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Slides de Aula Unidade III POLITICA SOCIAL NO BRASIL

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Profa. Ma. Silmara Quintana
UNIDADE III
Política Social no Brasil
 Na Unidade III apresentaremos as políticas setoriais: educação, habitação, 
justiça e segurança.
 Discutiremos a saúde mental.
 A intervenção junto às famílias como segmento que requer a atenção 
especial do SSO.
 E, por fim, uma perspectiva analítica sobre as 
políticas sociais.
As políticas setoriais
 “O modelo clássico de atenção em saúde mental foi a construção e manutenção 
de grandes asilos psiquiátricos que demonstraram sua incapacidade de tratar e de 
respeitar os direitos dos portadores de transtorno mental” (DIAS, 2012, p. 3).
 1852: primeiro hospício do país, o Hospício Dom Pedro II. 
 Lei Federal de Assistência aos Alienados n. 1.132, de 22 de dezembro de 1903.
 República Velha – Política Sanitarista.
 Décadas de 1930 e 1940: várias iniciativas para atenção 
à saúde mental, sempre de forma asilar.
 1960: a criação da Clínica Pinel, em Porto Alegre/RS.
As políticas sociais setoriais: saúde mental
 1967 a 1970: 18 municípios com ambulatórios de saúde mental.
 1978: Plano Integrado em Saúde Mental – ainda que rudimentar do entendimento 
de que o doente mental precisa de outros saberes e de outras ações além do 
padrão oferecido pelo hospital e que estava respaldado no saber médico e na 
utilização de medicamentos.
 Década de 1970: Movimento Sanitário, ainda tínhamos 80.000 leitos em 
instituições psiquiátricas.
 Lei Paulo Delgado/2001: tratamento psiquiátrico ambulatorial.
 1989: Santos/SP: intervenção psiquiátrica em meio aberto.
 Centros de Atenção Psicossocial – CAPs: 
“desospitalização”, abrange doente mental, doença 
mental e uso e abuso de SPA.
As políticas sociais setoriais: saúde mental
 O assistente social e a atuação em saúde mental.
 CFESS: “Parâmetros para Atuação dos Assistentes Sociais na Política de Saúde”.
 A qualificação de práticas humanas e de qualidade em prol do doente mental. 
A intervenção deve:
 mobilizar o movimento da reforma psiquiátrica;
 interdisciplinaridade sem perder a identidade profissional;
 atenção às famílias;
 articulação da rede no território; 
 qualificar práticas que favoreçam a participação e o 
controle social.
As políticas sociais setoriais: saúde mental
 CF 1988: art. 205: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho.”
 Art. 208 
I. “ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não 
tiveram acesso na idade própria;
II. progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade 
ao ensino médio;
As políticas sociais setoriais: educação
III. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV. atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V. acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um;
VI. oferta de ensino noturno regular, adequado às 
condições do educando;
As políticas sociais setoriais: educação
VII. atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e 
assistência à saúde.
 § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
 § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta 
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
 § 3º Compete ao poder público recensear os educandos 
no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, 
junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola” 
(BRASIL, 1988).
As políticas sociais setoriais: educação
 1996: Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
 Educação Básica – Educação Infantil.
 Ensino Fundamental – municípios.
 Ensino Médio – Estado.
Os assistentes sociais na educação???
 O documento “Serviço Social na Educação” coloca que a escola é uma espaço em 
que temos a expressão de várias expressões da questão social. 
As políticas sociais setoriais: educação
“[...] principalmente no processo de inclusão 
social de crianças e adolescentes em idade 
escolar” (CFESS, 2001, p. 12). 
Funções do assistente social na prática junto às unidades de ensino: 
 Pesquisa de natureza socioeconômica e familiar para a caracterização da 
população escolar.
 Elaboração e execução de programas de orientação sociofamiliar, visando a 
prevenir a evasão escolar e melhorar o desempenho e o rendimento do aluno e 
sua formação para o exercício da cidadania.
 Participação, em equipe multidisciplinar, da elaboração 
de programas que visem a prevenir a violência, o uso de 
drogas e o alcoolismo, bem como visem a prestar 
esclarecimento e informações sobre doenças 
infectocontagiosas e demais questões de saúde pública.
As políticas sociais setoriais: educação
 Articulação com instituições públicas, privadas, assistenciais e organizações 
comunitárias locais, com vistas ao encaminhamento de pais e alunos para 
atendimento de suas necessidades.
 Realização de visitas sociais com o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da 
realidade sociofamiliar do aluno, de forma a possibilitar assisti-lo e encaminhá-lo 
adequadamente.
 Elaboração e desenvolvimento de programas específicos nas escolas onde 
existem classes especiais.
 Empreender e executar as demais atividades pertinentes 
ao Serviço Social, previstas nos artigos 4º e 5º, da Lei 
8662/93 (CFESS, 2001, p. 13).
As políticas sociais setoriais: educação
As políticas sociais setoriais: educação
Escola e o espaço social 
em que está vinculada: a 
escola como espaço de 
inclusão social e a escola 
como instância de 
gestão democrática. 
Subsídios para atuação dos assistentes 
sociais na Política de Educação (BRASIL, 
2014).
É necessário que o profissional faça uma 
análise crítica da realidade, compreendendo 
sua atuação no campo educacional como 
uma prática desenvolvida junto às 
expressões da questão social. 
Atuação em prol da garantia do acesso e da 
permanência na área educacional, efetivação 
de espaços de gestão democrática e da 
qualidade da educação. 
 Reafirma, portanto, a compreensão de que o trabalho do/a assistente social, no 
campo da educação, não se restringe ao segmento estudantil e nem às 
abordagens individuais. Envolve também ações junto às famílias, aos professores 
e professoras, aos demais trabalhadores e trabalhadoras da educação, aos 
gestores e gestoras dos estabelecimentos públicos e privados, aos/às profissionais 
e às redes que compõem as demais políticas sociais, às instâncias de controle 
social e aos movimentos sociais, ou seja, ações não só de caráter individual, mas 
também coletivo, administrativo-organizacional, de investigação, de articulação, de 
formação e capacitação profissional (CFESS, 2014, p. 38).
As políticas sociais setoriais: educação
Qual o movimento que garante direito às pessoas com comprometimento na 
área de saúde mental e o que os profissionais de Serviço Social devem 
manter sempre mobilizado?
a) Higienização.
b) Sanitarismo.
c) Controle social.
d) Reforma Psiquiátrica.
e) Movimento Sanitário.
Interatividade
Qual o movimento que garante direito às pessoas com comprometimento na 
área de saúde mental e o que os profissionais de Serviço Social devem 
manter sempre mobilizado?
a) Higienização.
b) Sanitarismo.
c) Controle social.
d) Reforma Psiquiátrica.
e) Movimento Sanitário.
Resposta
 CFESS 2016: “Atuação dos Assistentes Sociais na Política Urbana: subsídios 
para reflexão”.
 Desde os primórdios no Brasil, temos uma diferenciação no que diz respeito ao 
acesso da habitação, separando ricos e pobres e dificultando o acesso da 
população pobre à 
habitação.
As políticas sociais setoriais: habitação 1850: Lei de Terras: regulamentava compra e venda.
 Saneamento das áreas urbanas.
 Getúlio Vargas: ações para erradicar as ocupações
irregulares.
 Institutos de Aposentadoria e Pensão Social – IAPS: 
acesso à compra de casa para os trabalhadores.
 Governo Dutra: Fundação Leão XIII: atuação dos 
moradores de favelas.
 Fundação da Casa Popular: acesso à moradia.
 1956: Lei 2875: repasse de recursos para que os Estados pudessem intervir de 
forma a acabar com as favelas por meio da construção e da cessão de casas para 
aqueles que morassem em tais locais.
 1964: Banco Nacional de Habitação – BNH: financiava habitação para 
trabalhadores e ofereceu a possibilidade de adquirir residências por meio do saque 
do FGTS. O BNH não fazia concessões de habitações, mas funcionava como um 
“banco” que financiava o acesso para aqueles que pudessem pagar.
 1986: extinto o BNH.
As políticas sociais setoriais: habitação
 1988: Constituição Federal, por meio dos artigos 182 e 183, destaca a 
necessidade de política de desenvolvimento urbano com o objetivo de 
proporcionar o pleno desenvolvimento da política urbana. 
 1990: Caixa Econômica Federal passou a ser então o agente financiador das 
moradias para o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.
 Governo de Fernando Henrique Cardoso: foi criado o programa Pró-Moradia para 
viabilizar residências a famílias de baixa renda com o aporte ao FGTS.
 2003: o Governo Lula criou o Ministério das Cidades 
que deveria humanizar as cidades por meio da 
garantia de saneamento e transporte de qualidade e 
questão habitacional.
As políticas sociais setoriais: habitação
 2008: foi criado o programa Minha Casa, Minha Vida, pela Lei 11.977: um 
programa vinculado à habitação de interesse social. 
 2009: recursos da esfera federal foram encaminhados para as esferas estaduais e 
municipais visando à urbanização em assentamentos precários.
As políticas sociais setoriais: habitação
 Nós, como assistentes sociais, precisamos sempre defender o direito e o acesso 
dos segmentos mais vulneráveis à habitação, que não se limita ao acesso à casa, 
mas comporta também o entorno das residências (CFESS, 2016).
As políticas sociais setoriais: habitação
Foi no interior dessa institucionalidade que o(a) assistente 
social foi demandado, como trabalhador inserido na divisão 
sociotécnica do trabalho, a exercer atividades profissionais de 
controle e higienismo social junto às famílias pobres urbanas 
moradoras das favelas, por meio de ações de serviços sociais 
pontuais e de desenvolvimento de comunidade (AMMANN, 
1987). Além disso, esse(a) profissional era chamado a 
participar na organização e no acompanhamento de processos 
de remoção e reassentamento dessas famílias em grandes 
conjuntos habitacionais, construídos em áreas periféricas e 
segregadas da malha urbana (CFESS, 2016, p. 34).
Fundação Leão XIII
 Os profissionais foram novamente convidados a colaborar com o desenvolvimento 
da nação em meados dos anos 1950/1960 quando tivemos o surgimento do 
método de desenvolvimento de comunidade. Essa metodologia pressupunha o 
assistente social como agente motivador do desenvolvimento de regiões urbanas e 
rurais e provieram dos convênios firmados entre o Estado brasileiro e o Estado 
norte-americano. Esse vínculo permitiu grande parceria com a Organização dos 
Estados Americanos (OEA) que buscou, por sua vez, impulsionar o 
desenvolvimento econômico do país. 
As políticas sociais setoriais: habitação
 O trabalho social da época tinha um caráter mais “administrativo”, pois se 
preocupava com a seleção da demanda, o acompanhamento da adimplência dos 
mutuários e a organização comunitária, especialmente com a constituição de 
Associações de Moradores nos Conjuntos Habitacionais, para que essas 
pudessem administrar os espaços comunitários construídos nos conjuntos 
habitacionais (centros comunitários por meio de comodatos) (PAZ e TAOADA, 
2010, p. 46 apud ABEPSS, 2016, p. 37).
As políticas sociais setoriais: habitação
As políticas sociais setoriais: habitação
Nesses espaços, o objetivo era organizar e orientar 
mutuários. Possivelmente devido a isso, a prática dos 
profissionais era mais crítica e sempre esteve voltada à 
conscientização dos beneficiários do BNH. Essa perspectiva 
crítica foi ampliada pelos profissionais nos anos 1980, tanto 
nos institutos quanto no BNH e em outros projetos 
habitacionais. Também mostraram-se importantes 
profissionais em “[...] mutirões, na urbanização de 
assentamentos, na oferta de lotes urbanizados, na 
regularização fundiária e urbanística, nos projetos de 
instalação e funcionamento de redes de água e esgoto” 
(CFESS, 2016, p. 38), aliás, algo comum aos profissionais 
atuantes na área habitacional também durante os anos 1980 
e 1990.
Instituto de Orientação 
às Cooperativas 
Habitacionais de São 
Paulo (INOCOOP-SP)
 Anos 1990
As políticas sociais setoriais: habitação
A intervenção estaria voltada à informação e à 
educação das famílias atendidas visando ao 
desenvolvimento social e comunitário, ou melhor 
dizendo, nesses programas, os assistentes sociais: “[...] 
impuseram o desenvolvimento de atividades de caráter 
informativo, educativo e de promoção social, visando ao 
desenvolvimento comunitário e à sustentabilidade do 
empreendimento” (CFESS, 2016, p. 39). Ainda nos anos 
1990 foram criados os programas Habitar Brasil BID, 
Favela Bairro e Morar Melhor; também direcionados ao 
acesso à habitação, à regularização das favelas e 
ocupações. Nesses espaços, os profissionais também 
desenvolveram ações de conscientização, de 
mobilização popular e até mesmo auxiliaram em 
situações de regularização fundiária. 
Brasil e Banco 
Interamericano de 
Desenvolvimento (BID) e 
o Banco Mundial
As políticas sociais setoriais: habitação
Caixa Econômica Federal
Caderno de Orientação 
do Técnico Social 
“[...] o trabalho do/a assistente social na 
política urbana depara-se com as 
contradições e desafios no enfrentamento 
à violação e na defesa do acesso aos 
direitos, tendo em vista os programas 
urbanos que são implementados ao 
arrepio da política” (CFESS, 2016, p. 40).
Qual o principal objetivo da intervenção do profissional de Serviço Social na área da 
educação e habitação descrito nesse bloco?
a) Educativo.
b) Fiscalizador.
c) Desenvolvimentista.
d) Garantir o direito à inclusão social.
e) Judicializador.
Interatividade
Qual o principal objetivo da intervenção do profissional de Serviço Social na área da 
educação e habitação descrito nesse bloco?
a) Educativo.
b) Fiscalizador.
c) Desenvolvimentista.
d) Garantir o direito à inclusão social.
e) Judicializador.
Resposta
 Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Execução Penal e Sistema 
Prisional, Execução de Medidas Socioeducativas, Segurança Pública, Políticas 
Públicas de Segurança, Acolhimento Institucional, Forças Armadas e 
Corporações Militares.
As políticas sociais setoriais: justiça 
 2014: CFESS: “Atuação dos Assistentes Sociais no Sociojurídico: 
subsídios para reflexão”.
 2001: práticas do Judiciário e do sistema prisional foram nomeadas pelo 
termo “sociojurídico”.
 Década de 1930.
 Assistentes sociais foram nomeadas para atuarem junto 
ao Juizado de Menores e Comissários de Menores.
As políticas sociais setoriais: justiça 
 1979: assistentes sociais atuavam, ainda, com os Comissários de Menores –
Código de Menores.
 1990: ECA – assistentes sociais – Vara da Infância e Juventude das Comarcas.
As políticas sociais setoriais: justiça 
“[...] tribunais, nos Ministérios Públicos, nas 
instituições de cumprimento de medidas 
socioeducativas, nas Defensorias Públicas, nas 
instituições de acolhimento institucional, entre 
outras” (CFESS, 2014, p. 13).
 Novos campos socio-ocupacionais – espaço sociojurídico.
 1984: Lei das Execuções Penais.
 1998: Ministério Públicoe Defensoria Pública.
As políticas sociais setoriais: justiça 
Na Justiça Estadual, a prática do assistente social está 
orientada a “[...] elaboração de documentos técnicos, 
laudos e pareceres” (CFESS, 2014, p. 41), ao passo que, 
na Justiça Federal, os profissionais “[...] se voltam ao 
atendimento de servidores/as e magistrados/as” (CFESS, 
2014, p. 41). Na Justiça Estadual, os profissionais atuam, 
ainda, na instrução de processos. 
 Medidas socioeducativas: constituem, segundo o Estatuto da Criança e do 
Adolescentes, medidas aplicáveis a adolescentes que cometem ato infracional: 
advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, 
liberdade assistida, semiliberdade e internação.
As políticas sociais setoriais: justiça 
Interface entre as políticas
SINASE
 Na Segurança Pública, temos poucos profissionais.
 Polícia Federal e Delegacia de Polícia e para atendimento aos usuários como no 
caso da Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
 Programa de Proteção e Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas 
(Provita), Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte 
(PPCAAM) e Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos 
Ameaçados de Morte (PPDDHAM).
As políticas sociais setoriais: segurança
 Forças Armadas e nas Corporações Militares. O CFESS (2014) destaca que como 
Corporações Militares estão se referindo à Polícia e ao Corpo de Bombeiros.
As políticas sociais setoriais: segurança
“[...] atuam, de modo geral, nos serviços de saúde das 
corporações ou, ainda, diretamente nas áreas de recursos 
humanos das instituições. A atuação nos hospitais está 
voltada para o acompanhamento de pacientes militares e 
familiares destes, a mediação de conflitos e programas de 
prevenção à dependência química. Já na área de recursos 
humanos, está voltada para a administração e concessão 
de benefícios, orientação de militares ativos/as ou 
inativos/as, atendimento e orientação a pensionistas” 
(CFESS, 2014, p. 102).
 Não existe uma política social de atenção à família, mas ações desenvolvidas 
pelas políticas sociais junto às famílias.
 Desde o início, os assistentes sociais atuam junto às famílias.
 A princípio ocorreu a ação junto à família operária. Nesse período, o objeto de 
ação dos profissionais era a mudança da família operária e seu ajustamento a 
padrões tidos como normais e aceitos socialmente pela classe burguesa.
 Nessa fase, o método era o Serviço Social de Caso.
O assistente social e a ação junto à família
A prática terapêutica junto às famílias, na 
lógica da terapia sistêmica, era comum, 
mas com o aporte ao marxismo começou a 
mudar a forma dos profissionais 
perceberem a realidade.
 Entre 1980 e 1990, não se fala mais em ação junto às famílias.
 A partir de 2000, a família passou a ser enfatizada pelas próprias políticas sociais, 
demandando assim a ação do assistente social.
 Família “é construída e reconstruída histórica e cotidianamente, através de 
relações e negociações que estabelece entre seus membros”
(MIOTO, 2010, p. 167).
O assistente social e a ação junto à família
Famílias em seus múltiplos arranjos.
Mioto (2010) nos coloca que se compreende, assim, que a família não deve seguir 
um modelo de organização e que as demandas das famílias têm relação com o 
desenvolvimento capitalista. Precisamos considerar que a intervenção do assistente 
social junto às famílias está inscrita em três processos, sendo eles:
 Político-organizativo: compreende a relação firmada entre famílias e proteção 
social, visando à organização política das famílias na atenção de seus direitos.
 Planejamento e gestão: correspondem à necessidade de organização de serviços 
para atender as necessidades das famílias.
 Socioassistencial: refere-se às ações desenvolvidas 
diretamente com as famílias, porém essas ações, 
mesmo que ancoradas na concessão, devem buscar 
fortalecer a autonomia dos atendidos.
O assistente social e a ação junto à família
O assistente social e a ação junto à família
-Reconhecer a família como instância importante na provisão de
bem-estar e que ela, como lugar de convivência e de afetos, é 
transpassada pela questão social;
-Considerar que o conhecimento das famílias é condição para 
projetar e definir ações profissionais;
-Romper com a tradição disciplinar e higienista do trabalho social 
com famílias;
-Romper com a sobrecarga feminina no campo da reprodução social, 
condição replicada pela política social e pelo trabalho social com 
famílias;
-Propor mudanças nos diferentes planos das relações familiares, ou 
seja, para além do trabalho referente à singularidade das famílias, 
prioriza-se o trabalho no campo da avaliação e articulação das 
políticas sociais e dos serviços sociais disponíveis ou que 
necessitam estar disponíveis para atender com qualidade as 
necessidades das famílias. 
Princípios e valores da 
prática profissional junto 
às famílias (DAL PRA, 
2016, p. 8):
Como se estabelece a interface do sistema de justiça junto às políticas setoriais 
quando se tratam de adolescentes em situação de medida socioeducativa?
a) Penalizadora e criminalizadora.
b) Com relatório de acompanhamento.
c) Conforme preconiza o Sinase, ações articuladas intersetoriais.
d) Somente com a política de assistência social.
e) Os atendimentos e os acompanhamentos são realizados exclusivamente pelas 
equipes do sistema de justiça.
Interatividade
Como se estabelece a interface do sistema de justiça junto às políticas setoriais 
quando se tratam de adolescentes em situação de medida socioeducativa?
a) Penalizadora e criminalizadora.
b) Com relatório de acompanhamento.
c) Conforme preconiza o Sinase, ações articuladas intersetoriais.
d) Somente com a política de assistência social.
e) Os atendimentos e os acompanhamentos são realizados exclusivamente pelas 
equipes do sistema de justiça.
Resposta
 Funcionalismo, idealismo e marxismo: diversidade na forma de compreensão 
sobre a política social.
 O funcionalismo é uma corrente teórica que teve uma série de autores a ela 
vinculados. O mais notável dentre esses teóricos, considerado o idealizador do 
funcionalismo, foi Émile Durkheim.
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
Segundo a concepção desse autor, para que seja 
possível conhecer uma realidade, é fundamental 
que, no processo de conhecimento, o objeto a ser 
conhecido se sobreponha ao sujeito que busca 
conhecê-lo. 
 Durkheim: funcionalismo: método de conhecimento, sendo que, para o autor, esse 
método deveria ser desenvolvido por meio da observação e também da 
experimentação (empirismo faz menção à experiência sensível). 
 Os fatos normais, segundo o autor, seriam aqueles que estivessem adequados ao 
padrão imposto pela sociedade, ao passo que os fatos anormais poderiam ser 
considerados como tudo aquilo que fugisse às regras estabelecidas, ao que era 
delimitado como padrão para uma determinada sociedade (BEHRING; 
BOSCHETTI, 2010).
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
 Durkheim: funcionalismo social era entendido como sendo algo inerente à 
sociedade, algo que deve ser tido como natural dentro de uma organização social.
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
As políticas sociais seriam necessárias apenas 
como uma forma de controle para minimizar as 
possibilidades de manifestação contrárias à ordem 
social estabelecida. Apesar das políticas sociais, 
especificamente, não terem sido discutidas por 
Durkheim, tais conclusões são possíveis partindo-se 
de uma análise da obra do referido autor.
 Idealismo: Kant, Hegel e Max Weber.
 O sujeito deve sobrepor-se ao objeto que pretende conhecer.
 A realidade observada não provém de condições reais e concretas, mas se 
apresenta como sendo o resultado do pensamento dos seres humanos. Desse 
modo, nãohá influência de condições e determinações reais e objetivas na 
definição da realidade, mas do pensamento dos seres humanos (intelectivo).
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
Como não se pode conhecer a coisa em si, o 
conhecimento sempre é relativo e produto racional 
do sujeito que conhece, quando este submete 
sensações e experiências aos esquemas e às 
regras apriorísticas do pensamento à razão 
teórica (BEHRING; BOSCHETTI, 2010, p. 32). 
 A análise de Weber ainda destaca uma série de considerações sobre os 
fenômenos sociais. Segundo o autor, todos os fenômenos sociais são históricos e 
também estão relacionados à vida cultural de uma dada sociedade. A vida cultural, 
por sua vez, só existe porque provém de um ponto de vista, de algo que é 
idealizado pela sociedade.
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
 No âmbito da política, segundo Behring e Boschetti (2010), Weber postula que 
haveria a necessidade de um Estado forte para que, por meio de sua autoridade, 
pudesse gerir a vida em sociedade. O Estado estaria apoiado em uma autoridade 
e exerceria suas ações com base em critérios de justiça e com base em um corpo 
administrativo eficaz. 
 A política social, dentro desse aspecto, seria um dos mecanismos para que o 
Estado pudesse exercer suas funções. Seria um mecanismo burocrático, porém, 
permitido ao Estado para a administração da sociedade. “A política social seria um 
mecanismo institucional típico da racionalidade legal 
contemporânea” (BEHRING; BOSCHETTI, 2010, p. 36), ou 
seja, seria um mecanismo de manter a autoridade estatal.
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
 Marx.
 Assim sendo, de acordo com Behring e Boschetti (2010), o marxismo apresenta 
uma análise totalmente diferenciada das postas pelo funcionalismo e pelo ideal.
 Existe relação estabelecida entre o sujeito e o objeto, acontecendo em um 
determinado momento ou período histórico. Assim, tanto sujeito quanto objeto 
precisam ser considerados como integrantes e, portanto, influenciados pelo 
processo de desenvolvimento histórico.
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
 A perspectiva marxista ainda compreende que no processo de conhecimento da 
realidade, o pesquisador, o sujeito que se aproxima da realidade, é um sujeito 
ativo, e não passivo e alheio. Nesse sentido, segundo essa visão, tanto o sujeito é 
alterado pela pesquisa quanto o objeto também é alterado por ele. Segundo tal 
perspectiva não há “neutralidade” na produção de conhecimento (BEHRING; 
BOSCHETTI, 2010, p. 39).
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
 A compreensão da realidade demanda essencialmente uma compreensão da 
totalidade. A realidade é, em tese, resultado da totalidade de fenômenos e, 
portanto, não pode ser compreendida sob uma ótica segmentada, setorizada. 
“Totalidade significa: realidade como um todo estruturado, dialético, no qual ou do 
qual um fato qualquer (classes de fatos, conjunto de fatos) pode vir a ser 
racionalmente compreendido” (BEHRING; BOSCHETTI, 2010, p. 41).
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
Método do 
conhecimento
Método 
dialético
Múltipla 
causalidade
Totalidade
Realidade 
oculta
Concreticidade
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
Vejamos a seguir a figura que 
retrata o método de 
conhecimento, de acordo com 
a perspectiva marxista
 Behring e Boschetti (2010) asseguram que todas as análises realizadas precisam 
considerar três elementos no que concerne ao conhecimento da política social, 
sendo eles: a natureza do capitalismo, devendo-se compreender o estágio de 
desenvolvimento capitalista apresentado e as estratégias de acumulação 
constituídas; o papel adotado pelo Estado no sentido de regulamentar as políticas 
sociais; e o papel das classes sociais no sentido de estimular a organização das 
políticas sociais.
As perspectivas analíticas e teórico-metodológicas da política social
Qual perspectiva analítica e teórico-metodológica amplia a concepção da estrutura 
da política social?
a) Funcionalismo.
b) Idealismo.
c) Positivismo.
d) Marxismo.
e) Desenvolvimentismo.
Interatividade
Qual perspectiva analítica e teórico-metodológica amplia a concepção da estrutura 
da política social?
a) Funcionalismo.
b) Idealismo.
c) Positivismo.
d) Marxismo.
e) Desenvolvimentismo.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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