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Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – Decorre de um processo inflamatório do capilar glomerular, caracteriza-se por disfunção renal de início abrupto e manifesta-se por oligúria, edema, hipertensão arterial, hematúria com cilindros hemáticos, proteinúria discreta ou moderada e retenção de compostos nitrogenados (azotemia). Ocorre redução da TFG e na fração de filtração o fluxo plasmático renal pode não alterar, – manter-se um pouco acima dos níveis normais ou sofrer queda, sempre menor que a fra o de filtra o. Processo inflamatório çã çã intraglomerular caracterizado por disfun o renal. Pode ser aguda, çã subaguda ou crônica. Pode ser causada por doença renal intrínseca ou constituir de uma parte de doença sistêmica. consiste em glomerulonefrite infecciosa, pós-infecciosa, nefropatia por IgA e nefrite lúpica. Um subgrupo de glomerulonefrite aguda, conhecido como glomerulonefrite rapidamente progressiva pode manifestar-se com insuficiência renal grave e progressiva. Como exemplo há a doença de Goodpasture, poliartrite. é mais comum em homens entre 6 e 10 anos de vida. A faixa etária da doença varia entre a primeira década de vida e após os 50 anos. – Processo inflamatório. O grau de inflamação glomerular determina a gravidade da disfunção renal e as manifestações clínicas associadas. Muitas das glomerulopatias apresentam distúrbios imunológicos subjacentes. É causada por processos inflamatórios que obstruem os lúmens capilares e lesam a parede capilar, essa lesão possibilita que hemácias entrem na urina e cause alterações hemodinâmicas que reduzem a TFG. Acumulação extracelular de líquidos, hipertensão, edema ocorrem em consequência da TFG reduzida e da reabsorção tubular aumentada de sal e água. Existem 2 mecanismos básicos para lesão glomerular: (1) anticorpos que se ligam a um componente estrutural do outro material implantado nos glomérulos, pode ter formação de anticorpos circulantes dirigidos contra a membrana basal glomerular. (2) formação de complexos antígeno-anticorpo circulantes que escapam do sistema reticuloendotelial e se depositam nos glomérulos. - Edema, oligúria, sintomas urêmicos. Pacientes podem apresentar hipertensão, que pode ser maligna em alguns casos. Exantema malar e úlceras orais, púrpura palpável de HenochSchonlein e crioglobulinemia ó - Urina pode apresentar hematúria macroscópica escura, eritrócitos dismórficos ou deformados em consequência do estresse osmótico e químico que sofrem quando passam pelo néfron. Os eritrócitos urinários com vesículas ou projeções semelhantes a bolhas na membrana fornecem uma forte evidência de causa glomerular para hematúria. Podem ser observados cilindros hemáticos. Proteinúria baixa. No soro observamos o estado eletrolítico e estimamos a TFG, a fim de documentar o grau de disfunção renal. O hemograma revela anemia, trombocitopenia e leucopenia. Outros exames podem ser títulos de antiestreptolisina O (ALSO), pesquisa de hepatite, níveis de complemento, anticorpos anticitoplasma de neutrófilos, Anti-MBG e marcadores de doença por imunocomplexos como FAN e anti-DNA. ê ç – A ativação local de Tolls nas células glomerulares, deposição de imunocomplexos ou lesão infligida pelo complemento induz a infiltração de células mononucleares que produzem uma resposta imune adaptativa atraída ao rim pela liberação local de quimiocinas. Neutrófilos, macrófagos e células T são atraídas pelas quimiocinas para dentro do tufo glomerular, onde reagem com antígenos e epítopos, produzindo mais citocinas, mais proteases que lesionam o mensângio, os capilares e a MBG. Célula T tem um importante papel no mecanismo da glomerulonefrite. Os antígenos apresentados pelas moléculas do complexo de histocompatibilidade principal MHC de classe II nos macrófagos e nas células dendríticas em combinação com moléculas de reconhecimento associativo participam do repertório das células TCD4/8. As células mononucleares podem lesionar o rim, porém os eventos autoimunes que lesam o glomérulo produzem uma resposta imune humoral. Tipicamente, glomerulonefrite pósestreptocócica, nefrite lúpica e membranosa idiopática estão associadas a imunodepósitos ao longo da MBG, enquanto anticorpos anti-MBG produzem ligação linear da doença anti-MBG. Os imunocomplexos pré-formados podem precipitar ao longo do subendotélio na MBG, enquanto outros imunodepósitos são formados in situ. Esses depósitos se acumulam quando anticorpos circulantes encontram seu antígeno encarcerado ao longo da borda subepitelial. Os imunodepósitos no mesângio glomerular podem resultar da deposição de complexos circulantes pré-formados ou de interações antígeno-anticorpo in situ. Os imunodepósitos estimulam a liberação de proteases locais e ativam a cascata de complemento. Oxidantes locais lesam as estruturas glomerulares produzindo proteinúria e apagamento dos podócitos. ó ó – Mesma coisa que glomerulonefrite proliferativa endocapilar aguda. Infec es de pele e çõ de garganta por determinados tipos de M estreptococos procedem a doença glomerular. Doença imunomediada que envolve supostos antígenos, imunocomplexos circulantes e ativação do complemento. Manifesta-se com hematúria, piúria, cilindros hemáticos, edema, hipertensão e lesão renal aguda – Ocorre em pacientes que permanecem não tratados por período prolongado, com hemocultura negativa ou que apresentam endocardite do lado direito. Ocorre deposi o de imunocomplexos circulantes no rim e ativaçã ção do complemento. Há hematúria, piúria, proteinúria leve. ú – Depósito de imunocomplexos circulantes que ativam a cascata do complemento, levando a lesão mediada por complemento, infiltração de leucócitos, ativação de fatores prócoagulantes e liberação de várias citocinas. Formação de imunocompelxos in situ. Sina clínico mais comum é proteinúria, hematúria, hipertensão, graus variáveis de disfunção renal e sedimento urinário ç – Autoanticorpos dirigindos contra antígenos da membrana basal. Lesão rim-pulmão (Goodpasture). Considerada uma conformeropatia autoimune. Células T restrita ao MCH iniciam a resposta aos autoanticorpos, uma vez que os seres humanos são intolerantes aos epítopos criados por assa estrutura – Hematúria episódica associada ao depósito de IgA no mesângio. É a forma mais comum. Mediada por imunocomplexos definida pela presença de depósitos mesangiais difusos de IgA e frequentemente associados com hipercelularidade mesangia.l Tem ainda vasculite de pequenos vasos induzidas por ANCA, glomerulonefrite membranoproliferativa e mesangioproliferativa. Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – Surgem como doença renal primária (idiopática) ou pode ocorrer em associação a qualquer um dos vários distúrbios sistêmicos ou doenças hereditárias. As doenças glomerulares primárias mais comuns consistem na nefropatia membranosa, glomeruloesclerose segmentar e focal, doença por lesão mínima e glomerulonefrite membranoproliferativa. Reflete lesão não inflamatória na parede do capilar glomerular. A doença glomerular subjacente resulta em proteinúria, que ocorre em consequência da alteração na seletividade da carga e do tamanho da parede capilar glomerular. O que aumenta a permeabilidade glomerular às proteínas plasmáticas. Assim, a albumina é a principal proteína perdida na urina. Ne manifesta classicamente com proteinúria maciça, hematúria mínima, hipoalbuminemia no sangue, hipercolesterolemia, edema e hipertensão. Se não for estabelecido o diagnóstico ou não for instituído tratamento, algumas dessassíndromes podem lesar o número de glomérulos reduzindo a TFG e levando a disfunção renal Ocorre alteração na permeabilidade glomerular por lesões estruturais ou anormalidades funcionais, caracteriza-se por proteinúria maciça. Edema é causado principalmente devido a redução da pressão oncótica do plasma (hipoalbuminemia), pode ser intenso e difundo, incluindo hidroperitônio e hidrotórax. Redução do fluxo renal também aumenta a reabsorção de sódio e diminuição do volume urinário também contribui para o edema. Quando o edema é considerável, surge hiperaldosteronismo secundário a redução do compartimento intravascular, por estimulação de receptores de volume (arco aórtico, átrio esquerdo); há ainda ativação do sistema nervoso simpático e diminuição de fatores natriuréticos, como os peptídeos atriais. A aldosterona aumenta a reabsorção de Na+ nos túbulos distais e a eliminação de K+ e H+. Hiperlipidemia associa-se ao aumento da síntese de lipoproteínas pelo fígado (albumina e lipoproteínas são sintetizadas no fígado pelos mesmos estímulos, com a perda renal de albumina surge estímulo para maior síntese de albumina, o que resulta em maior produção também de lipoproteínas também pelo fígado. Sua consiste em glomerulopatias primárias, como lesão histológica mínima. As principais causas são glomerulipatias primárias, lesão histológica mínima, glomerulopatia membranosa e glomeruloresclerose focal, as doenças sistêmicas são o úpus eritematoso sistêmico e diabetes melito – Proteinúria assintomática, edema, áreas periorbital e escrotal. Se for grave e generalizado se apresenta como anasarca. ó – No exame de urina avalia-se proteinúria (3/4 cruzes), sedimento urinário com poucas células cilíndricas. O sedimento urinário apresenta poucas células /ou cilindros. Pode-se verificar lipídeos no sedimento urinário. No sangue há diminuição da albumina sérica total e hiperlipidemia. Os pacientes podem apresentar anemia, velocidade de hemossedimentação elevada, hipocalcemia e deficiência de vitamina D. As indica es e benef cios da biopsia renal permanecem controversos. Entretanto, trata-se do procedimento-padrão para estabelecer a causa da proteinúria em adultos. A biopsia é frequentemente recomendada quando existe dúvida na etiologia Complicações incluem hiperlipidemia, trombose (anormalidades no sistema de coagulação, perdas urinárias de antitrombina proteína C e S e fatores de coagulação. Pode ocorrer infecção devido a perdas urinárias de imunoglobulinas, hipoalbuminemia, desnutrição e anemia ç õ í – Doença renal primária, associada a outras condi es como doença de Hodgkin, alergias ou uso çõ de AINEs. Há o apagamento de pedicelos que sustentam os podócitos epiteliais, com enfraquecimento dos poros da membrana da fenda. Síndrome nefrótica acompanhada por sedimento urinário anular. – Caracterizado por cicatrizes glomerulares segmentares envolvendo apenas alguns glomérulos. Os achados cínicos incluem proteinúria. Os possíveis mecanismos incluem fator de permeabilidade circulante medido por células T, níveis aumentados do receptor de urocinase solúvel, proliferação celular e síntese de matriz mediada por TFG- B. – É a causa mais comum de síndrome nefrótica nos idosos. Secundária a uma neoplasia maligna, infec o ou doenças reumatológias, como lúpus, çã artrite reumatoide. é – Causa mais comum de doença renal. Acontece em pacientes com diabetes por mais de 25 anos. fatores de risco para o desenvolvimento de nefropatia diabética incluem hiperglicemia, hipertensão, dislipidemia, tabagismo, história familiar de nefropatia diabética e polimorfismos gênicos que afetam a atividade do eixo reninaangiotensina-aldosterona. De 1 a 2 anos após o início do diabetes clínico, surgem alterações morfológicas no rim. O espessamento da MBG é um indicador sensível da presença de diabetes. ç ó – As discrasias de plasmócitos que as vezes resultam na formação de depósitos glomerulares e tubulares, que causam proteinúria maciça e disfunção renal. ç – Erro inato ligado ao cromossomo X do metabolismo globotriasoilceramida. Os órgãos afetados incluem o endotélio vascular, o coração, o cérebro e os rins. Classicamente, a doença de Fabry manifesta-se na infância em meninos com acroparestesias, angioceratoma e hipoidrose Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – Uma vez que o ovócito é liberado a partir da ruptura do folículo, ele é levado a tuba uterina pelos batimentos ciliares. Os espermatozoides depositados passam pela etapa de maturação final, a capacitação, que permite que o espermatozoide fertilize o óvulo (alterações no espermatozoide acontecem). A fertilização do ovócito pelo espermatozoide é resultado de um encontro ao acaso, através de moléculas químicas de atração produzida pelo ovócito. Um ovócito pode ser fertilizado durante apenas cerca de 12/14h após a ovulação. No trato reprodutor feminino, os espermatozoides permanecem cerca de 5/6 dias. A fertilização normalmente ocorre na parte distal da tuba uterina. Para penetrar o ovócito, o espermatozoide deve penetrar a camada externa de células da granulosa (corona radiata) e uma capa protetora de glicoproteínas (zona pelúcida). A fusão da membrana do espermatozoide com a membrana do ovócito inicia uma reação química, chamada de reação cortical, que impede que outros espermatozoides fecundem este ovócito. Isso sinaliza para que o ovócito retome a meiose e complete a sua segunda divisão. A divisão meiótica final gera o segundo corpúsculo polar, o qual é ejetado. Neste ponto, os 23 cromossomos do espermatozoide juntam-se aos 23 cromossomos do óvulo, criando o núcleo do zigoto com o material genético completo. Uma vez que um ovócito é fertilizado e dá origem ao zigoto, ele inicia a mitose e lentamente segue pela tuba uterina até o útero, onde permanecerá ao longo de todo o período da gestação. Leva de 4/5 dias para chegar à cavidade uterina. A placenta secreta diversos hormônios durante a gestação: ô ô ê á ê – O corpo lúteo permanece ativo no início da gestação devido ao HCG (mantendo-o produzindo estrogênio e progesterona), para manter o endométrio intacto. Por volta da 7° semana, a placenta assume a produção de progesterona e o corpo lúteo se degenera. O pico de HCG ocorre até os 3 meses, depois diminui, mas continua detectável. ô ê á – Hormônio proteico produzido pela placenta. Tem efeito proteico, aumenta a resistência materna à ação da insulina e estimula o pâncreas na secreção de insulina, ajudando no crescimento fetal, pois proporciona maior quantidade de glicose e nutrientes para o feto. Além disso, estimula o desenvolvimento da mama e da lactação ê – São produzidos continuamente durante a gestação, primeiro pelo corpo lúteo, depois pela placenta. Com os altos níveis circulantes desses hormônios esteroides, a supressão por retroalimentação da adeno-hipófise continua durante toda a gestação, impedindo que outro conjunto de folículos comece a se desenvolver. Durante a gestação, o estrogênio contribui para o desenvolvimento dos ductos das mamas. A progesterona é essencial para a manutenção do endométrio e também auxilia na supressão das contrações uterinas. A placenta produz vários outros hormônios, incluindo inibina e pró-renina, mas a função da maioria deles ainda não está clara çõ ó çã çã – Coração aumentado devido hipertrofia e aumento do volume das câmaras. Nos últimos estágios, o crescimento uterino eleva o diafragma, deslocando o miocárdio e rodando lateralmente. ê í Aumento gradativo, com pico entre a 28° e – 36° semana. é í – Aumento significativo. Atinge um pico de 30-40% entre a 28° e 36° semana. Durante o trabalho de parto aumenta até 30%. Cada contração uterina eleva odébito em torno de 10 - 25%. . A placenta recebe até 10% do débito cardíaco materno total. O enorme fluxo sanguíneo para a placenta é uma razão para que a separação súbita e anormal da placenta da parede uterina seja uma emergência médica Resistência Vascular Periférica Total Está reduzida em até 30% a – partir da 8/12° semana. É decorrente de ação horminal. – Alteram-se pouco ã Normal, com exceções das partes mais inferiores – do corpo, que tendem a elevar-se, acontece devido ao volume uterino sobre as veias pélvicas e a cava inferior. á – Elevação do diafragma. Diminuição do diâmetro vertical da caixa torácica até 4cm, aumentando 2cm no diâmetro ântero-posterior e transverso. – Não se observam modificações até p 5° mês. Após há redução no Volume de Reserva Expiratório (VRE) diminuído de 100-150ml, volume residual (VR) menor em 200 ml, e capacidade residual funcional (CRF), estando 20% mais baixa. çõ ó – Aumento no volume sanguíneo materno a partir da 8° semana, aproximadamente 1500ml. O aumento do volume plasmático é relativamente maior que o das hemácias o que leva a hemodiluição com aparente diminuição dos eritrócitos e hemoglobina. Produz-se a chamada anemia fisiológica da gravidez ou pseudo-anemia da gravidez, que pode ser profilaticamente evitada administrando ferro na mãe. çõ – Deslocamento cefálico do estômago, devido ao aumento do útero, que modifica o ângulo da junção gastroesofágica, em prejuízo do esfíncter esofágico. A diminuição da função da cárdia, acompanhada do aumento da secreção do suco gástrico observado na gravidez, propiciam a ocorrência de refluxo gastroesofágico que leva a um quadro de pirose e até mesmo de esofagite. A hérnia hiatal é uma patologia que está presente em 27% das gestantes nos meses finais da gestação çõ - O fluxo plasmático renal e a filtração glomerular elevam-se rapidamente durante o primeiro trimestre de gestação, atingindo no quarto mês valores de até 50%. Durante o último trimestre, estes valores decrescem lentamente em direção aos valores normais. O "clearance" da creatinina usualmente está aumentado, e, portanto, o limite superior dos valores normais sanguíneos da ureia e creatinina estão mais baixos na mulher grávida. Nos últimos meses, observa-se uma dilatação dos cálices renais, pelve e ureteres, devida a ação da progesterona Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – As práticas contraceptivas podem incluir abstinência, esterilização (através de procedimento cirúrgico não reversível). Os métodos de intervenção da contracepção incluem: (1) métodos de barreira, que impedem a união do espermatozoide com o ovócito; (2) métodos que impedem a implantação do ovócito fertilizado; e (3) tratamentos hormonais que diminuem ou interrompem a produção de gametas. A eficácia da intervenção contraceptiva depende em parte de quão constante e corretamente ela é usada. é - Os métodos contraceptivos com base em barreiras químicas ou físicas estão entre os métodos de controle de natalidade mais facilmente lembrados. Constitui o diafragma, capuz cervical, esponja contraceptiva e o preservativo. Impedem a entrada do esperma no útero. çã çã – Alguns métodos contraceptivos não impedem a fertilização, mas impedem que o ovócito fertilizado se implante no endométrio. Eles incluem tanto os dispositivos intrauterinos (DIUs) quanto o uso de compostos químicos que mudam as propriedades do endométrio. - Técnicas que diminuem a produção de gametas dependem da alteração do ambiente hormonal do corpo. Os contraceptivos orais, também chamados de pílulas de controle da natalidade, baseiam-se em várias combinações de estrogênio e progesterona, que inibem a secreção de gonadotrofinas pela hipófise. Sem níveis adequados de FSH e de LH, a ovulação é suprimida. Além disso, a progesterona presente nas pílulas contraceptivas torna o muco cervical espesso e ajuda a impedir a penetração dos espermatozoides. Estes métodos hormonais de contracepção são muito eficazes quando usados corretamente, mas também trazem alguns riscos, como o aumento na incidência de formação de coágulos sanguíneos (trombos) e de acidente vascular encefálico (principalmente em mulheres fumantes) Os contraceptivos hormonais funcionam de várias maneiras para evitar uma gravidez não programada, por exemplo: • Inibição da ovulação - os contraceptivos hormonais impedem a libera o do óvulo pelos ovários, impedindo çã assim a possibilidade de que seja fecundado após a relação sexual sem uso de preservativos; • Espessamento do muco cervical - os contraceptivos hormonais engrossam o muco do colo do útero, o que dificulta a chegada do espermatozoide ao útero. Podem ser orais, anel vaginal, adesivo anticoncepcional, injetável, DIU, implantes contraceptivos. ó – O diagnóstico de gravidez é baseado na presença de qualquer um dos seguintes: • Detec o de gonadotrofina coriônica humana (hCG) no çã sangue ou na urina • Identifica o da gravidez pelo exame de ultra-som çã • Identifica o da atividade cardíaca fetal por ultrassonografia çã Doppler Embora o relato da paciente de menstruação atrasada, atividade sexual com uso imperfeito de contracepção e suspeita de gravidez da paciente sejam preditivos de que um teste de gravidez será positivo, esses fatores não são suficientemente confiáveis para diagnosticar ou excluir gravidez. Náusea com ou sem vômito, se presente, aumenta a probabilidade de gravidez, mas alguns indivíduos não apresentam esses sintomas ou simplesmente não os experimentaram antes de serem testados Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – Objetivos de cada consulta pré-natal: definir a condição da saúde da mãe e do feto; Avaliar a IG comparando o crescimento uterino (medido da sínfise púbica até o fundo do útero); Realizar um plano de cuidado obstétrico. A OMS definiu que a proteção à maternidade tem como objetivo garantir a saúde das mulheres durante a gestação, o puerpério e o aleitamento materno, além de ensinar/auxiliar nos cuidados dispensados às crianças. O pré-natal é um conjunto de medidas de natureza médica, social, psicológica e de cuidados gerais, que visa propiciar à mulher gestante o desenvolvimento saudável da gestação. Tem papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias, tanto maternas como fetais. Através da avaliação da gestante, é possível classifica-la em habitual, baixo ou alto risco. O número adequado de consultas no pré-natal tem que ser igual ou superior a 6. A gestação costuma ser dividida em semanas, portanto até a 34° semana as consultas deverão ser mensais. A partir da 36° semana deverão ser quinzenais e, então, semanais até o momento do parto. A primeira consulta deve ser mais precoce possível, o primeiro componente de desconfiança é o atraso menstrual. Na primeira consulta é comum não existir queixas. Queixas existentes devem ser valorizadas e investigadas. Na abordagem inicial é importante excluir doenças associadas. Entre antecedentes familiares é importante investigar hipertensão, diabetes, cardiopatias, gemelaridade. Dos antecedentes pessoas é importante infecções, cirurgias, história prévia de transfusão sanguínea. Antecedentes ginecológicos incluem ciclo menstrual, calcular IG, história sexual, uso de métodos anticoncepcionais. Quem realiza a assistência ao pré-natal de risco habitual envolve enfermeiros ou médicos da unidade básica de saúde, não necessariamente um médico obstetra. Os atendimentos dos enfermeiros podem ser intercaladoscom as consultas médias. Já em casos de alto risco, faz-se necessário uma equipe multi Nas consultas deve-se avaliar intercorrências e queixas da gestante, calcular IG, identificar fatores de risco, reclassificar a gravidez, indicar planejamento familiar, atualizar calendário vacinal, entre outros. No exame físico da gestante deve-se aferir a PA, anotar o peso, FC, altura uterina, BCF, contrações ou edema, além exame físico geral e exame físico obstétrico. No exame ginecológico avalia-se as mamas, abdome, órgão genital externo, internos e especular. Nas mamas há sinal de Hunter e rede venosa de Haller. Os exames complementares podem ser divididos em 4 grupos: 1 – Exames específicos para o pré-natal, com interesse maternofecal (hemograma, tipagem sanguínea, fator Rh, urina, urocultura, sorologia, glicemia, USG obstétrica). 2 – Exames determinados por intercorrências ou doenças associadas que justifiquem seguimento durante a gestação (função renal, cardíaca, fundo de olho, anemias). 3 – Exames para rastreamento de doenças potenciais na gestação, ligado às características dos serviços e do cliente, bem como as doenças prevalentes em cada região (rastreamento de diabetes, pré-eclampsia). 4 – Exames para rastreamento de doenças indiretamente ligadas à gestação, tem sua realização justificada pela oportunidade de estar diante de alguém que nunca teve oportunidade de buscar serviço médico. çã – Alimentação deve ser saudável, balanceada, estimular ingestão de água e fibras. A gravidez requer um aumento de 15% na ingestão calórica. A suplementação pode ser dividida em 3 períodos í ê – Fecundação até 12 semanas. Evitar exposição a agentes químicos e físicos, além de suplementação vitamínica, especialmente com ácido fólico (fechamento do tubo neural), em dose de 0,4 a 0,8mg/dia í – No segundo trimestre até o fim da gestação. O feto faz uma reserva que lhe assegura um crescimento e um desenvolvimento adequados. Por isso, a gestante deve ingerir complemento proteico e suplementação de ferro. Devido ao aumento do aporto de glicose, é nesse período que a mulher pode desenvolver diabetes gestacional í çã Ó – Deposição de cálcio no osso fetal e aumenta a necessidade de cálcio a ser suplementado até a lactação, a fim de minimizar hipocalcemia. – calorias (340kcal/dia no 2°tri e 452 no 3°tri), proteínas (1,1g/kg/dia), carboidratos (175g/dia), lipídios (peixes oleaginosos, ômega 3, 6). – Ferro (30mg/dia), ácido fólico (essencial até a 12° semana, dose diária de 0,4 a 0,8mg), cálcio (30g), vitamina A (2700UI), vitamina D (400/800UI), polivitamínicos são indicados para gestantes que não tem uma suplementação adequada na dieta. Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – No parto, o útero tem função de progredir o produto da concepção através das contrações. A contratilidade uterina tem importância em 3 situações: para a inibição do parto em casos de trabalho de parto prematuro, indução do trabalho de parto em casos necessários e no período pós-parto para miotamponamento e regressão do útero nos dias seguintes ao nascimento (contratilidade uterina no puerpério). Participam da mecânica do parto o conteúdo uterino (feto e anexos), a passagem materna representada pelas contrações uterinas representada pela bacia obstétrica e o motor, representado pelas contrações uterinas. O evento da contratilidade ocorre devido a modificações na estrutura miometrial, hipertrofia e hiperplasia das células. O miométrio é composto por células musculares lisas que apresentam diferenciação no sistema muscular, formada principalmente por fibras colágenas. A unidade gestora da contração uterina é o complexo proteico actina-miosina, fibras dispostas em feixes e envoltas por uma matriz de tecido conjuntivo composta por colágeno, cuja principal função é facilitar a transmissão de forças contráteis. As principais características das células musculares miometrais são a baixa sensibilidade a estímulos dolorosos, excitabilidade, capacidade elástica, tonicidade e capacidade contrátil. Durante a gestação, o miométrio apresenta crescimento constante e bloqueio protagênico, não sendo comum a ocorrência de contrações. O ó çõ s e da modificação cervical progressiva. O início é considerado quando a dilatação atinge 2cm, estando a atividade uterina compreendida entre 80 e 120 Unidades Montevidéu. As contrações se iniciam na parte superior do útero, local em que são mais intensas, e se propagam com intensidade decrescente pelo corpo do útero até atingir o segmento inferior. A cada contração uterina, durante o trabalho de parto, admite-se que sejam impulsionados do território placentário cerca de 300 mL de sangue, determinando aumento do retorno venoso ao coração e consequente incremento do volume ejetado na sístole cardíaca acontecem çõ é após a expulsão fetal, com a função de propiciar a dequitação fisiológica, são contrações indolores e após 2 a 3 a placenta é impelida para o canal de parto. Vale salientar que, durante as mamadas, a sucção do leite determina a liberação de ocitocina, o que causa aumento na frequência das contrações e ocasionalmente pode provocar desconforto na puérpera (dor de tortos). – O parto é caracterizado por contrações das fibras miometriais, cujas principais funções são a dilatação cervical e a expulsão do feto através do canal de parto. São contrações dolorosas, porém antes de iniciar, o útero sofre modificações fisiológicas e bioquímicas locais concomitantes ao aumento da frequência das contrações indolores (contrações Braxton Hicks), até que o verdadeiro trabalho de parto ocorra. As fases incluem: quiescência, ativação, estimulação e involução. ê Ausência de resposta aos agentes que determinam a – contratilidade uterina. Se inicia com a implantação do zigoto e perdura por quase toda gestação. Podem ocorrer contrações, mas elas não modificam a estrutura cervical e nem causam dilatação do colo uterino. çã – Prepara o útero e o canal cervical para o trabalho de parto, dura aproximadamente 6 a 8 semanas. Determina algumas modificações cervicais e caracteriza-se pela descida do fundo uterino çã – Dividido em 3 períodos (dilatação, expulsão e dequitação), os fenômenos mais importantes são as contrações uterinas efetivas. As contrações devem apresentar uma frequência regular, entre 2 e 5 contrações a cada 10 min, de intensidade 20 a 60 mmHg e duração de 30 a 90s çã – Retorno ao estado pré-gravídico (puerpério). Ocorre após a dequitação e se caracteriza-se pela contração persistente que promove involução uterina. çã – Inicia as primeiras contrações dolorosas, que modifica o cérvix, começa com as primeiras modificações cervicais e termina com a dilatação completa do colo uterino (10cm), permitindo a passagem fetal. Abrangem dois fenômenos distintos: esvaecimento do colo e dilatação cervical. Nas primíparas ocorre primeiro o esvaecimento, de cima para baixo, e depois a dilatação do orifício externo, já nas multíparas isso é simultâneo. O esvaecimento ou apagamento do canal cervical consiste na incorporação do colo à cavidade uterina. Próximo ao termo, ocorre um infiltrado inflamatório no canal cervical decorrente de mudanças locais que promovem a maturação cervical e da lise das fibras de colágeno. A dilatação do orifício externo do colo tem como finalidade ampliar o canal de parto e completar a continuidade do útero e vagina. À medida que a dilatação cervical progride, surge um espaço entre o polo cefálico e as membranas ovulares (âmnio e cório), no qual ficará coletado o líquido amniótico, cuja função é auxiliar nas contrações uterinas e descolamento do istmo. A apresenta-se com contrações mais eficazes (em coordenação e intensidade), massem determinar modificações na dilatação cervical, durando normalmente 8 horas, dilatando 0,35cm/h. Na fase ativa, inicia-se com a dilatação cervical de 4cm e dura em média 6horas em primíparas, com dilatação de 1,2cm/h e 3 horas nas multíparas com velocidade de dilatação de 1,5cm/min. O diagnóstico de trabalho de parto está condicionado à presença de contrações uterinas com ritmo e características peculiares, combinadas a alterações progressivas no colo uterino (esvaecimento e dilatação) e à formação da bolsa das águas. Dessa forma, nesse diagnóstico não se deve considerar isoladamente a presença de contrações ou mesmo quantificar a dilatação cervical, mas sim todo o conjunto: a presença de contrações uterinas (pelo menos duas em 10 minutos) associada a dilatação cervical (pelo menos 2 cm), esvaecimento cervical e/ou modificações progressivas no colo uterino ã – O feto é expelido do útero por meio das contrações uterinas e das contrações voluntárias dos músculos abdominais (puxos). Nesse período, ocorre a maioria dos fenômenos mecânicos do parto, e o canal de parto é completamente formado, sendo uma cavidade única. Se inicia com a dilatação completa e se encerra com Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – a saída do feto. Após a completa a dilatação, o útero fica imobilizado pela ação de contenção dos ligamentos largo (lateralmente), redondo (superiormente) e uterossacro (posteriormente). çã – O útero expele a placenta e as membranas após o nascimento do feto. Após o descolamento do seu leito uterino, a placenta desce através do canal de parto e é expelida pela rima vulvar. O descolamento ocorre depois da expulsão fetal, associada às contrações uterinas vigorosas e indolores. Há dois tipos de descolamento, o central (Baudelocque-Shultze) e o marginal ou periférico (Beudelocque-Duncan). – Conjunto de movimentos e fenômenos ativos e passivos do feto durante sua passagem pelo canal de parto. A progressão do parto é + ou facilitada de acordo com a relação – entre as características de forma e tamanho da pelve materna e as do produto conceptual. As apresentações cefálicas fletidas com variedade de posição anterior, além de mais comum, são as com melhores características para a progressão dos mecanismos de parto. Outros tipos de apresentação fetal (fletidas transversas, posteriores persistentes, defletidas e pélvicas), são considerados anômalos, em função da sua baixa prevalência. Apesar de o mecanismo de parto estar dificultado nessas ocorrências, não há necessariamente impedimento para o parto vaginal. çõ – Orienta a documentação do parto. Consiste em (relação das diversas partes fetais entre si, depende da disposição dos membros e da coluna vertebral, apresentando, na maioria das vezes, atitude de flexão). consiste na relação çã entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal, tendo como possibilidade de situação fetal longitudinal, transversa e oblíqua. A çã é definida como a região fetal que ocupa a área do estreito superior e nela se vai insinuar. Para que exista apresentação, é necessário que o volume da região fetal seja capaz de encontrar obstáculo na sua passagem pelo canal pelvigenital; portanto, não existe apresentação antes do sexto mês ou quando a parte fetal é um membro, visto que os respectivos diâmetros são muito inferiores aos da bacia. Quando a situação fetal é longitudinal, há duas possibilidades de apresentação: cefálica ou pélvica, dependendo do polo fetal que ocupa a região inferior do útero. Nas situações transversas, por sua vez, duas outras possibilidades ocorrem, nas quais se distinguem as apresentações córmicas (ou de ombro), em que o dorso fetal se apresenta anterior ou posteriormente, ou as apresentações dorsais superior e inferior, em que o dorso fetal se apresenta superior ou inferiormente Em termos gerais, insinuação, descida, rotação interna, desprendimento cefálico, rotação externa, desprendimento do ovoide córmico. Insinuação Passagem do maior diâmetro da parte apresentada, – perpendicular à linha de orientação fetal, pelo estreito superior da bacia materna. Na maioria das mulheres, quando a parte fetal apresentada está insinuada, significa que o ponto de referência ósseo fetal está no nível das espinhas isquiáticas maternas (plano 0 de De Lee ou terceiro plano de Hodge) ou muito próximo dele. a. A ocorrência de insinuação indica que o estreito superior é adequado para a passagem do feto, mas não permite inferir as características dos estreitos médio e inferior A insinuação nas apresentações . cefálicas fletidas varia conforme o tipo de bacia. Em 60% das gestantes, o feto orienta-se de tal forma a direcionar a sutura sagital no diâmetro transverso da bacia. Em primigestas a insinuação ocorre, na maioria das vezes, por volta de 15 dias antes do parto. Já em multíparas, a insinuação pode ocorrer a qualquer momento, desde antes do início do trabalho de parto até após a dilatação completa do colo uterino. Assinclitismo ocorre quando a sutura sagital se aproxima da pube e o parietal posterior desce até ultrapassar o promontório materno. Ao contrário, quando a sutura sagital está mais próxima ao sacro, mais baixo está o parietal anterior, e o assinclitismo é chamado de anterior . Durante o trabalho de parto, existe um . momento em que o parietal insinuado ultrapassa o ponto de referência da bacia óssea e, com o aumento da área abaixo do estreito superior, é possível mover lateralmente o polo cefálico. Isso traz a sutura sagital à mesma distância entre o púbis e o promontório, e a cabeça fica em sinclitismo nesse momento. – Passagem do polo cefálico (ou da apresentação fetal) do estreito superior para o estreito inferior da pelve. Enquanto a descida está ocorrendo, a insinuação pode não ter ocorrido ainda e a rotação interna está acontecendo concomitantemente O canal de . parto não é um cilindro regular, possuindo uma curvatura em sua porção mais inferior. Assim, o feto tem que atravessar esse canal de modo a adaptar-se ao cilindro contingente, cujo eixo possui forma de “J”. Para isso, ocorrem movimentos de flexão (anteroposterior e lateral, para reduzir os diâmetros), rotação e mecanismos de cavalgamento ósseo çã – Objetivo de coincidir o diâmetro anteroposterior do polo cefálico. Os diâmetros com maiores proporções variam, dependendo do estreito em que se encontra a cabeça fetal. Assim, o estreito superior apresenta maior dimensão no sentido transverso; no estreito médio, o sentido anteroposterior é maior ou eles têm iguais proporções; e no inferior, o anteroposterior é maior. Durante a descida do feto, ocorre movimento de rotação para locar o polo cefálico sob o púbis. Descreve-se assim um movimento de espira. A linha de orientação (sutura sagital) fica orientada na direção do maior diâmetro do estreito inferior (anteroposterior) ao terminar a descida. A rotação interna é essencial para que ocorra ultimação do parto, exceto quando o feto é muito pequeno. á – Ocorre com a descida final da cabeça fetal em posição occipitopúbica. Como o polo cefálico está em flexão, é necessário que ocorra movimento de deflexão ou extensão da cabeça para ocorrer exteriorização do maciço frontal. Por meio de duas forças antagônicas (contração uterina e resistência perineal), o feto é impulsionado para baixo e para fora do canal de parto. Ao vencer tal resistência, a cabeça fetal desfere movimento abrupto de extensão çã – Leva o occipício a voltar-se para o lado materno que ocupava no interior do canal de parto. A sutura sagital apresenta- se em sentido transversal ao a fenda vulvar ao fim desse tempo. Nessa ocasião, as espáduas, que se insinuaram no diâmetro oblíquo oposto ao da cabeça fetal, rodam, trazendo odiâmetro biacromial para o diâmetro anteroposterior do estreito inferior. Esse movimento que ocorre com os ombros se deve, aparentemente, aos mesmos fatores que determina a rotação interna da cabeça. ó – Exteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto. São mecanismos associados porque um se segue ao outro. Após a rotação das espáduas, o ombro anterior fixa-- se no subpúbis. Desprende-se então o ombro posterior por movimento de elevação e, em seguida, completa-se a expulsão da cintura escapular. Posteriormente ao desprendimento dos ombros, o resto do ovoide é prontamente expelido, não apresentando maior resistência Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – – Nutre de modo adequado a criança nos primeiros 6 meses. Quando alimentada apenas com leite materno até os 6 meses, a criança apresenta menor morbidade. Benefícios para o bebê incluem: diminuição de infecções como meningite bacteriana, bacteremia, diarreia, infecção do trato respiratório, enterocolite necrosante, otite, ITU, menor taxas de morte súbita, redução de hospitalização, redução de alergias, redução da obesidade, diminuição do risco de HAS, diabetes, melhor desenvolvimento. Já os benefícios para a mãe incluem: involução uterina mais rápida e redução na hemorragia uterina pós-parto devido a ocitocina, perda de peso da gestação, maior interação mãe- bebê, diminui risco de câncer de mama e ovário. O aleitamento materno não é recomendado quando mães são infectadas por HIV, mãe infectadas por HTLV1 e HTLV2, uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação, criança portadora de galactosemia, fenilcetonúria. Para que a monitorização do crescimento seja efetiva, é necessário a aferição adequada dos dados antropométricos e a pontuação exata nas referidas curvas de peso, comprimento, perímetro cefálico, IMC. O processo de crescimento é influenciado por fatores intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais), entre os quais se destacam a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança, que atuam acelerando ou restringindo tal processo. Durante os dois primeiros anos, um aspecto importantíssimo é o desenvolvimento afetivo (vínculo da criança com pessoas que ela interage de fora privilegiada). Nos anos pré- escolares, diferentes dimensões e estilos paternos têm efeitos sobre diferentes aspectos do desenvolvimento social e das personalidades das crianças: autoestima, desenvolvimento moral, conduta pró-social, autocontrole. A criança deve atravessar cada estágio segundo uma sequência regular, os estádios de desenvolvimento cognitivo são sequenciais, se ela não for estimulada no momento certo, ela não conseguirá superar o atraso do seu desenvolvimento. Baixo peso ao nascer e prematuridade são eventos que aumentam o risco da criança para alterações globais no seu desenvolvimento (distúrbios da linguagem, motricidade, aprendizagem, neuropsicomotor). Até o final do 3° mês de vida o bebê sorri, susteja a cabeça, descobre as mãos e brinca com elas, acompanha objetos com os olhos e vira a cabeça ao som. Dos 3 aos 6m busca objetos com as mãos e tenta segurá-los, leva- os a boca, vira-se sozinho, rola na cama, senta com apoio, descobre os pés. Acompanha os objetos com os olhos. Localiza o som. a. Este período assinala o início da fase cortical do desenvolvimento, ausência de memória dos reflexos primários, com mudança significativa do tônus muscular. A criança sente prazer em emitir e ouvir seu próprio som. Dos 6 aos 9m já senta sem apoio, usa braços e mãos para se equilibrar. Passa um objeto de uma mão à outra. Expressa suas emoções. Brinca de esconde-achou. Reconhece o rosto da mãe entre os demais e pode reagir à sua ausência com angústia. Gosta de ficar com quem conhece e pode estranhar as pessoas. Dos 9 aos 12 meses balbucia monossílabos e inicia-se com o não. Levanta-se e consegue ficar de pé com apoio, posteriormente, já fica em pé sozinho. Pode engatinhar e tentar dar os primeiros passos. Acompanha com os olhos objetos em qualquer postura. Localiza o som, em qualquer direção. Adquire desde os 9 meses a preensão tipo pinça: segura objetos com os 3 dedos, usando polegar. Dos 12 aos 36 meses as experiências sociais adquiridas, controle dos esfíncteres, andar e falar propiciam maior autonomia Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – A exposição de gestantes a determinadas doenças infecciosas pode culminar em disseminação transplacentária do patógeno e consequente infecção do produto conceptual, caracterizando infecção vertical. Infecções congênitas correspondem a importante causa de perdas gestacionais e de morbimortalidade pós-natal. As infecções congênitas podem ocorrer durante a gestação (pré-natais) ou durante o parto (paranatais). çã é - As relações entre o feto e a mãe são necessariamente feitas pelas membranas placentária e amniótica. Assim, as vias de penetração dos germes são divididas em dois grupos: via transplacentária (microrganismos do sangue materno atravessam a placenta e alcançam a circulação fetal) e via transamniótica. (germes da vagina e colo acometem a cavidade amniótica e o feto, é ascendente, geralmente após roptura das membranas). Infecções Paranatais Adquirida por contato direto com secreções – maternas durante a passagem do feto pelo canal do parto. As consequências dessas infecções, quando atingem o feto, dependem do período da gestação: período embrionário (até 1° trimestre, é o período mais vulnerável, muitos agentes podem ser letais e causar aborto ou produzir anomalias congênitas) e período fetal (2° trimestre em diante, caso a infecção seja muito grave há morte fetal, anomalias congênitas são menores) Diagnóstico da Infecção – Depende da doença a ser investigada com base em sinais e sintomas e na triagem neonatal. Utiliza-se muito exames a procura de resultados IgM e IgG, tendo como padrão ouro o exame de Reação de Cadeia de Polimerase no Líquido Amniótico (PCR-LA). í – Causada pelo Treponema palidum. Estágios de incubação, primária, secundária, latente inicial, latente tardia e terciária. A classificação mais recente utiliza a sífilis inicial e tardia (após 1 ano). A sífilis primária é caracterizada pelo cancro duro indolor na genitália e linfadenopatia. O estágio secundário ocorre de 6 semanas a 6 meses após a lesão primária. A espiroquetemia determina exantema maculopapular envolvendo todo o corpo, especialmente mãos e pés. Sintomas não específicos como febre, perda de peso e mal-estar ocorrem em 50% dos pacientes. A fase terciária ou tardia é o estágio de destruição tecidual que aparece 10 a 25 anos após a fase inicial em quase 35% dos pacientes não tratados. As lesões granulomatosas (gomas) podem ocorrer em qualquer órgão. O rastreamento é feito com o VDRL, mas a ocorrência de falso- positivos demanda a confirmação por FTA-Abs. Em geral, o VDRL torna-se positivo 1 a 3 semanas após o aparecimento do cancro duro. A sorologia VDRL na primeira consulta pré-natal é a medida mais importante para identificar os fetos de risco para a sífilis congênita. O CDC (2015) recomenda, ainda, a repetição do teste no 3o trimestre (28 semanas). A infecção transplacentária pode ocorrer em qualquer estágio da doença e idade gestacional O comprometimento fetal depende da treponemia materna A sífilis é responsável por perda fetal/natimorto, neomorto, parto pré- termo/baixo peso, infetante com sífilis congênita, prognóstico adverso globalOs achados na infecção fetal nesse exame representam uma resposta inflamatória robustado feto ao treponema e se mostram presentes apenas após a 20° semana de gravidez e inclui: hepatomegalia, aumento na velocidade sistólica máxima na artéria cerebral média, placentomegalia, polidrâmnio, ascite e hidropsia. Os cerca de 50% dos recém-nascidos infectados apresentam sífilis congênita precoce quando os sintomas aparecem nos primeiros 2 anos de vida, ou sífilis congênita tardia quando os sintomas se desenvolvem após os 2 anos de idade (infecção crônica dos ossos, nariz em sela, fronte olímpica) - Os hospedeiros intermediários são principalmente o porco, a ovelha e o ser humano; os hospedeiros definitivos são membros da família Felidae, e o exemplo típico é o gato doméstico.. Transmitido pela ngesta de carne crua ou malcozida, exposição a fezes de gatos contaminados com oocistos e transmissão vertical na gravidez. nfecção primária adquirida antes da gravidez não afeta o concepto, exceto em mulher imunodeprimida. É recomendado que após infecção por toxoplasmose a mulher espere 6 meses antes de engravidar. A infecção primária ocorrida na gestação pode ser transmitida ao feto pela via transplacentária. A invasão da placenta ocorre pelos taquizoítos onde eles se multiplicam. Essa doença pode determinar abortamento e malformação fetal, com graves repercussões no RN, podendo levar ao óbito. O risco de transmissão aumenta ao evoluir da gravidez, mas se diminui a gravidade. A tríade clássica, coriorretinite, hidrocefalia e calcificações intracerebrais (síndrome toxoplasmósica), está presente em 10%. Outros recém- nascidos exibem variedade de sintomas da infecção aguda – convulsões, esplenomegalia, febre, anemia, icterícia e linfadenopatia. Dos RN infectados e sintomáticos, de 10 a 15% morrem da doença, já os sobreviventes sofrem de retardo mental e outras deficiências neurológicas. Se a infecção ocorrer após a 20° semana de gestação, se torna menos grave. – Exame para toxoplasmose é obrigatório na primeira consulta pré-natal. Assim, passa a ser fundamental identificar quais dessas mulheres com IgM positivo foram infectadas antes ou durante a gravidez. Em caso de IgG + e IgM a infec o é – çã considerada antiga e o feto protegido. Diagnóstico fetal é feito por PCR-LA. Eventualmente, o diagnóstico pode ser feito por ultrassonografia, que mostra calcificações intracerebrais, ventriculomegalia, microcefalia, hepatoesplenomegalia e CIR acentuado. é - Após o período de incubação de 14 a 21 dias, a rubéola exterioriza-se como doença de pequena gravidade, caracterizada por linfadenopatia pós-auricular (precede em 5 dias o exantema); exantema maculopapular, que se inicia na parte superior do tórax, estendendo-se depois por todo o corpo; e febrícula. As complicações são mais comuns no adulto e incluem artralgia, artrite, encefalite, neurite e púrpura trombocitopênica A Secretaria de . Vigilância em Saúde notificou que a sorologia para rubéola não é mais um exame de rotina no pré-natal para detectar as pacientes suscetíveis, exceto em grávidas com manifestações clínicas e/ou vínculo epidemiológico Na gravidez, a infecção no 1o trimestre . determina a (SRC), caracterizada í é ê pela í çã í ; até 8 semanas a taxa de abortamento é de 20%. De 12 a 18 semanas, a incidência da SRC é de cerca de 35% e após 18 semanas, ela é de 0%. Outras manifestações são: CIR, púrpura, icterícia, hepatoesplenomegalia, microcefalia e retardo mental, meningoencefalite e doença óssea radioluzente. í - O CMV é um herpes-vírus. Esse grupo inclui os herpesvírus simples (HSV) dos tipos 1 e 2, o vírus varicela-zóster (VZV) e o vírus Epstein-Barr (EBV). Para a maioria das pessoas que adquirem a infecção pelo CMV após o nascimento, a sintomatologia é pobre, síndrome mononucleose-símile, com febre prolongada e Impresso por Marcos Nascimento, E-mail saxtenoralto@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/05/2023, 09:38:31 Carla Bertelli 4° Período – hepatite leve, com testes para mononucleose e hepatite negativos. Para a grávida, as duas vias mais comuns de exposição ao CMV são o contato sexual (sêmen) e o contato com a saliva e a urina de crianças pequenas infectadas. A infecção congênita pelo CMV é responsável por sequelas definitivas e morte na infância em maior número de casos que a síndrome de Down, síndrome alcoólica fetal e defeitos do tubo neural A infecção primária por CMV no 1o . trimestre da gravidez é responsável por 10 a 20% de rec -ém nascidos infectados sintomáticos e, desses, 30% morrem; dos que sobrevivem, 65 a 80% apresentam sequelas definitivas (perda da audição e comprometimento neurológico) Dos 80 a 90% . assintomáticos, 5 a 15% desenvolvem sequelas (perda auditiva neurossensorial). A infecção pelo CMV no 2o e no 3o trimestre da gravidez traz riscos mínimos de sequelas nos fetos infectados. - O herpes simples é uma doença infecciosa determinada pelo HSV com dois tipos sorologicamente distintos: tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2). O HSV-1 é o responsável pela infecção não genital (lábios, face, córnea, mucosa oral), e o HSV-2 está associado à infecção genital (pênis, uretra, vulva, vagina, cérvice, pele das coxas e das nádegas) A infecção por HSV do recém-nascido . pode ser adquirida de três maneiras: intrauterina, intraparto (paranatal) ou pós-natal. A época da transmissão na gravidez na maioria dos casos, cerca de 85%, ocorre durante o parto As . manifestações da infecção congênita intrauterina são muito graves e incluem microcefalia, hepatoesplenomegalia, CIR e natimortalidade. Bebês nascidos de mães com infecção primária genital de HSV próxima do termo eliminando o vírus no momento do parto apresentam risco 10 a 30 vezes maior de desenvolverem a doença em comparação com aqueles de mães com infecção recorrente, apesar de também estarem eliminando o vírus no parto. Isso se deve, em parte, à significativa transferência de anticorpos protetores maternos a partir do 7o mês de gravidez. - deve ser feito entre 48h de vida e o quinto dia de vida, sendo que a amostra é proveniente do calcanhar do RN. São triadas: deficiência de biotinidade, fenilcetonúria, fibrose cística, hemoglobinopatias, como anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e hipotireoidismo congênito. çã - exame indolor, através de um oxímetro de pulso que estima a concentração de oxigênio no sangue, sendo capaz de detectar problemas cardíacos congênitos complexos desde o nascimento - exame simples, rápido e indolor, que detecta problemas oculares congênitos que podem comprometer a visão do bebe como catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. Deve ser realizado em todos os recém-nascidos antes da alta da maternidade e repetido regularmente nas consultas pediátricas, pelo menos duas a três vezes por ano, nos três primeiros anos de vida. As principais causas de patologia ocular são toxoplasmose, catarata, retinopatia da prematuridade, alterações no SNC, etc. teste do reflexo vermelho é um teste que pode ser utilizado para detecção de doenças que comprometem a transparência dos meios oculares, como catarata, glaucoma, toxoplasmose, retinoblastoma, descolamento de retina tardios. - exames de emissões otoacústicas e/ou potencial evocado auditivo de tronco encefálico. É rápido, seguro e indolor e o ideal é que seja realizado a partir de 24h de vida do RN e antes da alta hospitalar.
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