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2019/1 – ANÁLISE DE SINAIS E SIST. – ROTEIRO P/ ESTUDO DIRIGIDO #1 – UNISUAM Página 1 de 8 CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA – UNISUAM SEMESTRE LETIVO: 2019/1 DISCIPLINA: ANÁLISE DE SINAIS E SISTEMAS TURMA: ELT0701N Prof. Vinicius Coutinho Grupo nº: ____________________ Data: _______/________/________ Componentes do grupo: 1 - ____________________________________________________________________________________________________ 2 - ____________________________________________________________________________________________________ 3 - ____________________________________________________________________________________________________ ************************************************************************************ ***** ROTEIRO PARA ESTUDO DIRIGIDO #1 (Aula #04) ***** ************************************************************************************ 1. Orientações Gerais Fazer a leitura deste material. Resolver, em grupo (até 03 alunos), os exercícios que constam neste material, dentro do tempo estipulado (indicado no quadro). Alguns exercícios têm suas respostas indicadas ao final deste material. Ao final, cada grupo será sorteado para ir ao quadro explicar uma questão para a turma. 2. (Parte 1) Valor médio de uma forma de onda Já discutimos em sala de aula que o valor médio (valor DC) de um sinal periódico pode ser determinado através do cálculo da área da função que representa este sinal no intervalo de tempo de um período. Em outras palavras, o valor médio de um sinal periódico pode ser obtido numericamente através da integral da função que representa este sinal. Assim, o valor médio, VDC, de um sinal de tensão v(t) cujo período seja T é formalmente definido como: 𝑉𝐷𝐶 = 1 𝑇 ∫ 𝑣(𝑡) 𝑇 0 𝑑𝑡 Eq.1 Aliás, em qualquer intervalo fechado diferente de T, a forma de cálculo é similar. Para um intervalo entre a e b, temos que: 𝑉𝐷𝐶 = 1 𝑏−𝑎 ∫ 𝑣(𝑡) 𝑏 𝑎 𝑑𝑡 Eq.2 Um sinal alternado, por definição, possui valor médio igual à zero. Por exemplo, seja uma senoide perfeita com amplitude (valor de pico) igual à Vm. Substituindo-se, na Eq.1, T pelo intervalo de um ciclo completo da senoide, que é 2, temos que: 2 0 )( 2 1 dsenVV mDC 2 0 )( 2 dsen V V mDC πm DC θ π V V 2 0cos 2 )0cos(2cos 2 π V V mDC )0cos2cos 2 π V V mDC 11 2 π V V mDC VDC = 0. Exercício (1): Sejam as formas de onda das Figuras 1(a)(e). Calcule o valor médio das mesmas. 2019/1 – ANÁLISE DE SINAIS E SIST. – ROTEIRO P/ ESTUDO DIRIGIDO #1 – UNISUAM Página 2 de 8 (a) (b) (c) (d) (e) Figura 1: formas de onda do exercício 1 2019/1 – ANÁLISE DE SINAIS E SIST. – ROTEIRO P/ ESTUDO DIRIGIDO #1 – UNISUAM Página 3 de 8 Exercício (2): Sejam os sinais de tensão gerados por duas fontes chaveadas mostrados nas Figuras 2(a) e 2(b). Determine os valores DC e as frequências destes sinais. (a) (b) Figura 2: sinais de tensão do exercício 2 3. (Parte 2) Séries de Fourier 3.1. Introdução Ao estudarmos sinais compostos, vimos que ondas não senoidais podem ser obtidas pela combinação de ondas senoidais especificamente relacionadas. Seja uma onda senoidal de frequência f1, f1 = (1/T). Chama-se f1 de frequência fundamental. Já uma senoide de frequência fn = (n × f1) é denominada n-ésima harmônica (ou harmônica de n-ésima ordem) da fundamental, onde n é um número inteiro positivo. Toda função periódica pode ser decomposta numa soma de senoides (ou de cossenoides) com frequências, fases e amplitudes adequadas. Esta soma de senoides é conhecida como série de Fourier do sinal. Na Aula 03 examinamos a decomposição de um sinal periódico quadrado em sua senoide de frequência fundamental somada a seus harmônicos ímpares (revise os slides desta aula, caso necessário). Outro exemplo, ilustrado na Figura 3, é a decomposição de um sinal periódico dente de serra (sawtooth waveform) até a harmônica 2019/1 – ANÁLISE DE SINAIS E SIST. – ROTEIRO P/ ESTUDO DIRIGIDO #1 – UNISUAM Página 4 de 8 de 4ª ordem. Se a série não fosse truncada (isto é, se houvesse infinitos termos senoidais ou cossenoidais), obter-se-ia uma forma de onda dente de serra perfeita. Figura 3: decomposição da onda dente de serra em quatro termos senoidais Genericamente, a série de Fourier de um sinal v(t) é descrita na forma trigonométrica conforme a Eq.3: 𝑣(𝑡) = 𝐶0 + 𝐶1cos(𝜔1𝑡 + 𝜙1) + 𝐶2cos(2𝜔1𝑡 + 𝜙2) + ⋯ Eq.3 onde C0 representa o nível DC (constante) do sinal; 1 é a frequência angular fundamental; Cn são os coeficientes (amplitudes) dos n termos cossenoidais, e; n são os ângulos de fase respectivos a cada termo cossenoidal. Podemos, também, reescrever a Eq.3 na forma compacta, tal qual na Eq.4: 𝑣(𝑡) = 𝐶0 +∑ 𝐶𝑛cos(𝑛𝜔1𝑡 + 𝜙𝑛) ∞ 𝑛=1 Eq.4 3.2. Domínio da frequência Na Aula 03, verificamos que se cada amplitude (coeficiente) Cn da série de Fourier for plotada sobre um eixo de frequências, obtém-se um espectro discreto de amplitudes; ou seja, do ponto de vista do domínio da frequência, os termos da série de Fourier não se misturam. Representar sinais no domínio da frequência é conveniente em várias situações. Por exemplo, em algumas medições, como ruídos ou distorção harmônica, é difícil quantificar apenas inspecionando a forma de onda do tempo. Quando o mesmo sinal é mostrado no domínio da frequência, torna-se fácil medir as frequências harmônicas e as amplitudes. A Figura 4 ilustra como se dá a transformação de um sinal representado no domínio do tempo para o domínio da frequência. Na Figura 4(a), observa-se o sinal no domínio do 2019/1 – ANÁLISE DE SINAIS E SIST. – ROTEIRO P/ ESTUDO DIRIGIDO #1 – UNISUAM Página 5 de 8 tempo, tal como na tela de um osciloscópio, e na Figura 4(b) o que seria sua decomposição em n senoides (a fundamental, cuja frequência é 1, e as harmônicas, cujas frequências são 2, 3 ... n). As n componentes senoidais plotadas tridimensionalmente sobre os eixos de tempo e frequência são mostradas na Figura 4(c). Tomando-se as amplitudes (Cn) de cada componente e as plotando no plano frequência amplitude, produz-se o gráfico da Figura 4(d) (“espectro discreto de amplitudes”). (a) (b) (c) (d) Figura 4: transformação do sinal do domínio do tempo para o domínio da frequência Exercício (3): Esboce a representação no domínio da frequência dos sinais apresentados nas Figuras 5(a)(c). (a) (b) (c) Figura 5: sinais do exercício 3 2019/1 – ANÁLISE DE SINAIS E SIST. – ROTEIRO P/ ESTUDO DIRIGIDO #1 – UNISUAM Página 6 de 8 Exercício (4): Esboce a representação no domínio da frequência do sinal dente de serra da Figura 3. Exercício (5): Descreva a série de Fourier do sinal da Figura 5(c): (a) na forma trigonométrica genérica; (b) na forma trigonométrica compacta (isto é, usando o operador ). 3.3. Cálculo dos coeficientes de Fourier A forma trigonométrica compacta da série de Fourier, mostrada na Eq.4, pode ser reescrita de modo ligeiramente diferente – vide Eq.5: 𝑣(𝑡) = 𝐶0 +∑ (𝐴𝑛 cos 𝑛𝜔1𝑡 − 𝐵𝑛sen𝑛𝜔1𝑡) ∞ 𝑛=1 Eq.5 Na Eq.5, em lugar de se descrever a amplitude Cn e a fase n de cada componente, descrevem-se as amplitudes reais An (respectivas aos termos cossenoidais) e imaginárias Bn (respectivas aos termos senoidais). A Figura 6 relembra a relação trigonométrica básica entre o ângulo de um vetor e a projeção do mesmo sobre os eixos real e imaginário no ciclo trigonométrico. Na prática, é mais fácil se determinar An e Bn do que Cn e n. Figura 6: relação entre o coeficiente de Fourier (Cn) e as componentes real (An) e imaginária (Bn) Para se calcular o coeficiente C0 na Eq.5, adapta-se a Eq.1: 𝐶0 = 1 𝑇 ∫ 𝑣(𝑡) 𝑡+𝑇 𝑡 𝑑𝑡 Eq.6 Os coeficientes An e Bn são determinados conforme as equações Eq.7e Eq.8: 𝐴𝑛 = 2 𝑇 ∫ 𝑣(𝑡)cos(2𝜋 × 𝑛 × 𝑓1) 𝑡+𝑇 𝑡 𝑑𝑡 Eq.7* 𝐵𝑛 = − 2 𝑇 ∫ 𝑣(𝑡)sen(2𝜋 × 𝑛 × 𝑓1) 𝑡+𝑇 𝑡 𝑑𝑡 Eq.8* (*explicação detalhada em GLOVER, 2000) Caso necessário, é possível obter Cn e n a partir do cálculo de An e Bn: 𝐶𝑛 = √𝐴𝑛 2 + 𝐵𝑛 2 Eq.9 𝜙𝑛 = 𝑡𝑎𝑛 −1 ( 𝐵𝑛 𝐴𝑛 ) Eq.10 Exercício (6): Seja o sinal da Figura 7 (trem de pulsos retangular). Determine o valor médio (C0) do mesmo. 2019/1 – ANÁLISE DE SINAIS E SIST. – ROTEIRO P/ ESTUDO DIRIGIDO #1 – UNISUAM Página 7 de 8 Figura 7: trem de pulsos retangular No sinal da Figura 7, para cálculo do coeficiente A1 aplica-se a Eq.7, conforme segue: 𝐴1 = 2 0,01 ∫ 3cos(2𝜋 × 1 0,01 𝑡) 0,002 0 𝑑𝑡 = 600 [ 𝑠𝑒𝑛(2𝜋100𝑡) 2𝜋100 ] 0 0,002 = 0,9082 V. Exercício (7): Seja o sinal da Figura 7. Calcule o coeficiente A2 do mesmo. Para se calcular os coeficientes B1 e B2, aplica-se a Eq.8. A resolução é similar à acima exemplificada, mas cabe lembrar que a integral de uma função sen(x)dx é [cos(x)]. Exercício (8): Seja o sinal da Figura 7. Calcule os coeficientes B1 e B2 do mesmo. Exercício (9): A partir dos valores de A1, A2, B1 e B2 acima determinados, calcule os coeficientes de amplitude C1 e C2 (empregando a Eq.9) e plote-os sobre o eixo de frequências (juntamente com C0, calculado no exercício 6). Exercício (10): A partir dos valores de A1, A2, B1 e B2 acima determinados, calcule os coeficientes de fase 1 e 2 (empregando a Eq.10). 4. Comentários finais Figura 8: o professor agradece. 2019/1 – ANÁLISE DE SINAIS E SIST. – ROTEIRO P/ ESTUDO DIRIGIDO #1 – UNISUAM Página 8 de 8 5. Respostas selecionadas o Exercício (1): (a) VDC = 0; (b) VDC = (A/2); (c) VDC = 23 V; (d) VDC = 10 V; (e) VDC = 5 V. o Exercício (5): (a) v(t) = 15 + 10 sen 16t + 5 sen 32t [volts]. o Exercício (6): C0 = 0,6 V. o Exercício (7): A2 = 0,2806 V. o Exercício (8): B1 = 0,6599 V; B2 = 0,8637 V. o Exercício (9): C1 = 1,1226 V; C2 = 0,9081 V. o Exercício (10): 1 = 0,6284 rad; 2 = 72°. 6. Referências Bibliográficas DE OLIVEIRA, V. C. Disciplina: Análise de Sinais e Sistemas (slides da aula 02). Rio de Janeiro: UNISUAM, 2018. Disponível no ambiente do aluno. __________. Disciplina: Análise de Sinais e Sistemas (slides da aula 03). Rio de Janeiro: UNISUAM, 2018. Disponível no ambiente do aluno. GLOVER, I., GRANT, P. Digital Communications. Inglaterra: Ed. Prentice Hall, 2000. Disponível no ambiente do aluno, na pasta “\MATERIAL DE APOIO”. NATIONAL INSTRUMENTS. Ensinando conceitos difíceis: domínio da frequência em medições. National Instruments Corporation, 2016. Disponível em https://www.ni.com/white-paper/13419/pt/#toc1.
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