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Esquistossomose - Pediatria

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D O C E N T E : S Â M I A T E I X E I R A 
ESQUISTOSSOMOSE
T H A Í S P I R E S
Tópicos
Conceitos Gerais 
Epidemiologia 
Ciclo de vida 
Formas clínicas 
Diagnóstico 
Tratamento
De discussão
P E D I A T R I A 2 0 2 3
P E D I A T R I A
ESQUISTOSSOMOSE
DOENÇA INFECTO-
PARASITÁRIA CAUSADA 
POR UM PL ATELMINTO
Schistosoma 
mansoni
CLÍNICA DESDE FORMAS 
ASSINTOMÁTICAS ATÉ 
SINTOMÁTICA GRAVE
TRANSMISSÃO AQUÁTICA 
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO*
HISTÓRICO
1.250 a.C 
Múmias egípcias
Schistosoma mansoni
23 d.C. 
Cadáveres na China
1852 
Theodor Bilharz: BILHARZIOSE
MIGRAÇÃO
AMÉRICA DO SUL 
Brasil é a maior área 
endêmica
Uma das parasitasses 
mais disseminadas 
pelo MUNDO
Schistosoma mansoni 
Platelminto com dimorfismo sexual
Eliminação
Ambiente úmido 
Água por difusão 
 TRIBUTÁRIAS DA 
VEIA PORTA
Agente Etiológico
Postura de ovos (+/-300/dia) 
Espícula lateral + Embrião em 
formação
Submucosa 
intestinal (50%)
Eclosão dos ovos 
Miracídios em busca de hospedeiro 
intermediário (24h)
Agente Etiológico
Postura de ovos (+/-300/dia) 
Espícula lateral + Embrião em 
formação
Eliminação
Ambiente úmido 
Água por difusão 
Schistosoma mansoni 
Platelminto com dimorfismo sexual
Submucosa 
intestinal (50%)
Eclosão dos ovos 
Miracídios em busca de hospedeiro 
intermediário (24h)
Agente Etiológico
Schistosoma mansoni 
Platelminto com dimorfismo sexual
Eliminação
Ambiente úmido 
Água por difusão 
Caramujo Biomphalaria
1 miracídio = 300.000 
cercárias
CERCÁRIA = FORMA INFECTANTE
Postura de ovos (+/-300/dia) 
Espícula lateral + Embrião em 
formação
Submucosa 
intestinal (50%)
CICLO DE VIDA
Hospedeiro Definitivo 
Ser humano/Vertebrados
Esquistossômulos 
Corrente sanguínea e linfática
Fixação Hepática 
Crescimento e diferenciação sexual
TEMPO DE 
INCUBAÇÃO
≅27 DIAS
CICLO DE VIDA
Hospedeiro Definitivo 
Ser humano/Vertebrados
Esquistossômulos 
Corrente sanguínea e linfática
Fixação Hepática 
Crescimento e diferenciação sexual
TEMPO DE 
INCUBAÇÃO
≅27 DIAS
R e s u m o
Ciclo de Vida
Agente Etiológico
Esquistossomose
Schistosoma 
mansoni
Vetor
Água contaminada 
com fezes do HD
Hospedeiros
Intermediário 
Caramujo
Definitivo 
Vertebrados
Forma infectante 
para o HD
Cercária
Porta de entrada 
para o HD
Pele e mucosas
Formas Cl ín icas
Dermatite Cercariana - Micropápulas eritematosas
MAIS COMUM NA INFÂNCIA
Febre de Katayama 
Forma toxêmica da fase aguda 
Linfadenopatia, mal estar, febre, 
hiporexia, sudorese, mialgia…
Variável entre indivíduos 
Resposta imune do hospedeiro 
Desenvolvimento do verme 
Oviposição diária
Fase Inicial 
Sintomática X Assintomática
Contato com as cercárias 
Manifestações dermatológicas 
Forma 
INICIAL
Dx acidental: EPF + Eosinofilia
Formas Cl ín icas
Variável entre indivíduos 
Resposta imune do hospedeiro 
Desenvolvimento do verme 
Oviposição diária
Fase Inicial 
Sintomática X Assintomática
Contato com as cercárias 
Manifestações dermatológicas 
Febre de Katayama 
Forma toxêmica da fase aguda 
Linfadenopatia, mal estar, febre, 
hiporexia, sudorese, mialgia…
Início 3-4 
semanas após 
infecção
Forma 
INICIAL
Dx após 45 dias
Formas Cl ín icas
Formação de granulomas 
Indivíduos “mau moduladores” 
Altas cargas parasitárias
Forma Hepatointestinal 
Sintomas inespecíficos: indisposição para o 
trabalho, desânimo, tontura, cefaleia 
Sintomas digestivos 
Diagnóstico acidental*
Retossigmoidoscopia 
Mucosa congesta, granulada e 
com ovos na biópsia
Forma Hepática 
Fibrose hepática SEM hipertensão portal 
Clínica semelhante à hepatointestinal 
USG visualiza fibrose mod/intensa
Forma 
TARDIA
Carvalho et al., 2008
Formas Cl ín icas
Forma 
TARDIA
Retossigmoidoscopia 
Mucosa congesta, granulada e 
com ovos na biópsia
Formação de granulomas 
Indivíduos “mau moduladores” 
Altas cargas parasitárias
Forma Hepatointestinal 
Sintomas inespecíficos: indisposição para o 
trabalho, desânimo, tontura, cefaleia 
Sintomas digestivos 
Diagnóstico acidental*
Forma Hepática 
Fibrose hepática SEM hipertensão portal 
Clínica semelhante à hepatointestinal 
USG visualiza fibrose mod/intensa
Formas Cl ín icas
Forma hepatoesplênica 
Dividida em COMPENSADA, 
DESCOMPENSADA e COMPLICADA
Compensada 
Mais prevalente em adolescentes e adultos jovens 
Fibrose de Symmers 
Hipertensão Portal 
Esplenomegalia e VGE 
Forma 
TARDIA
Esplenomegalia 
Hiperplasia linfoide
Forma Hepatoesplênica
Compensada 
Mais prevalente em adolescentes e adultos jovens 
Fibrose de Symmers 
Hipertensão Portal 
Esplenomegalia e VGE 
Forma 
TARDIA
Forma 
TARDIA
Compensada 
Mais prevalente em adolescentes e adultos jovens 
Fibrose de Symmers 
Hipertensão Portal 
Esplenomegalia e VGE 
Descompensada 
Diminuição da função hepática 
Infecção, Alcoolismo 
ASCITE
Complicada 
Vasculopulmonar: hipertensão pulmonar associada 
Glomerulopatia: síndrome nefrótica 
Neurológica: granulomas no SNC 
Forma Hepatoesplênica
Salmonelose 
Septicêmica 
prolongada associada 
à Esquistossomose!
Forma 
TARDIA
Compensada 
Mais prevalente em adolescentes e adultos jovens 
Fibrose de Symmers 
Hipertensão Portal 
Esplenomegalia e VGE 
Descompensada 
Diminuição da função hepática 
Infecção, Alcoolismo 
ASCITE
Complicada 
Vasculopulmonar: hipertensão pulmonar 
Glomerulopatia: síndrome nefrótica 
Neurológica: granulomas no SNC 
Forma Hepatoesplênica
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
Risco epidemiológico 
História de exposição à água de rio
Exame Clínico 
Dermatite Cercariana 
Sintomas Intestinais 
Sintomas Constitucionais 
Hepatomegalia 
Esplenomegalia
Crianças 
Anemia recorrente 
Dificuldade de ganho de peso 
Dificuldade de exercitar 
Déficit cognitivo
DIAGNÓSTICO
MÉTODOS DIRETOS
Visualização de OVOS ou ANTÍGENOS 
Fezes, tecidos ou corrente sanguínea
Técnica de Kato-Katz 
Visualização e contagem de ovos
 CARGA PARASITÁRIA 
3 AMOSTRAS
Técnica de Lutz 
Identifica se existe ou não ovos
ELISA de captura 
Pesquisa de antígenos circulantes
Biópsia 
Retal ou Hepática
DIAGNÓSTICO
MÉTODOS INDIRETOS
Métodos imunológicos 
Usados em estudos epidemiológicos
ELISA 
IgG, IgM, IgA
TESTE POSITIVO= 
CONTATO PRÉVIO OU ATUAL
Reação periovular 
Formação de halo hialino
Intradermorreação 
Pesquisa de antígenos circulantes
DIAGNÓSTICO
IMAGEM
USG Abdominal 
Fibrose de Symmers, Morfologia hepática e esplênica
RX de tórax 
Hipertensão Pulmonar
Endoscopia Digestiva Alta 
Varizes Gastroesofágicas
Ressonância Magnética 
Mielite transversa
P E D I A T R I A
TRATAMENTO
Definir: 
ATIVIDADE PARASITÁRIA 
FORMA CLÍNICA 
Tratamento da 
forma CRÔNICA
Tratamento da 
forma AGUDA
P E D I A T R I A
TRATAMENTO
Tratamento da 
forma CRÔNICA
Praziquantel
Efeito terapêutico
Mais barato
Dose única
50mg/kg/dia - Adultos
60mg/kg/dia - Crianças
Oxamniquina
Semelhante ao praziquantel
Repouso por 3h após
15mg/kg/dia - Adultos
20mg/kg/dia - Crianças
Insuficiência Renal 
Insuficiência Hepática 
Gravidez 
Crianças menores que 2 anos
P E D I A T R I A
TRATAMENTO
Tratamento da 
forma AGUDA Prednisona
1mg/kg/dia 1ª semana
0,5mg/kg/dia 2ª semana
0,25mg/kg/dia 3ª semana
Esquistossomicida 48h após
OXAMNIQUINE 
Aumenta a eficácia
PRAZIQUANTEL 
Reduz a eficácia
P E D I A T R I A
TRATAMENTO
Tratamento das 
complicações
• Mielite Transversa - pulsoterapia 
• Varizes Gastroesofágicas - l igadura elástica, 
betabloqueadores, escleroterapia 
• Tratamento Cirúrgico - Shunts vasculares
Referências
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância da 
Esquistossomose Mansoni : diretrizes técnicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,Departamento de Vigilância das 
Doenças Transmissíveis. – 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Educação em 
saúde para o controle da esquistossomose / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamentode Vigilância das 
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 
• CARVALHO, R. et al. GRANULOMA ESQUISTOSSOMÓTICO GIGANTE DO CÓLON COM INTUSSUSCEPÇÃO: RELATO DE CASO. 2008. 
• Esquistossomose Hepato-esplênica | PATOLOGIA APLICADA I. Disponível em: <http://www.medicina.ufba.br/patologia_i/monitoria/casos/
ehe.htm>. Acesso em: 13 jun. 2023. 
• JÚNIOR, D. C.; BURNS, D. A. R.; LOPEZ, F. A. Tratado de pediatria, 2 volumes. 2o edição ed. [s.l.] Editora Manole, 2013. 
• MATI, V. L. T.; PINTO, H. A.; MELO, A. L. DE. Avaliação dos métodos de sedimentação espontânea e Kato-Katz para o diagnóstico da 
platinossomose em primatas neotropicais. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 24, p. 108–113, mar. 2015. 
P E D I A T R I A 2 0 2 3
http://www.medicina.ufba.br/patologia_i/monitoria/casos/ehe.htm
http://www.medicina.ufba.br/patologia_i/monitoria/casos/ehe.htm
OBRIGADA!
P E D I A T R I A 2 0 2 3

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