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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV ATIVIDADE REVISÃO
2º. SEMESTRE – 2º BIMESTRE
Gabriela Sylvestre Bonfante
1 - Bernardo ajuizou contra Fúlvio ação de execução de título executivo extrajudicial, com base em instrumento particular, firmado por duas testemunhas, para obter o pagamento forçado de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Devidamente citado, Fúlvio prestou, em juízo, garantia integral do valor executado e opôs embargos à execução dentro do prazo legal, alegando, preliminarmente, a incompetência relativa do juízo da execução e, no mérito, que o exequente pleiteia quantia superior à do título (excesso de execução). No entanto, em seus embargos à execução, embora tenha alegado excesso de execução, Fúlvio não apontou o valor que entendia ser correto, tampouco apresentou cálculo com o demonstrativo discriminado e atualizado do valor em questão. Nesse caso, como deveria proceder o/a Magistrado/a? Explique e fundamente.
R: São duas alegações em embargos à execução: incompetência e excesso de execução. No excesso, exige-se indicar o valor que entende devido, sob pena de não ser examinado conforme o art. 917, §3º, CPC: § 3º Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à do título, o embargante declarará na petição inicial o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. Assim, o juízo analisar apenas a alegação de incompetência, não analisando a pretensão de excesso na forma do art. 917, §4º, II, CPC: § 4º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução: II serão processados, se houver outro fundamento, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução. Assim, os embargos à execução serão processados para a apreciação da alegação de incompetência relativa do juízo, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução, tendo em vista que Flávio não indicou o valor que entendia correto para a execução, não apresentando o cálculo discriminado e atualizado do valor em questão.
2 - Carlos, em face da execução por título extrajudicial que lhe moveu Denilson, ajuizou embargos à execução, os quais foram julgados improcedentes. O advogado de Carlos, inconformado, interpõe recurso de apelação. Uma semana após a interposição do referido recurso, o advogado de Denilson requer a penhora de um automóvel pertencente a Carlos. Diante do caso concreto e considerando que o juízo não concedeu efeito suspensivo aos embargos, como deve proceder o/a Magistrado/a. Explique e fundamente.
R: Os embargos à execução correm em autos apartados, ou seja, existiram, simultaneamente, dois processos: Execução de título extrajudicial; Embargos à execução. Na questão foram julgados improcedente os embargos, logo, houve sentença de mérito - Cabendo apelação, o cumprimento de sentença é uma face dentro do processo que já houve sentença, mas a execução é um procedimento especial com peculiaridades, que para ser "atacada" caberá o processo de embargos à execução. Base legal: Art. 914, CPC - O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos. § 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Além disso, não há, em regra, efeito suspensivo que impeça a penhora no rosto da execução: Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo. § 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
3 - Marlene, ao perceber que o seu bem imóvel foi arrematado por preço vil, em processo de execução de título extrajudicial, procurou você, como advogado(a), para saber que defesa poderá invalidar a arrematação. Você verifica que, no 28º dia após o aperfeiçoamento da arrematação, a carta de arrematação foi expedida. Uma semana depois, você prepara a peça processual. Qual seria essa peça processual? Explique e fundamente.
R: Ação autônoma de invalidação da arrematação. pois é o que dispõe o §4º, do art. 903, do CPC/15: § 4º Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, a invalidação da arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo processo o arrematante figurará como litisconsorte necessário.
4 - O Supermercado “X” firmou contrato com a pessoa jurídica “Êxito” – sociedade empresária de renome - para que esta lhe prestasse assessoria estratégica e planejamento empresarial no processo de expansão de suas unidades por todo o país. Diante da discussão quanto ao cumprimento da prestação acordada, uma vez que o supermercado entendeu que o serviço fora prestado de forma deficiente, as partes se socorreram da arbitragem, em razão de expressa previsão do meio de solução de conflitos trazida no contrato. Na arbitragem, restou decidido que assistia razão ao supermercado, sendo a sociedade empresária “Êxito” condenada ao pagamento de indenização, além de multa de 30%. Considerando o exposto, como deveria a parte credor proceder para o recebimento do seu crédito? Explique e fundamente.
R: Por se tratar de um título executivo judicial, conforme artigo 515, inciso VII, será promovido segundo as regras do cumprimento de sentença.
5 - Pedro promove ação de cobrança em face de Jair, pelo descumprimento de contrato de prestação de serviços celebrado entre as partes. O processo instaurado teve seu curso normal, e o pedido foi julgado procedente, com a condenação do réu a pagar o valor pleiteado. Não houve recurso e, na fase de cumprimento de sentença, o executado é intimado a efetuar o pagamento e pretende ofertar resistência. Qual seria a postura adequada para o executado tutelar seus interesses nessa fase? Explique e fundamente.
R: Deve oferecer impugnação à execução, sem a necessidade de prévia garantia do juízo com penhora. Como se trata de cumprimento de sentença o meio adequado para o executado exercer sua defesa é a impugnação, que independe de prévia garantia do juízo com penhora (art. 525, caput, CPC). Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
6 - Paulo propõe execução de alimentos, fundada em título extrajudicial, em face de Alceu, seu pai, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Regularmente citado, ALceu não efetuou o pagamento do débito, não justificou a impossibilidade de fazê-lo, não provou que efetuou o pagamento e nem ofertou embargos à execução. Paulo, então, requereu a penhora do único bem pertencente a Alceu que fora encontrado, qual seja, R$ 10.000,00 (dez mil reais), que estavam depositados em caderneta de poupança. O juiz defere o pedido. Nesse caso a decisão foi correta? Explique e fundamente.
R: Ela foi correta, pois o Código de Processo Civil admite a penhora de valores depositados em caderneta de poupança para o cumprimento de obrigações alimentícias. CPC, art. 833. São impenhoráveis a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; § 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, §8º, e no art. 529, §3º.
7 - Alana ajuizou execução por quantia certa em face de Célia, fundada em contrato de empréstimo inadimplido que havia sido firmado entre elas, pelo valor, atualizado na data-base de 20/3/2022, de R$ 50 mil. Célia foi citada e não realizou o pagamento no prazo legal, tampouco apresentou embargos, limitando-se a indicar à penhora um imóvel de sua titularidade. Célia informou que oreferido imóvel valeria R$ 80 mil. Alana, após consultar três corretores de imóveis, verificou que o valor estaria bem próximo ao de mercado, de modo que pretende dar seguimento aos atos de leilão e recebimento do crédito.
Diante de tal situação, a avaliação seria necessária? Explique e fundamente.
R: Ela deverá requerer que seja realizado o leilão, com dispensa da avaliação judicial do bem, manifestando ao juízo concordância com a estimativa de valor feita por Carla. Art. 871. Não se procederá à avaliação quando: I - uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra; Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese do inciso I deste artigo, a avaliação poderá ser realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto ao real valor do bem.
8 - Diana, intimada pelo juízo da Vara X para pagar a Celi o valor de R$ 20.000,00, com fundamento em cumprimento definitivo de sentença, realiza, no prazo de 15 dias, o pagamento de R$ 5.000,00.
De acordo com o que dispõe o CPC/2015, deve incidir multa e honorários sobre qual valor? Explique e fundamente.
R: Multa de 10% e honorários advocatícios sobre R$15.000,00. "Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. § 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. § 2o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no § 1o incidirão sobre o restante. § 3o Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação".
9 - Em execução por título extrajudicial, movida pela distribuidora de bebidas Alasca em face do Supermercado Preço Bom, o executado, citado, não realizou o pagamento da dívida. O exequente requereu, então, a indisponibilidade da quantia em dinheiro existente em aplicação financeira titularizada pelo executado, o que foi deferido pelo juízo sem a oitiva do réu. Bloqueado valor superior à dívida, o juiz deu vista do processo ao exequente, que requereu a conversão da indisponibilidade em penhora. Sobre o procedimento adotado, está correto? O executado deveria seria intimado previamente? Explique e fundamente.
R: O juiz, considerando o excesso do bloqueio, não deveria ter dado vista do processo ao exequente, mas promovido o cancelamento da indisponibilidade excessiva no prazo máximo de vinte e quatro horas. Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução. § 1º No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta, de ofício, o juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o que deverá ser cumprido pela instituição financeira em igual prazo.
10 - Manoel ajuizou ação de execução em face de João, alegando ser credor da quantia de R$ 28.000,00. A obrigação está vencida há 50 dias, não foi paga e está representada por contrato particular de mútuo, regularmente originado em país estrangeiro, assinado pelos contratantes e por duas testemunhas, estando indicada, para cumprimento da obrigação, a cidade de Salinas/MG. Após despacho positivo proferido pelo Juiz da Vara Cível de Salinas/MG, João foi citado, bem como houve penhora eletrônica de quantia existente em caderneta de poupança de titularidade da devevedora, sendo a quantia suficiente para suportar 80% da dívida executada. A quantia penhorada foi depositada na caderneta de poupança 10 dias antes do ajuizamento da execução, sendo que João possui dois veículos que poderiam ter sido penhorados. A partir dos elementos do enunciado, considerando as regras do CPC/15, qual seria o procedimento adequado para o caso? Explique e fundamente.
R: O equivalente a 80% do valor da obrigação cobrada em juízo, de R$ 28.000,00, corresponde a R$ 22.400,00 (vinte e dois mil e quatrocentos reais) isso quer dizer que, se penhorou o suficiente da conta, Maria só tinha esse valor de R$ 22.400,00 em sua conta POUPANÇA, menos que 40SM. A quantia depositada em caderneta de poupança é impenhorável até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos (art. 833, X, CPC/15) salário mínimo hoje: R$ 1.100,00 X 40: R$ 44.000,00. R$ 44.000,00 a menos, não pode ser penhorado (exceto nas ações de alimentos) o valor a mais de R$ 44.000,00 na conta Poupança pode ser penhorado. Art. 784, § 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação. Art. 833. São impenhoráveis X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
11 - Em virtude do inadimplemento do pagamento de uma nota promissória, o Banco W ajuizou ação de execução por título extrajudicial em face do Supermercado Bom e Barato. Citado o réu, não houve o pagamento da dívida, tampouco foram encontrados bens penhoráveis. Em consequência, o exequente requereu a penhora de 100% do faturamento do executado, o que foi deferido pela juíza responsável pelo processo, sob o fundamento de que se tratava de dívida muito elevada. O executado interpôs agravo de instrumento impugnando essa decisão.Sobre tais fatos, o agravante tem razão? Explique e fundamente.
R: É possível, em caráter excepcional, que a penhora recaia sobre o faturamento da empresa, desde que o percentual fixado não torne inviável o exercício da atividade empresarial, sem que isso configure violação do princípio da menor onerosidade para o devedor, posto no art. 620 do CPC." (AgRg no REsp 1.320.996/RS, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 11/9/2012). De igual modo: AgRg no Ag. 1.359.497/RS, Rel. Min. O artigo 835, X, do CPC autoriza a penhora de parte do faturamento de empresa devedora, não havendo previsão de totalidade. Já o art. 866 afirma que o juiz fixará percentual que não torne inviável o exercício da atividade empresarial.
12 - O edifício Vila Madalena ajuizou ação de execução das contribuições de condomínio em atraso em face de P&P Ltda, proprietária da unidade 101. Citada a ré em janeiro de 2022, não houve o pagamento da dívida e, preenchidos os requisitos legais para tanto, houve a desconsideração da personalidade jurídica da devedora, a fim de que seus sócios Amanda e Guilhermo, casados, fossem citados, o que ocorreu em dezembro de 2022. Posteriormente, o condomínio exequente identificou que Amanda e Guilhermo venderam a Carina um imóvel de sua propriedade, em julho de 2022. Considerando que a execução em tela é capaz de reduzir à insolvência de P&Pr Ltda e que não foram localizados bens penhoráveis de Amanda e Guilhermo, teria configurada a fraude à execução? Carina deveria ser intimada antes da decisão sobre a alegada fraude? Explique e fundamente.
R: Trata-se de uma dívida propter rem, ou seja, uma relação entre o atual proprietário do bem e a obrigação decorrente da existência da coisa. A obrigação é imposta ao titular adquirente da coisa, que se obriga a adimplir com as despesas, no caso, do imóvel. Não pode existir fraude à execução pois o imóvel do 101 ainda existe e ainda é de propriedade da P&P Ltda. Dessa maneira, o correto é fazer a execução tendo por objeto o apartamento 101. E se o imóvel vendido foi o apartamento 101, a cobrança da dívida passaria a ser da Carina e não do casal. Afinal, a dívida segue o bem. Simplesmente não cabe a desconsideração da personalidade jurídica da P&P Ltda e muito menos configurafraude à execução. O bem responde pelas dívidas. Os sócios Ana e Guilherme sequer poderiam ser citados, e sim o adquirente do imóvel, na negociação efetuada em julho de 2022, caso este seja o apartamento 101, o que no enunciado não está claro.
13 – O que pode ser objeto de penhora? Onde ela se realiza? É possível a modificação de uma penhora após realizada? Explique e fundamente.
R: Nos termos do art. 789 do CPC, “[o] devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei”. Assim, salvo as exceções legais (bens impenhoráveis), todos os bens do devedor podem ser penhorados. Não obstante isto, há uma ordem preferencial de bens que podem ser penhorados. Esta ordem está prevista no art. 835
Já a realização ocorre conforme o art. 838 que estabelece quais as condições necessárias à realização da constrição dos bens, que pode ser realizada por oficiais de justiça, os quais elaboram o auto de penhora, ou através do termo de penhora realizado no cartório judicial pelo escrivão. Assim pode-se dizer que a penhora ocorre no momento da apreensão do bem, com a posterior entrega destes ao depositário judicial. Não obstante, muitas são as hipóteses em que não haverá apreensão do bem. Isso ocorrerá, por exemplo, na penhora de imóveis, em que ela será realizada por termo nos autos, e a substituição de uma penhora se dá pelo artigo 848 do CPC.
14 – Quais as modalidades de penhora que o CPC trata? Indique o fundamento legal.
R: As modalidades de penhora estão elencadas em vários artigos do CPC:
Penhora por oficial de justiça [Art. 831]: Essa penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e honorários advocatícios.
Penhora por termos nos autos [Art. 845]: Essa penhora é realizada onde se encontrem os bens, ainda que sob a posse, detenção ou guarda de terceiros. No caso de imóveis basta apresentar certidão da respectiva matrícula, e no caso de veículos apresentar certidão que ateste a sua existência.
Penhora por meio eletrônico [854]: Essa ferramenta conhecida como BACENJUD, é muito eficiente, uma vez que, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado.
Penhora de bem indivisível [843]: No caso de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem. Ou seja, mesmo sendo bem indivisível, poderá ser penhorado, e o outro coproprietário ou cônjuge (NÃO devedor), receberá sua parte do bem comum penhorado, com a venda desse bem penhorado. Vale ainda registrar que os bens da comunhão respondem pelas obrigações contraídas pelo marido ou pela mulher para atender aos encargos da família, às despesas de administração e às decorrentes de imposição legal (art. 1.644 do Código Civil). Cabe ressaltar que: É reservada ao coproprietário ou ao cônjuge NÃO executado a preferência na arrematação do bem em igualdade de condições (art. 843, § 1º). E, não será levada a efeito expropriação por preço inferior ao da avaliação na qual o valor auferido seja incapaz de garantir, ao coproprietário ou ao cônjuge alheio à execução (NÃO devedor), o correspondente à sua quota-parte calculado sobre o valor da avaliação (art. 843, § 2º).
Penhora de crédito [Arts. 855 e 857]: Quando o executado é credor de um valor com uma terceira pessoa, poderá o exequente requerer ficar sub-rogado nos direitos do executado até a concorrência de seu crédito.
Penhora no rosto dos autos [860]: Um devedor, como exemplo, está sendo executado em um processo (Processo A), mas esse mesmo devedor é credor de uma terceira pessoa em um outro processo (Processo B). Nessa hipótese, poderá o exequente do processo A, requerer a penhora no rosto dos autos do processo B, cujo credor/exequente do processo A, não é parte.
Penhora de percentual de faturamento da empresa, de outros estabelecimentos e de semoventes [862]: Em caso de não pagamento voluntário, é possível o pedido de penhora de faturamento de empresa bem como de semoventes e/ou plantações até a satisfação do crédito do exequente.
15 – Em que consiste a expropriação? Quais as formas previstas pelo CPC? Indique o fundamento legal.
R: É a modalidade de desapropriação forçada por lei. Consiste no ato de privar o proprietário da coisa que lhe pertence, como das glebas de terra onde são cultivadas plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo. Compara-se ao confisco, já que não há indenização a ser paga ao proprietário das terras. No entanto, o primeiro instituto decorre de forma arbitrária enquanto a expropriação deve demonstrar o motivo fundado em lei. As formas previstas pelo CPC estão no artigo 825
16 – Indique as distinções e as semelhanças entre o cumprimento de sentença e o processo de execução. Fundamente.
R: A diferença, antes de tudo, entre o processo de conhecimento com o processo de execução é a finalidade de um e de outro. Na fase de conhecimento, o juiz recebe os fatos e os fundamentos jurídicos dos envolvidos na causa para reunir as informações necessárias para análise. Aqui o foco é a demonstração. Nesta fase, as provas de ambos os lados são apresentadas e, se houver necessidade, há audiências para ouvir as partes e as testemunhas. O objetivo é que, de posse de todos os elementos disponíveis, o magistrado possa proferir a sentença e decidir sobre o conflito. Dessa maneira, o juiz resolve a dúvida, a incerteza da pretensão do autor, julgando o reconhecimento do direito. A fase de execução é o passo seguinte, que se caracteriza pelo cumprimento da decisão judicial, em que o juiz determina a uma das partes - pessoas, empresas ou instituições - a reparação de prejuízos. Nesta etapa, é concretizado o direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial. Tomando as providências necessárias para a satisfação do credor, diante do inadimplemento do devedor. Já as semelhanças se encontram no prazo de 15 dias que a defesa tem para se defender.
17 – No caso de execução de título extrajudicial, qual o prazo que o executado terá para se defender? Que matérias poderão ser alegadas? Fundamente.
R: Conforme artigo 915, o prazo é de 15 dias; já as matérias que poderão ser alegadas estão disciplinadas no artigo 917:
18 – No caso de obrigação de fazer infungível, será possível utilização de meios de sub-rogação? Por que? Fundamente.
R: Quando estamos diante de uma obrigação de fazer infungível, neste caso a pessoa do devedor é relevante. A prestação só terá validade para o credor se realizada pela pessoa que ele escolheu em função de suas qualidades, em função da natureza da prestação ou de disposição contratual. É, então, uma obrigação personalíssima (intuitu personae), posto que não pode ser realizada por outra pessoa senão o próprio devedor, o próprio contratado. Porém, a infungibilidade é disponível pelo credor, no sentido de que ele pode substituir o devedor se assim o desejar.
19 – No caso de o devedor apresentar defesa, está será recebida com efeito suspensivo? Explique e fundamente.
R: Como regra, os embargos à execução opostos pelo devedor não terão efeito suspensivo. Contudo, vale lembrar que o juiz poderá, a pedido do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida, conforme o artigo 919, parágrafo 1º, do CPC.
Segundo a relatora do STJ, ministra Nancy Andrighi, três são os requisitos para que o julgador atribua efeito suspensivo aos embargos à execução: o requerimento do embargante; o preenchimento dos requisitos necessários à concessão da tutela provisória, ou seja, elementos que evidenciem a probabilidade do direito alegado e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo; e a garantia da execução mediantepenhora, depósito ou caução suficientes.
"Frisa-se que mencionados requisitos devem estar presentes cumulativamente para a atribuição do pretendido efeito suspensivo aos embargos e, ainda, que, caso presentes tais requisitos, não há discricionariedade para o julgador deferir o pleito", disse.
20 – No caso de ser a Fazenda Pública a devedora, como ocorrerá o pagamento ao credor? Explique e fundamente.
R: Quando a devedora é a Fazenda Pública, deve ser seguido o que está previsto no artigo 910 do CPC: Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias. Esse procedimento apenas será aplicado no caso em que o exequente possui título extrajudicial (reconhecido em lei como tal) cujo devedor seja a fazenda pública. O credor ingressará com a petição inicial, seguindo os requisitos aplicáveis à execução em geral. Estando em termos, o juiz mandará citar a Fazenda Pública para opor embargos à execução. Diferentemente da execução por quantia certa, a fazenda pública não será intimada a pagar, mas sim a apresentar sua defesa típica. Esse regramento diferenciado é justificável, pois os bens que eventualmente poderiam fazer frente ao pagamento do crédito, por serem públicos, são impenhoráveis. Essa proteção dada a estrutura do Estado visa proteger a continuidade de suas atividades que, geralmente, são essenciais a toda a comunidade. Destarte, a execução contra a Fazenda Pública não tem a finalidade de efetivar uma execução forçada frente ao Estado, mas sim de solicitar ao Judiciário que requisite o pagamento da obrigação à Fazenda, respeitada a ordem cronológica dos precatórios. A requisição de pequeno valor (também chamado de RPV), diferentemente do Precatório, não terá seu valor consignado em orçamento para pagamento futuro. Ele será imediatamente apresentado ao ente público que deverá quitá-lo no prazo de 02 meses.

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