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Enfermagem

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Aula Teórica 04
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR 
AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS
1. Agentes Físicos (Parte I).
2. Agentes Químicos (Parte II).
1. TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia. 5ª edição, São Paulo, Atheneu, p. 57-66, 2008
2. VERMELHO, A.B.; BASTOS, M.C.F.; SÁ, M.H.B. de. Bacteriologia Geral, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,
p. 184 - 263, 2007.
E-mail: daniellebiomedaraujo@gmail.com
Profa. Dra. Danielle Silva Araújo
mailto:daniellebiomedaraujo@gmail.com
− Prevenir a transmissão de doença e infecção.
− Prevenir a contaminação ou o crescimento de 
microrganismos nocivos.
− Prevenir a deterioração e dano de materiais 
por microrganismos
A condição sanitária de uma população é determinada, em larga escala, por sua capacidade de
controlar eficazmente as populações microbianas. Os processos podem ser muito específicos,
como o fornecimento de medicamento eficaz na eliminação de microrganismos infectantes, ou
podem ser mais gerais, como as práticas sanitárias usadas no lar e em hospitais.
O controle de microrganismos é um assunto abrangente e de inúmeras aplicações práticas
envolvendo toda a microbiologia e não só aquela aplicada à medicina.
IMPORTÂNCIA DO CONTROLE MICROBIANO
1846: Ignaz Philipp Semmelweis –
os médicos podem transportar a 
morte 
IMPORTÂNCIA DO CONTROLE MICROBIANO
JOSEPH LISTER 1867 – uso de fenol 
(ácido carbólico) em salas cirúrgicas
“On a new method of treating compound fracture 
and abcess” 
“On the antiseptic principle in the practice of 
surgery”
PARCIAL
Superfícies
inanimadas
Tecidos 
vivos
Desinfetantes Antissépticos
Objeto ou
habitat
Esterilização
Esterilizantes
TOTAL
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS
Esterilização
Processo de destruição, inativação definitiva ou
remoção de todas as formas de vida de um
objeto ou material. Inclui os endósporos que são
as formas resistentes de vida. É um processo
absoluto, não existe graus de esterilização.
TERMINOLOGIA RELACIONADA AO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO
A esterilização pode ser realizada utilizando-se agentes físicos e químicos.
Reduzir a probabilidade de contaminação em 10-6.
Desinfecção
Destruição (morte) de microrganismos capazes
de transmitir infecções, patógenos, portanto. São
usadas geralmente substâncias químicas que
são aplicadas em objetos ou materiais. Reduzem
ou inibem o crescimento, mas não esterilizam
necessariamente.
TERMINOLOGIA RELACIONADA AO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Antissepsia
Desinfecção química da pele, mucosa e tecidos
vivos. Antissepsia é um caso particular de desin-
fecção.
Antisséptico: é uma substância que se opõe a sepsis ou previne o crescimento ou a ação de
microrganismos, pela destruição dos mesmos ou pela inibição de seu crescimento ou atividade.
Geralmente está associado com substâncias aplicadas ao corpo do homem.
TERMINOLOGIA RELACIONADA AO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO
TERMINOLOGIA RELACIONADA AO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO
NÍVEL DE CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO 
POR AGENTES QUÍMICOS E FÍSICOS
Inibição do
crescimento
Eliminação 
Total - Morte
“Stático”: 
bacteriostático, 
fungistático
“Cida”:
bactericida, 
fungicida, virucida, 
esporocida
TERMINOLOGIA RELACIONADA AO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Efeitos sobre o crescimento microbiano de um agente microbiostático e microbicida.
Efeito microbiostático: condição na qual o crescimento bacteriano está inibido, mas a
bactéria não está morta. Se o agente (substância) for retirado, o crescimento pode
recomeçar. Efeito microbicida: o número de células viáveis decai rapidamente após a
adição do agente microbicida, e sua remoção não leva ao aumento do número de
células.
Assepsia
Técnicas que impedem a entrada de microrganismos em 
um ambiente estéril. 
Técnicas assépticas previnem a entrada de (sem infecção) 
microrganismos.
Nota: Comentar as técnicas de manipulação asséptica utilizadas na prática 
microbiológica (bancada convencional e fluxo laminar).
TERMINOLOGIA RELACIONADA AO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Degermação
Remoção de microrganismos da pele por meio
da remoção mecânica ou pelo uso de antis-
sépticos. Antes das injeções, o algodão embe-
bido em álcool é passado na pele; igualmente o
álcool-iodado, preparando o campo cirúrgico.
Nota: Sabão comum (não medicamentoso), álcool (antisséptico), clorexidina ou povidona-iodo
(antisséptico associado a um detergente = sabão medicamentoso).
TERMINOLOGIA RELACIONADA AO CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO
Morte microbiana
Em microbiologia a palavra “morte” é definida
como a perda irreversível da capacidade de
reprodução. Os microrganismos viáveis se
multiplicam, enquanto que os germes mortos não
se reproduzem.
Nota: Os microrganismos morrem pela desnaturação de proteínas e fluidificação dos lípides na
presença de calor úmido e por oxidação quando se trata do calor seco. Há variações de resistência
de organismo para organismo.
Determinação da morte - requer o uso de técnicas laboratoriais.
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS
Principais métodos físicos empregados no 
controle do crescimento microbiano.
Aplicação: dependente de vários fatores, como por exemplo a 
natureza do material
1- Temperatura
2- Radiação 
3- Filtração
Calor Úmido
✓Fervura (100ºC)
✓Pasteurização
✓UHT (ultra high temperature)
✓Autoclave (vapor sob pressão)
Calor Seco
✓Chama direta
✓Esterilização em 
ar quente (Forno)
✓Incineração
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS - CALOR
CALOR ÚMIDO X CALOR SECO 
• Métodos mais utilizados.
• Eficaz.
• Econômico e de fácil aplicação.
• Depende do número de células, espécie 
do microrganismo, natureza do produto.
• Escolha do método: destruição de 
endósporos bacterianos.
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS - CALOR
Ponto de morte térmica: a temperatura mais
baixa que mata em 10 minutos (suspensão).
Tempo de morte térmica: menor tempo capaz de
matar todos os microrganismos, em uma sus-
pensão, numa dada temperatura.
Tempo de redução decimal (D): o tempo em
minutos, no qual 90% da população é morta,
numa data temperatura.
Nota: Estes três parâmetros têm utilidade nas práticas de esterilização quer em aplicações médico-
hospitalares e laboratoriais como também em microbiologia industrial (alimentos por exemplo).
PARÂMETROS DE MORTE OU DE RESISTÊNCIA DE MICRORGANISMOS AO CALOR
RELAÇÃO DA TEMPERATURA E TIPO DE CELULAR.
DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE REDUÇÃO DECIMAL OU VALOR D.
CALOR ÚMIDO − Fervura (100ºC)
Desnaturação de proteínas.
Mata bactérias, fungos e muitos vírus, em 15
minutos. Não é eficaz para todos os esporos.
Processo de desinfecção de larga utilização
caseira.
Nota: Vìrus da hepatite sobrevive até 30 minutos de fervura. Endósporos bacterianos até 20 horas.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE – CALOR ÚMIDO
CALOR ÚMIDO – Autoclavação (121ºC)
Desnaturação de proteínas.
Calor úmido sob pressão.
Método eficaz de esterilização. Ficar atento a
trinômio tempo x temperatura x pressão.
Meios de cultura, soluções, utensílios e instru-
mentais que tolerem temperatura e pressão.
Nota: Tempo de esterilização “versus” volume do líquido (e.g., 15 min/500mL, 30min/1500mL).
Prions – 134oC.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE – CALOR ÚMIDO
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS − Autoclavação.
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS − Autoclavação.
VALORES D PARA SUSPENSÕES DE ESPOROS (EM SEGUNDOS).
Nota: Prions – 134oC.
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS − Autoclavação.
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS − Autoclavação.
Exemplos de
indicadores de este-
rilização. As tiras indi-
cam se o item foi este-
rilizado corretamente; a
palavra NÃO (NOT)
aparece se o aqueci-
mento for inadequado.
Na ilustração, o indica-
dor que estava envolto
na lâmina de papel alu-
mínio não foi esteri-
lizado porque o vapor
não conseguiu penetrar
na lâmina.
O que deveria ter sido
usado ao invés de
papel alumíniopara
enrolar os itens?
CALOR ÚMIDO – Pasteurização (63ºC/30min)
Desnaturação de proteínas.
Mata bactérias patogênicas eventualmente trans-
missíveis pelo leite e reduz o número de todos os
microrganismos presentes.
Leite, creme de leite, cerveja, vinho.
Nota: Brucella abortus, Coxiela burnetti, Mycobacterium bovis.
Pasteurização: antes 63ºC por 30 minutos, hoje 72ºC por 15 segundos. Leite longa vida (140ºC por
alguns segundos e imediatamente resfriado).
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE – CALOR ÚMIDO
CALOR SECO – Flambagem
Oxidação de macromoléculas.
Método eficaz de esterilização.
Alças e agulhas de platina (alças de níquel-
cromo − aquecidas ao rubro).
Nota: “flambagem” da boca dos tubos de ensaio (vidraria) na manipulação asséptica.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE – CALOR SECO
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE – CALOR SECO
CALOR SECO – Incineração
Oxidação de todo material até tornar cinzas.
Temperatura 500 oC por até 1 hora.
Método eficaz de esterilização.
Papéis, carcaças de animais, restos de curativos,
algodão e gazes utilizados em hospitais.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE – CALOR SECO
Nota: Evita a contaminação ambiental com microrganismos patogênicos.
CALOR SECO – Forno (160 – 180ºC − 2 horas)
Oxidação.
Método eficaz de esterilização. Ficar atento ao
binômio tempo x temperatura.
Vidraria e outros materiais resistentes a altas
temperaturas.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
Relação entre o grau de umidade e a temperatura de 
coagulação da ovalbumina
Umidade
%
Temperatura necessária 
para a coagulação (ºC)
50 56
25 74-80
18 80-90
6 145
0 160-170
RADIAÇÃO
IONIZANTE
RADIAÇÃO
NÃO-IONIZANTE
Radiação Ultravioleta
✓BAIXO poder de penetração:
✓não atravessa sólidos.
✓formação de dímeros de 
timina.
Radiação Gama e Raio X.
✓ALTO poder de penetração.
✓ Ionização de átomos: perda
da elétrons.
✓Destruição do DNA.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE − Radiações. 
RADIAÇÕES – Ionizantes (gama, raios X)
Destroem DNA, formam radicais super-reativos.
Método eficaz de esterilização mas de custo
elevado (raios gama).
Utilizado para a esterilização de produtos
cirúrgicos.
Nota:
Isótopos radioativos (e.g., Cobalto90 ou Césio137) podem emitir radiações gama e estas podem ser
canalizadas para os processos de esterilização.
O principal efeito da radiação ionizante é a ionização da água, formando radicais super-reativos
(superóxidos) e estes reagem com componentes orgânicos, dentre eles o DNA, matando ou
inativando os microrganismos.
Elimina esporos dependendo do tempo (menor quantidade de água).
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE − Radiações. 
RADIAÇÃO IONIZANTE – radiação Gama
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE − Radiações. 
RADIAÇÕES – Não ionizantes (UV)
Alteram o DNA através da formação de dímeros.
As radiações ultravioleta têm emprego restrito
como esterilizante.
Lâmpadas germicidas (UV).
Lâmpadas UV (260nm) são usadas para o controle de microrganismos do ar e frequentemente são
encontradas em centros cirúrgicos, enfermarias, berçários, câmara de fluxo laminar e etc.
Desvantagens: baixo poder de penetração e queimaduras graves (pele, olhos).
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE – Radiações.
Lesão do DNA pela luz ultravioleta e mecanismos de reparação. (A) O DNA normal exposto à
radiação ultravioleta, torna-se defeituoso como resultado da formação de um dímero de
timina. A reparação pode ocorrer (na luz) por uma enzima que cinde o dímero, restaurando
os resíduos originais de pirimidina.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE − Radiações ultravioleta
Lesão de DNA pela luz ultravioleta e mecanismos de reparação. (B) Reparação por excisão
(reativação no escuro). Uma série de enzimas, como mostra a ilustração é capaz de remover
a porção defeituosa do DNA e de substituí-la por um segmento complementar, restaurando a
estrutura original.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE − Radiações ultravioleta
MICROONDAS – Forno de micro-ondas
Alto comprimento de onda >106nm, baixo poder
de penetração.
O calor gerado é responsável pela morte
microbiana.
É possível esterilizar materiais, meios de cultura,
mas são escassos os trabalhos mostrando o
tempo e a potência a serem usados (validação).
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE - Radiações
BAIXAS TEMPERATURAS – Geladeira (0-4ºC),
congelador (-20ºC) e nitrogênio líquido (-179ºC)
Interrupção do metabolismo.
Efeito microbiostático.
Preservação de microrganismos.
Nota: Método, mecanismo de ação, comentários, uso preferencial.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
FILTRAÇÃO – Líquidos e gases
Remoção mecânica.
Separação de bactérias, fungos em meios ou
soluções líquidas e gases.
Útil na eliminação total de bactérias e fungos em
produtos líquidos termolábeis e na filtração do ar
em câmaras e salas.
Nota: Diâmetro dos poros: 0,45 µm, 0,22 µm, 0,1 µm. Ultra-filtração 0,005 – 0,02 µm.
Nitrocelulose – hidrofóbica.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
Membranas filtrantes. (a) Montagem de um aparato de filtração reutilizável contendo uma membrana
filtrante.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE − Filtração.
Células de levedura sobre um filtro nucleopore®,
com poros de 0,8 µm de diâmetro.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE − Filtração.
Contagem de bactérias utilizando o
método de filtração:
(a) As bactérias presentes em 100 mL de
água foram filtradas na superfície da
membrana de filtro.
(b) O filtro como mostrado na foto (a) contendo as
bactérias bastante espalhadas, foi colocado sobre
um suporte saturado com meio líquido de Endo,
que é seletivo para bactérias gram-negativas. Uma
única bactéria se transformou em colônias
visíveis. Foram contadas 124 colônias, sendo
portanto, possível estimar que existiam 124
células por 100 mL da amostra de água.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE − Filtração (contagem de bactérias).
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE − Filtração e Radiações ultravioleta.
Nota: Filtros HEPA (filtros de partículas de ar de alta eficiência); Diâmetro dos poros: 0,3 µm.
PRESSÃO OSMÓTICA
A alta concentração de sais e açúcares cria um
ambiente hipertônico que provoca a saída de
água do interior da célula microbiana, conden-
sando o citoplasma e retraindo a membrana.
Nestas condições o microrganismo deixa de
crescer.
Nota: Altas concentrações de sais e açúcares são usadas para a preservação de alimentos,
principalmente peixes, carnes (salga) e frutas (conservas), evitando a deterioração causada por
bactérias e bolores.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS −
Pressão osmótica.
Plasmólise. (a) Célula normal em solução isotônica: Nessas condições, a pressão osmótica no interior da
célula é equivalente a uma concentração de soluto de 0,85% de cloreto de sódio (NaCl). (b) Célula
plasmolisada em solução hipertônica: Quando a concentração do soluto como NaCl se apresenta maior no
meio extracelular do que intracelular (hipertônica), a água tende a sair da célula. O crescimento será inibido.
(a) (b)
DESSECAÇÃO (Liofilização)
Na falta de água, os microrganismos não são
capazes de crescer, multiplicar, embora possam
permanecer viáveis por vários anos. Quando a
água é reposta, os microrganismos adquirem a
capacidade de crescimento.
Nota: Na liofilização a água é sublimada do interior das células e os microrganismos são
armazenados em ampolas, fechadas a vácuo, podendo ser preservados viáveis por dezenas de
anos.
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE
CONTROLE DE ESTERILIZAÇÃO − Indicadores químicos.
CONTROLE DE ESTERILIZAÇÃO − Integrador
Nota: Neste tipo de integrador não se considera a coloração, e sim o avanço da substância na
janela “Accept”. Tentativa de controlar a temperatura e o tempo de exposição.
1ª Geração:
Envelopes com esporos
2ª Geração:
Suspensão de esporos em ampolas, ou
pequenos tubos. Leitura 2-5 dias.
3ª Geração:
Suspensão de esporos em ampolas. Leitura em
três horas (Glicosidase).
Nota: Geobacillus stearothermophilus (antigo Bacillus stearothermophilus) usado para calor úmido
e Bacillus athrophaeus (antigo Bacillus subtilis) para calor seco. Bacillus pumilus (radiações).
Bacillus athrophaeus(óxido de etileno).
INDICADORES BIOLÓGICOS
CONTROLE DE ESTERILIZAÇÃO − Indicadores biológicos (1ª , 2ª e 3ª gerações)
Controle de Microrganismos por Agentes 
Químicos:
Alcoóis, aldeídos, fenóis.
Halogênios (povidona-iodo).
Ácidos orgânicos e inorgânicos.
Agentes de superfície.
Biguanidinas (clorexidina).
Metais pesados, agentes oxidantes 
(peroxigênios).
Características ideais de um desinfetante ou
antisséptico:
• Possuir alta eficácia germicida (efeito rápido,
amplo espectro e ação prolongada).
• Ter estabilidade química e ser solúvel em
água e líquidos orgânicos.
• Ser inodoro ou ter odor agradável.
• Ser incolor.
• Não produzir manchas.
MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE
Desinfetantes: Usados em superfícies
inanimadas. Capacidade de penetração nas
camadas de matéria orgânica sem perder sua
ação germicida e a ausência de ação corrosiva.
Antissépticos: não ser irritante, não interferir no
processo de cicatrização e não ser absorvido
pela pele.
DESINFETANTES E ANTI-SÉPTICOS − Características específicas.
Fenóis e Derivados:
Rompimento da membrana plasmática.
Desnaturação de proteínas.
Tem alta solubilidade lipídica.
Fenol 0,2-1% (ácido carbólico).
Cresóis (3x, metacresol), creolina (vaso sanitário).
Triclosan (bisfenol).
Nota: Os compostos fenólicos e seus derivados, dado seu poder biocida, têm ampla aplicação na
indústria de madeiras, nas indústrias de cosméticos e perfumarias, além do uso nas áreas médicas
humanas, veterinária e odontológica.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Álcoois:
Baixo custo, de fácil obtenção e bactericidas.
Atua pela desnaturação de proteínas e pela
solubilização de lipídeos
Álcool etílico 70%, álcool isopropílico 60-90%.
Nota: Na ausência de água, as proteínas não são desnaturadas tão rapidamente quanto na sua
presença e isto explica por que álcool etílico absoluto é menos ativo do que as misturas de álcool
e água. O álcool etílico 70% (p/p) é um dos antissépticos mais usados na prática hospitalar.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Halogênios e Derivados:
Iodo a 2% em solução alcóolica (tintura) é
bactericida, fungicida, esporocida.
Iodeto de povidona (polivinilpirrolidona)
(surfactante) – 10%
Cloro (Cl2 + H2O = 2HCLO H2O + ½O2).
NaOCl – 10.000 ppm (1%) – superfícies e artigos
semi-críticos.
Inativado pela parcialmente pela presença de
matéria orgânica, luz do sol e calor.
Nota: O mecanismo de ação do iodo é a combinação irreversível com proteínas, atua nos grupos
sulfidrila (-SH) e amina (NH2), que leva a mudanças conformacionais.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Aldeídos e Derivados:
Atua pela alquilação dos grupos funcionais das
proteínas.
Formaldeído (37%).
Aldeído fórmico (aquoso a 3-8%).
Aldeído glutárico (solução aquosa alcalina, 2%).
Orto-ftaldeído (0,5%) – 12 minutos.
Nota: Glutaraldeído: leva a ligação cruzada entre os grupos amina de diferentes proteínas. 2%:
desinfecção e esterilização de equipamentos odontológicos, endoscópio, broncoscopia.
Mycobacterium chelonae – resistente. Esporos – 10 horas.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Ácidos Orgânicos e Inorgânicos:
Atuam no metabolismos celular.
Ácido bórico (antisséptico popular).
Ácidos acético e lático, ácido benzoíco e seus
derivados, ácido sórbico e cítrico (preservação de
alimentos devido ação bacteriostática e fungistática).
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Agentes de Superfície:
Detergentes aniônicos:
Um sabão comum = C9H19COO
−Na+
Lauril-sulfato de sódio = C12H25OSO3
−Na+
Nota: As substâncias que reduzem a tensão superficial, ou agentes umectantes, são utilizados
primariamente para limpar superfícies, são chamados de detergentes.
Detergente aniônico: aqueles que ionizam com a propriedade detergente presente no ânion.
Detergente catiônico: aqueles que ionizam com a propriedade detergente presente no cátion.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Agentes de Superfície:
Detergentes catiônicos:
Quaternários de amônio (cloreto de benzalcônio,
cloreto de benzetônio, cloreto de cetilpiridíneo e cetrimi-
de, concentrações de 0,005%-1%).
Cloreto de cetilpiridíneo
Detergente catiônico: o modo preciso de ação não está totalmente esclarecido, sabendo-se
porém, que alteram a permeabilidade da membrana, inibem a respiração e a glicólise de formas
vegetativas de bactérias, tendo ação também sobre fungos, vírus e esporos bacterianos.
Nota: Inativados pelo sabão.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Biguanidinas:
Clorexidina (antisséptico, preservante e desinfetante).
Adsorve a parte externa dos microrganismos,
ligando-se aos grupos fosfatos da parede e
depois da membrana provocando danos e
liberando o conteúdo citoplasmático.
Nota: A clorexidina tem sido usada com excelente resultados na antissepsia da pele, na lavagem
das mãos de cirurgiões e de pessoal médico e paramédico em geral, na preparação de pacientes
antes de cirurgias, em urologia, em obstetrícia e ginecologia, em queimados e na prevenção e
tratamento de doenças orais (concentração de 0,5% é bacteriostática e bactericida a 4%).
Anti-sépticos bucais 0,1%.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Metais Pesados e Derivados:
Sais de mercúrio. Mercurocromo (fraca atividade
bactericida e bacteriostática).
Sais de prata (nitrato de prata em soluções oftálmicas
a 1% - prevenção oftalmia neonatorum).
Nota: Sais de cobre como o sulfato tem sido usado no tratamento de águas (piscina, reservatórios
e águas de refrigeração de ar condicionado, atuando sobre algas, fungos e muitos vírus.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Agentes Oxidantes:
Água oxigenada em solução a 3% e 6-7,5%.
Gás de plasma – atividade esporocida
Permanganato de potássio (1:5000 a 1:2000).
Ozônio no tratamento de água de consumo.
Ácido peracético 0,35% (com H2O2 + ácido acético).
Tem atividade esporocida. Usado em equipamentos
hospitalares.
Nota: A propriedade comum destes agentes é a liberação de oxigênio nascente, que é
extremamente reativo e oxida, entre outras substâncias, os sistemas enzimáticos indispensáveis a
sobrevivência dos microrganismos.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
Esterilizantes Gasosos:
Óxido de etileno (autoclave).
A beta-propionolactona.
Nota: Possuem mecanismos de ação análogo aos aldeídos, qual seja, a alquilação direta de
grupos carboxilas, hidroxilas e sulfidrilas, inativando certas enzimas.
O óxido de etileno tem sido empregado com sucesso na esterilização de instrumentos cirúrgicos,
fios de agulhas para suturas e plásticos. Deve ser empregado com cautela e em mistura com
outros gases (N2 ou CO2), pois em combinação com o ar, forma mistura explosiva.
PRINCIPAIS GRUPOS DE AGENTES QUÍMICOS
RESISTÊNCIA DOS MICRORGANISMOS AOS DESINFETANTES
FIGURE 1. Microorganisms’ resistance to disinfectants. HSV, herpes simplex virus; CMV, cytomegalovirus;
RSV, respiratory syncytial virus; HBV, hepatitis B virus.
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DOS DESINFETANTES
Pelczar et al., p. 492-516, 1981
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DOS DESINFETANTES
ESCOLHA E USO DOS DESINFETANTES
Não existe um desinfetante ideal que seja barato,
de fácil obtenção, não corrosivo, não tóxico e
eficaz contra a maioria dos microrganismos inde-
sejáveis. Portanto, é necessário adequar o uso,
bem como a escolha, de um desinfetante dentre
muitos disponíveis.
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DOS DESINFETANTES
ARTIGOS CRÍTICOS
Artigos destinados a penetração através da pele
e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais
e no sistema vascular.
Requerem esterilização para satisfazer os
objetivos a que se propõe.
 Brasil, Ministério da Saúde, Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de
Saúde.
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS
Disponível: www.anvisa.gov.br
ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS
Artigos destinados ao contato com a pele não
íntegra ou com mucosas íntegras.
Requerem desinfecção de médio ou de alto
nível, ou esterilização, para ter garantida a
qualidade do múltiplo uso destes.
 Brasil, Ministério da Saúde, Processamento de Artigos e Superfíciesem Estabelecimentos de
Saúde.
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS
Disponível: www.anvisa.gov.br
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS
Artigos destinados ao contato com a pele íntegra
do paciente.
Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou
médio nível, dependendo do uso a que se
destinam ou do último uso realizado.
 Brasil, Ministério da Saúde, Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de
Saúde.
CONTROLE DE MICRORGANISMOS POR AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS
Disponível: www.anvisa.gov.br
LIMPEZA DE SUPERFÍCIES EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Ms-Anvisa. Manual de limpeza e desinfecção de superfícies, 2010.
Figura 1 – Limpeza de superfície sem presença de 
matéria orgânica.
Figura 2 – Limpeza de superfície com presença de matéria orgânica.
QUADRO 2 − PRODUTOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFICIES EM SERVIÇOS DE SAÚDE.
Ms-Anvisa. Manual de limpeza e desinfecção de superfícies, 2010.
ATIVIDADE ANTIBACTERIANA
Boa Ótima Melhor ainda
Sabão Clorexidina, Povidona-
iodo
Álcool (líquido ou 
gel)
CDC − MMWR 2002; 51(No.RR−16):1-45.
CDC − HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS − NOVAS RECOMENDAÇÕES 
Higienização simples das mãos: uso de água e
sabão; 40-60 segundos.
Higienização antisséptica das mãos: uso de
sabão medicamentoso (e.g., povidona-iodo,
clorexidina); 40-60 segundos.
Fricção antisséptica das mãos: uso de
preparações alcoólicas líquidas ou na forma de
gel; 20-30 segundos.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS − Recomendações da ANVISA.
Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos: sabão medicamentoso ou álcool; 3-
5 minutos (1ª cirurgia) e 2-3 minutos (cirurgias subsequentes).
ANVISA − Higienização das mãos em serviços de saúde, 2007.
Quadro 1: Espectro antimicrobiano e características de agentes antissépticos utilizados para a
higienização das mãos (+++ excelente; ++ bom, + regular, − sem atividade ou insuficiente).
MS, ANVISA – Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das Mãos em Serviços de Saúde.
MS BRASIL − HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE.
HIGIENE 
AS 
MÃOS:
SALVE 
VIDAS!
Higienização 
simples das 
mãos (sabão)
Higienização 
antisséptica 
das mãos
(clorexidina)
HIGIENE 
AS
MÃOS:
SALVE 
VIDAS!
Higienização das 
mãos com 
preparações 
alcoólicas (Gel ou 
solução a 1-3% de 
glicerina)
A − MÃOS SEM HIGIENIZAÇÃO.
x x
TECNICA DESLIZAMENTO: X, polegar, perpendicular ao X dedo Indicador, seguido do médio,
anular e mínimo. Mão direita (esquerda) e mão esquerda (direita). Placas contendo TSA.
1 2 3 4 4 3 2 1
B − MÃOS APÓS HIGIENIZAÇÃO SIMPLES (água e sabão)
x x
TECNICA DESLIZAMENTO: X, polegar, perpendicular ao X dedo Indicador, seguido do médio,
anular e mínimo. Mão direita (direita) e mão esquerda (esquerda). Placas contendo TSA.
1 2 3 4 4 3 2 1
C − MÃOS APÓS A FRICÇÃO ANTISSÉPTICA COM ÁLCOOL
x x
TECNICA DESLIZAMENTO: X, polegar, perpendicular ao X dedo Indicador, seguido do médio,
anular e mínimo. Mão direita (direita) e mão esquerda (esquerda). Placas contendo TSA.
1 2 3 4 4 3 2 1

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