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CADIOLOGIA 12/06/2023 PERICARDITE Definição: é a inflamação do pericárdio, geralmente com acúmulo de líquido no espaço pericárdico. Principal causa: vírus ou bactérias Pode ser causada por muitos distúrbios, como: infecção, infarto agudo do miocárdio, traumas, tumores, distúrbios metabólicos, certos medicamentos, doença auto imune ou inflamatórias e radioterapia. A causa mais comum é a infecciosa viral Achados clínicos: dor torácica, atrito pericárdico, alterações eletrocardiográficas e derrame pleural. Se o paciente apresentar dois desses já posso pensar em pericardite. Anatomia: O pericárdico é constituído por duas camadas. A visceral (mais perto do coração) e a parietal. No meio dessas duas camadas existe o espaço pericárdico que é ocupado por líquido rico em albumina. O volume normal desse líquido é de 20 a 50 ml. Processos infecciosos ou inflamatórios podem aumentar esse líquido (derrape pericárdico), podendo chegar até 1500 ml. Isso pode acabar restringindo os movimentos do coração e afetar a diástole (relaxamento) e a sístole. Obs: dependendo da quantidade de liquido dentro do espaço pericárdico é fundamental fazer a drenagem, pois pode ocasiona a morte. O coração possui mecanorreceptores que podem ser responsáveis pela transmissão da dor pericárdica. Eles podem identificar as alterações de tensão e volumes cardíacos. Etiologia: Mais comum > infecciosa viral. (Ecovirus, adenovírus, citomegalovírus, hepatite B, HIV, mononucleose infecciosa e coxsackievirus.) Quadro clínico: Formas de apresentação: Aguda > se desenvolve rapidamente, causando reação inflamatória do pericárdio e muitas vezes derrame pericárdio. Essa inflamação pode se estender para o miocárdio. (miopericardite). Subaguda > ocorre de semanas a meses após um evento desencadeador. Crônica > pericardite persistente (dura mais de 6 meses). Derrame pericárdico: é o acúmulo de líquido no pericárdio. O líquido pode ser seroso (às vezes, com filamentos de fibrina), serossanguinolento, hemorrágico, purulento ou quiloso. Tamponamento cardíaco: um grande derrame pericárdico compromete o enchimento cardíaco, ocasionando o baixo debito cardíaco e, as vezes, choque e morte. Se o liquido se acumular rapidamente, mesmo pequenas quantidades (150 ml) podem provocar tamponamento, uma vez que o pericárdio consegue se distender de maneira rápida para que ocorra a acomodação. O acúmulo lento de até 1500 ml pode não desencadear. Pacientes podem apresentar a tríaade de Beck > hipofonese de bulhas, estase jugular e hipotensão arterial. Pericardite Construtiva: resulta do espessamento inflamatório e fibróticos importantes no pericárdio. Às vezes o folheto parietal pode se unir com o visceral ou ao miocárdio. O tecido fibrótico possui depósitos de cálcio, com isso o pericárdio fica rígido e espesso. Isso compromete o enchimento ventricular, diminuindo o volume de ejeção e o débito cardíaco. A alteração do ritmo é comum. As pressões diastólicas nos ventrículos, átrios e leitos venosos tonam-se praticamente as mesmas. Pode ocorre congestão venosa sistêmica, causando transudação considerável de líquido dos capilares sistêmicos, com edema e, posteriormente, ascite. Sinal de Kusmaul: Inspiração - aumento do volume do tórax > diminuição da pressão interna no tórax > aumenta a entrada de sangue no coração Sinais e sintomas: Dor Torácica anterior ou precordial, geralmente aguda e intensa, do tipo constritiva ou opressiva. Pode irradiar para o trapézio, cervical ou para o membro superior esquerdo. Pode ser confundida com a dor da isquemia coronariana. A dor piora com a movimentação do toráx e com a inspiração. Dor ventilatório dependente: - Pleura - Costelas - Musculatura Torácica - Pericárdio Nas formas agudas de pericardite costuma aparecer: dispneia ventilatória dependente, tosse, soluços, febre alta, mal estar geral e derrame pleural ou efusão pericárdica. Diagnóstico: Eletrocardiograma: vai apresentar Supra desnivelamento de segmento ST difuso (em todas as derivações) e Infra desnivelamento de segmento Pr. Radiografia do tórax Ecocardiograma Exames laboratoriais Tratamento: Anti-inflamatório não esteroides (ibuprofeno), AAS, Colchicina (diminui a inflamação). Pode ser usado também corticoide para dor e inflamação (prednisona), mas não deve ser usado junto com anti-inflamatório. Pericardiocentese para tamponamento cardíaco e alguns derrames pericárdicos importantes. Algumas vezes, fármacos intrapericárdicos Algumas vezes, ressecção pericárdica para pericardite constritiva, sobretudo quando houver sintomas Tratamento da causa subjacente.
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