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Estudo de caso Diabetes Mellitus

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Karolinne Rodrigues Silva Lemes – 12011ENF069 
 
Estudo de Caso Diabetes Mellitus 
 
Caso: Roberto, 52 anos, mecânico, procura atendimento para “check-up”. Ele é 
portador de hipertensão arterial sistêmica. Descobriu-se hipertenso há 10 anos 
e desde então em uso de Hidroclorotiazida 25 mg diariamente. Queixa-se 
apenas de fadiga ocasional, o que relaciona ao excesso de trabalho. Nunca foi 
internado. Seu pai faleceu aos 60 anos de causa desconhecida e sua mãe tem 
80 anos e sem nenhuma doença. Tem um irmão de 49 anos que faz uso de 
remédio para diabetes. Não fuma. Faz uso de 2 garrafas de cerveja, 1 vez por 
semana quando assiste ao jogo de futebol. É casado há 30 anos e tem 3 filhos 
e 6 netos. Usuário não faz exercícios regularmente, mas se mostra motivado a 
iniciar atividade física. Ao exame físico apresenta PA- 140/100 mmHg, IMC-32 
kg/m2, ausculta cardíaca normal, ausência de edema e os pulsos periféricos são 
palpáveis facilmente. O restante do exame físico é normal. O hemoglicoteste 
realizado no momento da consulta foi de 177mg/dl (usuário estava em jejum). 
 
1) Descreva como você conduziria esse caso considerando em 
detalhes: 
 
a) Controle glicêmico 
 
Para obter um plano de cuidados efetivo que contemple o controle 
glicêmico e previna outras comorbidades, é necessário focar e promover o 
autocuidado do paciente Roberto. Devido ao resultado de seu hemoglicoteste 
estar acima do recomendado, que é inferior a 100mg/dL, têm-se um possível 
diagnóstico de Diabetes Mellitus (DM). Desse modo, a assistência de 
enfermagem é crucial para ajudá-lo a manter níveis adequados de glicemia por 
meio de uma nova rotina alimentar e um bom programa de atividades físicas, 
com metas pré-estabelecidas. 
Sugere-se que o paciente Roberto utilize aplicativos, como o GLIC e 
Medisafe, para monitorar seu controle glicêmico e o uso correto de 
medicamentos. Além disso, o aplicativo Glicemiasonline pode ser uma opção útil 
para compartilhar informações sobre seu dia a dia com outros pacientes com 
diabetes. Esses aplicativos são ideais para ajudar Roberto a se adaptar a novos 
hábitos de vida. Além disso, sabendo que a atuação da equipe multiprofissional 
promove melhor controle da DM e, consequentemente, melhor controle 
glicêmico, é muito importante que a equipe de enfermagem o informe e o auxilie 
adequadamente quanto as recomendações de armazenamento, preparo e 
aplicação da insulinoterapia em caso de confirmação da hipótese diagnóstica, 
recomenda-se também envolver a família no processo de cuidado. 
 
b) Tratamento não farmacológico 
 
Roberto apresenta um índice de massa corporal (IMC) de 32 kg/m², o que 
o classifica como portador de obesidade grau I. Além disso, ele também é 
hipertenso e o resultado do seu hemoglicoteste está acima do valor 
recomendado (177mg/dL). Adicionalmente, ele não tem o hábito de praticar 
atividades físicas regularmente. Por isso, é recomendado um tratamento não 
medicamentoso, que inclui medidas para adequação nutricional e introdução de 
exercícios físicos em sua rotina, a fim de alterar seu estilo de vida sedentário e 
melhorar sua saúde geral. Para o paciente Roberto, é recomendado manter um 
índice de massa corporal (IMC) entre 22 e 27kg/m². A perda de peso é benéfica 
para melhorar o controle da glicemia, lipídios e pressão arterial em pacientes 
obesos. Além disso, pode levar à redução da necessidade de medicamentos 
antidiabéticos orais. 
 
c) Cuidado com os pés 
 
Pacientes diabéticos requerem uma atenção especial e cuidados 
redobrados com os pés. Isso se deve ao fato de que a diabetes pode afetar a 
circulação sanguínea e os nervos, comprometendo a sensibilidade da região e 
aumentando o risco de desenvolver problemas como pé diabético, úlceras e até 
mesmo amputações. É fundamental que, em todas as consultas, seja realizada 
uma avaliação completa dos pés do paciente, seguindo as quatro etapas que 
incluem a avaliação da pele, musculoesquelética, vascular (palpação dos pulsos 
periféricos, artérias tibiais anteriores e tibiais posteriores) e neurológica. O teste 
de sensibilidade com monofilamento de 10g também deve ser realizado, sendo 
considerado um sinal de risco caso o paciente não sinta um ou mais pontos, o 
que indica a perda da sensibilidade protetora. Ademais, é importante que o 
paciente diabético mantenha uma rotina de cuidados com os pés, utilizando 
calçados adequados e examinando regularmente os pés para detectar qualquer 
lesão ou anormalidade. 
 
d) Orientação nutricional e atividade física 
 
Como citado no tópico de tratamento não farmacológico, medidas de 
adequação nutricional e atividades físicas regulares contribuem para a melhora 
da saúde em geral. Sendo assim, quanto a dieta é importante que o paciente 
Roberto evite alimentos ricos em açúcares, sódio e gorduras, consuma uma dieta 
mais rica e diversificada em frutas, vegetais, grãos integrais, legumes, carnes 
magras e aumente seu consumo de água em detrimento de bebidas açucaradas. 
Roberto se mostra motivado a iniciar atividades física, sendo considerado 
um passo muito importante para melhorar sua saúde, visto que o exercício físico 
melhora o controle glicêmico, diminui os fatores de risco para doenças 
cardiovasculares e outras doenças, além de contribuir para a perda de peso. 
Para pessoas na faixa etária do Roberto, é recomendável combinar exercícios 
aeróbicos e de resistência muscular diariamente. Durante a consulta, é 
importante selecionar uma atividade que o paciente goste para aumentar as 
chances de adesão às metas estabelecidas. Em seguida, é necessário definir 
um objetivo de tempo por semana dedicado ao exercício, sendo introduzido a 
sua rotina de maneira progressiva, dentro das condições do paciente. 
 
e) Agendamento de consultas subsequentes para 
acompanhamento 
 
Devido ao processo assistencial ocorrer de forma multidirecional e de 
maneira individualizada, o paciente é encaminhado para as unidades de saúde 
de acordo com os parâmetros clínicos identificados. No caso do paciente 
Roberto, o acompanhamento para fins de planejamento terapêutico e prevenção 
de agravos é realizado na Unidade de Atenção Primária. 
Desse modo, a equipe multidisciplinar deverá realizar o exame clínico e 
confirmar o diagnóstico e, posteriormente, de acordo com as metas terapêuticas 
estabelecidas de modo individual e o risco para o desenvolvimento de úlceras 
nos pés, se estabelece a frequências de consultas subsequentes para o 
acompanhamento, sendo alternadas as consultas médicas e de enfermagem.

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