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O registro é o ato subsequente à intervenção psicológica. O mesmo deve cumprir requisitos de organização e sistematização. São de caráter confidencial, e na relação com outros profissionais, determina-se que o repasse de informações limite-se ao necessário. Tais dados só podem ser compartilhados com quem é obrigado ao sigilo por força de um código de ética. O Conselho postula o registro das informações necessárias ao cumprimento dos objetivos do trabalho quando há necessidade do compartilhamento das mesmas. É obrigatório o registro das intervenções utilizadas pelo psicólogo, também sendo aplicada a estudantes em estágios acadêmicos. -Os preceitos normativos para o registro documental em contextos de estágio Prevê-se que os serviços psicológicos prestados por serviços-escola também devem seguir as normas de registro, tendo que constar a assinatura do estagiário e do psicólogo responsável. Tal registro deve ser de todos os atos psicológicos realizados, sejam individuais, grupais ou comunitários, sempre passando pelo psicólogo supervisor. -As modalidades de registro documental e a organização de arquivos no SPA Quando o registro não for cabível, os arquivos devem ser transcritos em documentos adequados. Quando o trabalho se der em âmbito multiprofissional, deve ser feito um prontuário único, estando à disposição dos conselhos regionais para fiscalização. O prontuário é um documento composto pelo conjunto de registros relativos à assistência prestada, assume caráter legal, sigiloso e científico. Os prontuários psicológicos podem ser elaborados como "fichas psicológicas", como anexo ao prontuário único. O prontuário deve conter: a) identificação do usuário/instituição; b) avaliação da demanda e definição de objetivos de trabalho; c) registro da evolução do trabalho e dos procedimentos técnico-científicos adotados; d) registro de intervenção; se ainda em curso, interrompida ou encerrada e e) cópias de outros documentos produzidos pelo psicólogo. O objetivo do registro documental é historiar a assistência prestada, ou seja, todos os atos psicológicos praticados e todas as intervenções. Devem ser registrados os atendimentos efetivamente realizados, recusados, não realizados por impedimentos, interconsultas com outros profissionais e todas as ações que contemplam a prática do psicólogo e não apenas o caráter clínico de sua atuação. -A formalidade do registro documental e a escrita por estagiários O registro tem valor formal e jurídico e exige uma escrita adequada. Os estagiários estão sujeitos ao erro, sendo cabível ao supervisor orientar o cumprimento adequado da regra. O SPA deve atender a legislação, mas também tem autonomia para constituir seus próprios formulários e modalidades de arquivo. O beneficiário desde o início deve ser informado do registro de seu tratamento. -A ética profissional e a construção da interdisciplinaridade Na interdisciplinaridade, a troca de informações de forma responsável e ética é estimulada. O prontuário é do paciente, sua elaboração é uma construção coletiva e deve favorecer a compreensão e a continuidade do cuidado. -O sigilo e a guarda do registro documental em campo de estágio O dever do sigilo estende-se a todos os atores envolvidos, limitando o uso das informações. A autorização do conhecimento desses documentos não implica o direito à sua divulgação fora dos limites restritos. O sigilo também se aplica às discussões de casos em contextos profissionais e de supervisão de alunos. Os arquivos devem ser mantidos em local sigiloso e privativo, sendo responsabilidade do psicólogo e/ou instituição em que ocorreu o serviço. O período de preservação mínimo é de 5 anos, podendo ser ampliados em casos específicos. O acesso integral às informações registradas fica garantido ao usuário ou seu representante legal.
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