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FILOSOFIA - unidade 2

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FILOSOFIA MEDIEVAL 
• Foi desenvolvida na Europa durante o período da Idade 
Media. 
• É a relação entre a experiência humana e a existência do 
sagrado, por meio da busca de provas racionais e lógicas 
de que o sagrado existe e rege a vida humana. 
• O poder político exercido pela religião nesse período his-
tórico faz com que seja impossível separar a influência da 
religiosidade na vida cotidiana de todas as pessoas. 
→ Outra dificuldade é separar filosofia e teologia no pen-
samento medieval, pois a fé e a divindade são o tema 
principal tratado pela filosofia, que se torna teológica por 
consequência. 
• Idade das Trevas: a Idade Média se fez com luzes e som-
bras, que fundamentam que, acerca dela, se tenham pro-
duzido lendas douradas e lendas negras. 
→ O classicismo em ruínas foi responsável pela subsistên-
cia de um fundo de civilização (positivo) que, embora 
medievalizado (negativo), serviu como mediação entre 
a antiguidade clássica e a modernidade. Os bárbaros 
foram responsáveis pela regressão cultural (negativo), 
mas, ao mesmo tempo, acolheram, a seu modo, valores 
clássicos e valores cristãos (positivo). O cristianismo re-
volucionou positivamente a visão e a prática da vida tí-
picas do paganismo (positivo), ainda que se tenha dei-
xado levar por excessos de vária ordem (negativo) 
APOLOGÉTICA 
• Apologética: é a defesa da fé baseada em argumentos. 
Ela visa responder perguntas que podem afastar uma 
pessoa de Deus e rebater críticas que tentam desmerecer 
a veracidade da religião 
• Uma das grandes questões que surgem neste momento 
é sobre como conciliar fé e razão. No plano político, é so-
bre como conciliar a doutrina cristã e a cidadania romana 
no lado oriental do Império. 
 pensadores cristãos 
Aqueles que buscam con-
ciliar o cristianismo com a 
filosofia grega(pagã do 
ponto de vista cristão) 
Aqueles que repudiam 
por completo a filosofia 
pagã e fazem apologia 
ao cristianismo 
• A Igreja constituía uma espécie de Estado dentro do Es-
tado, uma vez que os cristãos se recusavam a cumprir 
determinadas obrigações de cidadãos por contrariarem 
a doutrina cristã. Quanto maior a seita cristã se tornava, 
maior a ameaça que representava. 
→ Um anticristão chamado Celso afirmou, que eram como 
bárbaros no interior do império. Ou seja, comparou a 
ameaça cristã à ameaça que os povos bárbaros repre-
sentavam no entorno das fronteiras romanas 
→ Enquanto Celso acusava os cristãos de criarem um Es-
tado à parte e recriminava esta conduta, um apologista 
de nome Tertuliano, um dos mais famosos por seu rigor, 
reivindica exatamente o status de secessão. Afirma que 
a República dos cristãos é o mundo e que o Imperador 
não tem nenhum valor em si, é apenas um instrumento 
de Deus. 
→ Orígenes foi um apologista de grande relevância e de 
características mais moderadas que Tertuliano, pois 
aceita a importância da filosofia grega, acreditando que 
os pagãos entreviram a verdade. Por se alinhar com as 
teorias dualistas, defende que as escrituras sagradas 
possuem dois sentidos, um mundano e um espiritual. 
• Filosofia cristã: com o desfacelamento do Império Ro-
mano. A ascensão da Igreja assume papel religioso, eco-
nômico, social. A difusão do cristianismo ocorre na base 
da lógica de que a fé é a fonte da verdade e que o im-
portante é a salvação da alma, para a vida eterna. Trata, 
então, de questões eminentemente teológicas como a 
trindade, a dualidade liberdade versus salvação, a relação 
entre fé e razão. 
PATRISTICA 
• Foi uma vertente filosófica que teve inicio no período de 
transição entre Idade Media e a Antiguidade, é conside-
rada a primeira fase da filosofia medieval. 
• Sua principal característica era a expansão do Cristia-
nismo na Europa e o combate aos hereges. Por isso. essa 
doutrina filosófica foi representada pelo pensamento dos 
Padres da Igreja, que gradualmente auxiliaram na cons-
trução da teologia cristã. 
→ Santo Agostinho foi o maior representante da filosofia 
patrística. Para ele não havia contradição entre fé e ra-
zão. 
• Para Santo Agostinho, as sensações são as ações que a 
alma exerce sobre o corpo e nos informam sobre objetos 
instáveis, contingentes (fatos) e o conhecimento nos 
filosofia 
 
Unidade 1 
ALICIA CAVALCANTE 
 (86) 995118095 | @aliciacavalcantx 
 
 
mostra a verdade, que é necessária, imutável e eterna 
(regras). 
→ Na relação alma e corpo, o cristão afirma que o homem 
é a unidade da alma e do corpo, mas o filósofo recai na 
afirmação platônica de que o homem é uma alma que 
se serve de um corpo. A alma é superior ao corpo e dele 
não sofre influência e se une ao corpo pela ação que 
exerce para vivificá-lo. 
• Tinha como foco a disseminação do cristianismo, a de-
fesa da religião cristã e a refutação ao paganismo. 
FILOSOFIA GREGA 
MUNDO Eterno, sem começo, nem 
fim. 
VERDADE Tudo devia ser questio-
nado, à luz da razão, e 
dessa forma, a verdade 
seria encontrada. 
CRISTIANISMO 
MUNDO Criado por Deus com co-
meço e fim. 
VERDADE Dogmas eram verdades 
imutáveis e não pode-
riam ser discutidas, nem 
entendidas, por conta da 
limitação humana 
JUSNATURALISMO 
• Direito que, pautado na condição humana e na essência 
das coisas, não depende de leis, convenções ou legisla-
ções. 
• Defende um direito natural se constitui por um sistema de 
normas de conduta que regulam as relações humanas, e 
que é alcançado por meio da razão, independente da 
vontade de Deus 
• A definição de justiça de Agostinho é jusnaturalista: “dis-
posição do espírito, que respeitando a utilidade comum, 
que atribui a cada um seu valor” e que tem sua origem na 
natureza. Direito natural é fruto de uma força inata. 
→ Lex temporalis é a lei positiva; 
→ Lex aeterna é a eterna, da razão suprema; 
→ Lex naturalis é a natural, racional. 
JUSTIÇA HUMANA 
É a que se realiza entre os homens e é imperfeita, pois 
é feita pelos homens, cuja natureza está corrompida 
JUSTIÇA DIVINA 
É a que tudo governa e preexiste no céu; é absoluta, 
imutável e perfeita. Deus produz nos homens as leis 
através da justiça divina 
ESCOLASTICA 
• Foi um período de intensa produção filosófica e de valori-
zação do conhecimento científico e da junção entre fé e 
razão. 
• Surge no ambiente cultural das escolas e das primeiras 
universidades, a partir do século IX, no contexto político do 
Império Carolíngio, em que o rei Carlos Magno promoveu 
uma verdadeira renascença cultural estimulando as artes 
e a educação. 
→ Houve uma retomada do período clássico 
• A principal característica da escolástica, é a integração 
entre a razão (de base greco-romana) com a fé cristã 
(baseda na Bíblia). Porém, vale ressaltar que para os filó-
sofos escolásticos, a fé devia se sobrepor à razão. 
• Fases do período escolástico: 
→ Primeira: os pensadores demonstram confiança na exis-
tência de uma harmonia perfeita entre fé e razão, entre 
os séculos IX e XII; 
→ Segunda: elaboração de grandes sistemas filosóficos 
em que se postula a possibilidade de uma harmonia 
parcial entre fé e razão, entre os séculos XIII e XIV; 
→ Terceira: decadência da escolástica e a aceitação das 
diferenças fundamentais entre fé e razão 
• São Tomas de Aquino foi o “Príncipe da Escolástica”. 
→ Como maior representante dessa corrente de pensa-
mento, seus estudos foram chamados de Tomismo. Por 
fim ele foi nomeado Doutor da Igreja Católica em 1567. 
→ A justiça em Tomás de Aquino deve ser estudada sob o 
ponto de vista da ação humana, da práxis, da virtude de 
dar a cada um o que é devido 
• O homem na concepção tomista é composto de corpo 
(que é corruptível, material e mortal) e alma (que é in-
corruptível, imaterial e imortal). Esse homem é dotado de 
faculdades, que ele classifica em vegetativas, sensitivas e 
intelectuais. 
→ faculdade vegetativa: exerce as atividades das quais 
desconhece forma e fim, são tarefas fisiológicas. 
→ faculdade sensitiva: executa e aprende a forma do agir. 
faculdade intelectual: sobrevive,executa atividades e 
ainda apreende a forma e o fim de suas ações. 
→ faculdade intelectual: diferencia o homem dos outros 
seres dotados de alma 
• O conceito cristão tomista de indivíduo aparece, assim, 
como o de um ser dividido de todos os outros seres e, por 
sua vez, não divisível em outros seres. A humanidade 
existe em cada homem, e é inclusive porque há homens 
que a espécie humana existe. Um homem, ao contrário, é 
distinto de todo outro homem e não se poderia dividi-lo 
 
em vários sem o destruir; é por isso que o chamamos de 
‘indivíduo’ 
• O conhecimento se constrói a partir da experiência sensí-
vel com as coisas, pois para a escolástica nada está no 
intelecto que primeiro não tenha passado pelos sentidos. 
Assim, as sensações usam a razão como ponto de apoio 
para construir o conhecimento e com o uso racional das 
experiências é possível ao homem discernir entre fins de-
sejáveis e não desejáveis e eleger os meios para alcançá-
los. 
• A ética incide sobre o agir, sobre a razão prática, o que 
Tomás de Aquino denomina sinderese: conjunto de co-
nhecimentos conquistados a partir da experiência habi-
tual, com base nos quais se podem construir conceitos 
sobre o que é bom e mau, justo e injusto. 
• Na ética do coletivo, Tomás de Aquino segue o aristote-
lismo: a ética deve presidir o convívio social, a autoridade 
dirigente da sociedade deve ser prudente na busca do 
bem comum. 
• O princípio da razão prática de fazer o bem e evitar o mal 
será o pano de fundo da teoria tomista da justiça. O ho-
mem, guiando-se pelos princípios que extrai da experiên-
cia, forma sua lei natural, seu hábito interior. 
→ Essa lei natural é racional (vem da razão prática e sin-
derética); rudimentar (não corresponde à totalidade do 
direito); insuficiente e incompleta (necessita de uma lei 
humana positiva para efetivar-se). 
→ O jusnaturalismo tomista prega uma justiça variável e 
contingente como a razão humana. 
• Conceitos de justiça 
→ justiça comutativa: para as relações entre indivíduos 
particulares, em condição de igualdade; 
→ justiça distributiva: para relações entre Estado e indiví-
duos, ou seja, a relação da parte com o todo, atribuindo 
a cada parte o que lhe é devido a partir da participação, 
capacidade ou mérito em sua atuação na sociedade. 
→ Na Suma Teológica, a justiça é definida como “o hábitus, 
pelo qual, com vontade constante e perpétua, se dá a 
cada um o seu direito” ou, ainda, “o ato de justiça con-
siste precisamente em dar a cada um o que é seu” 
NOMINALISMO MEDIEVAL 
• Doutrina filosófica segundo a qual o conceito é apenas 
um nome acompanhado de uma imagem individual, 
sendo os universais (espécies, gêneros, entidades) puras 
abstrações, sem realidade (opõe-se a realismo). 
→ Não admite a existência do universal (conceito abs-
trato), nem no mundo material, nem no mundo inteligí-
vel. 
→ Os nominalistas irão defender que universais são ape-
nas palavras e que nós humanos classificamos as coi-
sas por suas propriedades, mas que na realidade não 
há universais. Esta corrente foi iniciada por Abelardo, no 
século XII, que defendeu que os universais seriam as pa-
lavras como portadoras de significado. 
FILOSOFIA MEDIEVAL 
• O traço que marca a produção filosófica medieval é a 
permanente discussão a respeito da relação entre razão 
e fé. Isso faz com que os contornos do pensamento me-
dieval sejam, naturalmente, permeados pela teologia. 
→ O estudo dos pensadores do período nos faz perceber 
que existe uma forte conexão entre teologia e filosofia, 
existindo, de certo modo, até mesmo uma submissão da 
filosofia à teologia. Essa submissão terá fim com a Mo-
dernidade, que separa definitivamente os dois campos 
de estudos. 
• Como reação ao caráter racionalista que a escolástica 
começou a assumir, encontramos o fortalecimento de 
manifestações de pensadores que podem ser agrupados 
dentro do que chamamos de mística cristã, movimento 
que se inicia na Idade Média e cujo período de ouro dura 
até o século XVII 
• Mística Especulativa: apresenta um caráter filosófico em 
que, através do pensamento, busca-se penetrar o misté-
rio do Ser, sendo, portanto, uma mística do conhecimento 
→ São patronos da mística especulativa cristã alguns dos 
representantes mais ilustres da Patrística grega: os ale-
xandrinos Clemente e Orígenes, o capadócio São Gre-
gório de Nissa, denominado o “pai da mística cristã”. 
Evágrio Pôntico, os escritos chamados pseudodionisia-
nos, Máximo Confessor 
→ Os temas inaugurados por Platão (o Bem e o Uno, por 
exemplo) servirão recorrentemente como fundamento 
de experiências místicas especulativas ao longo da his-
tória. Destacadamente, a questão da ascese proposta 
pelo discípulo de Sócrates em que a experiência do co-
nhecimento (que está ligada ao amor) consiste no ca-
minho de abandono das ilusões e ascese ao verdadeiro. 
• Mística Mistérica: essa denominação se presta a delimitar 
o espaço em que atua a mística, bem como colocar em 
destaque o mistério do rito ou do culto como espaço pri-
vilegiado da experiência do sagrado. O mistério se revela, 
mas não se racionaliza 
• Mística Profética: é a forma original da mística cristã, so-
bre a qual devem apoiar-se as formas cristãs da mística 
especulativa e da mística mistérica. Suas origens são o 
Novo Testamento, o livro sagrado cristão por excelência, 
embora elementos possam ser encontrados no Antigo 
 
Testamento também. A vida contemplativa é a estrutura 
a ser colocada em prática para se buscar alcançar a ple-
nitude, por meio da correspondência entre Palavra e Fé. 
FILOSOFIA MODERNA 
• É uma corrente ideológica que surgiu no século XV e pre-
valeceu até o final do século XVIII, marcando uma mu-
dança de pensamento medieval - que até então era vol-
tado à fé cristã - para a reflexão em torno do conheci-
mento humano e valorização da razão. 
• As principais características das filosofias modernas são 
a valorização da razão e seu uso como meio de alcançar 
as verdades, a busca pelo controle e a previsão dos 
acontecimentos, a busca por valores e saberes absolutos 
e generalistas. 
• O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e 
político, surgido na Itália no século XIV e se estendeu até o 
século XVII por toda a Europa. Inspirado nos valores da 
Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações eco-
nômicas, o Renascimento reformulou a vida medieval, e 
deu início à Idade Moderna. 
• O pensamento iluminista acreditava que a natureza di-
vina estava presente no próprio indivíduo e, por isso, a ra-
zão e o experimento eram meios seguros de compreen-
são da essência divina. Inspirados pelas leis fixadas nas 
ciências naturais, os iluministas também defendiam a 
existência de verdades absolutas. 
→ A filosofia iluminista direcionava-se para objetivos prá-
ticos, visando reformar as instituições políticas, sociais e 
econômicas para levar a sociedade humana à felici-
dade. Por isso atacava a intolerância, os privilégios da 
nobreza e do clero e, sobretudo, a falta de liberdade. 
→ O Iluminismo, ou Era da Razão, começou na Europa no 
século XVIII e se difundiu por muitas partes do mundo. 
Os pensadores iluministas se opunham ao poder abso-
luto dos reis e da Igreja Católica, usando a razão (pen-
samento lógico) e a ciência para criticar esse poder. 
RAZÃO E LIBERDADE 
• A razão tem de considerar-se a si mesma como a autora 
de seus próprios princípios, por isso, ele tem de conside-
rar-se como livre, sendo, portanto, a vontade de todo ente 
racional uma vontade livre, ou seja, que age segundo a 
ideia da liberdade. 
• Liberdade é classificada pela filosofia, como a indepen-
dência do ser humano, autonomia, auto-determinação, 
espontaneidade e intencionalidade. A liberdade pode ser 
entendida em um sentido amplo ou mais restrito, pensado 
como liberdades e definidas pelo Direito.

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