • Córtex: Hormônios esteróides (cortisol), mineralocorticóides (aldosterona), andrógenos adrenais. • Medula: produzem as Catecolaminas (derivados do aminoácido que é a tirosina; ex: noradrenalina, adrenalina, dopamina). Cortisol: tem um pico de manhã (8-9h) e menores níveis de tarde e de noite. • No córtex suprarrenal, a produção dessas três classes principais de esteróides ocorre em zonas específicas: a camada mais externa, a glomerulosa, produz mineralocorticóides, primariamente aldosterona; a camada intermediária, a fasciculata, produz glicorticoides, primariamente cortisol; a camada mais interna, a reticular, produz “androgênios” suprarrenais, primariamente de-hidroepiandrosterona (DHEA) e seu conjugado sulfatado (DHEA-S). Fale dos hormônios esteróides? Derivados do colesterol (endógeno e exógeno), de modo que circulam no plasma ligados em proteínas. Atravessam a membrana plasmática e se ligam em receptores localizados no citoplasma ou núcleo; Exemplos: Andrógenos, Cortisol, Aldosterona; Vitamina D se encaixa neste tipo de hormônio hiperplasia adrenal congênita → hiperandrogenismo + deficiência de reabsorção de água e sal → teste do pezinho pode-se fazer o teste de pezinho. Fale da síndrome de cushing? A Síndrome de Cushing é decorrente da exposição prolongada a glicocorticóides, de modo que ela pode ser endógena (hiperprodução crônica de glicocorticoides, normalmente por tumores de hipófise – Doença de Cushing, tumores de adrenal ou de outros sítios como o pulmão) ou exógena (administração prolongada de glicocorticóides). Em pessoas saudáveis, a produção de cortisol é estimulada pelo liberação aumentada de hipotalâmica do hormônio de liberação de corticotrofina (CRH), que vai até o talo da pituitária para estimular a secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e é liberado pelo corticotróficos. O ACTH circulante estimula a produção de glândula suprarrenal e a secreção de cortisol. Então o cortisol funciona no mecanismo de feedback negativo para inibir tanto o CRH quanto ACTH. O paciente apresenta-se com Estrias violáceas, giba cervical, obesidade central, face de lua cheia, ganho de peso, pletora, hipertensão e estrias. • Doença de Cushing: se refere ao adenoma hipofisário hipersecretor de ACTH, que é a principal etiologia da síndrome de Cushing. Assim, o tumor da pituitária libera a quantidade em excesso de ACTH, que resulta em secreção aumentada de cortisol pelas glândulas suprarrenais. • Na secreção ACTH ectópica, o tumor de secreção de ACTH não pituitária libera uma quantidade aumentada de ACTH, que resulta em secreção aumentada de cortisol pelas glândulas suprarrenais. Na forma suprarrenal de ACTH independente da síndrome de Cushing, o tumor suprarrenal libera autonomamente a quantidade em excesso de cortisol. Fale dos exames para síndrome de cushing? Dosagem de ACTH, dosagem da dexametasona, dosagem de cortisol na saliva 00h e dosagem de cortisol na urina, TC de abdome e RM da sela túrcica (se for independente de ACTH - ver no resumo). Fale das causas da síndrome de cushing? As causas da síndrome de Cushing endógena podem ser divididas de maneira geral em formas ACTH-dependente (80%) e ACTH-independente (20%). O hipercortisolismo do funcionamento autônomo de tumores suprarrenais suprime o ACTH, enquanto em distúrbios de excesso primário de ACTH as glândulas suprarrenais respondem ao ACTH derivado do tumor. A mensuração da concentração plasmática de ACTH distingue-se entre estas causas. Pacientes com síndrome de Cushing endógena e baixas concentrações de ACTH devem ser submetidos a exames de imagens da suprarrenal para identificar o local da anormalidade suprarrenal. O tecido suprarrenal não autônomo atrofia quando o suporte de ACTH é subnormal. Por isso, as formas comuns da síndrome de Cushing independente de ACTH, adenoma e carcinoma suprarrenais, se apresentam como uma massa suprarrenal unilateral, com atrofia do tecido adjacente e contralateral nos exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada. Um nível normal ou elevado de ACTH plasmático é consistente com um tumor produtor de ACTH. A doença de Cushing, um adenoma hipofisário secretor de ACTH, é a causa mais comum de síndrome de Cushing. Ela é mais comum em mulheres do que em homens (proporção de 6:1), com uma idade média de início por volta da quarta década. O ACTH também pode ser secretado ectopicamente por uma variedade de tumores neuroendócrinos. Fale do tratamento para cushing? O melhor tratamento para a síndrome de Cushing é uma ressecção cirúrgica da lesão produtora do ACTH ou cortisol excessivo. A ressecção transfenoidal de um microadenoma é a terapia indicada para o paciente com doença de Cushing. Os pacientes com secreção ectópica de ACTH podem ser curados se o tumor puder ser removido e não estiver metastático. Caso contrário, a escolha recai entre adrenalectomia e terapia farmacológica. A adrenalectomia é apropriada quando o paciente não consegue tolerar a toxicidade medicamentosa, o custo ou os efeitos psicológicos adversos do tratamento ou do monitoramento em longo prazo; quando é necessária a correção rápida do hipercortisolismo; ou se as doses diárias máximas de cetoconazol (1.600 mg) e metirapona (2 g) administradas em combinação não resultarem em eucortisolemia do paciente. O Beatriz Antoniassi Beatriz Antoniassi tratamento farmacológico também pode ser utilizado para pacientes com tumores ectópicos ocultos secretores de ACTH ou em combinação com a irradiação da hipófise, para tratar a doença de Cushing. Fale da aldosterona? O cortisol é um estimulante dos receptores de aldosterona. Em situação de hipovolemia ou de hiponatremia → Renina catalisa a conversão de angiotensinogênio em angiotensina 1 → a angiotensina 1, pela ação da enzima ECA, é convertida em angiotensina 2 → a angiotensina 2 estimula o córtex da adrenal a liberar a aldosterona que agirá nos néfrons, promovendo a reabsorção de sódio (aumentando a volemia e a concentração de Na no plasma) e excreção urinária de potássio. Já no caso de hiperpotassemia → também há um estímulo para o córtex da adrenal aumentar a liberação de aldosterona → Retenção de sódio na corrente sanguínea e eliminação urinária de K. Fale do hiperaldosteronismo primário? Caracterizada por hipertensão arterial acompanhada de supressão da atividade da renina plasmática (ARP) e aumento da secreção de aldosterona, de modo que aumenta o risco cardiovascular. Frequentemente a condição é suspeita por causa de hipertensão, especialmente se ocorrer em jovens em associação com hipocalemia espontânea ou for difícil de controlar. As causas que levam ao hiperaldosteronismo são Hiperplasia adrenal bilateral (50 a 60% casos), Adenoma produtor de aldosterona (unilateral ou bilateral) (40% casos), Carcinoma Adrenal (raro) e Hiperaldosteronismo familiar (raro). Devemos investigar o hiperaldosteronismo em aqueles que apresentam Pressão Arterial (PA) > 150x100mmHg (3 aferições em diferentes dias), Pressão Arterial Resistente (toma medicamento e mesmo assim pressao continua acima da meta), PA > 140 x 90mmHg, 3 classes anti-hipertensivos (incluindo diurético), Pressão Arterial Controlada com 4 classes de anti-hipertensivos, Hipertensão Arterial associado a: Hipocalemia (espontânea ou induzida por diuréticos) → 9 a 37% casos, Incidentaloma Adrenal, Apneia do Sono, Familiar com histórico de hipertensão cedo ou AVC (<40 anos) e Familiar de primeiro grau com Hiperaldosteronismo Primário. • Hiperaldosteronismo primário: Quando o excesso de mineralocorticóides resulta de doença suprarrenal primária, na qual a aldosterona é produzida de forma autônoma e os níveis de renina são baixos. O hiperaldosteronismo primário é diagnosticado quando existe uma relação aumentada (>20) entre a aldosterona e a atividade plasmática da renina matinal. Um dos quatro testes (normalmente a sobrecarga salina) é usado para confirmar o hiperaldosteronismo primário através da demonstração da falta de supressão da aldosterona. Fale do diagnóstico do hiperaldosteronismo?1 passo: Relação plasmática de Aldosterona/Renina (RAR) (maior que 20 é positiva); 2º passo: Teste Confirmatório; 3º passo: Tomografia Computadorizada (TC) de Adrenais e Ressonância Magnética (RM) de Adrenais. • Pacientes com hiperaldosteronismo primário apresentam maior risco de desfechos cardiovasculares e lesão de órgão- alvo, como AVC, IAM, Fibrilação Atrial (FA) e Hipertrofia de Ventrículo Esquerdo (HVE). • Paciente obeso = adipócito produz mineralocorticóides = Hiperaldosteronismo primário. Fale do tratamento do hiperaldosteronismo? O tratamento de hiperaldosteronismo primário inclui ressecção laparoscópica para adenomas. Em seguida, a hipocalemia geralmente regride, mas a hipertensão persiste em até 65% dos pacientes. Um antagonista dos mineralocorticóides, espironolactona e eplerenona, é usado para tratar os pacientes com limitações para se submeter à cirurgia ou aqueles com hiperplasia. A eplerenona é um antagonista dos mineralocorticóides mais seletivos (com menos efeitos colaterais de disfunção sexual e ginecomastia em comparação com a espironolactona). Um bloqueador dos canais de sódio (p. ex: amilorida) pode ser útil e os agentes anti-hipertensivos podem ser mantidos conforme necessário. Assim, o tratamento cirúrgico consiste em Cateterismo das adrenais (de onde está vindo a secreção, onde vier mais aldosterona - direito ou esquerdo - faz-se a adrenalectomia) e Adrenalectomia (tumor produtor de aldosterona)→ uni ou bilateral; já o tratamento Clínico consiste em uso de Antagonista do receptor de aldosterona e Espironolactona; Jovem: desconfiar de tumor; Idosos: pode ser só hiperplasia. Fale da feocromocitoma? É um tumor secretor de catecolaminas (Células Cromafins), de modo que pode ocorrer por uma produção anômala de catecolaminas na Medula adrenal que chama-se Feocromocitoma; ou por uma produção anômala de catecolaminas nos Gânglios simpáticos que chama-se Paraganglioma Simpático. As manifestçoes clinicas consistem em Acometimento principalmente na 3ª (genético) a 5ª (esporádico) décadas de vida, Hipertensão arterial (Sustentada ou Paroxística), Sintomas paroxísticos (crises) (Duração média de 15 a 20 minutos. Cefaleia / Tremor / Palpitação / Palidez cutânea / Diaforese; Pressão forte tórax/epigastro → falta de ar → cefaleia latejante → palpitação → vasoconstrição periférica → mão e pés frios + palidez cutânea); Outros Achados: hiperglicemia, hipercalcemia, Fenômeno de Raynaud, livedo reticular, Síndrome de Cushing, constipação, diarreia aquosa. • Screening de HAS secundária (Feocromocitoma é uma importante causa de HAS secundária). • Tumores Esporádicos: Sinais e sintomas ocorrem mais em adultos; Achados de Exames de Imagem; Incidentaloma - até 60% dos casos. • Paciente de alto risco: História familiar de feocromocitoma, Síndromes genéticas predispositoras, Antecedente de feocromocitoma e Achado ocasional (massa adrenal). • Paciente de baixo risco: Hipertensão resistente (não responde ao tratamento habitual) e Síndrome clássica. • Abordagem: história clínica compatível com o quadro + laboratório + imagens: TC, RM , PET-TC. Fale do diagnóstico do feocromocitoma? O diagnóstico deve ser confirmado bioquimicamente por meio de um aumento das concentrações das metanefrinas fracionadas no plasma ou das catecolaminas e metanefrinas fracionadas na coleta de urina de 24 horas, por Catecolaminas (urina), Hipercalcemia, Hiperglicemia e Tumores co-secretores (ACTH, GH, VIP e ADH). Caso eles vierem alterados eu faço exames de imagens. Se os resultados das imagens abdominais forem normais, a localização cintilográfica com metaiodobenzilguanidina marcada com 123I (123I-MIBG) está indicada. Este agente radiofarmacêutico se acumula preferencialmente nos tumores produtores de catecolaminas. Exames topográficos (TC e RM) e Exames funcionais (SPECT/CT, PET/CT). • Tratamento de feocromocitoma: Ressecção cirúrgica (paciente deve estar com a pressão controlada para ser encaminhado a cirurgia) → preparo cirúrgico com bloqueio-alf, dieta em sódio; Primeiro é dado alfa adrenérgico e só depois os beta-bloqueadores (uma vez que dar beta-bloqueador de cara pode causar hipotensão). Dieta rica em sódio no pré-operatório, pois o paciente pode fazer hipotensão. Fale da insuficiência adrenal? A insuficiência adrenal é uma síndrome clínica decorrente da perda parcial ou completa da capacidade de secreção dos esteróides adrenocorticais pelas adrenal, de modo que ela pode ser Primária (Doença da própria glândula adrenal) ou Secundária (Doença hipotalâmica-hipofisária). Afeta, principalmente, pacientes do sexo feminino entre a quarta e a sexta década de vida. Os sinais e sintomas são Deficiência de Glicocorticóides (Mal estar, fadiga, anorexia, perda de peso, náuseas, vômitos, hipoglicemias, hipotensão, SIADH), Deficiência de Mineralocorticóides (APENAS NA INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA: Taquicardia postural, hipotensão postural, hipotensão arterial basal, hipovolemia, avidez por sal), Deficiência de Androgênios (Diminuição de libido e pilificação axilar e pubiana em mulheres) e Insuficiência Adrenal Primária (Hiperpigmentação em áreas foto expostas, dobras e traumas. Pode ocorrer em mucosas e genitália).. • A insuficiência adrenal primária ocasiona a deficiência de glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos, sendo oriunda de patologias que destroem o córtex adrenal, que alteram o seu desenvolvimento ou que interferem na síntese de esteroides adrenais. Na insuficiência adrenal secundária, a deficiência é apenas de glicocorticoides e ocorre devido uma produção reduzida do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), resultante de uma patologia hipofisária ou hipotalâmica. As causas da primária são Genética (Hiperplasia Adrenal Congênita; Adrenoleucodistrofias; Hipoplasia Adrenal Congênita; Deficiência Familiar de Glicocorticoide; Síndrome de Smith-Lemli-Opitz) e adquirida (Adrenalite autoimune (SPG- síndrome poliglandular autoimune), Doenças Granulomatosas (tuberculose, sarcoidose,paracoccidioidomicose) Micoses, Doenças Virais, Fármacos, Doenças infiltrativas-neoplásicas (linfoma, ca de mama, ca de pulmão), Doenças infiltrativas-metabólicas (hemocromatose), Hemorragia Adrenal e Adrenalectomia bilateral (hiperplasia macronodular bilateral)). • Na insuficiência adrenal secundária há a redução da produção de ACTH e/ou de hormônio liberador de corticotrofina (CRH) devido a patologias do eixo hipotálamo- -hipofisário, que são frequentemente associadas ao uso crônico de glicocorticoides. O déficit crônico de ACTH gera atrofia das camadas fasciculada (produtoras de cortisol) e reticulada (produtora de andrógenos), mas a camada glomerulosa (produtora de aldosterona), por estar sob o comando principal do SRAA e não do ACTH, se mantém intacta. Observam-se, geralmente, baixos níveis de cortisol e DHEA, com renina e aldosterona normais nos casos de insuficiência adrenal secundária. As causas são ADQUIRIDAS (Iatrogênica: uso crônico de glicocorticóides (supressão do eixo); Neoplasias: adenomas hipofisários, metástases, craniofaringioma, etc; Pós-cirúrgica; Traumatismo craniano / Síndrome da sela vazia / Vascular Isquêmica; Radioterapia para tumores selares e parasselares; Doenças infiltrativas, infecciosas e autoimunes (hipofisite linfocítica)) e GENÉTICAS (Hipopituitarismo genético) • A insuficiência adrenal primária é mais comumente causada por adrenalite autoimune. A adrenalite autoimune isolada (Doença de Addison) responde por 30 a 40% dos casos, enquanto 60 a 70% desenvolvem insuficiência adrenal como parte das síndromes poliglandulares autoimunes (SPA). • O cortisol sérico basal, coletado entre 8 e 9h, deve ser o primeiro exame a ser solicitado. Valores menores ou igual a 3 mg/dL confirmam o diagnóstico de insuficiência adrenal, assim como valores acima de 18 mg/dL praticamente excluem este diagnóstico. • Teste da cortisona: Estimulação da adrenal por meio do ACTH sintético, se o cortisol continuar baixo após essa estimulação, significa insuficiência adrenal. Amostras para dosagens de cortisol sérico são coletadasantes e após administração de 250 mg via IV ou IM de ACTH exógeno, nos tempos 0, 30 ou 60 minutos. Valores de pico de cortisol maiores ou iguais a 18 mg/dL indicam função adrenal normal, enquanto um pico de cortisol menor que 18 mg/dL é indicativo de insuficiência adrenal, porém não discriminado se é primária ou secundária. • Teste da tolerância à insulina: Cortisol abaixo de 18 com glicemia acima de 40, confirma insuficiência adrenal. O teste baseia-se no fato de que a hipoglicemia é um potente estimulador do eixo HHSR. Consiste na administração de 0,1 unidade/Kg/IV de insulina regular e dosagens de cortisol nos tempos basal, 60 e 90 minutos. A glicemia deve atingir o valor de 40 mg/dL ou menos para o teste ser considerado efetivo. Considera-se a resposta normal do cortisol um pico maior ou igual a 18 mg/dL. • Após confirmação da insuficiência adrenal - Exames complementares para o diagnóstico: ACTH plasmático (cortisol baixo e ACTH alto: primário, cortisol baixo e ACTH baixo: secundário); Aldosterona e atividade plasmática de renina (APR) → cortisol baixo e renina baixa = primária; Sulfato de DHEA (S-DHEA); Ácido graxo de cadeia longa (adrenoleucodistrofia); Anticorpos anti adrenal (alto→ adrenalite autoimune); Exames de imagem (adrenal e sela túrcica). Fale do tratamento? Na primaria temos: Reposição de Glicocorticoides (Indicação → Insuficiência Adrenal Primária e Secundária; Produção endógena de cortisol = 7 mg/m²; Dose reposição 5 a 10 mg/m²; Hidrocortisona 10 a 25 mg/día → Fracionar dose → 2 a 3 vezes por dia; Prednisona 5mg via oral pela manhã. Avaliar dose 2,5mg (16h); Dexametasona 0,5mg 1 vez ao dia); Reposição de Mineralocorticóides (Indicação → Insuficiência Adrenal Primária com Fludrocortisona 0,100 mg (Florinef®)); CRISE AGUDA ADRENAL (Situações de Estresse Agudo; Hidratação com solução salina; Hidrocortisona 100 mg IV; 25 a 50 mg IV 6/6 h; Correção distúrbios hidroeletrolíticos e hipoglicemia; Tratamento da causa precipitante; Usar mineralocorticoide se dose de hidrocortisona for menor que 50mg/dia) • Glicocorticóides: hipercortisolismo; aumento do peso; estrias violáceas; fácies em lua cheia; hiperglicemia; HAS; equimoses; osteoporose • Mineralocorticoides: aumento dos níveis pressóricos; avidez por sal; monitorar potássio e sódio. •Doença arterial periférica: • Queixas que se destacam: dor e feridas acometendo os membros. • Doença arterial crônica: A principal etiologia é a ATEROESCLEROSE. • Fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, tabagismo e dislipidemias • Ve na perna em DAP: edema, dermatite ocre (nao ve na DAP), varizes. Na inspeção ver cor, cianose, hiperemia, lesões, ausência de pelo; ve frêmitos, temperatura e pulsos na palpação • Sopro ouve na carótida (ela tá com o fluxo turbulento pelo estreitamento na carótida, isso é importante para ver se tem AVCI - avc isquémico transitório). Fale do exame físico? Inspeção (Alterações da pele, como integridade da mesma, coloração(perfusão),presença de cianose ou hiperemia; Alterações dos anexos também podem estar presentes, como a ausência de pelos; Trofismo da musculatura; Presença de lesões tróficas), Palpação (Alterações de temperatura comparando-se os membros. A palpação dos pulsos deve tentar identificar sua presença ou ausência, intensidade, amplitude e ritmo. A gradação dos pulsos em intensidade (+1, +2, +3, +4) pode ser subjetiva entre diferentes examinadores, mas pode servir para comparação entre pulsos do mesmo paciente; A presença de frêmitos à palpação traduz turbulência do fluxo arterial, podendo indicar a presença de estenoses secundário a uma placa aterosclerótica ou FAV), percussão e ausculta (Sopros podem ser auscultados: Na região cervical(carótidas); No abdome (aorta, renais); Regiões inguinais ( iliacas, femorais); Face medial da coxa(canal de Hunter)) • Artéria Carótida: pode ser palpada junto à borda anterior do músculo esternocleidomastoideo e posterior ao ângulo da mandíbula • Artéria Axilar: palpada no cavo axilar, pressionando-se a artéria contra o úmero • Artéria Braquial: palpada medialmente ao tendão do bíceps braquial junto ao cotovelo ou em sua porção mais proximal, pressionando-se a artéria contra o úmero, medialmente ao bíceps. • Artéria Radial: pode ser facilmente palpada lateralmente ao tendão flexor radial do carpo no punho • Artéria Ulnar: mais profunda, é palpada medialmente ao tendão flexor superficial dos dedos. • Aorta: pode ser de difícil palpação, sobretudo em pacientes obesos, em virtude de sua localização no retroperitônio. É palpada na linha média do abdome, ligeiramente à esquerda. Quando palpável, deve-se procurar estimar o seu diâmetro, tentando identificar suas laterais com os dedos. Aneurismas podem ser detectados dessa forma. • Artéria Femoral: palpação na região do trígono femoral. Palpada habitualmente no ponto equidistante entre a espinha ilíaca anterossuperior e a sínfise púbica, abaixo do ligamento inguinal. • Artéria Poplítea: é palpada no centro da fossa poplítea. É palpada com as polpas digitais dos 2º, 3º e 4º dedos das duas mãos, com o paciente em decúbito dorsal, assumindo Beatriz Antoniassi Beatriz Antoniassi uma posição semifletida do joelho, com o membro relaxado. É um pulso de difícil palpação, sobretudo em pacientes obesos. A palpação de um pulso muito amplo nesta região pode indicar a presença de aneurisma de artéria poplítea. Artéria tibial posterior: palpada posteriormente ao maléolo medial do tornozelo, entre o maléolo e o tendão calcâneo (Aquiles). • Artéria tibial anterior: pode ser palpada no terço distal da perna na loja do músculo tibial anterior • Artéria pediosa : palpada na região dorsal do pé, lateralmente ao tendão extensor longo do hálux. Fale da DAP? Doença arterial oclusiva periférica, refere-se à obstrução ou deterioração das artérias, exceto as que suprem o coração e dentro do cérebro. O risco aumenta em fumantes e pacientes com hipertensão(HAS), dislipidemia, obesos, estado de hipercoagulabilidade, insuficiência renal e diabetes melito. A predominância de DAP é muito alta em população diabética mais jovem, afetando um em cada três diabéticos com mais de 50 anos. Outros fatores de risco que estão sendo estudados incluem níveis de vários mediadores inflamatórios, como proteína C-reativa e Homocisteína. • Hipertensão renovascular pela artéria renal: se ouvir sopro é no abdome, por conta de uma hipertensão secundária. Procurar tbm no canal de hurthle (onde a artéria femoral vira a artéria poplítea quando ela passa nesse local). • Diabetes sempre tem DAP, principalmente depois dos 50 anos de idade as artérias da perna nao tem mais pulso, e já tem a doença. • Aterosclerose: O núcleo lipídico da placa pode tornar-se uma mistura necrótica de lipídios extracelulares amorfos, proteínas e fatores pró-trombóticos cobertos por uma camada de células musculares lisas de espessura variável. Se a capa fibrosa for fina (placa instável) se romper, os conteúdos do centro lipídico são expostos aos fatores humorais circulantes, levando a mobilização de plaquetas para o local iniciando a formação de trombos. Dessa forma, uma estenose hemodinamicamente insignificante, de relativo baixo grau, pode precipitar uma trombose aguda e resultar em evento isquêmico dramaticamente significativo (p. ex. IAM). Fale da Insuficiência Arterial Crônica? A apresentação clínica varia de assintomática à perda de tecido. A Claudicação intermitente é o sintoma mais comum no cenário de paciente ambulatorial. Classicamente, a dor ocorre com a locomoção e é aliviada com o repouso. A piora na perfusão leva à isquemia crítica dos membros, que pode-se manifestar por dor em repouso. Essa dor é normalmente no dorso do pé e é aliviada com pernas pendentes na beira do leito. O paciente também pode ter perda de tecido com ulcerações ou feridas nos pés que não cicatrizam. Fale da Síndrome de Leriche? Apresenta-se com Claudicação dos membros inferiores ou das nádegas, Pulsos femorais ausentes e Disfunção erétil. Consiste na obstrução da aorta abdominal por ateroscleroseavançada, se vê pela angiotomografia; • Placas brancas: cálcio nas placas (que se vê na tomo) elas podem calcificar e se vê a mais velhas quando tem calcificação; mas se for nova chama-se placa instável (pode causar trombose e infarto agudo do miocárdio), elas são perigosas e diagnósticas em técnicas diagnósticas. • Teste Fisiológico e Imagem: Índice tornozelo Braquial (ITB), Ecocolor Doppler, Angiografia, Angiografia por tomografia computadorizada (ângio-TC), Angiografia por ressonância magnética (ângio-RM), Angiografia com dióxido de carbono E Ultrassom intravascular Fale do índice do tornozelo braquial? Realizado com aparelho de pressão e uma sonda Doppler de onda contínua. Com o paciente em posição supina, após vários minutos de descanso para permitir que a pressão do membro volte à linha-base, o manguito é inflado no tornozelo, com a sonda Doppler mantida no local do sinal distal na artéria dorsal do pé ou tibial posterior. A pressão sistólica é gravada com a desinflação do manguito de pressão quando o sinal do Doppler retorna. O ITB é calculado usando a maior pressão em cada tornozelos e a maior pressão braquial. Assim, tem alguns mecanismos que geram diminuição do ITB, como prática de exercício físico. Assim, quando faz exercício pode ter queda do ITB, se ele cair 0,2 quer dizer que pode apresentar claudicação intermitente (ITB positivo). Pacientes sintomáticos com ITB em repouso normal devem passar por teste de esforço com a medida do ITB pós-exercício. A diminuição na resistência vascular periférica que ocorre com a vasodilatação induzida por exercício aumentará a queda na pressão transestenose. Os pacientes passam por teste de ITB em repouso, seguido pelo exercício em esteira até ocorrer o sintoma; ITB pode ter diminuição no ITB de 0,20. Essas mudanças, ou falha no ITB em retornar à linha-base pré-exercício dentro de três minutos, são interpretadas como resultado positivo. • Angiografia: A maioria das angiografias tem sido terapêutica e não diagnóstica. As complicaçoes sao Hematoma na região inguinal, Sangramento retroperitoneal, Pseudoaneurisma, Fístula arteriovenosa, Dissecação arterial, Risco de nefropatia induzida por contraste, Alergia ao meio de contraste, O risco de exposição à radiação. • DM: tem microangiopatia que gera a neuropatia, se tem problema arterial associado, devendo fazer teste neurológicos (o de dor, vibração, definir 2 pontos, teste tatil medio e o de passar na pele), deve tratar micos,e doenças de unha, etc. Deve manter a hemoglobina glicada baixa, e o sapato de pé diabetico deve ver se tem algo antes de calçar. Fale do tratamento? O tratamento para Dislipidemia (Dieta, exercício, Estatina, com meta de LDL <100 mg/dL; Genfibrozila, útil em pacientes com baixo HDL, LDL normal, TG alto), Hipertensão meta 140/90 mmHg em não diabéticos, 130/80 mmHg em DM (uso de Betabloqueador e Inibidores de ECA), Diabetes (Meta; Cuidado apropriado do pé; lesões cutâneas, ulcerações devem ser tratadas urgentemente em todos os pacientes diabéticos com DAP da extremidade inferior); Aterosclerose (Ácido acetilsalicílico 75 a 325 mg VO uma vez ao dia; Clopidogrel 75 mg VO uma vez ao dia, alternativa eficaz ao ácido acetilsalicílico); Fumo (Médicos devem advertir para abandonar o fumo!); O tratamento clinico consiste em Esquema com cilostazol ( inibição da ação da fosfodiesterase III e supressão do AMP cíclico promove a inibição da agregação plaquetária e vasodilatação), Exercícios supervisionados são recomendados; cilostazol (melhora muito pouco), o que melhora é exercício (andar, academia, etc) e parar de fumar. • Pé diabetico: Amputação são cinco a dez vezes maiores em diabéticos que em não diabéticos. Os cuidados com pacientes diabéticos devem começar com medidas preventivas, é importante evitar infecções em pacientes com pés não sensíveis por causa da neuropatia. Esses pacientes precisam usar sapatos adequados permanentemente para proteger os pés. No atendimento inicial, um exame físico cuidadoso. A celulite sobrejacente é avaliada, e qualquer possibilidade de abscesso é examinada por palpação para avaliar se existe crepitação ou detecção de drenagem de fluido purulento. A presença de um abscesso requer drenagem imediata antes da revascularização. A Presença ou ausência de pulso nas extremidades inferiores, ou seja, nas artérias femorais comuns, poplíteas e artérias dos pés, é examinada. o Doppler arterial colorido pode ser útil na avaliação da extensão da doença arterial. Raios X simples; Gás no tecido mole significa infecção do tecido profundo e necessidade de desbridamento cirúrgico urgente. Osteomielite avançada pode ser detectada; porém, raios X simples podem não mostrar infecção óssea precoce. A imagem por ressonância magnética RM do pé para detectar osteomielite precoce. Quais sao as doenças que faz tratamento com cirurgia aberta? Doença aortoilíaco (Quando a doença é mais extensa ou envolve as artérias femorais comuns, necessitando de uma abordagem aberta, os pacientes normalmente passam por bypass aortobifemoral com enxerto protético pela abordagem transperitoneal ou retroperitoneal); Bypass femoropoplíteo (O bypass femoropoplíteo é utilizado em pacientes com oclusão da AFS e artéria poplítea proximal, havendo um segmento da artéria poplítea distal pérvio desaguando com ramos arteriais da tibial e fibular. O enxerto de PTFE ou veia safena pode ser utilizado); Bypass infrapoplíteo (O bypass infrapoplíteo é usado para artérias além da artéria poplítea quando há doença arterial que envolve a artéria poplítea distal sendo a veia safena o material de escolha). • Tratamento endovascular: angioplastia, stent. Fale das doenças não ateroscleróticas? Síndrome de Raynaud (O fenômeno de Raynaud é caracterizado por vasospasmo episódico recorrente dos quirodáctilos desencadeado por estímulo, como frio ambiental ou estresse emocional, manifestando-se como mudanças tricolores – branco, azul e vermelho. Inicialmente produz palidez pela exposição ao frio e vasoconstrição, subsequente cianose da hipóxia e, então, rubor pela resposta hiperêmica associada ao reaquecimento. Os quirodáctilos voltam ao normal 10 a 15 minutos após a remoção do estímulo, e os dedos permanecem normais entre os episódios isquêmicos; associado com o frio, com as doenças autoimunes, isquemia das ponta dos dedos e depois hiperemia); Doença de Buerger (tromboangeíte obliterante; homens jovens, fumantes, com cerca de 30 anos, apresentando isquemia distal de membro e gangrena digital localizada. A tromboangeíte obliterante é uma vasculite. As lesões oclusivas são geralmente vistas em artérias pequenas e médias das extremidades superiores e inferiores. Os pacientes frequentemente têm dor de repouso, ulceração e gangrena digital. A arteriografia normalmente revela os vasos infrageniculares extensamente doentes. O reenchimento dos segmentos arteriais distais é fornecido por vasos colaterais tortuosos(saca rolhas), o que é patognomônico da doença. O tratamento requer parada absoluta do tabagismo. O padrão distoproximal da progressão da doença geralmente impede a revascularização cirúrgica de sucesso. Não há tratamento farmacológico eficaz; doenças de pequenos vasos, causa nas mãos e nos pés e ocorre pelo uso de cigarro, para tratar precisa parar de fumar). • Vasos grandes: artéria temporal (Um sintoma característico é dor intensa sobre a artéria temporal), Aterite de Takayasu (A doença frequentemente afeta a aorta, seus ramos principais e a artéria pulmonar. As lesões normalmente são estenóticas, mas também podem se apresentar como degeneração aneurismática. Os pacientes são mais bem tratados com o tratamento clínico conservador. A intervenção cirúrgica ou endovascular é usada na doença estenóticas sintomática, mas só é feita quando o processo inflamatório ativo está sob controle). • Vasos de medio calibre: Poliarterite nodosa, Doença de Kawasaki, Doença de Behçet, Síndrome de Cogan • embolia:sai de um local e vai para o outro • trombose: ocorre no mesmo local Fale da obstrução arterial aguda? Presença dos 6 P:Poikilothermia ( frialdade), Pain (dor), Pallor (palidez), Pulselessness (sem pulso), Paresthesias (parestesia) e Paralysis (paralisia); A causa da isquemia aguda de membro normalmente é o tromboembolismo. Membros categoria I (são viáveis e não ameaçados imediatamente), Membros categoria IIa (estão ameaçados, mas são recuperáveis se tratados), Membros categoria IIb (são recuperáveis se tratados como emergência) e Membros categoria III (têm isquemia irreversível e não são recuperáveis). O tratamento é com Embolectomia, Trombectomia e Fibrinólise. •Farmacodermias/reações adversas dermatolo ́gicas: Fale do eritema pigmentar fixo? Lesões cutâneas recorrentes e no mesmo local cada vez que o medicamento é administrado; Etiologia: sulfas, tetraciclinas, penicilinas, AINH, barbitúricos; Manifestação clínica: Aparecimento de lesões em 30 min a 8h após a exposição à droga (tronco, membros e genital). Dura dias a semanas. Pigmentação permanente ou duradoura; Lesão mucosa isoladas ou associadas a lesões cutâneos; Prurido ou ardor; Placas eritematoedematosas arredondadas ou ovais, bem delimitadas, que evoluem para máculas que vão do acastanhado ao violáceo (hiperpigmentação persistente); As drogas mais comuns são ATB (sulfas - clotrimazol; ciclinas - tetraciclinas; penicilina - ampicilina), AINE e barbituricos; o tratamento é com retirada da droga. Fale do exantema medicamentoso? Mesma erupção – diferentes drogas; 4 -14 dias após a administração; Recidiva na reexposição é mais grave e precoce; Pápulas eritematosas pruriginosas difusas no tronco e membros; Pode haver descamação ou não; Não necessariamente será uma reação imediata. Apresentação: pápulas e placas eritematosas pruriginosa difusa no tronco e membros, pode ter descamação ou não. Fale do ERITEMA POLIMORFO/ERITEMA MULTIFORME? Erupção maculopapulosa ou urticariforme; Lesão típica em alvo; Etiologia: idiopática, infecções (herpes simples), micoplasma, e medicamentos; Manifestação Clínica: todas as idades (jovens do sexo masculino); Erupção se instala em poucos dias e se resolve em 2 e 3 semanas; Recorrência frequente; Lesões mucosas (orais); Febre; 2 formas: minor (80%) e major; Localização: palmas, dorso das mãos, punhos, pés, e face extensora dos joelhos e cotovelos; Pode evoluir com hiperpigmentação. As drogas mais comuns são sulfonamidas, penicilina, quinolonas, cefalosporina, AINE, anticonvulsivantes, alopurinol. Fale da SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON? Potencialmente grave; Pele e mucosa; Caracteriza por bolhas e descolamento de até 10% da superfície corpórea; Etiologia: antibióticos (sulfas, penicilinas e ciclinas), anticonvulsivantes (barbitúricos, carbamazepina, fenitoína e lamotriginas), AINH (ibuprofeno e piroxicam), atirretrovirais (nevirapina e abacavir) e o alupurinos; Ag de histocompatibilidade (HLA) – maior suscetibilidade do indivíduo; Acomete ambos os sexos e todas as faixas etárias; + freq. em pacientes HIV +; Instalação rápida, acompanhada de febre, cansaço, mialgia e artralgia; Envolvimento mucoso sempre presente (oral, ocular e genital); Bronquite, pneumonite, acometimento hepático e renal; Complicações: sinequias orais, oculares e genitais. Opacidade córnea até cegueira; Ex físico: lesões maculopapulares, eritematosas, e de extensão variável. Podem ocorrer bolhas que evoluem para erosões; Mucosa oral com bolhas extensas que evoluem para erosões e retalhos de pele branco-acizentado (aspecto de crostas hemorrágicas em lábios); Mucosa ocular – conjuntivite purulenta • Sinal de Nikolsky +; Mortalidade ocorre em 5% : sepse, toxemia ou insuf renal Fale da NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA? Potencialmente grave; Acomete pele e mucosa; Bolhas e deslocamento de + 30% da superfície corpórea; Etiologia: antibióticos (sulfas, penicilinas e ciclinas), anticonsulsivantes (barbitúricos, carbamazepina, fenitoína e lamotrigina), AINH (ibuprofeno e piroxicam), antirretrovirais (nevirapina e abacavir) e alopurinol; Ag de histocompantibilidade (HLA) maior suscetipibildade; Acomete ambos os sexos e todas as faixas etárias e HIV+; Febre, envolvimento mucoso e exantema maculopapular doloroso, com disseminação craniocaudal; Complicações: hipovolemia, dist. Hidroeletrolíticos, que pode levar a falências de múltiplas órgãos, pneumonite e insuf respiratória, erosões intestinais, esofágicas e sepse; Reaçao tipo IV. As drogas mais comuns sao sulfonamidas, penicilina, quinolonas, cefalosporina, AINE, anticonvulsivantes, alopurinol. Fale da DRESS (Drug rash with eosinofilia and systemic symptom)? Potencialmente grave, que acomete pele, fígado e SER; Etiologia: anticonvulsivantes (fenitoína, fenobarbital, carbamazepina e lamotrigina), sulfas (dapsona, SMT-TMP), alopurinol, abacavir, nevirapina e minocilcina; Vírus envolvido: HHV-6; Ag de histocompatibilidade (HLA) maor suscetibilidade do indivíduo; Manifestação clínica: febre, edema facial, exantema, linfadenomegalia, alterações hematológicas e acometimento de órgãos sistêmicos (hepatite, nefrite, penumonite, hipotireoidismo, miocardite, pancreatite e encefalite); Eosinofilia (90%) e linfócitos atípicos (40% ); Mortalidade 10%; Edema facial acompanhada de papula eritematoinfiltradas; Exantema maculopapular de coloração vermelho-viva e progressão craniocaudal; Evolui para eritrodermia; Linfonodomegalia. Fale da PEGA (Pustulose Exantemática Generalizada Aguda)? Mulheres e antibióticos (penicilinas); Ocorre 2-5 dias após exposição; Áreas eritemato-edematosas com centenas de pústulas diminutas nas áreas flexurais e tronco, com evolução craniocaudal; Pode acometer mucosa; Pode ter acometimento sistêmico (neutrofilia HMG); Bom prognóstico; Causa: penicilina e macrolídeos. Fale da urticaria e angioedema? A urticária é um distúrbio comum na população (cerca de 20% das pessoas terão um episódio ao longo da vida), placas eritematosas, de bordos irregulares, confluentes ou não, com o centro pálido,predominando no tronco e nas extremidades proximais, bastante pruriginosas, conhecido como urtica; Causas: infecção, reaçao de medicamentos, comida, inseto; Angioedema: edema mole dos lábios, pálpebras, língua, de apresentação assimétrica; O edema de glote é uma complicação esperada e pode vir associado a uma reação de náuseas e vômitos, febrebaixa, hipotensão ou choque (choque anafilático). É o que chamamos de reação anafilática e pode matar opaciente se não tratado de imediato. O tratamento da urticária/angioedema medicamentoso é a suspensão da droga implicada e o início de anti-histamínicos. Os anti-histamínicos de primeira geração; Com potencial sedativo e efeitos anticolinérgicos (boca seca, visão borrada, retenção urinária, diplopia, secura vaginal); Hidroxizina, na dose de 25 a 50 mg de 6/6h, dexclorfeniramina 2 mg de 6/6h, prometazina 25 mg de 6/6h; Os anti-histamínicos de nova geração (não sedativos): Loratadina 10 mg/dia; cetirizina 10mg/dia; fexofenadina 60 a Beatriz Antoniassi Beatriz Antoniassi 120 mg, 2x/dia; Casos graves: adrenalina 0,01 mg/kg, por via intramuscular, vasto lateral. Fale da anafilaxia? Grave reação multissistêmica, potencialmente fatal e de início rápido, cujo mecanismo principal está relacionado à liberação abrupta de mediadores sistêmicos por mastócitos. Normalmente,teremos a produção de anticorpos IgE em uma exposição prévia a um antígeno, associada à degranulação mastocitária quando ocorre a reexposição ao antígeno. VER IMAGEM DAS DOENÇAS. •Doença bolhosa: • São doenças raras, não são vistas com frequencia • Lesões elementares que tem conteúdo líquido: VESÍCULA; BOLHA; PÚSTULA; ABSCESSO; HEMATOMA • Doenças autoimunes na dermato = bolhosas, alopecia aereata, vitiligo... • Antígeno forma o auto-auticopor e leva a autolesão Pênfigo = autoimune, com comportamento errático = aparecem em qualquer época da vida e é marcada por crises e períodos de melhora. Deve controlar a imunidade do paciente. Evolução crônica • Camadas da pele = córnea, (lúcida), granulosa,espinhosa e basal. Fale do tratamento? Corticoide: Prednisona (5 a 20mg) = em baixas doses é anti-inflamatorio hormonal e em altasdoses diminui imunidade do paciente (0,5mg/kg à 80kg 40mg de pred p/ ser imunossuprimido). Tomar de manhã; Prevenção p/ estrongiloidíase antes da imunossupressão à ivermectina; A partir do controle com a predinisona é preciso trocar por um poupador de corticoide; Imunossupressor/ imunosuprimidos: azatioprina, ciclofosfamida; Imunoglobulina humana endovenosa. •Piodermites: Todo tratamento de doença bolhosa deve dar corticoide + ivermectina (pois é usado pra verme e nao mexe na imunidade, evitando doenças pela imunidade baixa Beatriz Antoniassi Beatriz Antoniassi Beatriz Antoniassi Beatriz Antoniassi • Impetigo: Lesão localizada na epiderme (mais superficial); Bolhosa: S. aureus com toxina esfoliativa; Não bolhosa (crostosa): S. aureus > S. pyogenes; É a Infecção bacteriana mais comum na infância (pré-escolar e escolar); A má higiene é um fator predisponente. Pode ocorrer em ferimentos cutâneos e afecções anteriores, como a escabiose (impetiginização). Crosta melicérica: crosta com exsudato bacteriano.. • Escarlatina: ocorre pelo S. pyogenes. • Foliculite: Infecção pelo Staphylococcus aureus; Pústula ao redor de folículo. É uma lesão superficial, porém pode se tornar profunda, quando então será chamada de furúnculo. • Furúnculo e Carbúnculo: Nódulo inflamatório profundo (derme e subcutâneo) ao redor de um folículo piloso → com frequência ocorre a partir de uma foliculite; Pode haver flutuação central; Muito Dolorosos, podendo ocorrer inclusive febre; Agente: Staphylococcus aureus; Antraz ou carbúnculo → confluências de furúnculos; Fatores de risco: habitação em conglomerado, DM, obesidade, dermatite atópica ou imunodeficiência congênita ou adquirida. • Hidradenite Supurativa: TRATAMENTO varia de acordo com sua gravidade como Higiene adequada, Evitar roupas apertadas, Perda de peso, Abandonar o fumo, Antibióticos em cremes, ou mesmo via oral, Uso de anticoncepcionais hormonais pode ajudar e Cirurgicamente. • Celulite: Agentes: S. aureus e S. pyogenes; Infecção da derme profunda e do subcutâneo; Eritema mais claro (rosa); Margens não definidas; Sintomas (Sistêmicos: febre, calafrio, mal estar; Locais: Dor, eritema, edema e calor); Porta de entrada: lesão, picada, fissura interdigital; Criança: cabeça e região cervical; Adulto: extremidades. •Paratireóide e metabolismo do cálcio: • Pico: quantidade de tecido ósseo presente ao final da maturação óssea do organismo; TECIDO CONJUNTIVO constituído por: Células: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos; Matriz Óssea: compartimento orgânico e inorgânico. Fale da osteoporose? Caracterizada por fragilidade óssea decorrente alterações na sua microarquitetura; Desfecho Clínico → FRATURAS POR BAIXO IMPACTO; Custo elevado e alta morbimortalidade. Apresenta-se primeiro como uma fratura (VERTEBRAL, RÁDIO DISTAL, FÊMUR PROXIMAL), apresentando-se com dor, DEFORMIDADES ÓSSEAS, INCAPACIDADE FÍSICA, QUALIDADE DE VIDA e isso tudo diminui a expectativa de vida; Causa primária: envelhecimento; causas secundárias (foto); As fisiopatologia consiste em Perda de Massa Óssea (Homens e Mulheres), Diminuição Síntese GH/IGF-1, Hiperparatireoidismo (aumento de PTH; Primário, Deficiência de Vitamina D, Insuficiência Renal Crônica), Massa Muscular; Mulheres: Fase Peri menopausa, Diminuição da Produção de estrogênio (Ativação de Osteoclastos; Aumento de Reabsorção óssea; Perda de Massa Magra); Homens: Testosterona → formação óssea; Estrogênio → reabsorção óssea. O diagnóstico é feito por DENSITOMETRIA ÓSSEA, BMD (densidade mineral óssea), T score (resultado obtido em relação ao adultos jovens), Z score (resultado relacionada a média da idade do paciente). O tratamento consiste em PREVENÇÃO DE FRATURAS, sendo NÃO FARMACOLÓGICO (Ingestão oral cálcio, Atividade Física, Prevenção de Quedas e Cessação Tabagismo) e farmacologico (Cálcio + Vitamina D; Bifosfonatos; Denosumabe; Teriparatida; Terapia Hormonal / SERMs; Romosozumabe) Beatriz Antoniassi Beatriz Antoniassi Fale da prevenção de queda? Principal causa de Fraturas; Tratamento da Osteoporose (programas de prevenção de quedas); Idosos frágeis; AVC prévio; Uso de medicações que diminuam o estado de alerta: Indutores de sono; Diminuição da Propriocepção e de equilíbrio. Fale da suplementação de sais de cálcio? INDICAÇÃO → Baixa ingestão via oral de alimentos que contenham Cálcio; RISCO CARDIOVASCULAR → aumento da incidência de IAM em pacientes que faziam uso de suplementação de cálcio. Não foi observado nos pacientes que apenas consumiam cálcio na dieta; LITÍASE RENAL → Estudo WHI (aumento de 17% risco de litíase renal). • Vitamina D: Não é recomendada suplementação generalizada de Vitamina D para toda população. (EVIDÊNCIA A). Opções de tratamento: Exposição Solar, Aumento de aporte de vitamina D na dieta e Suplementação oral com vitamina D; Deficiência <20; Suficiência >30mg/dl; Suplementação (ataque: 50k UI/sem – 7k UI/dia – 6-8sem; manutenção: 600-2k UI/dia – 3-6sem); Órgãos-alvo da vitamina D ativa: ossos, intestino, rins, glândulas paratireoides e outros tecidos. Fale dos Bifosfonatos? Antirreabsortivo (reabsorção óssea), + utilizado p/ tto de osteoporose (pamidronato, alendronato, ibandronato, risedronato, ac zolendronico); Jejum (1o remedio da manhã), 250ml de H2O, aguardar 30-60min p/ outro med ou alimento, posição vertical 30-60min pós adm; Anormalidades esofágicas ou distúrbio do TGI (contraindicação). • Denosumabe: remodelamento Ósseo (Reabsorção e Formação; RANK-L <> RANK <> OPG), Osteoporose; Desequilíbrio → REABSORÇÃO; e RANK-L (estrogênio); de Marcadores (CTx/NTx); Denosumabe: Efeito antirreabsortivo; Anticorpo Monoclonal. • Teriparatida: PTH (84 aminoácidos); rhPTH (1-34) (Agente Anabólico; Ação intermitente vs. Ação Contínua); Mecanismo de ação; Ligação nos receptores (PTH1R); Estimula diferenciação; OSTEOBLASTOS; Formação >>> Reabsorção; aumento da Esclerostina → aumento da formação. • Valor da Normalidade: Cálcio Total = 8,5 a 10,5mg/dl; Cálcio Ionizado = 1,16 a 1,31 mmol/L • Fatores que alteram a quantificação da calcemia: Acidose Metabólica → Diminui ligação cálcio-albumina; Diminuição da produção de proteínas ligadoras (cirrose hepática) Fale da paratireoide? Localizadas nos polos superior e inferior das bordas posteriores dos lobos da tireoide; nivel de cacio Aumentado → Diminui PTH; nivel de calcio Diminuídos → Aumenta PTH; Principal efeito Fisiológico PTH → Manutenção dos Níveis Plasmáticos Cálcio; AÇÃO EM ÓRGÃOS-ALVO: Ossos (Mobilização do Cálcio e Fósforo da matriz óssea mineral para circulação; se liga aos osteoblastos para estímulo do RANKL; Aumento da população de osteoblastos (efeito do uso intermitente – formação)), Rins (Aumento da Reabsorção Renal de Ca2+ (túbulos distais), Aumento da Atividade da 1α-hidroxilase renal, Excreção Renal de Fosfato). Fale da hipocalemia? Consiste no Cálcio Sérico < 8,5 mg/dl; as etiologias sao Paratireoidectomia, Pós Tireoidectomia → hipoparatireoidismo transitório/permanente, Hemodiálise, Doença Renal Crônica em Estágio Avançado, Hipoparatireoidismo autoimune, Indução por Quimioterápicos. ECG: aumento do intervalo QT e onda T ampla e apiculada (hipo aguda); Calcificação dos núcleos da base (Síndrome de Farh) (hipo cronica); Os exames complementares sao: Cálcio Total, Albumina Sérica, Cálcio Ionizado, PTH, 25 OH Vitamina D, Fósforo, Magnésio, Ureia e Creatinina e Eletrocardiograma. O tratamento consiste em AGUDA: Sala de Emergência + Monitorização + Eletrocardiograma (ECG), Cálcio Sérico < 7,9mg/dL, Gluconato de Cálcio 10% + SF0,9% ou SG5% 100ml – IV em 10 minutos, Manutenção de solução com gluconato de cálcio até normalizar calcemia, Após estabilização do quadro iniciar terapia com cálcio oral, vitamina D e calcitriol (hipoparatireoidismo), Monitorar calcemia; e CRÔNICA: Paciente assintomático, Cálcio Sérico > 7,9mg/dL → reposição com sais de cálcio (CaCO3, citrato); 25OH-Vitamina D → reposição nos casos de insuficiência /deficiência; Hipoparatireoidismo → reposição de Calcitriol • Cálcio Corrigido = cálcio sérico + (4 – albumina) NAO DEVEDAR Fale da hipercalemia? Cálcio Sérico Total > 2 desvio-padrão da média da população estudada; com Valores superiores a 10,5mg/dl; As causas sao por PTH Dependente (Hiperparatireodismo Primário (HPP); Hiperparatireoidismo Terciário; Hipercalcemia Hipocalciúrica Familiar) e PTH Independente (Hipercalcemia da Malignidade - Produção de PTHrp, Calcitriol Elevado (Linfomas), Metástases Ósseas osteolíticas; Intoxicação por Colecalciferol (Vit. D); Doenças Granulomatosas; Causas Endocrinológicas - Crise Tireotóxica, Feocromocitoma; Medicamentosa - diurético tiazídico, lítio e teriparatida); ECG: encurtamento do intervalo QT; Os exames complementares são Próximo passo → Solicitar dosagem plasmática de PTH, PTH Dependentes (Níveis de PTH aumentado ou inapropriadamente normal; Hiparatireoidismo Primário; Hiperatireoidismo Normocalcêmico; Hiperatiroidismo Terciário) e o PTH Independentes (Níveis de PTH diminuídos; Avaliar os níveis de 25-OH-Vitamina D, 1,25-OH-Vitamina D e PTH-rp; Investigação de outras causas associadas a níveis baixos de PTH). O tratamento é dividido em Lev (< 12mg/dL; Quadro leves podem ser acompanhados ambulatorialmente sendo o Hiperparatireoidismo primário a principal etiologia), Moderada 12 a 14 mg/dL (Quadro crônico ou oligoassintomático → ambulatorial; Se quadro agudo sintomático: Hidratação endovenosa com SF 0,9%., Furosemida APENAS se paciente estiver hipervolêmico, Bifosfonato IV (preferencialmente ácido zoledrônico) e Calcitonina) e Grave: > 14 mg/dL (Hidratação endovenosa com SF 0,9%; Furosemida APENAS se paciente estiver hipervolêmico; Bifosfonato IV (preferencialmente ácido zoledrônico); Calcitonina; e Corticoide → neoplasias ou doenças granulomatosas). Fale do Hiperparatireoidismo Primário? Concentrações elevadas de PTH associado a níveis elevados na calcemia. Apresentação esporádica ou associada a Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM). Uma das causas mais frequentes de hipercalcemia PTH dependentes; Mais comum em mulheres na faixa etária de 40 a 65 anos; Etiologias: 80% dos casos estão associados a adenoma em paratireoide, já os 20% se relacionam a hiperplasia da paratireoide; Carcinoma de paratireoide (raro); Manifestações Clínicas, A maioria dos casos é assintomáticos → Hipercalcemia leve (exames de rotina), Sintomas Esqueléticos: Dor óssea, fraturas patológicas, tumores ósseos, osteíte fibrose cística; Nefrolitíase; Diabetes insipidus nefrogênico → Poliúria; Diagnóstico: Hipercalcemia com PTH elevado, Fósforo Baixo, Fosfatase Alcalina elevada, Cálcio urinário elevado, Densitometria óssea de terço distal de rádio com T score < -2,5 (osteoporose). O tratamento consiste em Paratireoidectomia (USG cervical → identificação de nódulo paratireoide; Cintilografia de Paratireoides → localização de nódulo e planejamento cirúrgico), INDICAÇÃO: Casos Sintomáticos, Casos Assintomáticos (recomendação Guideline Endocrine Society 2013): Presença de 1 fator: Cálcio sérico > 1,0mg/dL (Limite superior da normalidade), BMD (DXA): T-score < -2,5 (coluna lombar, colo fêmur, fêmur total, 1/3 radio distal, Clereance de Creatinina < 60 ml/min, Cálcio urinário 24h > 400mg/dL, Presença de nefrolitíase ou nefrocalcinose no USG/TC e Idade < 50 anos. •Laringites: Fale das laringites? Laringites são todos os processos inflamatórios que acometem a mucosa laríngea. Agudas ou Crônicas (sintomas há mais de 3 meses); Crupe = difteria, mas se usa como sinônimo de laringites. Sintomas: Disfonia, Dispneia, Disfagia, Tosse, Dor local. Podem ser urgências em crianças (insuficiência respiratória aguda). Maioria dos casos tem boa evolução. Fale da Laringotraqueobronquite viral? Crianças (3 meses a 5 anos); Parainfluenza, Adenovirus, Rinovírus, Coxsakie, Influenza; Região mais acometida à Subglote (um pouco abaixo das cordas vocais). Principais sintomas: tosse rouca persistente e estridor. Diagnóstico: Clínico + RX (sinal da torre de igreja), pode ser solicitado, mas não é necessário para o diagnóstico + laringoscopia (?); Fisiopatologia: infecção viral de nasofaringe que se dissemina para epitelio de laringe/traqueia; Sinal da “torre de igreja” causado pelo estreitamento da infraglote. O tratamento consiste em Casos leves (apenas tosse sem sinais de obstrução das VAs) fazer tratamento de suporte de nasofaringites + Hidratação + Corticosteróides orais ou inalatórios; Casos moderados (sinais discretos de desconforto respiratório – batimento de asa nasal e retração de fúrcula) deve ficar em Observação + Nebulização com adrenalina; e em Casos graves (desconforto respiratório evidente) deve fazer Internação + Avaliar IOT. Fale da laringite catarral? Adultos e crianças; Branhamella catarrhalis e Haemophilus influenzae; Região mais acometida à Glote (e supraglote). Principais sintomas: Disfonia, tosse seca produtiva, dor no pescoço, globus faríngeo (sensação de algo parado na garganta), odinofagia; Diagnóstico: quadro clínico + laringoscopia; Tratamento: Repouso vocal, Tratamento de Alergias ou Refluxo, Umidificação do ar e hidratação, Antibioticoterapia: Penicilinas, Cefalosporinas, Quinolonas, Macrolídeos (resist. Bacteriana) e Corticosteroides oral e inalatório. Fale da Epiglotite / Supraglotite? Crianças (2 a 7 anos); Haemophilus influenzae tipo B, S. penumoniae/S. pyogenes, S. aureus, Pseudomonas, Klebsiella; Região mais acometida é a Supraglote; Principais sintomas: Disfagia (sialorreia), odinofagia intensa, Dispneia ao deitar, febre persistente, voz abafada ou sem voz; Postura típica: hiperextensão cervical, boca aberta, corpo e pescoço anteriorizados, respiração lenta; Quadro de evolução rápida (horas); Diagnóstico: Clínico + RX (sinal do polegar pelo espessamento da epiglote) + Laringoscopia (pode deixar a criança mais agitada). Não se deve fazer qualquer manobra diagnóstica que aumente a agitação da criança sob risco de desencadear uma insuficiência respiratória imediata; Diagnóstico Diferencial: corpo estranho laríngeo; Tratamento = manutenção de Via aérea; Material de IOT e cricotireoidostomia à disposição; Nebulização com adrenalina; Corticoteróides EV e inalatórios; Antibioticoterapia: Cefalosporina de 2a geração (cefuroxima), Cefalosporina de 3a geração (ceftriaxona), Ampicilina+Cloranfenicol; Decisão sobre IOT deve ser tomada antes da insuficiência respiratória; Fisiopatologia: Celulite de supraglote e Quadro BACTERIANO Fale da Laringite Estridulosa? Crianças; Estridor/sufocamento/tosse rouca de início súbito durante a noite; Dura pouco tempo (minutos/horas) e melhora espontaneamente; Pais ficam desesperados; Quadro benigno, normalmente associado a refluxo, alergia, infecção viral; Acredita-se que a etiologia dessa afecção é multifatorial, podendo ser atribuída à origem infecciosa viral ou bacteriana, alérgica, refluxo faringolaríngeo, ou obstrutiva. Diagnóstico: história típica, exame físico quase normal; Fisiopatologia: Possivelmente um quadro de espasmo laríngeo desencadeado por fatores irritativos locais; Tratamento: Acalmar os pais, Confirmar diagnóstico, Caso criança chegue com desconforto – tratamento semelhante à Laringotraqueobronquite aguda, Caso criança chegue sem desconforto: Hidratação, nebulização com soro fisiológico, Avaliar tratamento de refluxo e de alergia e corticosteroides inalatórios. Fale das disfonias? Qualquer comprometimento na Voz "qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural e harmoniosa da voz”; Disfonia ≠ Rouquidão (mas podem ser usados como sinônimos na maioria das vezes); CAUSA DE DISFONIA: MAU USO DE VOZ (Abuso vocal agudo – forçar as cordas vocais a estímulos além do que elas estão preparadas (aulas, show, palestras, torcida, cantos em cultos) e Edema e hiperemia de PV), Laringites Agudas, Lesões de pregas vocais (polipo, papulas, cisto e nodulo), tabagismo, Causas sistêmicas (Refluxo gastroesofágico; Presbifonia (relacionada com a idade); Neurológicas (parkinson, neuromusculares, distonias, paralisias de PV); Autoimunes; Granulomatosas; Infecciosas (candidíase laríngea, TB, fungos); Hormonais (hipotireoidismo, hiperandrogenismo, anabolizantes);Psicogênicas) e Traumas (IOT; Enforcamento / estrangulamento/traumas diretos). Tratamento Em traumas vocais agudos: Repouso vocal (3-7 dias), Hidratação, Corticosteróides VO por 05 dias, Avaliar Corticosteróides inalatórios, Checar refluxo ou alergias concomitantes. Hidratação. Cessar etilismo e tabagismo (principais fatores de risco para neoplasia de laringe). Terapia Vocal – com fonoaudióloga. Cirurgias Vocais. Fale do Corpo estranho de Faringolaringe? Início súbito de sintomas; Disfonia, Dispneia, Disfagia; Sialorréia é um sintoma típico; Desafio: quando não se consegue uma história clínica decente; Risco: migrar para traquéia. Se estiver na língua ou tonsila, pode-se tentar remover. Anestesia com lidocaína a 10% spray. Se não for possível visualizar, RX (80% dos CE não são radiopacos). Checar pulmão (ausculta e avaliar RX). Se insuficiência respiratória, via aérea definitiva. Se não conseguir visualizar, encaminhar ao ORL ou Cirurgia geral. Checar onde é o desconforto – se for abaixo da laringe – corpo estranho de esôfago ou de traqueia; Complicações: Abscesso e hematoma parafaríngeo, CE traqueobrônquico, Pneumonia aspirativa, Migração do CE pelo tecido subcutâneo. O que acontece na maioria das vezes? Paciente engole algo que machuca a mucosa e fica com sensação de corpo estranho (globus), Odinofagia leve/moderado, Desconforto local, Sem sialorreia, dispneia, disfonia, Sem alterações ao exame físico, Tratamento: AINE + protetor gástrico + analgésicos locais. •Urgências em ORL: Epistaxe, trauma, corpos estranhos, PFP: Fale da epistaxe? Nesses casos deve não cause mais pânico no paciente, atender na sala de urgência - ATL; a enfermagem enquanto atende deve pegar os Sinais vitais/acesso venoso; Paramentação adequada; Medidas imediatas: compressão local, postura correta... parar, respirar. pensa. Nem sempre o paciente morre só às vezes; 90% das epistaxes – área de Kiesselbach (ANTERIORES); consiste em Sangramentos leves, pequeno volume, autolimitados, por causas: Traumas locais, RA, coçar, ressecamento; E os outros 10% ocorre por sangramento de arterias posteriores, ou seja, por artérias etmoidais / esfenopalatina (POSTERIORES/ superiores), com um Sangramento abundante, HAS. Encaminhar na urgência a um serviço especializado; Paciente com epistaxe deve deixar o Paciente sentado, cabeça pouco fletida; Compressão local (nao colocar nada dentro do nariz, ou coloca algodão com adrenalina ou fibrinolítico para tentar cessar o sangramento e se tiver no cal; mas basta colocar gelo para fazer vasoconstrição local) - 5-10 minutos; Vasoconstritor local (gelo ou algodão com medicação – adrenalina/ antifibrinolíticos); Informações importantes de anamnese (se conseguir pegar as informações): Tempo, Estimativa de volume, Idade (quanto mais novo mais sangramento anteriores - PELA RINITE; e quanto mais velhos mais sangramento posteriores - PELA HAS), Repercussão clínica do sangramento, Uso de anticoagulantes / antiagregantes (se usa isso o sangramento não para fácil, devendo insistir mais na compressão local), Rinite, Uso de drogas inalatórias, HAS, Doença renal, hepatopatia (a hepatopatia geram perda de função ou diminuição dos fatores de coagulação; a doença renal causa anemia); Se Beatriz Antoniassi Beatriz Antoniassi sangramento persistente precisa Encaminhar e Pensar em Antifibrinolíticos EV (ácido tranexâmico / ácido aminocaproico), fazer Tamponamento anterior se não melhorar com compressão inicial, e Pensar em colher HMG, TP, TTPA, TS/CP; Tamponamento; Cauterização nasal e cirurgias – para o ORL • Vê que é posterior quando ara p sangramento na parte anterior e continua lá atrás. • Orientações caso pare a epistaxe: Evitar sol, atividade física (esses deve evitar por uns 10 dias ou 1 semana) e pegar peso; Lavagem nasal com soro fisiológico; Considerar ácido tranexâmico (250mg - 2cp 8/8h por 07 dias); Não mexer no nariz; nao assoar o nari. • Orientações caso volte a ter epistaxe: Agendar consulta com otorrino; Evitar AAS, anticoagulantes ou AINEs por aprox 01 semana. • Se não para o sangramento manda para o PS, se resolver uma das medidas essenciais em casa ou no consultório não precisa ir, só marcar de ir no otorrino. Fale sobre o trauma otorrinologico? É o trauma de conduto e tímpano; chega com queixa de Otalgia, Otorragia (pode ser por uma lesão no tímpano ou no conduto auditivo) e Hipoacusia. Deve checar e houve lesão de conduto ou de tímpano; Se não conseguir visualizar, tratar como perfuração de MT; a Otorragia assusta, mas sempre se resolve; Perfuração de MT costuma fechar em poucos dias (pode não fechar); Proteção auricular; Medicação tópica não ototóxica (evitar formação de grandes coágulos); Controle de dor; Referenciar ao Otorrino; Pede a audiometria se sentir que o paciente está bem e normal, se nao ela estara alterada e tera que enviar para o otorrino. Fale sobre o corpo estranho? O corpo estranho nasal deve encaminhar (é uma situação difícil de resolver, por ser crianças ou pacientes que têm algum déficit cognitivo. Todos são urgência, se tem certeza que consegue tirar deve tentar, mas tomar cuidado, pois ele pode parar na região mais estreita do trato respiratório e se passar ali pode parar no meato medico e depois disso ele tem caminho livre). Começa a achar que é um corpo estranho pois apresenta-se com Obstrução nasal/Rinorréia/ Mau cheiro unilateral; Remoção deve ser feita com pinças específicas (nromalmente causa epistaxe para remover); Normalmente há epistaxe na retirada; Se perfurar o septo (baterias), não há reparação espontânea; São urgências pois podem ser aspirados; No RX – aparece o que for metálico. Fale do corpo estranho no ouvido? Tentar identificar o que é; Objetos inertes podem aguardar remoção ; Se animal, matar antes de remover (vaselina líquida, óleo de cozinha); Se bateria, encaminhar o mais rápido possível; Pode-se tentar lavagem de ouvidos caso o médico tenha experiência e avalie que há chance do objeto sair. É A MAIS ASSINTOMÁTICA. Fale do corpo estranho na faringe? Tem um Início súbito de sintomas; Disfonia, Dispneia, Disfagia COM Sialorréia é um sintoma típico; Desafio – quando não se consegue uma história clínica decente; Risco – migrar para traquéia; MAIS DIFÍCIL DE REMOVER POIS NÃO TE PINÇA ADEQUADA PARA RESOLVER, SE ELE NAO ESTIVER PRESO NA LÍNGUA OU NA AMÍGDALA É MAIS DIFÍCIL DE REMOVER; Se estiver na língua ou tonsila, pode-se tentar remover; Anestesia com lidocaína a 10% spray; Se não for possível visualizar, RX (80% dos CE não são radiopacos); Checar pulmão (ausculta e avaliar RX); Se insuficiência respiratória, via aérea definitiva; Se não conseguir visualizar, encaminhar ao ORL ou Cirurgia geral; Checar onde é o desconforto – se for abaixo da laringe – corpo estranho de esôfago ou de traquéia; Complicações: Abscesso e hematoma parafaríngeo, CE traqueobrônquico, Pneumonia aspirativa, Migracão do CE pelo tecido subcutâneo; O que acontece na maioria das vezes? Paciente engole algo que machuca a mucosa e fica com sensação de corpo estranho (globus), Odinofagia leve/mod, Desconforto local, Sem sialorreia, dispneia, disfonia, Sem alterações ao exame físico; Tratamento: Aine + protetor gástrico + analgésicos locais. Fale da fratura nasal? Ela geralmente ocorre por um trauma, se tem trauma vai ter uma epistaxe (que deve ser tratada primeiro); Tratar a epistaxe (se houver); Elucidar mecanismo de trauma; Checar se há possibilidade de ter mecanismo de lesão em área mais importante que o nariz (TCE, trauma cervical, fratura de base de crânio, queixas neurológicas...) e tratar primeiro disso; Questionar sobre padrão estético e funcional prévio. Deve Examinar todas as áreas da face – procurar dor e crepitação; Procurar hematoma Septal (se tem lesão ali não ocorre irrigação, e o septo desaba, sela e cria uma cursa que fica inestetico); Encaminhar de imediato se: Fístul, Nasoliquórica, Hematoma Septal e Alteração estética grave • Examina a testa, toda a órbita arco zigomático, aperta o nariz, a região alar, ATM, maxila, dentes e mandíbula para ver se tem crepitação,dor ou algo diferente do habitual. • Fratura nasal: Diagnóstico é pela História e exame físico, RX de OSSOS NASAIS; Cuidado! (Até 40% de falso negativos); Tomografia – se suspeita de outras fraturas ou lesões graves; Tratamento consiste se alteração estética ou funcional; Redução: logo após o trauma (até 3 horas) ou após 5 dias; Geralmente redução fechada Fale da paralisia facial periférica? Diferenciar entre Paralisia Central (pega mais inferior) e Periférica (pega tudo); Informações importantes de anamnese: Tempo, Piora Progressiva? Já parou de piorar?, Sintomas Associados: Olho seco, Redução de lacrimejamento, Dor com sons altos, Redução de gustação, História de Trauma; Exame Físico: tem o Repouso: rugas frontais, ponta da sobrancelha, pálpebra inferiormais caída, ponta do nariz, sulco nasolabial, comissura labial; Movimento: elevar sobrancelhas, fechar os olhos, sorrir, fazer bico; Considerações – Paralisia de Bell = Paralisia facial periférica idiopática. Etiologia provável - Herpes Simples Vírus, 70% voltam ao normal, 12% sequelas leves, 17% sequelas moderada e graves; A maioria tem melhora dentro das 3 primeiras semanas – Síndrome de Ramsay Hunt = Zoster otológico; Lesões cutâneas em pavilhão, vertigem e zumbido; Sequelas faciais em 50% dos casos; Dose dobrada de antiviral; Tratamento Inicial: Corticoide – Prednisolona 1mg/kg/dia com redução gradativa a cada 3 dias, Aciclovir 400mg 5x/diapor 7-10 dias; Proteção Ocular, Colírios de lágrima artificial 1/1h, Pomada oftalmológica e oclusão à noite; Encaminhamento para Otorrinolaringologista (não precisa ser na urgência); Encaminhamento para Fisioterapia para reablitação – Evitar choques (aumenta risco de sincinesias); Conversar com cuidado sobre prognóstic; Depende da causa e da reabilitação; A melhora inicial pode demorar semanas; A maioria dos pacientes têm uma recuperação considerável • Grau 1: tiveram paralisia e resolveram por completo • Até o 3 (1,2,3): pacientes consegue fechar o olho • 4,5, E 6; pacientes não consegue fechar o olho • 6: tiveram paralisia e não mexem mais • Primeiro: periférico - lado direito paralisado • Segundo: central - lado esquerdo paralisado. • Paralisia de bell associado ao vírus herpes simples que está no gânglio • Função sensitiva do nervo facial: gustação de ⅔ lateral da lingua. • Doenças do ouvido interno e tontura/vertigem: • Existem três grupos que mantêm o equilíbrio: labirinto (primordialmente), visão e propriocepção. As informações são mandadas para o SNC, processadas e disparados comandos para manutenção do equilíbrio e execução de movimentos. Esses são os reflexos do equilíbrio. • As células presentes dentro dos órgãos de equilíbrio na orelha interna possuem um disparo tônico de 90 picos por segundo. Quando o lado direito dispara igual ao esquerdo, a informação no SNC é de que o paciente está com a cabeça em repouso. • Se a cabeça é girada para a direita, as células da direita disparam mais rapidamente e o esquerdo, mais lentamente. Assim, o SNC sabe que a cabeça está sendo girada para a direita. Além de informar o lado para o qual a cabeça virou, também são enviadas informações sobre a velocidade do movimento e o quanto a cabeça virou. • Quando há lesão que destrói o labirinto o que o deixa hipofuncionante no lado esquerdo, por exemplo, há redução da emissão de picos por essa orelha. Assim, o lado direito acaba mandando mais picos do que o esquerdo. Assim, a pessoa está com a cabeça parada, mas sente que a cabeça está rodando para a direita. Essa é a vertigem. • Mas se há uma doença que torna a orelha esquerda hiperfuncionante, por exemplo, essa será a orelha que mandará mais picos e, portanto, o paciente terá a sensação de que a cabeça está rodando para a esquerda. Fale do processamento central? 4 núcleos Recebem informações: Labirinto (N. Vestibulares) e Propriocepção (Fasciculo longitudinal medial). Geram informações cerebelares e corticais. Geram respostas motoras: Movimentos oculares (Reflexo Vestibulo-oculomotor) e Movimentos musculares posturais (Reflexo Vestibulo-espinhal). Fale do processamento adaptativo? Aprendizagem motora (fluidez de movimentos), Modula os comandos para neurônios motores; Coordenação de movimentos voluntários. • Tontura: Qualquer dificuldade de orientação espacial. Exemplo: Homem, 42 anos, quadro recorrente de sensação de flutuação ou cabeça oca com duração de horas, acompanhado por plenitude aural • Vertigem: Componente rotacional - sensação de movimento. Exemplo: Mulher, 29 anos, sensação de que tudo está girando desde que acordou, com vômitos, dificuldade para andar e sem conseguir abrir os olhos • Desequilíbrio: Sintoma Postural - instabilidade ao andar - propensão a quedas. Exemplo: 72 anos, queixa de queda da própria altura recente, refere medo de andar na rua e familiar relata marcha lenta e bamba. Fale da anamnese? Tempo de evolução (A- Há quanto tempo? (Dias / Semanas / Meses); B- Contínua ou Recorrente; C- Quanto tempo duram os sintomas? (Dias / Semanas / Meses); D- Tempo entre as crises), Características (É tontura mesmo?, Tem sensação de rotação?, Em quais situações aparece?), Sintomas Associados (Queixas auditivas, (Hipoacusia, zumbido, plenitude, auricular), Náusea, Vômitos, Cefaleia, Extremidades frias, Sudorese, Taquicardia, Sintomas cardiovasculares, Sintomas Neurológicos (focais)), Fatores Desencadeantes (Movimentação Cefálica, Alimentação/Jejum, Estresse/Ansiedade, Privação de sono), Doenças associadas (Antecedentes pessoais e Medicações em uso). Fale do exame físico? Nistagmo (Movimento ocular rápido, rítmico e involuntário; Fase Lenta e Fase Rápida; Características diferentes em casos centrais e em casos periféricos; Pode ser espotâneo ou Beatriz Antoniassi Beatriz Antoniassi semi-espontâneo; não é qualquer movimento do olho, contém características específicas, é um movimento ocular); Head Thrust (Teste do Impulso Cefálico / Head Impulse Test; Teste do Reflexo Vestibulo-Oculomotor (RVO); RVO - Quando a cabeça movimenta, os canais semicirculares são estimulados e há um arco reflexo que faz com que a musculatura ocular extrínseca se movimente de forma compensatória para manter a fixação ocular; Por esse reflexo, conseguimos manter o olho fixo em um ponto independentemente da movimentação cefálica. Quando alterado, o olho não acompanha o movimento da cabeça. Durante o teste é notada uma "sacada" (movimento rápido e voluntário) corretiva; Reflexo que mantém nosso olho fixo enquanto mexemos a cabeça e perda de função de um labirinto de um lado, a pessoa não consegue fazer); Teste de Skew (Avaliação do alinhamento dos olhos. Se for percebido desalinhamento dos olhos, o teste é positivo. Se positivo, é indicativo de lesão central (supranuclear); Avaliação do alinhamento dos olhos Se for percebido desalinhamento dos olhos, o teste é positivo Se positivo, é indicativo de lesão central (supranuclear)); Romberg e Fukuda (Romberg - prova de equilíbrio estático 60 segundos, Pode ser sensibilizado; Fukuda - prova de equilíbrio dinâmico, 60 passos, Alterado se andar linearmente mais que 1 metro ou angularmente mais que 30o; Marchas típicas: hemiplégica, atáxia, neuropática, miopática, parkinsoniana, sensorial. Idoso - Marcha mais lenta e com base mais aberta, Observar já quando o paciente está chegando; Labiríntico cai pro lado afetado, tontura mais forte bambeia mas não cai para frente e para trás é central e nos quadros centrais, na hora que o paciente fecha os olhos ele começa a fazer como se fosse uma dança com as pernas (dança dos tendões) e começa a cair e desabar); Avaliação Cerebelar (Index-Nariz e Diadococcinesia); Avaliação de Pares Cranianos (I - Olfatório; II - Óptico; III - Oculomotor; IV - Troclear; V - Trigêmeo; VI - Abducente; VII - Facial; VIII - Vestibulococlear; IX - Glossofaríngeo; X - Vago; XI - Acessório; XII - Hipoglosso). • O líquido de equilíbrio fica no ouvido (no labirinto que chama endolinfa), e quando está movimento o líquido e nós não estamos, ou virce e versa, tem a sensação de tontura. • A vertigem é quandohá a tontura rotatória. Quando há rotação, o problema provavelmente é vestibular (periférico ou central). Quando a tontura é outra sensação, a origem costuma ser outra (cardiovascular, por exemplo). • Dentro das vestibulopatias periféricas, há o acometimento de uma dessas estruturas: canais semicirculares, sáculo ou utrículo, nervos vestibulares. • A função labiríntica é avaliada a partir de: História, Exame físico, Exames subsidiários, Nistagmo. Fale do nistagmo? O nistagmo é um reflexo que tem por objetivo manter a fixação ocular de forma que o foco da imagem caia sobre a fóvea da retina. Quando eu giro a cabeça, o olho se movimenta no sentido contrário com mesma velocidade angular. Esse movimento é lento (isso é controlado pelo labirinto). Quando o olho chega ao seu limite, ele volta rapidamente, num movimento sacádico (isso é controlado pelo tronco encefálico). Então, se o paciente tem fase rápida para a direita e fase lenta para a esquerda no nistagmo, o nistagmo dele é direito (independente do olho, pra onde o paciente esteja olhando, etc). O nistagmo pode ser pesquisado de maneira subjetiva (pelo exame físico) ou objetiva (pela vectoeletronistagmografia – VENG). • O exame físico do paciente é feito com: Teste de fixação ocular: olhar fixamente para um alvo e mexer para um lado ou outro. O objeto tem de ficar a 1m e em posição horizontal aos olhos. O normal é não existir um nistagmo quando a cabeça está parada e o examinador mexe o objeto. Se houver nistagmo, é defeito periférico ou central. Eventualmente, algumas drogas podem desencadear nistagmo; Teste posicional estático: colocamos o paciente em várias posições de corpo e cabeça para ver se desencadeia nistagmo. O normal é não ter; VENG: ele conta com a prova calórica. O CAE é irrigado com água quente ou fria. Assim, criamos um fluxo de endolinfa para estimular o labirinto e provocar o nistagmo. Contudo, existe o nistagmo normal e o patológico. Colocando água em um ouvido e depois no outro, conseguimos comparar os dois lados. Pelo exame físico, como saber se a alteração de equilíbrio é periférica (labiríntica) ou central (SNC)? • Exame físico que indica lesão PERIFÉRICA: Romberg, Queda sempre para o mesmo lado (lado lesionado), Curto período de latência (entre fechar os olhos e cair), Desequilíbrio desaparece com abertura dos olhos, Marcha de Fukuda: 60 passos no mesmo lugar com braços estendidos (sem direcionamento luminoso ou sonoro e levantando bem os joelhos), Desvio > 30° ou anda > 1 metro para frente: é patológico, Marcha com olhos fechados, Desequilíbrio e lateropulsão (para o lado lesionado) • Exame físico que indica lesão CENTRAL: Romberg, Queda sem latência e sem lado preferencial, Pode manter desequilíbrio mesmo com olhos abertos, Marcha de Fukuda, Não consegue fazer o teste (queda ou desequilíbrio significativo). Quais são as causas centrais? AVC (tronco/cerebelo), Esclerose múltipla, Insuficiência, Vertebrobasilar, Migrânea Vestibular e Neoplasia Quais são as causas periféricas? Vertigem Postural, Paroxística, Benigna, Ménière, Labirintopatia, Metabólica, Neurite Vestibular, Schwannoma, Síndrome de Desequilíbrio do Idoso, Síndromes cervicais. • Causa especiais: Cinetose, Tontura Postural, Perceptual, Persistente Secundária a comorbidades. • Nistagmo PERIFÉRICO: Acompanhado de vertigem, Horizontais ou oblíquos, Direção fixa (sempre para a direita ou sempre para a esquerda), Tende a diminuir com a fixação ocular, Diminuição progressiva: tende a desaparecer com tempo mesmo que a lesão labiríntica seja definitiva • Nistagmo CENTRAL: Pode existir sem vertigem; Pode ser de qualquer tipo (horizontal, oblíquo, vertical), mas, se for vertical, é patognomônico; Pode mudar de direção; Pode intensificar com fixação ocular; Sem diminuição progressiva Fale da Vertigem Postural (Posicional) Paroxística Benigna? Vertigem, Duração de Segundos, Precipitada por movimentação cefálica, Forte intensidade, Pode ter náusea e vômitos associados. Sem outras queixas associadas; Otólitos se desprendem das máculas do Sáculo/Utrículo e caem nos canais semicirculares; Na movimentação cefálica, ocorre um estímulo muito exacerbado pela presença dos cristais na endolinfa; Diagnóstico: Manobra de Dix-Hallpike, Nistagmo torcional, Tratamento: Manobras de reposicionamento (Epley); • A vertigem posicional paroxística benigna é causada pela degeneração das otocônias, que liberam pedacinhos que caem nos canais semicirculares. Assim, elas acabam estimulando as células sensitivas do labirinto e causam crises vertiginosas rápidas de acordo com o movimento da cabeça. São crises que duram segundos, de etiologia desconhecida (não se sabe por que as otocônias se degeneram). O diagnóstico é feito com a manobra de Dix-Hallpike, em que se movimenta a otocônia e desencadeia vertigem e nistagmo. O tratamento é feito com manobras de reposicionamento, que dependem do canal afetado. Em 90% dos casos, o acometimento é no canal posterior, sendo necessário fazer a manobra de Epley. Essas manobras visam fazer com que a otocônia saia do canal semicircular e volte para as máculas do sáculo e do utrículo. Fale da neurite vestibular? Vertigem, Duração de Dias, Início Súbito, sem fator desencadeante, Forte intensidade - Incapacitante, Náusea e vômitos, Sem outras queixas associadas, Perda aguda de função vestibular, Infecção viral (herpes) ou autoimunidade (?) no nervo vestibular, Pode haver história de IVAS ou GECA prévia. Exame Físico: Nistagmo horizontal espontâneo, Head Thrust positivo do lado afetado e romberg alterado; Diagnóstico: Clínico; tratamento: Supressores Labirínticos (Anti-histamínicos - Dimenidrinato (Dramin) e Meclizina (Meclin); Bloqueadores de Canal de Cálcio - Flunarizina (Flunarin/ Vertizine/Vertix) e Cinarizina (Stugeron); Benzodiazepínicos), Corticosteróides, Antieméticos (Metoclopramida (Plasil) e Ondansetrona (Vonau)), Em muitos casos é necessária internação hospitalar para controle de sintomas • A neuronite vestibular é causada pela degeneração do nervo vestibular, com ataque de vertigem com sintomas vegetativos, sem sintomas auditivos. Os sintomas são intensos, podendo durar de 2 a 3 semanas. Parece que a etiologia é viral. Geralmente, acontece em pacientes que tiveram IVAS recente ou herpes. Fale sobre a Doença de Ménière? Vertigem, Duração de Minutos-Horas, Episódios recorrentes, Hipoacusia, Zumbido e Plenitude aural associados, -Hidropsia Endolinfática, Aumento de volume e pressão na endolinfa causa perda de função auditiva e vestibular. Diagnóstico - Clínico; O quadro clinico consiste em Agudo (Semelhante à Neurite. (A lateralidade vai ser mais difícil de estimar)) e Crônico (Hiporreflexia (perda de função vestibular do lado afetado) + perda auditiva do lado afetado). Historia natural: Melhora progressiva das crises e Perda progressiva da audição; O tratamento consiste em Tratamento de crise aguda (ver em Neurite Vestibular), Betaistina (Betaserc/ Betadine/Labirin) (Anti-histamínico, Ação longo prazo, Estima-se que consiga recuperar o potencial endolinfático e estabilizar o quadro sem crises). • A doença de Menière é a hidropsia endolinfática idiopática (aumento da pressão da endolinfa). Tem característica familiar. Ela causa lesões no labirinto membranoso. O quadro clínico conta com vertigem, zumbido e perda auditiva ipsilateral. Essa doença conta com episódios de remissão e ataque e intensidade variável. O nistagmo aparece durante as crises, sendo de característica periférica (horizontal e que sempre pende para o lado acometido). A perda auditiva é flutuante, neurossensorial, progressiva e que pode levar a surdez. O tratamento é feito com a betaistina ou cirúrgico (tem diminuído a necessidade). Fale Síndrome de Desequilíbrio do Idoso? Desequilíbrio, Instabilidade na marcha, Propensão a quedas, Alterações posturais, Outras "presbi" concomitantes, Síndrome geriátrica, perda de capacidade funcional do equilíbrio; Exame Físico: Marcha - velocidade reduzida, comprimento da passada e cadência diminuídos, diminuição da altura do passo, aumento
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