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TRABALHO DE DIREITO TRIBUTÁRIO Nicoly Santos Quaresma 01435364 1) Qual é o fator de incidência do Imposto Predial e Territorial Urbano? Inicialmente, é necessário compreender o significado de tributo, de acordo com o artigo 3º da lei n. 5.172, conhecida como Código Tributário Nacional (CTN), tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída por lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Os tributos podem ser impostos, taxas e contribuições de melhoria. No contexto dos impostos, a palavra "imposto" em si pode ser entendida como algo colocado ou imposto a alguém, algo que se obrigou a aceitar ou realizar. No âmbito do Código Tributário, a definição de imposto é aquele cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relacionada ao contribuinte. Quanto à incidência dos impostos, ela pode ser pessoal, como no caso do imposto de renda, ou real, como no caso do IPTU. Pois bem. O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) está previsto no artigo 32 do CTN e no artigo 156, inciso I, da Constituição Federal. Essas normas estabelecem a competência tributária dos municípios para instituir e fiscalizar o IPTU. No que diz respeito ao contribuinte, aquele que é responsável pelo pagamento do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o possuidor a qualquer título. Por fim, o fato gerador do IPTU é a propriedade (residências, estabelecimentos comerciais, industriais, terrenos e chácaras), posse ou domínio útil de imóvel localizado em zona urbana, conforme definido pela legislação municipal. Esse fato gerador é a condição principal para a incidência do imposto. Quanto as propriedades localizadas em área rural, cabe aos contribuintes o pagamento do Imposto sobre a Propriedade Rural (ITR) que é um tributo de competência da União. 2) Qual a Classificação do IPTU? De antemão, é necessário esclarecer as classificações dos tributos, que são: diretos, indiretos, adicionais, fixos, proporcionais, progressivos, regressivos, reais, pessoais, extrafiscais, parafiscais e fiscais. Os tributos diretos são aqueles em que não há possibilidade de repassar o ônus tributário para terceiros, enquanto os tributos indiretos não necessariamente são suportados pelo contribuinte de direito, designado pela lei para pagar o imposto, ou seja, pode ser repassada para terceiros. Quando o fato gerador de um tributo é representado pelo pagamento de outro imposto, caracteriza-se um adicional. Já o tributo fixo possui seu valor determinado em uma quantia certa, independentemente de cálculos. O tributo proporcional é estabelecido como uma porcentagem única incidente sobre o valor da matéria tributável, resultando em um aumento do valor do imposto apenas quando a base de cálculo aumenta, não levando em conta a capacidade econômica daquele que suportará o ônus fiscal. A classificação real abrange os impostos sobre o patrimônio, enquanto a classificação pessoal se refere a impostos que estabelecem diferenças tributárias com base em condições inerentes ao contribuinte. Por fim, temos os tributos extrafiscais, parafiscais e fiscais. O tributo extrafiscal não visa apenas a arrecadação, mas também busca corrigir anomalias. O tributo parafiscal é cobrado por entidades autônomas, órgãos paraestatais, profissionais ou sociais, para financiar sua própria estrutura. Já o tributo fiscal tem como função principal a arrecadação de valores para compensar as despesas públicas. Diante do exposto, pode-se afirmar que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é classificado como fiscal, real e direto. O IPTU tem como principal finalidade a arrecadação de recursos para os municípios, utilizados para financiar despesas públicas municipais, como infraestrutura urbana, saúde, educação e segurança. Ele incide sobre a propriedade predial e territorial urbana, ou seja, é direcionado a imóveis. O contribuinte é a pessoa física ou jurídica que possui a propriedade, posse ou domínio útil do imóvel sujeito à tributação, sendo a obrigação tributária diretamente atribuída ao proprietário do imóvel. Vale ressaltar que, além dessas classificações, o IPTU é regulamentado pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 156, inciso I, e pelo Código Tributário Nacional, em seu artigo 32. 3) Quais são os requisitos legais para a cobrança do IPTU? Segundo o artigo 32 do Código Tributário Nacional (CTN), a cobrança do IPTU ocorre quando o imóvel atende a pelo menos um dos critérios a seguir, que são estabelecidos ou mantidos pelo poder público: presença de meio-fio ou calçamento com canalização de águas pluviais; provisão de abastecimento de água; existência de sistema de esgotos sanitários; disponibilidade de rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; existência de escola primária e/ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 km. Ademais, a base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. Pois bem. Para a cobrança do IPTU, são necessários alguns elementos fundamentais. O primeiro é a condição de propriedade, posse ou domínio útil de um imóvel. Outro requisito importante é a existência de uma base de cálculo para determinar o valor do imposto devido, a qual, geralmente, é estabelecida com base no valor de mercado. Além disso, o imóvel deve estar localizado na zona urbana. Por fim, é essencial a definição de uma alíquota, que é a porcentagem aplicada sobre a base de cálculo para calcular o valor do imposto. A alíquota do IPTU é determinada pela legislação municipal e pode variar de acordo com o município, a localização e as características do imóvel. Dessa forma temos: zona urbana, fato gerador, base de cálculo e alíquotas. Referência: FERRAGUT, Maria Rita. Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. Disponível em: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/291/edicao-1/imposto-sobre-a-propriedade-predial-e-territorial-urbana. Acessado em 03 de junho de 2023. MOTA, Douglas; TOSCHI, Caio. IPTU: Entenda como funciona e como é calculado por municípios. Disponível em: https://www.jota.info/tributos-e-empresas/tributario/iptu-entenda-como-funciona-e-como-e-calculado-por-municipios-13052021#:~:text=Alguns%20dos%20fatores%20considerados%20para,e%20a%20idade%20da%20constru%C3%A7%C3%A3o. Acessado em 03 de junho de 2023. OLIVEIRA, Ricardo Pereira. Impostos: definições, características, doutrina e jurisprudência. Disponível em: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/impostos-definicoes-caracteristicas-doutrina-e-jurisprudencia/#:~:text=Classifica%C3%A7%C3%B5es%20dos%20Impostos,fixos)%20e%20quanto%20%C3%A0%20seletividade. Acessado em 04 de junho de 2023. NOVO, Benigno Núñez. A cobrança correta do IPTU. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11132/A-cobranca-correta-do-IPTU. Acessado em 04 de junho de 2023. Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm.
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