Carla Bertelli – 4° Período Decorre de um processo inflamatório do capilar glomerular, caracteriza-se por disfunção renal de início abrupto e manifesta-se por oligúria, edema, hipertensão arterial, hematúria com cilindros hemáticos, proteinúria discreta ou moderada e retenção de compostos nitrogenados (azotemia). Ocorre redução da TFG e na fração de filtração – o fluxo plasmático renal pode não alterar, manter-se um pouco acima dos níveis normais ou sofrer queda, sempre menor que a fração de filtração. Processo inflamatório intraglomerular caracterizado por disfunção renal. Pode ser aguda, subaguda ou crônica. Pode ser causada por doença renal intrínseca ou constituir de uma parte de doença sistêmica. consiste em glomerulonefrite infecciosa, pós-infecciosa, nefropatia por IgA e nefrite lúpica. Um subgrupo de glomerulonefrite aguda, conhecido como glomerulonefrite rapidamente progressiva pode manifestar-se com insuficiência renal grave e progressiva. Como exemplo há a doença de Goodpasture, poliartrite. é mais comum em homens entre 6 e 10 anos de vida. A faixa etária da doença varia entre a primeira década de vida e após os 50 anos. – Processo inflamatório. O grau de inflamação glomerular determina a gravidade da disfunção renal e as manifestações clínicas associadas. Muitas das glomerulopatias apresentam distúrbios imunológicos subjacentes. É causada por processos inflamatórios que obstruem os lúmens capilares e lesam a parede capilar, essa lesão possibilita que hemácias entrem na urina e cause alterações hemodinâmicas que reduzem a TFG. Acumulação extracelular de líquidos, hipertensão, edema ocorrem em consequência da TFG reduzida e da reabsorção tubular aumentada de sal e água. Existem 2 mecanismos básicos para lesão glomerular: (1) anticorpos que se ligam a um componente estrutural do outro material implantado nos glomérulos, pode ter formação de anticorpos circulantes dirigidos contra a membrana basal glomerular. (2) formação de complexos antígeno-anticorpo circulantes que escapam do sistema reticuloendotelial e se depositam nos glomérulos. - Edema, oligúria, sintomas urêmicos. Pacientes podem apresentar hipertensão, que pode ser maligna em alguns casos. Exantema malar e úlceras orais, púrpura palpável de HenochSchonlein e crioglobulinemia ó - Urina pode apresentar hematúria macroscópica escura, eritrócitos dismórficos ou deformados em consequência do estresse osmótico e químico que sofrem quando passam pelo néfron. Os eritrócitos urinários com vesículas ou projeções semelhantes a bolhas na membrana fornecem uma forte evidência de causa glomerular para hematúria. Podem ser observados cilindros hemáticos. Proteinúria baixa. No soro observamos o estado eletrolítico e estimamos a TFG, a fim de documentar o grau de disfunção renal. O hemograma revela anemia, trombocitopenia e leucopenia. Outros exames podem ser títulos de antiestreptolisina O (ALSO), pesquisa de hepatite, níveis de complemento, anticorpos anticitoplasma de neutrófilos, Anti-MBG e marcadores de doença por imunocomplexos como FAN e anti-DNA. ê ç – A ativação local de Tolls nas células glomerulares, deposição de imunocomplexos ou lesão infligida pelo complemento induz a infiltração de células mononucleares que produzem uma resposta imune adaptativa atraída ao rim pela liberação local de quimiocinas. Neutrófilos, macrófagos e células T são atraídas pelas quimiocinas para dentro do tufo glomerular, onde reagem com antígenos e epítopos, produzindo mais citocinas, mais proteases que lesionam o mensângio, os capilares e a MBG. Célula T tem um importante papel no mecanismo da glomerulonefrite. Os antígenos apresentados pelas moléculas do complexo de histocompatibilidade principal MHC de classe II nos macrófagos e nas células dendríticas em combinação com moléculas de reconhecimento associativo participam do repertório das células TCD4/8. As células mononucleares podem lesionar o rim, porém os eventos autoimunes que lesam o glomérulo produzem uma resposta imune humoral. Tipicamente, glomerulonefrite pósestreptocócica, nefrite lúpica e membranosa idiopática estão associadas a imunodepósitos ao longo da MBG, enquanto anticorpos anti-MBG produzem ligação linear da doença anti-MBG. Os imunocomplexos pré-formados podem precipitar ao longo do subendotélio na MBG, enquanto outros imunodepósitos são formados in situ. Esses depósitos se acumulam quando anticorpos circulantes encontram seu antígeno encarcerado ao longo da borda subepitelial. Os imunodepósitos no mesângio glomerular podem resultar da deposição de complexos circulantes pré-formados ou de interações antígeno-anticorpo in situ. Os imunodepósitos estimulam a liberação de proteases locais e ativam a cascata de complemento. Oxidantes locais lesam as estruturas glomerulares produzindo proteinúria e apagamento dos podócitos. ó ó – Mesma coisa que glomerulonefrite proliferativa endocapilar aguda. Infecções de pele e de garganta por determinados tipos de M estreptococos procedem a doença glomerular. Doença imunomediada que envolve supostos antígenos, imunocomplexos circulantes e ativação do complemento. Manifesta-se com hematúria, piúria, cilindros hemáticos, edema, hipertensão e lesão renal aguda – Ocorre em pacientes que permanecem não tratados por período prolongado, com hemocultura negativa ou que apresentam endocardite do lado direito. Ocorre deposição de imunocomplexos circulantes no rim e ativação do complemento. Há hematúria, piúria, proteinúria leve. ú – Depósito de imunocomplexos circulantes que ativam a cascata do complemento, levando a lesão mediada por complemento, infiltração de leucócitos, ativação de fatores prócoagulantes e liberação de várias citocinas. Formação de imunocompelxos in situ. Sina clínico mais comum é proteinúria, hematúria, hipertensão, graus variáveis de disfunção renal e sedimento urinário ç – Autoanticorpos dirigindos contra antígenos da membrana basal. Lesão rim-pulmão (Goodpasture). Considerada uma conformeropatia autoimune. Células T restrita ao MCH iniciam a resposta aos autoanticorpos, uma vez que os seres humanos são intolerantes aos epítopos criados por assa estrutura – Hematúria episódica associada ao depósito de IgA no mesângio. É a forma mais comum. Mediada por imunocomplexos definida pela presença de depósitos mesangiais difusos de IgA e frequentemente associados com hipercelularidade mesangia.l Tem ainda vasculite de pequenos vasos induzidas por ANCA, glomerulonefrite membranoproliferativa e mesangioproliferativa. Carla Bertelli – 4° Período Surgem como doença renal primária (idiopática) ou pode ocorrer em associação a qualquer um dos vários distúrbios sistêmicos ou doenças hereditárias. As doenças glomerulares primárias mais comuns consistem na nefropatia membranosa, glomeruloesclerose segmentar e focal, doença por lesão mínima e glomerulonefrite membranoproliferativa. Reflete lesão não inflamatória na parede do capilar glomerular. A doença glomerular subjacente resulta em proteinúria, que ocorre em consequência da alteração na seletividade da carga e do tamanho da parede capilar glomerular. O que aumenta a permeabilidade glomerular às proteínas plasmáticas. Assim, a albumina é a principal proteína perdida na urina. Ne manifesta classicamente com proteinúria maciça, hematúria mínima, hipoalbuminemia no sangue, hipercolesterolemia, edema e hipertensão. Se não for estabelecido o diagnóstico ou não for instituído tratamento, algumas dessas síndromes podem lesar o número de glomérulos reduzindo a TFG e levando a disfunção renal Ocorre alteração na permeabilidade glomerular por lesões estruturais ou anormalidades funcionais, caracteriza-se por proteinúria maciça. Edema é causado principalmente devido a redução da pressão oncótica do plasma (hipoalbuminemia), pode ser intenso e difundo,