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Em busca de cadeias produtivas mais eficientes, a indústria requer processos, métodos e ferramentas de trabalho mais inteligentes e eficazes. O uso correto da informação, a otimização de recursos e a produtividade são base dessa transformação e empresas que querem se manter atualizadas no mercado precisam incorporar essa nova dinâmica. Sendo assim, o desenvolvimento de novas tecnologias de organização e gestão se fez necessária, principalmente nos setores da construção civil, barragens, hidrelétricas, portos e aeroportos, sendo este último item, grande influenciador da economia mundial, visto que é fonte de envio de mercadorias e grande polo atratator de pessoas. Para suprir tais demandas de mercado e como consequência dele, a tecnologia BIM (Building Information Modeling) surgiu para atender ao setor da construção civil e aeroportuária. As pesquisas que deram origem à plataforma tinha como gênese munir uma gestão de obra com informações de requisitos e especialidades que apontavam no mercado, como segurança, certificações ambientais, sustentabilidade, conforto, se popularizando e se tornando enfim, uma boa prática da construção civil. A implementação do processo BIM em projetos da construção civil exigem uma mudança de postura no que diz respeito a processos, gestão de pessoas, tecnologia e fluxo de trabalho, saindo de desenhos 2d e planilhas desconexas para modelos tridimensionais e integração de informações. Tais mudanças também exigem planejamento das empresa, direcionando seus funcionários para treinamentos que explicitam como a gestão integrada de informações pode beneficiar o fluxo de trabalho, facilitando o gerenciamento de logística e mitigando possíveis falhas, fazendo com que seja possível a utilização do software em sua plenitude. A plataforma BIM não é somente um software de desenho 3D mas sim, uma plataforma de gerenciamento de projetos da construção civil, que térmite a integração com outros softwares para operação conjuntas, que tem o nome de interoperacionalidade. Em março de 2021, o Ministério da Infraestrutura publicou no Diário Oficial uma série de normativas que tratam da definição de critérios que tornarão obrigatória a utilização da metodologia BIM. Com isso, o Governo Federal pretende contribuir para reduzir em 9,7% os custos da construção no setor público nos próximos sete anos. Além da redução de custos, podemos citar como pontos positivos na implementação da plataforma a redução de erros e omissões, a integração entre proprietário e equipe de projeto, e redução de retrabalho, controle de cronograma, redução do tempo de projeto, o estudos de novos negócios, a segurança, o aumento na rentabilidade e a fidelização do cliente, que leva em consideração a melhora do serviço prestado. Um grande exemplo da implementação do sistema BIM nos aeroportos, é o Projeto Aeroporto Digital de Londrina, que é um projeto piloto sendo desenvolvido na metodologia BIM, que prevê economia anual de até R$ 540 mil. Os resultados imediatos esperados com o Aeroporto Digital são: • Análises de Aproximação e Decolagem – Detecção de interferência vegetal, Análise de Área – Cidades, Análise de Área – Novas Construções, Visualização Controlada do Corredor do Espaço Aéreo, Análise solar, Sombras de radar. • Gestão de Dados Aeroportuários – Review das informações, Dados de inspecção do pavimento, Inspeção / Gerenciamento de Condição, Marcas, Exibição Temática, NAVAID, Dados de catálogo, Dados BIM. • Abrangência BIM – Arquitetura, Estrutura, Mecânica e Elétrica, Interoperabilidade, Detecção de Interferência, Quantitativos, Renderização e Animação, Integração com Nuvem de Pontos, Caminhada Virtual, Localização, Consultas de segurança, Atualizações Automáticas, Mobilidade da Informação, Tipos de Espaços, Dados de Espaços, Contratos de Limpeza e Locatários. • Análises Preditivas – Sistemas de alimentação e iluminação, Chiller / Sistemas mecânicos, Escadas rolantes, Caminhadas, Elevadores. • Gestão da Informação – Fonte única de informação, Acesso Seguro a Dados, Integração de aplicativos, Codificação de Documentos, Atributos do documento, Gerenciamento de fluxo de trabalho, Gerenciamento de Dados Geoespaciais, Acessível via Web e Dispositivos móveis. Os ganhos são inúmeros e abrange diversos setores da empresa, como como a área comercial, patrimônio, operações, engenharia e manutenção, aumentando a compreensão do projeto entre todas as partes envolvidas e promovendo um ambiente de transformação digital integrado. Referências textuais: https://miranteengenharia.com.br/5-vantagens-do-sistema-bim-em-projetos-de-engenharia/#:~:text=O%20BIM%20permite%20que%20se,outros%20pontos%20de%20igual%20import%C3%A2ncia. https://www.sienge.com.br/blog/o-que-e-plataforma-bim-e-quais-os-beneficios/#:~:text=Redu%C3%A7%C3%A3o%20das%20incompatibilidades,erros%20de%20projetos%20e%20compatibiliza%C3%A7%C3%A3o. https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/noticias/2021/3/minfra-define-criterios-para-utilizacao-de-metodologia-bim-em-obras-de-aeroportos-regionais http://infraroi.com.br/infraero-adota-bim-para-gerenciar-ativos-em-aeroportos/ https://infrafm.com.br/Textos/18845/Aeroporto-digital https://mundogeo.com/2018/08/17/artigo-infraero-entra-na-era-bim-com-aeroporto-digital-e-solucoes-bentley/