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2
NOELI PIOVOVAR
BIBLIOTECAS PÚBLICAS FRENTE À INCLUSÃO DIGITAL
COLORADO DO OESTE-RO
2022
UNIMINAS
NOELI PIOVOVAR
BIBLIOTECAS PÚBLICAS FRENTE À INCLUSÃO DIGITAL
Artigo Científico apresentado à Uniminas, como parte das exigências para a obtenção do título de Pós-graduação (Nome do título almejado).
Orientador: Prof.ª Sihara Toledo.
 
COLORADO DO OESTE-RO
2022
Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4 
2. A BIBLIOTECA PÚBLICA NO FORMATO FÍSICO.........................................................................5
3. A INCLUSÃO DIGITAL NAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS...............................................................8
4.AS LIMITAÇÕES NAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS FRENTE AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO ...................................................................................................................................11
5.CONCLUSÃO...................................................................................................................................14
6. REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................16
RESUMO
Este artigo tem como objetivo descrever sobre como ocorre o trabalho nas bibliotecas públicas frente a inclusão digital.As investigações pautaram-se na pesquisa bibliográfica sobre os autores como: Barsotti, 1990; Biblioteca, 2000; Castrillón, 2011; Ferreira, 2006; Gusmão, 2001; Houaiss, 2001; Lemos, 1998;Lourenço, 1998; Macedo, 2005; Marcondes; Mendonça; Carvalho, 2006; Mendes, 2004; Mey; Silveira, 2009; Milanesi, 1988;Míssio, 2007; Moreno; Santos, 2009; Oliveira,1972; Rosa, 2009; Rodrigues e Prudencio, 2009; Rodrigues, 2018; Rowey, 2002; Souto, 2005; Teixeira e Cantanhede, 2006; Valentin, 2002; entre outros. Busca-se respostas para as seguintes indagações: Qual a função da Biblioteca pública? Como ocorre a inclusão digital nas bibliotecas públicas? Quais as limitações nas bibliotecas públicas frente as tecnologias da informação? Este artigo não tem respostas prontas e definitivas, mas procura apontar viés que norteiam o desenvolvimento do trabalho realizado nas bibliotecas públicas no contexto das novas tecnologias. Evidenciar a realidade hoje nas bibliotecas públicas perante a inclusão digital com novos formatos de recursos informacionais, periódicos eletrônicos, utilização de bibliotecas digitais e o Portal de Periódicos da Capes, tem modificado o acesso das pessoas às bibliotecas físicas. Porém há os que preferem o livro físico, nesse interim a proposta interessante seria mesclar as bibliotecas com livros físicos e os de acesso virtual.
Palavras-chave: Biblioteca Pública. Inclusão Digital. Tecnologia da Informação.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo tem como ponto de partida discutir a importância das bibliotecas públicas – físicas, frente a tecnologia da informação. Atualmente muitas pessoas deixaram de visitar bibliotecas físicas em detrimento das pesquisas via internet.
 A metodologia utilizada na elaboração deste artigo foi a pesquisa bibliográfica. Os objetivos gerais e específicos se baseiam na procura da compreensão relacionadas a desvelar quais os métodos utilizados nas bibliotecas públicas e apresentar as principais contribuições das tecnologias da informação atuais nas práticas de leituras. Busca-se compreender o fenômeno da tecnologia da informação no contexto das leituras realizadas nas bibliotecas públicas; analisar o processo de inclusão das tecnologias nas práticas bibliotecárias e apresentar as contribuições de acordo com posicionamento de autores que se manifestam sobre a questão. 
Em relação as bibliotecas públicas, Ferreira (2006) assegura que: 
Em se tratando das bibliotecas públicas, elas existem desde tempos imemoriais, sendo responsáveis pela preservação e difusão do conhecimento produzido pela humanidade. A filosofia do trabalho desenvolvido pelas bibliotecas públicas está fundamentada na democratização e socialização do saber, favorecendo aos indivíduos a descoberta do mundo da escrita e poder para assim elevar seus conhecimentos para tomada de decisões com vista à transformação da sociedade. (FERREIRA, 2006 p.10)
 A investigação assumiu cunho exploratório, com base em fichamentos elaborados a partir das obras estudadas, a fim de subsidiar a compreensão da temática em questão em diversos suportes .A base teórica revela que com a introdução das ferramentas tecnológicas na Biblioteconomia ocorreram diversas mudanças nas práticas e na mentalidade dos bibliotecários, demandando atenção para desenvolver o desafio proporcionado pela era digital e os serviços que atendam às necessidades dos usuários, ou seja, é necessário adaptar-se ao novo. Nessa instancia Teixeira e Cantanhede (2006, p. 3) evidenciam que, com: “[...] o crescimento contínuo das áreas do conhecimento e o advento de novas tecnologias, torna-se inevitável a adoção da automação nos processos de uma biblioteca, objetivando a recuperação da informação bem como sua disseminação de forma rápida e precisa”.
A inclusão digital no Brasil nas bibliotecas públicas tem suas limitações. Muitas estão em situação insatisfatória, incapazes de oferecer ao usuário exemplar físico atualizado ou tecnologia atual para transformar a realidade social por meio das informações obtidas pela leitura. 
Nesse interim, destacou-se o trabalho do Bibliotecário frente as tecnologias e adaptação de acordo com as limitações em espaço público atual, e a busca de mudanças de acordo com as necessidades dentro da biblioteca na qual há demanda por otimizar, agilizar processos dentre outras melhorias com a inserção das tecnologias da informação. 
REVISÃO DA LITERATURA
1. A BIBLIOTECA PÚBLICA NO FORMATO FÍSICO
A biblioteca é a disseminação e acesso acultura da informação, sendo, pois, espaço de transformação social na qual os seus usuários podem ter acesso a cultura local ou do mundo, serve também como ambiente de aprendizado coletivo, e principalmente a valorização histórica de determinado lugar. Para Castrillón a Biblioteca Pública é vista como:
(...) de maneira mais comprometida e ativa, acompanhe o indivíduo e a comunidade organizada em direção a uma leitura crítica da realidade, a partir do debate público dos temas que a afetam, com vistas a uma participação consciente em sua transformação. Em outras palavras, que contribua para criar cidadãos mais bem formados e mais bem informados (CASTRILLÓN, 2011, p. 84).
A priori a biblioteca é geralmente espaço físico com capacidade para guardar de livros de contendo conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo dos anos, atualmente esse conceito foi ampliado para espaço virtual, com vasta capacidade de dados armazenados. Assim, de acordo com HOUAISS (2001) a palavra “biblioteca” vem da origem do grego biblíon que significa livro, e teke sendo, pois, caixa, e/ou depósito, tornando-se o deposito de livros. Outra perspectiva sobre a significado de Biblioteca frisa assim:
[...] a palavra biblioteca tem origem na forma latinizada do vocábulo grego bibliotheca (de biblio, livro, e theke , estojo, compartimento , escaninho onde se guardavam os rolos de papiro ou de pergaminho, por extensão a estante e, finalmente, o lugar das estantes com os livros) passou a ser a forma dominante na língua portuguesa apenas no começo do século 19. Antes a palavra preferida era livraria, assim como, em inglês, library é biblioteca e não livraria. (LEMOS,1998, p. 348
As bibliotecas são ambientes com capacidade para guardar, conservar e organizar acervos para melhor atender seus usuários. “O conceito de biblioteca pública baseia-se na igualdade de acesso para todos, sem restrição de idade, raça, sexo, status social, etc. e na disponibilização à comunidade de todo tipo de conhecimento”. (BIBLIOTECA, 2000, p. 17)
Diante das evidencias, nota-se que a biblioteca é veículo de transmissão da informação para a fase inicial de letramentoe conscientização de crianças, jovens e adultos do país, é através dela que as pessoas se tornam usuários da informação em passos gradativos para buscar, entender, organizar, interpretar, avaliar, utilizar e comunicar a informação. Não sendo somente o processo de aquisição de agilidades formais de busca em catálogos e instrumentos eletrônicos, mas que sirva de mola propulsora para mudança de atitude a respeito da informação, do conhecimento, da preparação do escolar para a resolução de problemas e tomada de decisões, na qual se desenvolve o espírito crítico e criativo do leitor/pesquisador no decorrer da vida toda. (MACEDO, 2005).
A biblioteca não é apenas lugar no qual se guardam livros, ela cresce de acordo com o tamanho e responsabilidade para receber seus novos leitores, se adaptar a uma diversidade de fontes de informação e munir-se de novas técnicas de atendimento. (OLIVEIRA, 1972)
O conceito de biblioteca pública baseia-se na igualdade de acesso para todos, sem restrição de idade, raça, sexo, status social, etc. E na disponibilização à comunidade de todo tipo de conhecimento. Deve oferecer todos os gêneros de obras que sejam do interesse da comunidade a que pertence, bem como literatura em geral, além de informações básicas sobre a organização do governo, serviços públicos em geral e publicações oficiais. A biblioteca pública é um elo de ligação entre a necessidade de informação de um membro da comunidade e o recurso informacional que nela se encontra organizado e à sua disposição. Além disso, uma biblioteca pública deve constituir-se em um ambiente realmente público, de convivência agradável, onde as pessoas possam se encontrar para conversar, trocar ideias, discutir problemas, auto instruir-se e participar de atividades culturais e de lazer. (BIBLIOTECA, 2000 p. 17)
Os serviços bibliotecários proporcionar o incentivo à leitura e a pesquisa para seus usuários é de suma importância para que haja o trabalho de forma integrada ao processo de ensino aprendizagem, e favorecem o desenvolvimento e consolidação do hábito de leitura. 
Em outras palavras, Milanesi (1988) orienta que a biblioteca:
 é, também, um instrumento de leitura do cotidiano com os seus conflitos e problemas. Então, a biblioteca não pode ser algo distante da população como um posto médico que ele procura quando tem dor. Ela deve ser um local de encontro e discussão, um espaço onde é possível aproximar-se do conhecimento registrado e onde se discute criticamente esse conhecimento. (MILANESI,1988, p.93)
Em paralelo aos estudos teóricos nota-se que a biblioteca pública se constitui de lugar ou ambiente em que as pessoas frequentam para ler, conversar, trocar ideias, discutir problemas, auto instruir-se e participar de atividades culturais e de lazer. É necessário criar convites e dinâmicas na qual a comunidade se torna presente para o desempenho das funções da biblioteca pública. Nessa perspectiva, Rosa (2009) afirma que:
 A biblioteca apresenta novo papel na sociedade, inclusive educacional, não podendo ficar mais isolada e estática, e sim, trabalhar no desenvolvimento de ambientes que promovam a capacidade do usuário no acesso a informação e produção de novos conhecimentos. (ROSA,2009, p. 373).
Para que haja desempenho na biblioteca pública é preciso que os indivíduos vejam e reconheçam que é lugar de encontro da comunidade com seus valores, tradições, história, entre outros. Na biblioteca pública podem ser desenvolvidas várias atividades, que envolvem desde a leitura, palestras, exposições, teatros, cursos, entre muitas outras visando a interação entre os usuários. 
Outra característica, Souto (2005) evidencia que:
 [...] é fundamental que os bibliotecários adotem políticas internas direcionadas para o treinamento e orientação dos usuários, e ainda, programas de capacitação de “auxiliares” voltados para o ensino de técnicas de atendimento, que poderão vir a garantir a satisfação dos usuários mesmo quando estes não conseguirem localizar facilmente os documentos que necessitam. (Souto ,2005, p. 34);
Nota-se que a biblioteca pública possui trabalho fundamental, pois é protagonista contribuinte na formação de cidadãos críticos, não somente criado laços ao acervo bibliográfico, mas sim atuante despertando o gosto pela leitura e criando hábitos de lazer, com personalidades com formação do cidadão consciente e capaz de um pensamento crítico e criativo. 
2. A INCLUSÃO DIGITAL NAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS
	A biblioteca pública possibilita capacitar a formação da sociedade através da informação incluindo o social e o digital, assim promove o letramento digital para o desenvolvimento de informações e documentos atuais tanto no meio físico como no digital, abrangendo matérias de pesquisa e informações mais atuais.
Assim, faz-se necessário incluir nas bibliotecas públicas o uso da tecnologia da informação, na qual Mendes (2004) corrobora que:
 Tecnologia de Informação é o nome que damos ao conjunto de tecnologias que automatizam os procedimentos do trabalho humano, tanto no nível produtivo como administrativo [...] não se refere apenas à robotização, mas igualmente à capacidade de gerar, distribuir e receber informações num espaço de tempo curto, e independente da distância em que a mesma são transmitidas. (Mendes,2004, p.5)
	Nessa perspectiva nota-se que quando se tem na biblioteca pública a informação digital é trabalho que inclui a filtragem de informação em base de dados e a utilização da tecnologia de agentes de pesquisa a fim de proporcionar ao usuário uma interface capaz de atender às suas necessidades de informação (MORENO; SANTOS, 2009).
	Visando garantir o avanço, as bibliotecas necessitam inserir a realidade tecnológica, ou seja, é preciso colocar os acervos automatizados e o computador pode se tornar ferramenta indispensável no processo de informatização e inovação de novos serviços dentro do ambiente bibliotecário.
O computador desponta como ferramenta imprescindível e indispensável em todos os setores sociais. Representa avanços fantásticos no processo de organização do trabalho e, através de sua lógica específica, sintetiza, organiza informações e reduz a quantidade de operações em diversas áreas. (MÍSSIO, 2007, p.91).
Quando se tem a tecnologia da informação nas bibliotecas em geral, nota-se que o trabalho se torna cada vez mais eficaz, ou seja os bibliotecários passam a gerenciar as etapas do processo, o de catalogação, e a circular a informação, as encomendas e aquisições, o controle de circulação, o controle de publicações seriadas, os empréstimos entre bibliotecas, entre outros, tudo por meio de sistemas que permitem acesso dos usuários a informação gerada e registrada, assim se tornam ambientes organizados na administração da informação. 
Os sistemas de gerenciamento de bibliotecas acham-se hoje consolidados como ferramenta essencial no suporte a serviços eficazes para os clientes, gestão de acervos e, em geral, administração dos serviços prestados por bibliotecas e outras instituições que preveem acesso a coleções de documentos. (ROWLEY, 2002, p.315).
Os sistemas da informação presentes nas bibliotecas públicas revelam notável otimização do processamento técnico para garantir o fluxo informacional, além disso, permite o controle administrativo satisfatório nas unidades de informação. Para Barsotti (1990, p. 65) a “automação dos serviços de uma biblioteca”, é dizer automação dos processos técnicos dessa biblioteca, é tornar-se na aquisição, emissão de catálogos e /ou índices e circulação.
	É nessa fase que ocorre a convergência dos documentos impressos e eletrônicos para o formato digital foi significativo para os bibliotecários com a ajuda do computador. Ao tornar-se as bibliotecas públicas em digitais e virtuais quebra o paradigma da destituição das fronteiras informacionais, cabendo aos bibliotecários administrar de forma a garantir o acesso do usuário com rapidez e eficácia. 
As bibliotecas começam a se transformar: nota-se preocupação crescente em atender o usuário com o máximo de rapidez e eficiência, maiorpreocupação com o acesso à informação em detrimento da posse do documento, minimizando-se as limitações de tempo e espaço na busca da informação. As coleções e os serviços foram complementados com novos formatos e novas 18 versões, tudo isso, certamente, facilitado pela utilização das novas tecnologias. (MARCONDES; MENDONÇA; CARVALHO, 2006, p. 176)
	Em outras palavras Rech (1985 apud LOURENÇO,1998, p. v) evidencia que:
 [...] o uso do computador libera o bibliotecário para as funções que realiza junto ao usuário melhorando assim a relação entre o bibliotecário e seu usuário, possibilitando um maior aproveitamento deste profissional quanto ao seu potencial como pesquisador.
	É de suma importância a tecnologia se fazer presente na biblioteca, pois influencia no andamento das atividades presenciais abrindo portas para atividades virtuais inseridas no mesmo ambiente. Reggini (1998 apud GUSMÃO, 2001, p. 39) relata três fases de incorporação das novas tecnologias de informação no processo de automação de bibliotecas. 
1ª fase – Automação independente, onde os módulos de um programa não se comunicam entre si, são sistemas produzidos localmente ou vendidos por empresas comerciais.
 2ª fase – Automação integrada, nesta, os módulos de um sistema comunicam-se entre si, normalmente em rede local, com funções administrativas e tecnológicas das bibliotecas. Também são sistemas vendidos por empresas ou desenvolvidos localmente.
 3ª fase – Conexão entre instituições em rede, que se compartilham remotamente, com seus processos, serviços e recursos. Estas fases podem ocorrer aleatoriamente ou não, dependendo do processo de automação de cada biblioteca. (REGGINI,1998 apud GUSMÃO, 2001, p. 39)
As bibliotecas possuem a possibilidade de cooperar entre si de forma integrada em diversas atividades não somente oferecer livros para pesquisa e leitura, e sim oferecer maior integração entre seus usuários, tornando a busca constante de seus acervos, além de produzir a representação bibliográfica com menores custos. Hoje, com todas as tecnologias disponíveis, é impossível pensar em bibliotecas não integradas a rede (MEY; SILVEIRA, 2009).
Rodrigues e Prudêncio (2009) apontam que: 
Com o avanço da tecnologia, bibliotecas estão se informatizando com a finalidade de melhorar o atendimento aos usuários, proporcionando-lhes melhorias na recuperação de informações contidas em suas bases de dados. Além disso, outras ferramentas ligadas à tecnologia da informação, como a internet, e um sistema de gerenciamento de bibliotecas se tornaram instrumentos imprescindíveis na atualidade, já que estes estabelecimentos têm a informação como produto e fazem parte da chamada indústria da informação. (RODRIGUES E PRUDÊNCIO,2009, p. 2)
Ao implantar a tecnologia da informação com a ajuda dos gerenciadores nas bibliotecas em prol dos usuários e bibliotecários, facilita-se o acesso à informação e uso da biblioteca pública virtual.
A Biblioteconomia recomenda adaptar as bibliotecas públicas de modo geral com sistemas automatizados pois podem auxiliar os usuários tanto na busca e recuperação da informação, e facilita a procura através de seus catálogos, que disponibilizam infinidade de recursos. Além disso, os próprios usuários podem realizar algumas operações como renovação e reserva de obras, através da visualização de seu histórico pessoal e agendar diversos serviços.
3. AS LIMITAÇÕES NAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS FRENTE AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
	Quando se fala em órgão público, na maioria das vezes, nota-se ambiente com escassa estrutura, com defasagem de acervos e materiais para os devidos fins para os atendimentos eficazes. Infelizmente é dessa maneira na qual as pessoas veem isso, ainda nesse contexto não pode deixar de citar a atuação da biblioteca pública, que muitas vezes é vista como deposito de livros velhos e sem referências.
	Em paralelo aos estudos teóricos nota-se que atualmente a sociedade esta ativamente conectada na informação digital, pois ela contribui em vários fatores positivos como o contato virtual das pessoas, organizações, ideias e conhecimento e uso dos espaços com produtos e serviços de informação, incluindo acesso à Internet e os desprovidos dessa condição. Nessa perspectiva, ver-se que a biblioteca pública brasileira tem o papel fundamental na contribuição da inserção da cultura digital promovendo a inclusão das camadas ainda excluídas. 
	Assim, percebe-se que as bibliotecas públicas precisam conhecer e administrar os seus desafios e oportunidades, ou seja, saber dosar os problemas para serem administrados para o bem dos usuários. Os desafios que podem ser encontrados nas bibliotecas públicas são: ausência de políticas públicas comprometidas com a inserção dessa categoria de biblioteca na sociedade da informação; falta de infraestrutura física, equipamentos, recursos tecnológicos; ausência generalizada de cultura digital; ausência de recursos humanos capacitados para a adequada utilização das tecnologias disponíveis e para treinamento dos usuários na busca e uso da informação de que necessitam; ausência de computadores conectados a internet, entre outros desafios.
	Já em relação as oportunidades que podem estimular o uso da biblioteca pública, tem-se: a motivação dos usuários para usufruir dos benefícios das tecnologias de informação e de comunicação; possibilidades de desenvolver ações de letramento digital ampliando o número de cidadãos aptos a usar e se beneficiar da informação, não apenas no uso do equipamento; o estímulo de entidades supranacionais; a realidade da globalização da informação e seu aspecto de aumento de fluxo e disseminação de informação e conhecimento; o momento atual da política do governo federal nas áreas de leitura e ciência e tecnologia. Todas essas oportunidades contribuem para o desenvolvimento do trabalho nas bibliotecas públicas.
	Contata-se que hoje ainda existem bibliotecas públicas que as atividades são realizadas através de processos manuais, dificultando suas tarefas e criando alguns obstáculos para os usuários, que muitas das vezes esquece o seu código, ou não traz o livro que pegou emprestado, além disso também dificulta tanto no atendimento aos serviços, quanto na busca pela informação desejada. 
Por mais que as bibliotecas sejam bem organizadas e por mais que os registros sejam manuais é preciso aderir a tecnologia da informação, pois é o que facilita a vida do homem em busca de conhecimento, e na Biblioteconomia destaca que são criados softwares específicos para as bibliotecas, que atualmente ajudam em todas as atividades gerenciais e nos serviços disponibilizados dentro da biblioteca.
As bibliotecas começam a se transformar: nota-se uma preocupação crescente em atender o usuário com o máximo de rapidez e eficiência, maior preocupação com o acesso à informação em detrimento da posse do documento, minimizando-se as limitações de tempo e espaço na busca da informação. As coleções e os serviços foram complementados com novos formatos e novas 18 versões, tudo isso, certamente, facilitado pela utilização das novas tecnologias. (MARCONDES; MENDONÇA; CARVALHO, 2006, p. 176)
É imprescindível que as bibliotecas sejam contempladas com tecnologia, facilitando o atendimento as demandas atuais de forma ágil e segura, disponibilizando aos alunos e novos usuários ambiente automatizado, tornando acessível diversas possibilidades à informação on-line ou off line.
Nota-se que as bibliotecas públicas são instituições participantes das transformações sociais de seus usuários e ao inserirem novas tecnologias potencializam a responsabilidade do bibliotecário.
O serviço de referência é uma das atividades da biblioteca que vem se beneficiando das facilidades oferecidas pela tecnologia, principalmente com o desenvolvimento da Internet e das inúmeras ferramentas que ela oferece, favorecendo, sobremaneira, a recuperação da informação. Os serviços de referência digital podem ser considerados como uma evolução dos serviços bibliotecários via Internet. (MARCONDES; MENDONÇA; CARVALHO, 2006, p. 176)
O trabalhona biblioteca é árduo, por isso é preciso que o bibliotecário tenha com compromisso com as atividades realizadas dentro da biblioteca, ou seja, ele precisa compreender a função social que a biblioteca pública possui na criação de ações culturais que permitam e motivem o público a frequentar estes espaços, bem como saber selecionar e qualificar a informação de que o público necessita. Quanto maior o nível de fontes para pesquisa com qualidade, se cresce naturalmente a demanda da procura desse ambiente. Em respaldo Rodrigues (2018) afirma que:
 O uso das competências em informação para a promoção da responsabilidade social destes espaços torna-se necessário na medida em que os gestores precisam avaliar as informações, estabelecer metas e traçar estratégias de modo a atrair o público e permitir a interação destes com os espaços em questão. (RODRIGUES, 2018, p. 101)
Barsotti (1990) orienta que com a ajuda da tecnologia, o bibliotecário precisa buscar mudança em seu comportamento, do que necessariamente um aprendizado tecnológico. O autor reitera que o para o bibliotecário é mais importante desempenhar bem suas funções, fazendo uso de novas tecnologias, sem que este se transforme em outro profissional. Em outras palavras, Valentim (2002) evidencia que a importância do aprendizado tecnológico no bibliotecário depende muito das tecnologias da informação e sua compreensão é fundamental para atender as necessidades dos diferentes públicos. 
Há a demanda de que o bibliotecário conheça a estrutura tecnológica existente na organização em que está inserido a informação, para o bom andamento do fluxo informacional. Para tanto, precisa de conhecimentos além dos biblioteconômicos.
Para que haja inclusão nas bibliotecas públicas é necessário não somente o acesso as tecnologias da informação, é preciso criar ambiente que ofereça acessibilidade a comunidade na qual está inserida, propor mudanças tanto no espaço físico, melhorias na sinalização e compra de equipamentos para leitura em Braille, na qual busca a promoção da cidadania e inclusão social nestes espaços. 
 Os objetivos específicos se baseiam em: Disponibilizar acervo de leitura em diversos gêneros textuais, incentivando a descoberta do prazer de ler; Contribuir para o desenvolvimento das capacidades de interpretação dos diferentes gêneros textuais; Facilitar o acesso a diferentes meios de informação, desenvolvendo a leitura de forma crítica e reflexiva; Incentivar o despertar da curiosidade e o interesse dos usuários pela cultura literária, artística, científica, entre outros; Facultar o livre acesso aos diversos meios de informação e pesquisa. 
Todas essas características são ferramentas capazes de realizar a promoção cultural, aperfeiçoamento do acesso e do uso da informação, e, principalmente, como incentivo ao desenvolvimento social da comunidade.
4. METODOLOGIA
	O presente trabalho buscou analisar as contribuições sobre de como ocorre o trabalho nas bibliotecas públicas frente a inclusão digital.
Este trabalho é bibliográfico de cunho qualitativo, desta forma, Denzin e Lincoln (2006) afirmam que a pesquisa qualitativa envolve abordagem interpretativa do mundo, isso significa que seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando entender os fenômenos e os significados. 
A análise qualitativa se caracteriza e concretiza por uma busca de apreensão e significados:
(...) o método quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de relação, análise de regressão, etc. (RICHARDSON, 1999, p.70).
Cervo (1983, p.55) orienta que a pesquisa bibliográfica “busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas dos passados existentes sobre um determinado, tema ou problema.”
Através das pesquisas já existentes para fundamentar o trabalho, “utiliza-se de dados ou de categorias já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados”. SEVERINO (2007, p. 122).
A análise de qualidade de dados totaliza em qualitativa de caráter característico. Martins (2004) enfatiza: “[...] a pesquisa qualitativa e definida como aquela que privilegia, através do estudo das ações sociais”. Possuem facetas de transformação embasadas na aprendizagem qualitativa do aluno.
O método de análise de dado e pesquisa é o método qualitativo. Na qual é traduzido por aquilo que não pode ser mensurável, pois a realidade do ser é indissociável, levando considerações de traços subjetivos para o sujeito. Contudo o mesmo não pode ser embasado em método quantitativo. O método qualitativo foi escolhido, pôs traz aos alunos a compreensão, conhecimento, transformação e o entendimento no meio educativo. Morim (2007, p 81) descreve: “[...] o conhecimento é uma tradução seguida de uma reconstrução”. Sabendo que o método de pesquisa possui várias classificações de acordo com a disciplina do curso metodologia da pesquisa cientifica. 
A partir da revisão na literatura em livros, revistas, artigos publicados na base de dados da Scielo, além de teses e monografias, por meio do método descritivo sobre a temática abordada será de grande ajuda para elaboração do artigo. E para desenvolver a pesquisa pautou-se em autores que retratam a contribuição e de como tem sido o papel da biblioteca publica diante da problemática da inclusão digital nas sociedades centradas em informação, assim foram abordou-se os seguintes autores, tais como: Barsotti, 1990; Biblioteca, 2000; Castrillón, 2011; Ferreira, 2006; Gusmão, 2001; Houaiss, 2001; Lemos, 1998;Lourenço, 1998; Macedo, 2005; Marcondes; Mendonça; Carvalho, 2006; Mendes, 2004; Mey; Silveira, 2009; Milanesi, 1988;Míssio, 2007; Moreno; Santos, 2009; Oliveira,1972; Rosa, 2009; Rodrigues e Prudencio, 2009; Rodrigues, 2018; Rowey, 2002; Souto, 2005; Teixeira e Cantanhede, 2006; Valentin, 2002; entre outros. E buscou-se propostas secundárias como: leitura em livros, revista medicinal e além de outras consultas em sites, revistas e periódicos de grande circulação.
Nesta instância buscou-se mostrar respostas que contribuem no trabalho realizado dentro das bibliotecas públicas no contexto das novas tecnologias. E que atualmente tem crescido cada vez mais o acesso de computadores com internet, e que a Biblioteca publica necessita passar por modificações perante a inclusão digital com novos formatos de recursos informacionais.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A pesquisa pode ser entendida como a atividade cientifica pautada em indagação e construção da realidade vinculada ao pensamento e ação. Minayo (1994, p. 17) considera que “nada pode ser intelectualmente um problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática”. A escolha da temática em pesquisa surgiu a partir da leitura relacionada à mediação da informação despertando a necessidade de reflexão sobre o processo de acesso e inclusão digital do usuário de bibliotecas públicas que hoje quase não vemos a utilização.
Contata-se que o programa de inclusão digital nas bibliotecas públicas na qual o recurso vem do governo federal, esta direcionada apenas para o uso dos computadores com acesso à internet, e que muitas das vezes o ambiente não possui internet, apenas computadores, sem nenhuma ênfase no trabalho do bibliotecário. O programa não se compromete diretamente na automação das bibliotecas públicas para facilitar o acesso ao seu acervo.
Diante das pesquisas, notou-se que as bibliotecas públicas ainda estão desprovidas de recursos suficientes para deliberar seu o papel e missão, pois sabe-se que as missões da Biblioteca pública são extensas. Nessa perspectiva, de acordo com manifesto da Unesco (1994) falta ainda muito a ser realizado dentro da biblioteca pública, tais como:
1. Criar e fortalecer os hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância;
2. Apoiar a educação individual e a auto formação, assim como a educaçãoformal a todos os níveis;
3. Assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de forma criativa;
4. Estimular a imaginação e criatividade das crianças e dos jovens;
5. Promover o conhecimento sobre a herança cultural, o apreço pelas artes e pelas realizações e inovações científicas;
6. Possibilitar o acesso a todas as formas de expressão cultural das artes do espetáculo;
7. Fomentar o diálogo intercultural e a diversidade cultural;
8. Apoiar a tradição oral;
9. Assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de informação da comunidade local;
10. Proporcionar serviços de informação adequados às empresas locais, associações e grupos de interesse;
11. Facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a informação e a informática;
12. Apoiar, participar e, se necessário, criar programas e atividades de alfabetização para os diferentes grupos etários (UNESCO, 1994).
Ou seja, é preciso oferecer ambiente digital na qual tenha informações e documentos atuais tanto em meio físico como no digital. Além disso, oferecer materiais de pesquisa com informações mais atuais, com a Unesco (1994) corrobora que “as colecções e serviços devem incluir todos os tipos de suporte e tecnologias modernas apropriados assim como fundos tradicionais.”
Nesse aspecto, Barreto, Paradella, Assis (2008) orientam que:
É necessário que, aos ambientes informacionais, sejam agregados conteúdos de informação mais amplos, assim como maior diversidade de suportes, para que se constituam espaços multi e intersemióticos, e que ações e serviços estejam mais próximas das necessidades reais dos usuários, mais particularmente, dos usuários em potencial. Além disso, a educação informacional deve ser adequada aos níveis de educação pretendidos e garantir melhores níveis informacionais, isto é, maiores condições para o uso efetivo das redes (BARRETO; PARADELLA; ASSIS, 2008, p.167)
É preciso inovação nas Bibliotecas públicas podendo contribuir com a formação da sociedade da informação atuando na inclusão social e digital, requerendo o letramento digital para ser possível oferecer informações e documentos atuais tanto em meio físico como no digital.
Nas palavras de Aquino (2004, P.7-14) “o advento das tecnologias da comunicação e informação deu pulso à expansão de conceitos de biblioteca, ampliando-os além do da biblioteca tradicional. Biblioteca eletrônica, ciberteca, biblioteca virtual, biblioteca de realidade virtual e biblioteca digital são nomes diferentes que se confundem, são definições que se sobrepõem. São modelos para a nova etapa da evolução das bibliotecas”. Outra característica levantada por Marchiori (1997, p.117) espera-se estabelecer algumas extensões das novas bibliotecas, vistas sob a ótica das TCIs, e que as diferenciam:
· polimídia - refere-se às bibliotecas com acervos formados a partir de diferentes meios de suportes da informação. São as bibliotecas que se utilizam de "extensa e variada gama de mídias". O computador pode estar disponível para o usuário, mas não é utilizado para a automação do acervo;
· eletrônica - utiliza-se do computador para os processos básicos da biblioteca: armazenagem, recuperação e disponibilidade da informação;
· digital - as informações nelas contidas existem na forma digital, em diferentes meios físicos distintos do papel: discos magnéticos, discos óticos, imagem, áudio etc. Não contém livros ou revistas na forma convencional, e a informação pode ser acessada em locais específicos e remotamente;
· virtual - está relacionada "com o conceito de acesso por meio de redes a recursos de informação disponíveis em sistemas de base computadorizada, normalmente remotos", portanto precisam da existência de uma rede de comunicação eletrônica. Apresenta-se como "alternativa para ampliar as condições de busca, disponibilidade e recuperação de informação de maneira globalizada, qualitativa, pertinente e racional" (MARCHIORI, op. cit., p.114).
Constata-se que não é simplesmente inovar e colocar acesso a internet, é preciso que haja mudanças praticas de todos os profissionais, nas qual busquem desenvolver competências para o bom desempenho no atual contexto da sociedade. É preciso rever o significado de biblioteca, e sim se torna o centro de informação onde o bibliotecário tem a responsabilidade de intermediar o acesso à informação através das tecnologias disponíveis fazendo com que tenha inclusão digital.
6. CONCLUSÃO
A Biblioteca pública é imprescindível para promover a cultura da informação e contornar os desafios e demandas atuais da sociedade inserida no contexto digital. Espera-se a interação real entre o sujeito e o enfrentamento dos novos desafios relacionados ao conhecimento, convivência social e trabalho no cenário da inserção tecnológica.
No espaço de leitura digital é possível influenciar a participação em cursos e treinamentos com vistas à utilização dos bancos de dados, para estudos individuais e coletivos, normatização técnica, levantamento bibliográfico. Nessa perspectiva, Baptista e Mueller (2005) esclarece aspectos tecnológicos, as habilidades consideradas necessárias estão relacionadas ao conhecimento sobre informática, estruturação de base de dados, formação de redes, bibliotecas virtuais, implementação de periódicos eletrônicos, além disso, ao conhecimento das lógicas internas dos mecanismos de busca para a recuperação de dados na Internet.
Contata-se que na biblioteca o principal produto disponibilizado é a informação, assim tem se como setor de processamento técnico sendo, pois, o responsável por tratar e fornecer essa informação aos usuários, na qual a função é de suma importância no ciclo documental.
A catalogação de acervo pode ser vista como algo relevante, pois sem a utilização de normas, padrões e formatos internacionais ou ainda, sem fazer uso de terminologia adequada para a representação dos itens, ela pode prejudicar todo o processo de disseminação da informação dentro da biblioteca, por isso é necessário hoje que as bibliotecas, principalmente as públicas se vistam da tecnologia da informação.
 Através dos estudos teóricos, notou-se que as bibliotecas realizavam as atividades através de processos manuais, repleta de obstáculos para os usuários, além de material desatualizado, com poucas perspectivas de novas aquisições de exemplares para reposição ou atualização. Entretanto, hoje com a inserção da tecnologia da informação as áreas do conhecimento humano são beneficiadas com amplas possibilidades presente na Biblioteca digital com crescentes adeptos de usuários no ambiente virtual.
Frente as transformações vivencias, em relação a presença da tecnologia nas bibliotecas, visualiza-se a presença de softwares específicos para o sistema de bibliotecas, com vastas atividades gerenciais e novos serviços disponibilizados, possibilitando compartilhar dados, cooperar em produções bibliográficas, proporcionando comodidade economia de tempo e recursos financeiros. 
Com o sistema automatizado os usuários passam a ser ajudados de maneira prática na busca e recuperação da informação, através de catálogos, que disponibilizam uma infinidade de recursos, além de oferecer a renovação e reserva de obras, visualização de histórico pessoal e agendar diversos serviços. 
Contata-se que através das inovações advindas da tecnologia, os usuários passam a frequentar cada vez mais o ambiente da biblioteca virtual, principalmente a pública, pois são espaços acessíveis, ágil e seguro, atraindo diversas possibilidades de acesso à informação através dos catálogos on-line.
REFERÊNCIAS
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